Casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde maio, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, tem ganhado cada vez mais notoriedade dentro e fora do comitê eleitoral do petista

 

POR CATIA SEABRA, JULIA CHAIB E THAÍSA OLIVEIRA

 

O protagonismo de Janja, 55, traz elogios, mas também provoca incômodos entre aliados do presidenciável.

 

Da cor do material de campanha à comida a ser servida na cozinha da Fundação Perseu Abramo, a socióloga é ouvida sobre cada detalhe da rotina do ex-presidente.

 

Ela sempre mantém por perto uma garrafa de água para oferecer ao marido durante os atos políticos. Na pré-campanha, chegou a repreender agentes responsáveis pela segurança de Lula. Também já reclamou a assessores do excesso de sessões de fotos a que ele se submete.

 

anja tem dito a pessoas próximas que quer "ressignificar" o papel de primeira-dama. Ela tem defendido pautas como combate à fome, soberania alimentar e defesa dos direitos das mulheres.

 

"Se eu puder contribuir em alguma coisa nessa campanha, nesse governo, que se Deus quiser tudo vai dar certo, vai ser justamente na questão da segurança alimentar voltada para as mulheres", afirmou em um ato político em abril.

 

Ela busca participar de todas as reuniões da cúpula da candidatura petista e de encontros reservados de Lula com interlocutores chave. Esteve inclusive naquelas que antecederam a escolha do publicitário da campanha e opina sempre que julga necessário.

 

Segundo petistas, Janja fala o que pensa, mas não impõe a própria visão. As intervenções geram críticas de uma ala da campanha, que reclama de ela ser "invasiva".

 

Em 8 de agosto, durante reunião do conselho político, Janja reclamou do tom escuro das peças publicitárias apresentadas.

 

No dia seguinte à reunião, a primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou um vídeo no qual Lula assistia a uma cerimônia de umbanda. "Isso pode né! Eu falar de Deus não", publicou a esposa de Jair Bolsonaro (PL).

 

No mesmo dia, a socióloga foi às redes em defesa do marido. "Eu aprendi que Deus é sinônimo de amor, compaixão e, sobretudo, de paz e de respeito. Não importa qual a religião e qual o credo. A minha vida e a do meu marido sempre foram e sempre serão pautadas por esses princípios", publicou.

 

A espontaneidade da reação alimentou, entre integrantes do comitê eleitoral, o receio de que a superexposição de Janja seja usada por Bolsonaro ao longo da disputa. Segundo aliados, a mulher de Lula abordou religião, um tema sensível, sem que a cúpula da campanha fosse avisada da publicação.

 

Aliados lembram que, na véspera da postagem, a cúpula da campanha havia reiterado que a crise econômica deveria estar no centro da disputa. A estratégia é impedir que a pauta de costumes invada o debate. Nesse sentido, a mensagem de Janja nas redes sociais colidiu com a definida pela cúpula da campanha.

 

Militante do partido desde 1980, a socióloga é descrita por seu entorno como uma mulher com brilho próprio, de conteúdo, com personalidade forte e amorosa. O protagonismo rendeu a ela o apelido de Evita brasileira entre alguns integrantes da coordenação da campanha.

 

Coube a ela articular o vídeo com a nova versão do jingle de 1989 "Lula Lá", em que ela canta ao lado de diversos artistas. Esse foi o presente dado ao marido no início de maio, no evento de pré-lançamento da chapa presidencial.

 

A socióloga foi uma das três pessoas a falar na cerimônia. Além dela, discursaram o próprio Lula e o candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB). Desde então, Janja canta na maioria dos eventos.

 

Em junho, durante jantar com empresários, ela mostrou estranheza ao perceber que mulheres e homens estavam acomodados em grupos distintos. Segundo presentes, a socióloga incentivou as mulheres a participarem das conversas ao lado dos maridos.

 

Janja incentivou a empresária Rosangela Lyra a falar em nome das mulheres, o que não aconteceu. "Janja tem luz própria. Já saiu da sombra de Lula, se é que algum dia esteve", comenta Rosangela.

 

A socióloga também fez-se ouvir no almoço em que foi discutida a retirada da candidatura de Márcio França (PSB) em apoio a Fernando Haddad (PT) como candidato ao Governo de São Paulo. Janja se apresentou à mulher de França, Lúcia, como fiadora do acordo.

 

Descrevendo-se como "blogueirinha", na semana passada a socióloga tornou públicos seus perfis nas redes sociais, nos quais exibe cenas da vida do casal. No Instagram, ela reúne mais de 70 mil seguidores.

 

Janja também assumiu para si a tarefa de fazer pontes com artistas e influenciadores digitais.

 

Uma ala de aliados do petista avalia que Janja é um ativo para a campanha e que ela pode agregar em termos de pautas e votos ao ex-presidente ao se posicionar como uma mulher moderna, inteligente e independente.

 

Por outro lado, há petistas temerosos com o fato de as decisões de Janja serem tomadas à revelia da campanha. Ninguém tem, no entanto, coragem de falar com o ex-presidente, tido como um homem apaixonado e que estimula a independência da companheira.

 

Na opinião de pessoas próximas tanto de Lula como de Janja, as críticas são precipitadas e resultado de incômodos com o protagonismo da socióloga.

 

Petistas relatam que ela tem perfil diferente do de Marisa Letícia, ex-mulher de Lula. Embora tenha sido uma das fundadoras do PT, Marisa era avessa a aparições.

 

"Ela é uma pessoa que se dedica ao debate da segurança alimentar, sustentabilidade ambiental", diz o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), numa defesa da atuação de Janja.

 

"Do ponto de vista político, ela jogou luz para pautas importantes, como pautas feministas, relacionadas à segurança alimentar, meio ambiente, cultura, animais domésticos e afins. Ela tem um valor enorme para o PT", diz o advogado Marco Aurélio de Carvalho.

 

Na semana passada, Janja teve uma agenda própria --organizada a seu pedido e em 24 horas--, na favela de Heliópolis, em São Paulo. "O Lula não veio. Mas a Janja está aqui", anunciou a anfitriã do evento.

 

Presente no ato, o coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, resume: "Janja está pop".

 

Nem sempre foi assim. Em 2018, a socióloga marcava presença diária na vigília que ficava em frente à superintendência da PF em Curitiba, pedindo a libertação do então namorado. Após a libertação, os dois foram morar temporariamente na casa reservada à segurança do ex-presidente em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

 

 

Posted On Segunda, 22 Agosto 2022 07:17 Escrito por

O candidato do PDT afirmou ser o mais experientes entre os presidenciáveis

 

 

Por: Helena Fernandes

 

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, continuou cumprindo agendas no Rio de Janeiro na tarde deste sábado (20.ago) e, nos dois compromissos, criticou duramente a fome que 33 milhões de brasileiros estão passando no país.

 

Durante uma caminhada em São Gonçalo, na região metropolitana do estado, ele criticou mais uma vez ainda a polarização em torno dos dois primeiros colocados nas recentes pesquisas eleitorais de intenção de voto, dizendo que eles "fingem que brigam, mas seguem rigorosamente o mesmo modelo perverso e desumano que mata e humilha o nosso povo".

 

Ciro disse ainda que hoje o Rio de Janeiro é o centro do desastre político brasileiro, que ele respeita quem pensa diferente dele (se referindo aos adversários nessa campanha), mas pede a Deus que ilumine a palavra dele para que o povo da cidade escolha os candidatos íntegros do partido que disputam cargos nessas eleições.

 

Posteriormente, durante um encontro com protetores de animais, no Clube Canto do Rio de Niterói, no Rio de Janeiro, Ciro Gomes assinou uma carta-compromisso e fez um discurso enfático em defesa dos biomas e da soberania brasileira, especialmente na região amazônica. "Vou tomar posse do território nacional brasileiro, hoje ampla extensão, principalmente a Amazônia já não é mais governada pelas autoridades brasileiras, hoje parte importante da Amazônia brasileira é governada por uma holding do crime que mata e assassina como aconteceu recentemente".

 

Ao lado do candidato do partido que disputa o governo do Rio, Rodrigo Neves, Ciro faz crítica aos adversários "muita gente se apresenta como novo na política, eu me apresento como o mais experiente" e dá ênfase à situação econômica das famílias brasileiras. "O Brasil precisa mudar, nós não suportamos mais o modelo de governança que tá ai, hoje 33 milhões de pessoas não vão comer nada, 120 milhões de pessoas no país que mais produz comida no mundo não serão capazes de fazer três refeições hoje. De cada dez mulheres, oito estão super-endividadas. Quase 70 milhões de brasileiros estão humilhados, com o nome sujo no SPC. E não é porque o povo brasileiro é caloteiro, é porque o governo brasileiro há 25 anos cobra a taxa de juro mais imoral e vergonhosa para empobrecer o povo e encher o bucho de luxo e de riqueza de meia dúzia de barões do sistema financeiro". Neste domingo (21.ago), Ciro Gomes cumpre uma série de compromissos em sua terra natal, o Ceará.

 

 

Posted On Segunda, 22 Agosto 2022 07:15 Escrito por

Vale do Anhangabaú é local escolhido a dedo para comemorar os atos pelas Diretas Já, que marcaram a redemocratização do Brasil

Com Site Terra

 

Sob a frente fria que atinge o Sudeste, o Vale do Anhangabaú foi sede neste sábado, 20, do primeiro grande comício em São Paulo do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

O palco montado na região central de São Paulo abriga telões de LED com uma tremulante bandeira do Brasil e as cores verde e amarela. Trata-se de aceno ao centro e enfrentamento à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que faz uso dos símbolos nacionais em seus atos políticos.

Em aceno ao centro, comício de Lula em SP tem verde-amarelo e bandeira do Brasil

 

O Vale do Anhangabaú foi o local escolhido a dedo para comemorar os atos pelas Diretas Já, que marcaram a redemocratização do Brasil e trazer à tona o clima de frente ampla contra Bolsonaro. A figura-síntese desse movimento buscado pelo PT é o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o antigo adversário político Geraldo Alckmin (PSB). Apresentado pelo jornalista Chico Pinheiro, o ato também marcou o lançamento oficial das campanhas de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo e de Márcio França (PSB) a senador.

 

Em seu discurso, Lula saiu em defesa do estado laico. "Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo; tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio. Tem gente usando igreja como palanque político", afirmou. "Quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou pastor".

 

"Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o estado laico. Igrejas não tem de ter partido político, têm de cuidar da fé", afirmou. "Não deixem passar nenhuma mentira, não aceitem provocação na rua. Se pastor tiver mentindo, a gente tem de enfrentar"

 

Lula, referindo-se ao presidente Bolsonaro, disse que "governar não é fazer propaganda de arma; não é cuidar dos ricos, banqueiros, é cuidar do povo trabalhador. Não tem explicação as pessoas não terem o que comer".

 

"Queremos soberania, democracia, emprego". O ex-presidente reiterou que vai reajustar tabela do IR se eleito. "Salário mínimo vai aumentar acima da inflação todo ano. Bolsonaro que pegue a carteira verde e amarela dele e enfie onde ele quiser. Queremos minha casa minha vida. Vamos fazer política externa altiva e ativa".

 

Lula disse que Bolsonaro rói as unhas a cada pesquisa eleitoral. "Ele está tentando comprar voto com a quantidade de dinheiro que está liberando, até gasolina começou a baixar, é medo do Lula. Meu caro capitão, esse povo não é besta. Bolsonaro vai entregar a faixa presidencial, sim. Dia 2 de outubro o povo brasileiro vai tirar Bolsonaro da presidência e eleger Lula e Alckmin".

 

Lula exalta Dilma e diz que povo absolveu a ex-presidente

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também esteve presente e foi exaltada por Lula, que a comparou com Tiradentes, afirmando, após uma salva de palmas, Dilma foi absolvida pelo povo brasileiro.

 

Para Lula, Dilma foi uma vítima do Congresso Nacional, classificando seu processo de impeachment como um erro histórico do Legislativo. "Inventaram uma mentira contra ela, inventaram uma pedalada. Imagina o que é uma pedalada da Dilma contra as motociatas que esse genocida faz hoje", criticou.

 

"Eu queria agradecer o carinho (com) que vocês receberam da nossa presidenta Dilma. Porque normalmente, às vezes, a extrema direita condena um dos nossos, e muitas vezes nós acreditamos em parte da mentira contatada. Muitas vezes nós acreditamos naquilo que eles falam e repetem, falam e repetem", continuou.Lula citou a plateia em São Paulo, a história de Tiradentes, segundo ele, um "herói nacional" que foi morto pela coroa portuguesa e pelos representantes das forças militares da época para "ninguém nunca mais pensar em independência", comparando a história de Tiradentes - de quem as ideias libertárias estão até hoje no nosso meio, como disse -, com a de Dilma.

 

"Quando ela (Dilma) volta aqui, seis anos depois, e ela é reconhecida com o carinho que vocês a receberam, eu queria te dizer, Dilma, que, embora você tinha sido vítima do Congresso nacional, o povo de São Paulo acaba de te absolver, e dizer que você foi inocente, porque deram um golpe", disse o petista. Dilma recebeu aplausos da plateia, e comprimentos do ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Lula.

 

"Quisera Deus que todos os presidentes da República no mundo tivessem uma chefe da Casa Civil como eu tive a companheira Dilma. A Dilma era a minha tranquilidade, a Dilma era o que me fazia dormir tranquilo porque eu tinha certeza que tinha alguém cuidando das coisas e fazendo aquilo que a gente tinha decidido durante o dia, durante as reuniões", finalizou o ex-presidente.

 

Lula também destacou o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, que também integrou seu time de ministros. "O melhor ministro da Educação que esse País já teve", afirmou.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

 

Posted On Domingo, 21 Agosto 2022 06:45 Escrito por

Com Assessoria

 

Com grande buzinaço, o governador e candidato à reeleição Wanderlei Baborsa (Republicanos), e o seu candidato a vice, Laurez Moreira (PDT), foram recepcionados por centenas de mototaxistas, em Araguaína, onde iniciaram agenda de campanha na noite desta quinta-feira, 18. Além da reunião com os profissionais, eles também participaram da festa de lançamento da candidatura a deputado federal de Alexandre Guimarães (Republicanos), que contou com a presença de mais de 4.000 pessoas.

 

 

"Fizemos uma agenda positiva e política aqui em Araguaína, já como parte da nossa campanha. Ao lado de companheiros e companheiras, tivemos dois momentos importantes, um acompanhado da deputada Valderez Castelo Branco e do nosso amigo Lázaro Botelho, com a categoria organizada dos mototaxistas, com a qual dialogamos sobre as demandas deles. Depois fomos para o lançamento da candidatura de Alexandre Guimarães. Foi uma grande festa, que reuniu líderes de todas as regiões do Estado", avaliou o governador Wanderlei.

 

Junto com os mototaxistas

 

Em reunião com membros da Cooperativa dos Mototaxistas de Araguaína, que representa  495 profissionais da área, Wanderlei e Laurez estiveram ao lado de Valderez Castelo Branco (deputada estadual e candidata à reeleição) e Lázaro Botelho (candidato a deputado federal) e receberam um ofício com demandas da categoria.

 

O presidente da Cooperativa dos Mototaxistas de Araguaína, Deusivan Alves,  afirmou que acredita que Wanderlei é um Governador com sensibilidade para atender aos anseios que foram colocados. "Hoje é um dia muito especial e marcante para a gente. Estamos muito felizes de receber o nosso governador aqui na cooperativa pela primeira vez. Nós estamos depositando a nossa confiança nele, sabemos que vai fazer um trabalho ainda maior nesse novo mandato", afirmou.

 

Entre as demandas da categoria está a disponibilidade de linhas de crédito, via Agência de Fomento, com maiores recursos e menores juros para renovação da frota.

 

Evento com mais de 4 mil pessoas

 

Posted On Sábado, 20 Agosto 2022 11:48 Escrito por

Partidos que disputam a Presidência apoiam nos estados 23 candidatos a governador de legendas que são suas rivais na corrida presidencial. É o que revela um levantamento feito pelo GLOBO com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do total, nove são atuais governadores que buscam a reeleição.

Por Marlen Couto

 

O MDB, que lançou a senadora Simone Tebet (MS) à Presidência, é a legenda que mais contraria a configuração da disputa nacional. O partido apoia cinco candidatos do PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e Jerônimo Rodrigues (PT), que concorre ao governo da Bahia. A candidatura de Tebet foi oficializada em meio a divergências internas. Lideranças do MDB em 11 estados, concentrados no Norte e Nordeste, chegaram a declarar apoio à candidatura de Lula no primeiro turno.

 

O MDB também apoia três candidatos do União Brasil, que tem Soraya Thronicke como candidata a presidente. São eles o atuais governadores de Goiás, Ronaldo Caiado; do Mato Grosso, Mauro Mendes; e de Rondônia, Marcos Rocha. O partido está ainda na coligação do governador do Rio, Cláudio Castro; e de Ronaldo Dias, no Tocantins, nomes do PL, do presidente Jair Bolsonaro. A sigla também marca presença no arco de apoio ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que lançou Felipe d'Avila ao Planalto.

 

 

O PT apoia quatro candidatos a governador do MDB, entre eles Eduardo Braga, no Amazonas, e o atual governador do Pará, Helder Barbalho, que tem a maior coligação do país, com 17 legendas. Já o PL decidiu aderir às candidaturas de três nomes do União Brasil: os governadores do Amazonas, Wilson Lima, e do Mato Grosso, Mauro Mendes, e Capitão Wagner, que disputa o governo do Ceará. O partido de Bolsonaro também apoia no Maranhão o pedetista Weverton Rocha, aliado de Ciro Gomes (PDT).

 

A legenda de Ciro, por sua vez, também integra coligações de candidatos a governador de partidos rivais na disputa presidencial. O partido apoia Fátima Bezerra, Barbalho, Paulo Dantas (MDB-AL), ACM Neto (União-BA), Caiado e Silvio Mendes. Por fim, o União Brasil está na coligação de Cláudio Castro e Barbalho.

 

Alianças mais comuns

 

Dono da maior fatia do fundo eleitoral, o União Brasil foi o partido que mais atraiu outras legendas para suas candidaturas e contará com coligações em 11 estados. O partido só não tem o apoio de outros partidos no Acre, onde lançou Marcio Bittar.

 

 

PT e PSB foram as legendas que mais costuraram apoios mútuos, com dez casos. Os petistas estão nas chapas de quatro candidatos do PSB ao cargo: Marcelo Freixo, no Rio; Renato Casagrande, no Espírito Santo; Danilo Cabral, em Pernambuco; e Carlos Brandão, no Maranhão. Já o PT costurou o apoio da legenda aliada em seis estados em que disputa o governo (Bahia, Goiás, Piauí, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo).

 

Outra aliança que se destaca é entre MDB e PT. Foram costurados nove apoios no total entre os partidos. Embora tenha um acordo com a federação PSDB-Cidadania na disputa presidencial, o MDB só contará com apoio dos tucanos em um único estado, o Pará, onde disputa com Helder Barbalho. Já o PSDB terá o MDB em sua coligação em dois estados, Rio Grande do Sul, onde concorre com Eduardo Leite, e São Paulo, onde o governador Rodrigo Garcia tenta a reeleição.

 

Os tucanos fizeram mais alianças com o União Brasil. O partido está na coligação de cinco candidatos a governador da sigla criada a partir da fusão entre DEM e PSL, e três tucanos contam com apoio do União. Os candidatos a governador do PL, por sua vez, foram mais apoiados e deram suporte ao PTB, sigla de Roberto Jefferson. Ao todo, foram costuradas alianças em cinco estados.

 

Posted On Sábado, 20 Agosto 2022 06:47 Escrito por
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