Documentos, roupas, calçados e outros objetos dos dois desaparecidos foram localizados e encaminhados para perícia
POR VINICIUS SASSINE
Também foram achados chinelos e uma lona no local, segundo agentes do Corpo de Bombeiros do Amazonas que retornaram no fim da tarde deste domingo ao porto de Atalaia do Norte (AM).
Pereira e Phillips viajavam pelo rio Itaquaí à cidade no dia do desaparecimento, mas não chegaram ao destino.
Os objetos foram encontrados por mergulhadores dos bombeiros. A mochila estava amarrada numa árvore submersa no igapó e os pertences estavam dentro dela. Ela foi entregue à Polícia Federal.
Segundo os bombeiros, indígenas e representantes da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) disseram no local que a mochila pertenceria a um dos dois desaparecidos, mas não especificaram se seria de Pereira ou Phillips.
A mochila é da marca Equinox, com capacidade entre 60 e 70 litros, ainda de acordo com os agentes da corporação.
O primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Barbosa Amorim, que é o responsável pela equipe de mergulho, afirmou que todos os pertences e "material de trabalho" estavam na mochila.
Nove bombeiros atuam no local, sendo quatro mergulhadores.
Os objetos foram encontrados numa área que tinha sido isolada no sábado (11) pela Polícia Federal, nas margens do rio Itaquaí. Indígenas que auxiliam nas buscas haviam sinalizado que a mata no local tinha sinais de que um objeto de grandes proporções havia adentrado pelo local.
A Folha acompanhou, sábado, o momento em que policiais federais avançaram por um igapó —área de mata inundada por água, à margem do rio— para uma perícia inicial do local. Os agentes isolaram o trecho onde existe a suspeita de passagem da lancha dos desaparecidos com uma fita amarela.
As autoridades retornaram à região neste domingo para realizar novas buscas, que resultaram na descoberta da mochila e dos demais objetos.
A suspeita de indígenas, relatada à Folha no sábado com o auxílio de tradutores, é que a embarcação usada por Pereira e Phillips pode ter perdido a direção, após um possível ataque, e ter avançado pelo igapó de forma descontrolada.
Paciente, que viajou para Portugal, está em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, em isolamento
Por Jovem Pan
Até o momento, Brasil detectou dois casos de varíola dos macacos em São Paulo e um no Rio Grande do Sul
O Ministério da Saúde confirmou na noite deste domingo, 12, ter detectado o terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente é um homem de 51 anos, que mora em Portugal e está em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria da Saúde do RS, o caso estava em monitoramento desde o dia 27 de maio.
Ele está em isolamento domiciliar com contas, tem quadro clinicamente estável e sem complicações. O caso foi notificado às Secretarias de Saúde estadual e municipal pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Rio Grande do Sul após a confirmação laboratorial por um teste RT-PCR, realizada pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo (IAL/SP).
No momento, o Brasil tem três casos confirmados de varíola dos macacos, sendo que os dois anteriores foram em São Paulo. Outros seis casos suspeitos são monitorados e já estão em isolamento. Os principais sintomas da doença — que já teve casos positivos em países da África Ocidental e Europa, além de Estados Unidos, Canadá e Argentina — aparecem de 7 a 21 dias após a infecção. Os pacientes costumam apresentar febre, dores de cabeça e musculares, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções cutâneas. As feridas iniciam-se no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo. O contato próximo entre seres humanos costuma ser a principal via de transmissão da varíola dos macacos, mas pode ocorrer através do compartilhamento de roupas pessoais, roupas de cama, tosses e espirros. Não há tratamento específico, mas de forma geral os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões.
Segundo PRF, valor da carga de 16 toneladas é calculado em cerca de R$ 34 milhões
Com Agência Brasil
A Polícia Rodoviária Federal fez a maior apreensão de maconha no Brasil em 2022. 16,1 toneladas da droga estavam escondidas na caçamba de um caminhão, debaixo de um carregamento de soja. A apreensão aconteceu na madrugada deste sábado (11.jun), em Ponta Porã, a 316 km da capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande. O local fica na fronteira com o Paraguai.
O motorista do caminhão foi abordado pelos policiais na estrada e apresentou documentação sobre a carga e o percurso que foi questionada pelos agentes. Os policiais iniciaram então uma revista na carga e descobriram a droga acondicionada em fardos grandes, disfarçada pela soja.
A PRF avaliou em cerca de R$ 34 milhões o valor da carga apreendida.
Ex-prefeito de São Paulo e ex-ministra do Meio Ambiente deixam aberta a possibilidade dela ser vice na chapa
Com Agências
Em evento realizado nesta quinta, 11, o partido Rede Sustentabilidade anunciou apoio a Fernando Haddad, do PT, na disputa pelo governo do Estado de São Paulo na Eleição de 2022. Principal nome da legenda, Marina Silva esteve no evento, mas tanto ela quanto Haddad desconversaram sobre a possibilidade que ela seja vice na chapa do petista.
A alternativa é que ela se candidate para deputada federal por São Paulo, atuando como ‘puxadora de votos’ para a Rede – alguém que tem mais votos que o necessário para se eleger e ‘carrega’ outros candidatos do partido. Ao comentar sobre a questão, Haddad afirmou que a situação depende também da definição de todos os partidos que o apoiarão, para que também opinem sobre o assunto.
Eduardo Suplicy, vereador de São Paulo pelo PT, defendeu que Marina “aceite ser vice”, afirmando que isso o faria contente. Marina negou que tenha rancores com o PT, partido do qual já fez parte no passado e que enfrentou na eleição presidencial de 2014, quando era do PSB. “Tenho divergências com o PT. Mas trato as divergências políticas com diálogo. É isso o que posso dizer”, afirmou a ex-ministra e ambientalista.
Ao afirmar que a anulação dos processos derivados da Operação Lava Jato foi um ato “formal”, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, reacendeu o entendimento de que os erros processuais não apagam os fatos que foram demonstrados naquelas investigações. A fala contundente de Fux foi endossada por juristas e ex-ministros do Supremo ouvidos pelo Estadão.
Com Estadão
Fux diz que anulação de processos da Lava Jato foi ‘formal’: ‘Ninguém pode esquecer que ocorreu corrupção no Brasil’
Presidente do Supremo Tribunal Federal citou mensalão, recursos desviados da Petrobras e malas de dinheiro encontradas em apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima
Nesta sexta, 10, o presidente da Corte foi o palestrante de uma cerimônia em comemoração aos 75 anos do Tribunal de Contas do Pará. O ministro afirmou que “ninguém pode esquecer” que houve corrupção no Brasil e mencionou os R$ 51 milhões em espécie apreendidos em um apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima em 2017. Também fez referência aos recursos desviados da Petrobras e ao escândalo do mensalão.
“Ninguém pode esquecer que ocorreu no Brasil, no mensalão, na Lava Jato, muito embora tenha havido uma anulação formal, mas aqueles 50 milhões eram verdadeiros, não eram notas americanas falsificadas. O gerente que trabalhava na Petrobras devolveu US$ 98 milhões e confessou efetivamente que tinha assim agido.”
Para o ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., “sem dúvida, houve corrupção”. Segundo ele, essa constatação se dá pelas “delações acompanhadas de farta documentação contábil, com transferência de fortunas para offshores, sobrepreço na compra de sondas ou serviços por exemplo, os acordos cartelizados, a devolução de milhões seja em acordos de leniência no Brasil e em especial nos Estados Unidos”.
”Ainda por cima muitos condenados que já cumpriram pena e estão a cumprir. Os erros da Lava Jato não tornam inexistentes os fatos e inocentes diretores da Petrobras, empresários como Marcelo Odebrecht e políticos beneficiários”, disse Reale Jr.
O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso afirmou que Fux “simplesmente reconheceu uma evidência”.
“Vejo com bons olhos o pensar do presidente ministro Fux. Tanto avanço: mensalão e Lava Jato. O retrocesso entristece, considerada a corrupção. Paciência! Estamos irmanados na busca de dias melhores para esta sofrida República. As desigualdades sociais nos envergonham”, disse Marco Aurélio Mello, que se aposentou da Corte no ano passado.
Embora Fux não tenha citado em seu discurso, entre as decisões anuladas da Lava Jato estão as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT na eleição presidencial.
Para Moro, o ‘roubo dos cofres públicos está sendo esquecido’
O ex-ministro da Justiça e ex-juiz titular da Lava Jato, Sérgio Moro, repercutiu as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. “Palavras fortes do Ministro Fux. Todo o roubo ou o saque dos cofres públicos está sendo infelizmente esquecido. A crise é acima de tudo moral”, escreveu Moro em sua conta no Twitter.
O ex-procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da operação, também se manifestou. “Parabéns ao ministro Fux por reconhecer o trabalho da Lava Jato e dizer que ninguém pode esquecer dos bilhões desviados: a corrupção no Brasil é real.”
Parlamentares, como a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB) e o deputado federal General Girão Monteiro (PL), também usaram o Twitter para se manifestar a favor da operação Lava Jato e contra as anulações.
“Com todo respeito, meras formalidades justificam jogar tudo para baixo do tapete?”, questionou a deputada, que pretende ser candidata ao Senado nestas eleições.
Girão, por sua vez, questionou o que o ministro está fazendo a favor da retomada da Lava Jato e chegou a pedir a retirada de magistrados do Supremo.
‘Perda’
O doutor em Direito Processual Maurício Zanoide de Moraes, professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), discordou de Fux e avaliou que as anulações da Lava Jato “não foram por mera formalidade”. Segundo ele, as condenações não cumpriam os requisitos de imparcialidade e competência do juiz, que são essenciais a um julgamento.
Para Zanoide, a fala do presidente do STF indica uma “perda” ainda maior para o caso. “Se ele (Moro) tivesse se declarado suspeito, talvez hoje tivéssemos condenações legítimas”.
COLABOROU RUBENS ANATER