Com Estadão

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou, em suas redes sociais, manifestações "ilegítimas e antidemocráticas, como as de intervenção militar e fechamento do STF". Hoje, atos organizados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) pediram "destituição" de ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

Em sua postagem, Pacheco disse que "manifestações populares são expressão da vitalidade da democracia. Um direito sagrado, que não pode ser frustrado", e reforçou que o 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores, sempre foi marcado por reivindicações no Brasil. "Isso serve ao Congresso, para a sua melhor reflexão e tomada de decisões", afirmou.

 

Pacheco aponta, contudo, que manifestações como as que pedem intervenção militar e fechamento do STF, "além de pretenderem ofuscar a essência da data, são anomalias graves que não cabem em tempo algum".

 

O presidente do Senado não citou nomes ou manifestações específicas, mas atos mobilizados por apoiadores de Bolsonaro hoje deixaram clara uma oposição ao STF e apoio ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pela Corte a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques à democracia e por incitar violência física contra ministros.

 

Posted On Segunda, 02 Mai 2022 05:58 Escrito por

O vermelho não deve sumir, mas pode perder a preponderância para o verde e amarelo. O discurso, hoje voltado às bases, como movimentos sociais e sindicatos, deve mudar e fazer acenos, também, ao empresariado. Sócio de empreendimentos de cifras milionárias e ligado a políticos de centro-direita do PSDB e do União Brasil, o publicitário Sidônio Palmeira – recém-contratado – quer dar à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um tom que amplie seu alcance para além dos militantes, grupo que considera “fechado” e “à esquerda”, segundo apurou o Estadão

 

Por Luiz Vassalo e Beatriz Bulla

 

Sidônio foi escolhido semana passada para assumir a campanha petista ao Planalto. O publicitário sabe que o percurso rumo ao centro para atrair os “não convertidos” tem de passar pelo aval do ex-presidente e não pode ser radical.

 

Amigos próximos afirmam que, além de deixar o PT “menos vermelho”, Sidônio deve buscar mais apelo emocional na campanha. Trata-se de uma mudança de rumos em relação ao trabalho de Augusto Fonseca, seu antecessor na função e demitido pela cúpula do partido na semana passada, sob críticas.

 

Em um primeiro orçamento apresentado ao PT, Sidônio estimou um preço de R$ 44,5 milhões. O valor é próximo dos R$ 45 milhões pedidos por Augusto Fonseca. Ainda não está fechado e deve ser negociado.

ACM Neto ex-prefeito de Salvador é pré-candidato ao governo da Bahia

 

A saída de Fonseca expôs a disputa interna no PT pela comunicação da campanha. O setor absorverá a maior fatia do dinheiro do fundo eleitoral de R$ 500 milhões da legenda. Conselheiro próximo de Lula, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Franklin Martins havia bancado a contratação de Fonseca. O secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e deputados petistas, por sua vez, cobravam sua substituição.

 

Sidônio chega com o apoio, sobretudo, do senador Jaques Wagner (PT-BA), para quem fez a campanha eleitoral vitoriosa de 2018. O parlamentar também passará a ser coordenador de Lula em 2022. O publicitário havia participado da licitação que levou à escolha de Fonseca. O ex-ministro chegou a propor que ambos dividissem o comando da comunicação. Sidônio não aceitou.

 

Carreira

Nascido em Vitória da Conquista (BA), Sidônio tem 63 anos e é formado em Engenharia pela Universidade Federal da Bahia, mas nunca exerceu a profissão. Militou no movimento estudantil. Sua primeira campanha foi para a ex-prefeita de Salvador Lídice da Mata (PSB), nos anos 1990. À época, enfrentou forte oposição de Antonio Carlos Magalhães.

 

Ao longo dos anos, Sidônio cultivou forte amizade com ACM Neto, de quem é sócio em um fundo imobiliário. Também é amigo e sócio da irmã do ex-prefeito de Salvador Renata Magalhães e do deputado João Gualberto (PSDB) em outra empresa de investimentos em imóveis. Em março, a sociedade arrematou por R$ 9,2 milhões o Palácio dos Esportes, edifício do governo da Bahia. O prédio abriga a sede da Federação Bahiana de Futebol, entre outras entidades. Será transformado em um hotel.

 

A relação de Sidônio com o esporte é mais profunda. Torcedor fanático do Bahia, integrou o movimento de democratização do clube, que permitiu a eleição de presidentes por voto direto de torcedores e foi assessor da presidência do “Esquadrão de Aço”. Foi sócio do presidente do clube, Guilherme Bellintani. Em 2020, com apoio de Rui Costa e Jaques Wagner, Bellintani cogitou disputar a prefeitura de Salvador pelo PT, mas desistiu.

 

Mídia

A Leiaute, agência de Sidônio, é uma das quatro escolhidas para o contrato com o governo baiano. O valor chega aos R$ 170 milhões para as agências, que produzem a publicidade estatal. Também há repasses aos veículos de comunicação.

 

Segundo dados do Estado, desde 2016, a Leiaute é a agência líder no recebimento de verbas de publicidade. Foram R$ 504 milhões pagos à empresa, conforme o Portal da Transparência. O governo da Bahia afirmou, em nota, que houve licitação para a contratação da Leiaute, e que o “objeto da licitação foi adjudicado a quatro agências de publicidade que faturarão no mínimo 15% do montante efetivamente executado”.

 

Procurado, Sidônio não se manifestou.

 

 

Posted On Domingo, 01 Mai 2022 06:41 Escrito por

O STF confirmou no ano passado uma decisão que anulou as condenações impostas a Lula e, com isso, ele está apto a concorrer nas eleições

 

Com Argências

 

O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta quinta-feira que o processo por corrupção contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que levou à sua prisão e o impediu de concorrer à Presidência em 2018, violou o devido processo legal.

 

"Estas violações processuais tornaram a proibição de Lula se candidatar a presidente arbitrária e, portanto, uma violação de seus direitos políticos, incluindo seu direito de concorrer a um cargo", afirmou uma declaração em nome do comitê de especialistas independentes.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou no ano passado uma decisão que anulou as condenações impostas a Lula e, com isso, ele está apto a concorrer nas eleições de outubro. O ex-presidente lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência.

 

 

Posted On Sexta, 29 Abril 2022 05:12 Escrito por

POR LUCAS NEIVA

 

Em meio ao encontro nacional do PSB, nesta quinta-feira (28), em Brasília, a aliança da legenda com o PT nas eleições entrou na pauta do discurso do presidente da legenda socialista, Carlos Siqueira. Segundo o líder partidário, o apoio entre os dois partidos não deverá ser apenas eleitoral, mas também na formação do programa de governo da chapa. Os dois partidos estarão juntos nas eleições presidenciais neste ano: o PSB indicou o ex-governador Geraldo Alckmin como vice na chapa do ex-presidente Lula.

 

“A nossa colaboração não é apenas eleitoral. A nossa colaboração eleitoral é muito importante, mas é igualmente importante a colaboração programática para que possamos vencer, e vencer bem”, declarou. Com a vice-presidência de Alckmin, anunciou que planeja moldar espaço para avançar em projetos do PSB de curto, médio e longo prazo. “Seria um desenvolvimento emancipatório, onde se pensa em aproveitar todas as suas potencialidades, que são imensas, e ao mesmo tempo distribuir essas riquezas”, descreveu.

 

Siqueira também se posicionou em favor de uma reforma política que reforce as agendas ideológicas de cada partido, bem como o excesso de partidos no Congresso. “Precisamos reduzir drasticamente essas sopinhas de letras que estão aí. Precisamos reduzir esses partidos que fazem parte de qualquer governo”, afirmou.

 

A fala se deu na presença tanto da militância do partido quanto de lideranças do PT, entre eles o ex-presidente Lula, a presidente do PT Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).

 

 

 

Posted On Sexta, 29 Abril 2022 05:08 Escrito por

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (28) que tem muito orgulho do indulto individual dado por meio de decreto ao deputado federal Daniel Silveira (PTB), condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

 

POR JOSÉ MATHEUS SANTOS

 

"Isso que eu fiz é para todos vocês. A nossa liberdade não pode continuar sendo ameaçada. Me senti orgulhoso e feliz comigo mesmo com a decisão tomada", disse em discurso em Paragominas (PA), onde esteve para um evento de entrega de títulos de terra em programa de regularização fundiária.

 

Um dia antes, Bolsonaro promoveu um evento oficial no Palácio do Planalto com deputados aliados no qual reforçou ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) e cobrou a participação de militares na apuração dos votos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições deste ano.

 

Batizada de "ato cívico pela liberdade de expressão", com transmissão ao vivo pela TV Brasil, a mobilização foi liderada pelas bancadas evangélica e da bala do Congresso, como uma forma de demonstrar apoio ao presidente em meio ao embate com a corte.

 

Nos discursos, a repetição de insinuações golpistas contra o STF e as eleições.

 

Além do perdão de pena concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), desafiando decisão do Supremo, uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso de que as Forças Armadas estariam sendo orientadas a atacar as eleições provocou reação do Ministério da Defesa no final de semana e ampliou a tensão entre os Poderes.

 

"Eles [TSE] convidaram as Forças Armadas a participarem do processo eleitoral. Será que esqueceram que o chefe supremo das Forças Armadas se chama Bolsonaro?", disse o presidente.

 

O evento no Planalto não chegou a lotar nem teve número de presentes similar ao de outras cerimônias no local, porém mais de 20 parlamentares discursaram, com a tônica de críticas à imprensa, à esquerda e ao Supremo.

 

Posted On Quinta, 28 Abril 2022 14:06 Escrito por
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