Com o advento de Palmas, nos idos de 1989, Porto Nacional sofreu um esvaziamento significativo, momento em que foi atingida gravemente nas suas bases de sobrevivência, enfraquecendo sobremaneira a economia, a cultura, o social e a política, seus principais pilares de sustentação. Durante anos imperou pelas centenárias ruas, ruelas e becos deste secular comunidade os adjetivos de “cidade dormitório”, “quintal de Palmas”, e o mais pejorativo de todos: “cidade do já teve”, uma referencia ao desmonte de históricas instituições, interrupção de projetos em andamento e a transferência de órgãos governamentais, profissionais liberais e mão de obra especializada e técnica para a capital tocantinense, que nascia no coração do Brasil
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Como uma “fênix povoada”, Porto Nacional foi à luta e renasceu das cinzas. Novamente seu povo guerreiro, seguindo seus líderes, políticos e classistas, possibilitou novamente o hasteamento da bandeira da vanguarda com as cores da coragem e da ousadia, recolocando a cidade de volta aos trilhos da modernidade, o que permitiu condições favoráveis para sua consolidação como polo de desenvolvimento.
Para se chegar a este patamar de excelência, fez se necessário o planejamento, investimentos nas vocações econômicas, sociais, politicas e culturais da cidade, como também investimentos na ousadia administrativas de seus líderes, e principalmente o fortalecimento na união desta secular coletividade em torno de um projeto transformativo que viabilizou a reconstrução dos pilares das suas bases financeiras, redesenhando assim uma nova Porto Nacional, pujante e de volta aos trilhos do desenvolvimento.
Referência
Esta união de forças fez história. Foi deste conjunto de interesses desenvolvimentistas que se consolidou a sustentação para que Porto Nacional se constituísse numa referência de cultura, riqueza, renda, qualidade de vida e de cidadania, frutos colhidos de sua condição de Capital Cultural do Estado, polo em expansão de educação superior, nova fronteira brasileira do agronegócio, área do Tocantins em processo de industrialização (Luzimangues), conglomerado de prestação de serviços públicos e privados e centro avançado e tecnologia (projeto cidade digital).
Distrito de Luzimangues
Mas, iludida pelo melódico “canto da sereia”, pelo trapaceador “conto do vigário” e principalmente inebriada pelo mantra “MUDANÇA”, a sociedade portuense foi vitima do maior “estelionato eleitoral da história”, e com isso se permitiu ousar saltar no escuro, elegendo o prefeito Joaquim Maia, nas eleições de 2017, candidato este que fez uma campanha cercado de deputados estaduais desprovidos de projetos, apoiado por lideranças de outras cidades, bajulado por chefetes partidários desgarrados de suas legendas e assim foi aclamado por uma massa compacta de eleitores sedenta de novidades.
Promessas mirabolantes
Este conjunto político desajustado, para vencer as eleições, engendrou promessas mirabolantes, desenhando ideias amalucadas, apresentando projetos inexequíveis e, após a vitória, na surdez dos gabinetes e na calada da noite, fecharam acordos políticos inconfessáveis, que resultaram na formação de uma equipe administrativa capenga, inexpressiva, desqualificada, retratando uma fotografia rasurada dos interesses apequenados e particularizados dos grupos políticos agora alojados na prefeitura portuense. E deu no que deu. Por seu totalmente abandono, em todas as áreas, Porto Nacional voltou a ser chamada de “cidade do já teve”. Senão vejamos:
Prefeito Joaquim Maia
Nestes dois anos de Administração Joaquim Maia, Porto Nacional se apequenou na sua importante referencia política, e com isso mergulhou na insignificância econômica, perdendo milhões de reais em recursos federais e estaduais, além de consolidar a descrença empresarial que deixou de investir na cidade. Nesta vala podre do desespero também deixaram de fluiu o líquido viçoso da implantação de grandes projetos de iniciativa dos governos Federal e Estadual, o que desmotiva o aquecimento da economia local. Outro fator que vai desmotivar ainda mais o desenvolvimento da cidade é a decisão da Prefeitura Municipal de fechar, por definitivo os serviços do aeroporto local.
Falta de desenvolvimento
Por desinteresse, na sua essência causada pela deprimente falta de desenvolvimento na cidade, as principais autoridades diretivas, julgadores e investigadoras estaduais e federais, não residem em Porto Nacional, dentre elas médicos, delegados, promotores e juízes, que vem de Palmas, trabalham durante o dia e à noite recolhem-se a seus lares, distantes dos problemas e demandas da coletividade portuense.
Este é o reflexo negativo apresentado por uma cidade que, como Capital Cultural do Estado do Tocantins, já teve Semana da Cultura, um acontecimento de expressividade regional, que desde a sua criação em 12 de março de 1980, todos os anos em grandes concentrações, reunia centenas de artistas, escritores, artesões, poetas, cantores, músicos, atores, atrizes, professores e alunos, além da comunidade e turistas, para em comunhão fraternal referendar e reviver as memorias, as tradições e os costumes seculares desta sociedade. A atual administração não quis continuar valorizando esta riqueza humana e decretou o fim da Semana da Cultura.
A pior da história
Após a formação do Lago Luiz Eduardo Magalhães, que passou a banhar a cidade, a nova Praia de Porto Real, com suas belezas naturais e infraestrutura moderna e adequada, se constituiu numa localidade de lazer e práticas esportivas, recebendo nos períodos de férias milhares de turistas, o que também permitia o aquecimento considerável da economia local, que contava sazonalmente com pousadas, hotéis, bares, churrascarias, restaurantes e similares lotados, constituindo assim numa fonte permanente de criação de emprego e renda. Esta rica realidade chegou ao fim, exemplo disso foi a temporada do ano passado, considerada a pior da história, segundo barqueiros, barraqueiros e principalmente para os visitantes. A atual administração mais uma vez interferiu para a derrocada de mais uma conquista do povo portuense.
Desde o início desta administração que a sociedade portuense, diferentemente de todas as grandes cidades do Brasil e do Tocantins, não tem mais a opção de ir ao Mercado Central para comprar sua proteína de preferencia e demais produtos para a refeição do dia. O prédio está fechado para reforma e as obras paradas desde então. Os recursos, para a conclusão dos serviços, por inabilidade e incompetência dos componentes desta gestão, retornaram aos cofres do Governo Federal. Esta realidade negativa também atinge a Biblioteca Municipal Eli Brasiliense, de portas fechadas para os que buscam conhecimento, retratado assim uma negativa ao mundo da condição da cidade ser a Capital Cultural do Estado do Tocantins.
Lambuzando nas benesses
Uma das bandeiras de campanha da atual administração era a imediata recuperação do Centro Olímpico (foto), o mais moderno de todo o Estado. Passaram-se dois anos e o mato já cobriu as principais edificações do equipamento esportivo e até agora nem uma enxada fez passagem oficial por aquelas dependências. Os autores dos discursos da “MUDANÇA”, na área esportiva da atua gestão, hoje se lambuzam nas benesses do poder e estão de costas viradas para o esporte portuense.
O Interporto, clube da primeira divisão do futebol tocantinense, tantas vezes campeão nas gestões passadas, é hoje um amontoado de esperanças, e encontra-se totalmente abandonado pela prefeitura. Os assessores do prefeito Joaquim Maia, responsáveis pela área, continuam a defender seus interesses particularizados, suas visões deturpadas da coisa pública, somente a festejar o abastecimento de seus carros de luxo e o recebimento de um gordo salário, todo final de mês. Por este desrespeito com a alegria do povo, a iniciativa privada, privada ao apoio da atual gestão, está tirando água de pedra, lutando em busca de apoio empresarial buscando com isso não permitir que as portas do clube não sejam fechadas definitivamente.
A Avenida Beira Rio, o cartão postal mais belo da cidade foi totalmente abandonada por esta gestão. Vez por outra aparece um grupo de operários terceirizados passam uma rala tinta branca nas guias da calçada, trocam algumas lâmpadas e realizam poda e limpeza. E só. A iluminação direcionada, o parque infantil, as academias ao ar livre, a fonte luminosa e principalmente o Museu dos Heróis tocantinenses, estão totalmente abandonados, sem nenhuma manutenção. O centro de informação histórica do museu, encontra-se aos cacos, com placas informativas tombadas no lixo, portas de vidro quebras e os caríssimos computadores que armazenam os feitos e conquistas de valorosos homens e mulheres que participaram da luta pela criação do Estado do Tocantins, estão desativados e desprotegidos.
Movimentação capenga
Porto Nacional que já teve carnaval de rua, já teve carnaval de clube e já teve grandes concentrações na Avenida Beira Rio para animar a maior festa popular do mundo, e em anos anteriores, nesta cidade a mais organizada de todo o Tocantins, agora, na atual gestão, virou uma movimentação capenga, de bate latas, uma verdadeira indústria de aluguel de tendas, e de bandas sem expressão e desconhecidas, todas pagas a preço de ouro. Para piorar tiraram o apoio aos grandes blocos carnavalescos, que nas gestões passadas ajudavam no colorido, animação e grandiosidade no Reinado de Momo em Porto Nacional.
Aeroporto de Porto Nacional
Todos os finais de ano, nas administrações passadas, Porto Nacional se transformava numa grande festa. Antes do Natal, a prefeitura organizava uma grande encontro de confraternização entre seus servidores e familiares no Centro de Convenções da Praia de Porto Real. Ali, num almoço festivo, mais de 4 mil pessoas recebiam tratamento vip, além de participação em concorridos sorteios com prêmios de qualidade, como geladeiras, bicicletas, fogões, maquinas de lavar, tanquinhos, micro ondas dentre outras regalias. A atua gestão entende que isso é jogar dinheiro fora,
Falta de espirito natalino
Também antes do Natal, um helicóptero, transportando Papai Noel, descia no gramado do Estádio General Sampaio, e ali, diante de milhares de crianças, o “Bom Velhinho” distribuía balas, balões e brinquedos para todos, repetindo este gesto nos principais bairros da cidade. Este gesto lúdico e voltado para a valorização dos sonhos infantis faz parte do passado, pois os líderes que comando o Poder Executivo portuense não carregam o peito este sentimento de coletividade, de espirito natalino.
Passado o Natal e na véspera do ano Novo lá estava novamente a prefeitura preparando outra grande festa, desta feita de Réveillon para todos os portuenses, que sempre acontecia na Avenida Beira Rio. Neste encontro de despedidas do ano velho, cantores famosos e bandas de sucesso elevavam a estima desta centenária coletividade, que expressava total alegria ao renovar as esperança ao som e cores de fogos de artifícios que refletiam nas límpidas águas do Lago Luiz Eduardo Magalhães. Porto Nacional já teve tudo isso e agora tem vergonha dos componentes da atual administração da “cidade do já teve”
OBS:
Na próxima matéria vamos abordar as incompetências gerenciais e muito mais na Coordenação de Odontologia do município, além de debater alguns contratos de aluguel de caçamba para prestação de serviços a prefeitura. Aguardem!!!
EDITORIAL
Porto Nacional, aos 30 dias do mês de janeiro de 2019
Por Edson Rodrigues
Se Deus permitir, meu amigo Salomão Wenceslau está tomando uma taça de vinho lá no céu. O MDB recebeu na manhã desta terça-feira (29) a filiação de um dos mais importantes e influentes políticos tocantinenses. Trata-se do senador mais votado na última eleição, Eduardo Gomes, eleito com 248.358, votos que era vice-presidente nacional do Solidariedade (SD).
Com a filiação de Gomes, o partido contará com 13 senadores e o senador tocantinense poderá ajudar a definir quem será o candidato da legenda à presidência do Senado.
A filiação ao MDB foi acompanhada pelos senadores Romero Jucá, Eunício Oliveira e Renan Calheiros.
Por isso, é só alegria na família dos “modebas”, com manifestações de júbilo e entusiasmo partindo desde “soldados rasos” até os mais graduados postos do partido, de vereadores a deputados estaduais, passando por prefeitos e lideranças do interior e da Capital.
SOMAR, SOMAR E SOMAR
Conhecido por ser um bom companheiro político, que valoriza seus pares, excelente articulador e, principalmente, aglutinador, Eduardo Gomes chega ao MDB, após um trabalho de sedução feito pela cúpula nacional do partido, fazendo questão de enfatizar que é “apenas” mais um soldado, que vem para somar, ajudar na reconstrução da credibilidade nacional da legenda e, principalmente, usar de todo o seu prestígio para beneficiar o povo tocantinense que o elegeu como o senador mais votado do Estado.
Ao que tudo indica, um dos mais engajados na tarefa de trazer Eduardo Gomes para o MDB, o senador – e provável presidente do Senado – Renan Calheiros, também vai concentrar esforços para fazer de Eduardo um dos membros da Mesa Diretora da Casa.
Ao assumir o cargo, no dia primeiro de fevereiro, Eduardo Gomes estará respaldado pela maioria dos deputados estaduais tocantinenses e por dezenas e dezenas de prefeitos e vereadores de todas as regiões do Estado, sem contar com os dois deputados federais eleitos com ele pelo Solidariedade – Eli Borges e Tiago Dimas.
GOVERNO DO ESTADO
Eduardo Gomes também foi enfático ao declarar que foi companheiro de chapa do governador Mauro Carlesse e é com ele que quer continuar a contribuir e colaborar por um Tocantins melhor.
Os dois têm conversado com frequência, dialogando e discutindo sobre as melhores estratégias para recolocar o Tocantins nos trilhos do progresso. Para se ter ideia desse entrosamento, na última semana, Carlesse esteve em Brasília, mantendo audiências com ministros do governo Bolsonaro e finalizou os trabalhos, na sexta-feira, com um café com Eduardo Gomes.
Esse relacionamento cordial e colaborativo entre os dois abre espaço para que as ideias e propostas de Eduardo Gomes, assim como a de seus principais aliados, possam ser aproveitadas, de acordo com a necessidade, no governo de Mauro Carlesse, o que pode significar, para o Tocantins, uma nova ideia de administração, um novo começo e uma nova filosofia de governo, voltada para o trabalho planejado e para uma administração focada em metas, com a união das duas maiores forças políticas do momento.
O Tocantins agradece!
Alegações não têm coerência em alguns pontos e momento de eleição na Assembleia Legislativa pode ser o fato motivador
Por Edson Rodrigues
Geovane Venâncio da Silva, 2º secretário do PHS no Tocantins, entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Estado contra Mauro Carlesse, alegando que o governador, atual presidente estadual da legenda, teria “abandonado o partido, deixando-o ‘largado às traças’”. Geovane ainda cobra uma dívida salarial de quase R$ 70 mil, mas cai em contradição ao alegar que "o presidente do partido também jamais honrou em dia o pagamento dos aluguéis, sendo que pagou o aluguel até o mês de junho de 2018, daí para frente abandonou o partido”.
Se tal alegação sobre o pagamento de aluguel é verdadeira, porque a proprietária do imóvel pediu a desocupação por conta de dois meses de aluguel atrasado?
Segundo o secretário do partido, os salários atrasados referem-se aos meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2018, totalizando o montante de R$ 50 mil, divididos em horas extras de R$ 5 mil, 13º salário proporcional, no valor R$ 4.170,00, férias proporcionais, no valor de R$ 4.170,00, FGTS no montante de R$ 5,5 mil, o que levaria qualquer trabalhador a ingressar na Justiça do Trabalho e, não, na Eleitoral.
Outra questão que depõe contra a representação é o fato de que ela deveria ter sido feita contra o partido e, não contra a pessoa do seu presidente.
INTERESSES NÃO REPUBLICANOS
O fato de estarmos vivendo os momentos que antecedem a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado, em que Toinho Andrade, filiado ao mesmo partido do governador Mauro Carlesse, é candidato á presidência, o que pode, facilmente, nos levar a crer que os interesses por trás dessa representação podem não ter nada de republicanos e estar a serviço de interesses políticos.
Deputado Toinho Andrade PHS
Vale lembrar que o Brasil passa por um momento de depuração moral e política, na tentativa de expurgar os velhos hábitos que corroeram os recursos dos poderes Executivo e Legislativo, por meio de crimes praticados por falsos profetas que, em sua covardia, utilizam-se de pessoas de pouca instrução para obter vantagens pessoais, deixando de lado as implicações com a imagem das instituições que representam.
É fato que a denúncia deve ser devidamente apurada, assim como seu oportunismo também deve ser levado em conta. A Justiça Eleitoral, o Ministério Público e a Polícia Federal devem apurar o que está sendo apontado e, em caso de aceitação ou não das denúncias é que poderemos tecer nossos comentários com mais embasamento.
Estamos no aguardo!
O despacho da juíza Carolina Lebbos seguiu as manifestações da Polícia Federal e do Ministério Público, que afirmavam que não havia tempo hábil para que a logística de transporte do presidente fosse realizada a tempo
Com Folhapress
A Polícia Federal em Curitiba rejeitou, na noite desta terça-feira (29), o pedido para que o ex-presidente Lula saísse da prisão temporariamente, para acompanhar o velório e o enterro do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá.
Vavá morreu aos 79 anos em São Paulo, em decorrência de um câncer no pulmão. Ele está sendo velado em São Bernardo do Campo, e será sepultado nesta quarta (30), às 13h.
Apesar de a lei prever a possibilidade de que condenados saiam da cadeia para o enterro de familiares, o superintendente da PF em Curitiba, Luciano Flores, afirmou que, após as análises de risco, não seria possível promover o deslocamento e escolta de Lula até São Paulo garantindo a integridade do ex-presidente, bem como a ordem pública.
Segundo a PF, a medida é "pouco recomendável", "tomando-se por base única e principalmente o resguardo da incolumidade física do custodiado e da ordem pública".
Entre os problemas apontados pelo órgão, estão a ausência de helicópteros que fizessem o transporte do ex-presidente até São Paulo (já que, segundo a PF, os helicópteros do órgão que não estão em manutenção estão sendo usados no resgate de vítimas em Brumadinho), a ausência de policiais militares e federais disponíveis para "garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor" e as possibilidades de fuga, atentados contra Lula, comprometimento da ordem pública e protestos contra e a favor do petista.
A juíza responsável pela execução penal do petista, Carolina Lebbos, ainda pode se manifestar a respeito. Mas, segundo a lei, a decisão cabe ao diretor do estabelecimento penal em que o preso se encontra.
A probabilidade de que Lebbos contrarie a decisão administrativa da PF, portanto, é pequena.
Para fundamentar a decisão, a superintendência do Paraná consultou a Diretoria de Inteligência da PF, que diz que o ponto de pouso mais próximo do velório fica a dois quilômetros do local do evento.
Isso obrigaria o ex-presidente a ser transportado por via terrestre até o enterro, o que "potencializa os riscos" e cria "oportunidade para que o evento se transforme em um ato político, promovidos tanto por grupos favoráveis ou contrários".
"É importante que Lula seja mantido a longa distância de aglomerações, já que esse fato pode desencadear crises imprevisíveis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua prisão, em abril de 2018", afirma o órgão.
A diretoria também menciona a grande probabilidade de manifestações no local do enterro, citando um vídeo em que o senador Lindbergh Farias (PT) convoca a militância a ir a São Bernardo do Campo, em defesa da democracia e para repudiarmos toda essa perseguição que acontece. No entendimento da PF, isso demonstra a alta capacidade de mobilização dos apoiadores e grupos de pressão contrários ao ex-presidente.
No entendimento da PF, isso demonstra a alta capacidade de mobilização dos apoiadores e grupos de pressão contrários ao ex-presidente.
A secretaria de Segurança Pública de São Paulo, estado governado por João Doria (PSDB), também foi consultada. O secretário da Segurança, general João Camilo Pires de Campos, foi enfático em responder que não haveria condições de se garantir a incolumidade do ex-presidente e a tranquilidade da cerimônia fúnebre, segundo informou a superintendência da PF em São Paulo.
A defesa de Lula ainda recorre ao TRF (Tribunal Regional Federal) para reverter a decisão.
Segundo os defensores, a situação se enquadra no artigo 120 da Lei de Execução Penal, que prevê que condenados que cumprem pena em regime fechado poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.
Para os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, esse é um direito do preso.
"O exercício do direito do paciente não pode ser condicionado à disponibilidade do Estado. Ao contrário, o Estado-juiz tem o dever de tomar as providências necessárias para que o jurisdicionado possa exercer os direitos assegurados em lei", escreveram, em petição ao TRF.
Em parecer, o Ministério Público Federal considerou que a permissão de saída não se confunde com direito do preso, e afirmou que há um insuperável obstáculo técnico para que se cumpra o pedido.
O custodiado não é um preso comum, e a logística para realizar a sua escolta depende de um tempo prévio de preparação e planejamento, afirmaram os procuradores.
O documento ainda menciona os protestos contra a decisão judicial que condenou Lula, e diz que a conduta do apenado e de seus simpatizantes transcende ao exercício do direito de expressão, trazendo elevado grau de insegurança quanto ao deslocamento, fazendo com que se conclua que a saída temporária pretendida não se dará de forma tranquila, segura, ordeira e pacífica.
Entre o pedido de caráter humanitário e a preservação da paz, tranquilidade, segurança e incolumidade públicas, o MPF afirma que deve prevalecer a última.
Após a entrevista do ministro da educação, Ricardo Vélez afirmou em entrevista que “a universidade para todos não existe” a frase virou título de matérias em vários veículos de comunicação. Mas será que foi isso mesmo que ele quis dizer?
Por Luciano Moreira e Edson Rodrigues
Cada veículo de comunicação no mundo tem um dono, e seu dono tem interesses, sejam comerciais, políticos ou ideológicos. Da mesma forma, cada veículo de comunicação é uma empresa e toda empresa visa ao lucro. A questão é: uma empresa trabalharia contra si mesma, no caso, as de comunicação, publicando matérias que co0ntrariassem seus fins mercadológicos e financeiros?
A resposta é simples: NÃO! Ninguém trabalha para perder dinheiro.
Pois ao levar para o título uma frase retirada de um contexto muito mais amplo, os veículos de comunicação querem chamar a atenção para a frase, não para o contexto como um todo.
Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro da educação Ricardo Vélez realmente disse a frase “universidade para todos não existe”. Mas, ao se observar o contexto, pode-se notar que não era esse o real assunto, e que a frase foi “pinçada” para dar outra conotação.
Como sabe-se que 87% dos brasileiro que acessam notícias via internet leem apenas o titulo e o primeiro parágrafo, o estrago com a entrevista já está feito.
Ao longo da entrevista, ao lermos na totalidade, percebe-se que a frase serve para contextualizar uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro sobre as mudanças que pretende realizar nos paradigmas da educação.
"A ideia de universidade para todos não existe", afirma Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, em entrevista exclusiva ao Valor, a primeira desde que foi indicado ao cargo, em novembro do ano passado.
Segundo ele, não faz sentido um advogado estudar anos para virar motorista de Uber. "Nada contra o Uber, mas esse cidadão poderia ter evitado perder seis anos estudando legislação", diz. Para o novo comandante do MEC, o retorno financeiro dos cursos técnicos maior e mais imediato do que o da graduação, o que pode a diminuir a procura por ensino superior no Brasil.
As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica", diz Vélez, ressaltando que busca um modelo parecido ao de países como a Alemanha. Segundo o ministro, não está em estudo a cobrança de mensalidades em universidades públicas, mas é urgente reequilibrar seus orçamentos. O ministro também defende a continuidade do enxugamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), iniciado por Temer.
Vélez defendeu que os jovens utilizem o ensino técnico. Para o ministro, os cursos técnicos trazem um retorno financeiro maior e mais rápido aos jovens do que a graduação que, muitas vezes, fazem minguar as economias das famílias em busca de um diploma que o mercado de trabalho simplesmente vai ignorar, ante a escassez de empregos.
Trabalhar com informação é uma coisa difícil. Quantas e quantas reportagens já foram feitas mostrando engenheiros, médicos, advogados, biólogos, em filas de empregos para vagas de gari, atendente de lojas e até empacotador de supermercado – com todo respeito a essas profissões?
Será que esses mesmos veículos de comunicação, tão antenados aos problemas de desemprego, não entenderam as colocações do ministro?
Ou está surgindo uma nova versão das fake News, as fake manchetes?
Pense, leia, pesquise, antes de engolir tudo o que a imprensa tendenciosa está dizendo.
Fica a dica!