Na abertura, o presidente Roberto Pires destacou assuntos como indicadores de crescimento e reformas. Três novos estudos de cadeias produtivas do Tocantins foram entregues ao governador Mauro Carlesse.
Com Assessoria
As mudanças no cenário político e econômico após a eleição do novo presidente da República foram discutidas com empresários do Tocantins durante o 4º Encontro Estadual da Indústria realizado na noite desta quinta-feira, 22/11, em Palmas. O evento é realizado anualmente pelo Sistema FIETO para enxergar e analisar as perspectivas para o futuro do segmento, como explicou o presidente Roberto Pires. Em seu pronunciamento de abertura, Pires destacou a necessidade urgente do segmento de superar o momento de crise.
“O País passou por uma retração de quase 8% que contrasta com um crescimento de quase 14% por países como China e Índia. A exemplo do restante do país, a indústria local também continua sofrendo os efeitos da crise e nosso estado só voltou a crescer em função do agronegócio, mesmo com uma dependência na nossa economia de cerca de 30% do poder público. Embora o PIB já esteja novamente positivo, uma grande parcela do setor produtivo não se reergueu e aguarda ansiosamente pela política econômica do novo governo”, analisou o presidente.
Ele ressaltou ainda a importância da agenda que precisa ser encarada pela próxima gestão a exemplo das reformas política, tributária e da previdência consideradas vitais para a retomada do país. Na oportunidade, também foi feita a entrega dos três estudos restantes das Cadeias Produtivas de Lácteos, Avicultura e Suinocultura do Tocantins ao governador do Estado, Mauro Carlesse.
O chefe do Executivo Estadual reforçou a necessidade de redução de despesas e de enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal para viabilizar a atração de investimentos. “O Tocantins é viável e nós podemos ajudar, o que precisamos é estar unidos firmemente para nosso desenvolvimento, só existe uma saída para nosso estado: industrializar. Nosso povo tem condições, os empresários também e o Estado tem muito a oferecer”, disse Carlesse.
Nesta 4ª edição do Encontro, o jornalista William Waack foi o convidado para realizar a palestra “Economia e Política no Brasil com um Novo Governo”. A crise fiscal em que o País se encontra foi o ponto central da análise do jornalista que acredita ter sido uma situação construída ao longo de 30 anos. “De cada 1 real que sai do cofre público, 75 centavos vão para previdência, programas assistenciais, custeio do funcionalismo público e despesas com a máquina, é uma grande folha de pagamento da qual 2/3 da população é dependente, de uma forma ou de outra”, avaliou sobre a situação da União.
Ao falar dos estados, o jornalista quantifica que das 27 unidades 16 quebraram e alguns estão gastando 90% da receita corrente líquida com pagamento de funcionário público. “Esse é o tamanho da crise fiscal e imaginar que ela possa ser resolvida por uma só pessoa e uma só instância, de forma rápida, é uma completa ingenuidade”, complementou.
Mesmo diante deste quadro, Waack vê o resultado da eleição presidencial como uma oportunidade se abrindo que deu uma mostra do que acredita ser a única saída: a participação popular na política. “Não existe resposta que não venha da política. Só pela política se sai de uma situação dessa, a partir do engajamento, da participação, da cobrança dos políticos. É esta a única saída e parece que a gente está encontrando”, disse.
Projetos contemplam museus, teatro, música, artesanato e balé, entre outras áreas da cultura
Por Jesuino Santana Jr
Representantes do segmento da cultura estiveram nesta quinta-feira, 22, no Palácio Araguaia, para debater com o Governador Mauro Carlesse projetos voltados para a área no Tocantins. Na ocasião, a deputada federal professora Dorinha Seabra, o secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, o diretor de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Bruno Barreto, o conselheiro no Tocantins da Ordem de Músicos do Brasil (OMB), Jeremias Moreira, e o músico Gustavo Barcelos Modesto também participaram da reunião.
O diretor de Extensão e Cultura da UFT, Bruno Barreto, apresentou ao Governador Carlesse projetos na área cultural que podem ser desenvolvidos pelo Estado. Ele também entregou uma carta a Carlesse com propostas para o segmento. “Explanamos aquilo que acreditamos que o Governo tenha condições de proporcionar e apoiar. São projetos que contemplam os museus, o teatro, a música, o artesanato, o balé, entre outras partes da cultura. Sentimos uma boa recepção do Governador com as demandas que trouxemos”, disse.
O secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal, destacou que a reunião ocorreu no momento certo, já que o Estado está promovendo uma reestruturação administrativa e que, a partir das demandas apresentas, pode-se pensar em um novo desenho para a área cultural do Tocantins. “Vamos nos reunir amanhã [sexta-feira,23] e discutir em qual local dentro da estrutura do Governo que a área cultural consiga ter um maior protagonismo”, garantiu.
A deputada professora Dorinha Seabra destacou seu papel como mediadora entre os representantes e o Governo do Estado e propôs uma maior união entre a área da Cultura e da Educação. “Trouxe esses profissionais aqui para que eles pudessem ter esse primeiro contato com o Governador e, a partir disso, estabelecer laços para que projetos possam voltar a ser desenvolvidos no Estado. Uma das formas que podemos conseguir isso é por meio das escolas”, sugeriu.
O Governador Mauro Carlesse prometeu analisar o fortalecimento da área da cultura durante sua gestão e garantiu que o Estado está de portas abertas para apoiar projetos que sejam viáveis e que possam beneficiar principalmente o público infanto-juvenil. “Queremos reativar o programa Pioneiros Mirins, mas reformulado e com apoio da iniciativa privada. Para isso precisamos ter profissionais que possam nos auxiliem para trabalhar com essas crianças a parte cultural. Além disso, podemos explorar melhor nossos espaços públicos e, principalmente, ter um local onde os profissionais da cultura tenham acesso a editais, possam se reunir, desenvolver projetos e apoio para buscar parcerias”, concluiu.
Agenda Embrapa
Após a reunião com representantes da área da Cultura, o Governador Mauro Carlesse recebeu representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Tocantins. O encontro foi uma visita de cortesia com a finalidade de fortalecer laços entre a instituição e o Governo do Estado, além de convidar o Governador para conhecer os projetos e a sede da Embrapa na região norte da Capital.
Participaram da reunião o chefe Geral da Embrapa, Alexandre Freitas, o Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Eric Arthur, o chefe Adjunto de Administração Rogério Almirão, além da deputada federal professora Dorinha e do secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal.
Ela também esclarece que o prazo poderá ser modificado em caso de nova designação do TRF-4; juíza comanda processos da operação desde a saída de Sérgio Moro.
Por Ederson Hising, G1 PR — Curitiba
A juíza federal substituta Gabriela Hardt disse que ficará à frente da Operação Lava Jato até 30 de abril de 2019. Ela anexou em um despacho de quarta-feira (21) cópia de e-mail da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região confirmando a informação.
Gabriela assumiu provisoriamente a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba após o afastamento do então juiz federal Sérgio Moro, em 1º de novembro. Moro deixou a magistratura para ser ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Conheça mais sobre a juíza que assume temporariamente a Lava Jato
Na decisão, a juíza também esclarece que o prazo até abril para a titularidade plena poderá ser modificado em caso de nova designação. O e-mail é datado de 19 de novembro e foi encaminhado pelo corregedor Ricardo Teixeira do Valle Pereira.
Gabriela foi questionada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação sobre o sítio de Atibaia (SP), na qual ele e outras 12 pessoas são réus.
Os advogados de Lula pediram que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) fosse oficiado para se manifestar se havia magistrado designado para comandar a Lava Jato após a saída de Moro.
"Não há necessidade de oficiar a Egrégia Corregedoria, pois esta magistrada foi designada para responder pela titularidade plena da 13ª Vara Federal de Curitiba no periodo de 19/11/2018 a 30/4/2019", diz trecho do despacho.
Presidente eleito informou a decisão por meio de suas redes sociais; colombiano é autor do livro "A grande mentira: Lula e patriotismo petista"
Por iG São Paulo
O presidente eleito Jair bolsonaro (PSL) anunciou na noite desta quinta-feira (22) o nome do filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o cargo de ministro da Educação do novo governo. Rodriguez é autor de mais de 30 obras e atualmente tabalha como professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, para o cargo de Ministro da Educação.
A oficialização de Rodríguez acontece após uma serie de especulações nesta semana de quem assumiria a pasta da Educação. Nomes como o do diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves , e do procurador Guilherme Schelb foram cotados para o cargo de ministro da Educação .
O novo ministro publicou em blog no dia 7 de novembro que havia sido sondado pelo governo de Bolsonaro para ocupar a vaga. No texto, Rodriguez diz que há uma "tarefa essencial" para o Ministério da Educação. "Recolocar o sistema de ensino básico e fundamental a serviço das pessoas e não como opção burocrática sobranceira aos interesses dos cidadãos, para perpetuar uma casta que se enquistou no poder e que pretendia fazer, das Instituições Republicanas, instrumentos para a sua hegemonia política", escreveu.
Para o novo ministro, é necessário "enquadrar o MEC no contexto da valorização da educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios, que é onde os cidadãos realmente vivem".
No blog, Rodríguez também criticou as provas do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) que, para ele, são "entendidas mais como instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino".
O filósofo colombiano é autor do livro "A grande mentira: Lula e patriotismo petista", no qual faz criticas aos governos petistas. De acordo com a descrição oficial, o livro "explica como o PT conseguiu potencializar as raízes da violência, que já estavam presentes na formação do nosso Estado patrimonialista, e que se reforçaram com o narcotráfico e a ideologia de revolução cultural gramsciana".
Dois dias antes das eleições, o agora prócimo ministro da Educação escreveu em seu blog um texto no que descreveu Bolsonaro como "um líder que teve a coragem de ouvir a voz do povo nas ruas e no seio das famílias" e afirmou que ele era o candidato que tornaria "possível reconstruir o tecido social, esgarçado pelos ódios que mais de uma década de dominação petista plantou criminosamente no seio da nossa sociedade".
JN teve acesso aos telegramas. Eles mostram que o programa foi proposto por Cuba e já era negociado um ano antes de a presidente Dilma Rousseff apresentá-lo, em 2013
Com site G1
Telegramas da embaixada brasileira em Havana revelam que partiu do governo de Cuba a proposta de criação do Mais Médicos, numa negociação secreta com o governo de Dilma Rousseff, do PT.
A reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” traz detalhes de telegramas da embaixada brasileira em Cuba que reconstituem a negociação do país com o Brasil para a criação do Mais Médicos.
O Jornal Nacional teve acesso aos telegramas. Eles mostram que o programa foi proposto por Cuba e já era negociado um ano antes de a presidente Dilma Rousseff apresentá-lo, em 2013.
Cuba apresentou todo o projeto desde “o envio de médicos e enfermeiras até a assessoria para construção de hospitais, a preços vantajosos”. Demonstrando a negociação de um acordo comercial entre os dois países.
Ainda segundo os documentos, para não precisar de aval do Congresso, o governo Dilma decidiu incluir a Organização Pan-Americana de Saúde no negócio. O Brasil contrataria a Opas, que contrataria Cuba, que contrataria os médicos. O que acabou acontecendo.
A embaixada brasileira em Cuba relatou que em maio de 2012, Marcia Cobas, vice-ministra de Saúde Pública daquele país se reuniu com Alessandro Teixeira, então secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Brasileiro. Cobas disse “que teria condições de enviar mil especialistas em medicina integral até o próximo mês de novembro e que as medidas de preparação para essa missão já estavam em curso no interior do governo cubano”.
O telegrama também registra o pedido da vice-ministra cubana para que o contrato tivesse uma cláusula que impedisse médicos cubanos de exercer a medicina fora do âmbito da cooperação bilateral. A preocupação era evitar que os médicos ficassem no Brasil após o fim do contrato.
Os telegramas, mantidos em sigilo por cinco anos, mostram que as negociações foram secretas para evitar reações da classe médica brasileira e do Congresso. Os documentos confirmam que o governo Dilma aceitou quase todas as exigências do governo cubano e propôs, inclusive, fazer os pagamentos diretamente do Brasil para Cuba, sem passar por Washington, nos Estados Unidos, sede da Organização Pan-Americana de Saúde.
Os documentos mostram também a preocupação de Cuba com a exigência de um processo de avaliação dos médicos no país. Está em um dos telegramas: “o lado cubano demonstrou extremo desconforto com a possibilidade de os médicos passarem por processo de avaliação e, eventualmente, rejeição em território brasileiro. Solicitou, a esse respeito, que qualquer avaliação seja feita previamente em Cuba e que o “controle” no Brasil tenha finalidade de familiarizar os médicos, sobretudo, ao idioma, a práticas processuais e administrativas e à legislação”.
Brasil e Cuba só não concordaram no valor que cada médico receberia. “O lado brasileiro propôs a quantia de US$ 4 mil por médico, US$ 3 mil para o governo cubano e US$ 1 mil para o médico”. “Cuba disse que contava receber US$ 8 mil por médico e contrapropôs US$ 6 mil, sendo US$ 5 mil para o governo cubano e US$ 1 mil para o médico”.
A assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff não quis se manifestar. Já o então ministro da Saúde do governo dela, Alexandre Padilha, negou que o Mais Médicos tivesse sido negociado secretamente. Ele declarou que o programa foi defendido e negociado publicamente; que o Congresso aprovou e prorrogou o Mais Médicos, com participação de todos os partidos, e que também teve a aprovação do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal de Contas e da Organização Mundial da Saúde.
A Organização Pan-Americana de Saúde, a OPAS, também afirmou que o Mais Médicos foi instituído por uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e ratificada pelo Supremo.