O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto, tanto em primeiro quanto em segundo turno, em todos os cenários pesquisados caso as eleições fossem hoje, aponta pesquisa divulgada ontem, quarta-feira (28) pelo banco Modalmais e instituto de pesquisa Futura Inteligência

 

Por Pedro Caramuru

 

No cenário de pesquisa estimulada que reuniu o maior número de presidenciáveis, 13 no total, Lula tem a menor vantagem sobre o atual presidente Jair Bolsonaro: 33,8% do petista contra 25,2% do atual chefe do Executivo. Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT) com 6,6% das intenções de voto e o ex-ministro Sérgio Moro com 6,3%.

 

Tecnicamente empatados em último lugar estão o ex-ministro Luiz Mandetta (DEM) com 3,4%, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) com 3,0%, o ativista Guilherme Boulos (PSOL) com 3,0%, João Doria (PSDB) com 2,3%, Eduardo Leite (PSDB) com 1,4%, Simone Tebet (MDB) com 0,8%, Flávio Dino (PSB) com 0,8%, Tasso Jereissati (PSDB), com 0,6% e Rodrigo Pacheco (DEM) com 0,6%. Brancos são 7,9% e indecisos 4,5%.

 

A pesquisa também mensurou outros cenários com menos candidatos, quatro ao todo, o que levaria à concentração de votos. Nestes, a vantagem de Lula cresce de 8,6 pontos percentuais para entre 12,1 p.p. e 12,7 p.p. Já na pesquisa espontânea, Lula tem 30,1% das intenções de voto e Bolsonaro 24,0%. Neste cenário, indecisos são 25,4% e brancos, 9,8%.

 

O levantamento ouviu 2.006 eleitores ouvidos entre 23 e 26 de julho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

 

Segundo turno

 

Nas intenções de voto para o segundo turno, Lula também venceria todos os outros candidatos. Contra Bolsonaro, Lula teria 51,3% dos votos totais e Bolsonaro, 32,9%. O atual presidente também perderia para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O pedetista tem 46,6% dos votos totais e Bolsonaro, 33,1%.

 

Rejeição

 

Entre os candidatos, Bolsonaro foi o que atingiu o maior índice de rejeição. Dos entrevistados, 49,1% dos eleitores - que podiam apontar um único candidato - disseram que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro e 26,3% apontaram o ex-presidente Lula. A pesquisa também aferiu que 65,9% dos eleitores disseram que Bolsonaro não merece ser reeleito e 30,3% que merece. Para Lula, 48,6% dos entrevistados disseram que o ex-presidente não merece ser eleito novamente e 47,6% que sim.

 

 

 

Posted On Quinta, 29 Julho 2021 04:51 Escrito por

Bolsonaro e Ciro Nogueira: a aproximação deve render dividendos políticos para ambos os lados

 

Por Ricardo Rangel

 

Foi o próprio Ciro Nogueira — aquele que enterrou o voto impresso e chamou Bolsonaro de fascista — que anunciou ter aceitado o convite de Bolsonaro para ser primeiro-ministro, ou melhor, chefe da Casa Civil. Até Napoleão Bonaparte, que coroou a si mesmo, foi mais sutil.

 

Para quem ainda não percebeu, é bom avisar: o governo PP começou. Ciro Nogueira controla todos os cargos e verbas de governo, o relacionamento com o Senado e o orçamento secreto do Senado. Arthur Lira controla o impeachment, o destino dos projetos de interesse do governo e o orçamento secreto da Câmara. Ricardo Barros controla a articulação de tudo o que interessa ao governo. E são todos indemissíveis.

 

O governo PP começou, e começou em grande estilo.

 

O convite de Bolsonaro a Ciro vazou antes mesmo de que o presidente tivesse tempo de organizar a casa para recebê-lo: o inquilino anterior no ministério, o general Luiz Eduardo Ramos, soube que estava defenestrado pelos jornais. Para evitar botar o general no olho da rua, Bolsonaro resolveu lhe dar o lugar de Onyx Lorenzoni. Para não mandar Lorenzoni, que sabe demais, embora, o presidente teve a ideia de desmembrar o ministério da Economia (a promessa eram 15 ministérios, já estamos em 23).

 

Sobrou humilhação pra todo lado.

 

Ramos foi o primeiro a se recuperar. Apesar de, nas próprias palavras, ter sido “atropelado por um trem”, declarou-se pronto a assumir a nova missão — que será, como se sabe, servir cafezinho ao doutor Ciro. Paulo Guedes tenta dar a impressão de que está de acordo com o esvaziamento de seu ministério, que teria o objetivo de “aumentar o emprego” (enquanto isso, faz o que pode para atrapalhar Lorenzoni). Lorenzoni, surpreendentemente, é o que se comporta da maneira mais inteligente: faz cara de paisagem.

 

No dia seguinte ao vazamento do convite a Ciro, e antes mesmo que o senador o aceitasse, vazou que Braga Netto havia ameaçado o Congresso tentando aprovar o voto impresso. Seguiu-se a tempestade conhecida. Dois dias depois, surgiu a notícia de que o general ganha 100 mil reais líquidos por mês. O PP não dará vida fácil aos generais.

 

Enfim, o PP está causando uma tremenda confusão.

 

E olha que Ciro Nogueira ainda nem tem data marcada para assumir.

 

Posted On Quarta, 28 Julho 2021 04:29 Escrito por

Nesta terça-feira (27) o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que assumirá o cargo de ministro-chefe da Casa Civil

 

Bolsonaro: Acredito que um terço dos meus ministros se lance candidato em 2022

 

Com Agência Estado

 

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta terça-feira, 27, que, apesar de seu governo, inicialmente, ter escolhido seus ministros baseado em questões técnicas, "pouco políticas", foi necessário se moldar em busca de apoio e entendimento do Congresso.

 

"Tive a oportunidade ímpar, como chefe do Executivo, de escolher nosso ministério, baseado em questões técnicas. Abandonamos um pouco a questão política, mas vimos que era necessário, cada vez mais, buscar o apoio e entendimento do parlamento brasileiro. Fomos nos moldando, mas, desde o início, aquela bandeira colocamos em prática: o efetivo combate à corrupção", disse o presidente em discurso na cerimônia de lançamento do Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal, realizada no final desta tarde no Palácio do Planalto.

 

Nesta manhã, o presidente reuniu-se com o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), cuja nomeação ao posto de ministro-chefe da Casa Civil deve ser oficializada em breve. Integrante do chamado 'centrão' e réu na Operação Lava-Jato, o parlamentar substituirá o general Luiz Eduardo Ramos, que seguirá no Planalto, na Secretaria-Geral da Presidência da República.

 

Nogueira, que compareceu à solenidade, foi aliado de Lula, principal antagonista de Bolsonaro no horizonte eleitoral de 2022. Em 2017, às vésperas do pleito presidencial de 2018, chamou o atual presidente de fascista e declarou apoio ao petista, a quem se referiu como o melhor presidente da história. Enalteceu programas sociais de transferência de renda, como Bolsa Família, responsável, em sua avaliação, por melhorar indicadores socioeconômicos do Nordeste, e o programa de moradias populares Minha casa Minha Vida.

 

Durante a solenidade, Bolsonaro destacou resultados de estatais e insistiu no discurso de que não existem acusações de corrupção contra o governo, apesar das recentes denúncias de irregularidades na aquisição de vacinas contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde. Em escândalo recente, o ex-chefe da pasta Eduardo Pazuello teve seu depoimento à CPI da Covid, no qual afirmou não ter participado de negociações de compra de imunizantes, contraditado por vídeo em que aparece em reunião com intermediários interessados na venda de doses da Coronavac por valor superior ao oferecido pelo Instituto Butantan.

 

"Dois anos e meio (de governo) sem qualquer acusação de corrupção realmente é uma coisa fantástica. Mas não consideramos virtude, é obrigação. É o mínimo que podemos fazer com nossa população", disse Bolsonaro nesta tarde.

 

Bolsonaro: Acredito que um terço dos meus ministros se lance candidato em 2022

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevê que cerca de um terço dos ministros de seu governo sejam candidatos nas eleições de 2022. Para ele, a perspectiva de vitória no pleito do ano que vem serve como estímulo ao trabalho dos chefes das pastas. "Eu já falei com eles. Quem quiser vir candidato, boa sorte. Eles sabem muito bem que eles têm chance de vitória se eu estiver bem", declarou nesta terça-feira (27) em entrevista à Rede Nordeste de rádio.

 

Entusiasta da candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao governo de São Paulo, Bolsonaro o elogiou pelo trabalho à frente da pasta e garantiu que teria sucesso em eventual gestão no Poder Executivo. "Está fazendo um brilhante trabalho. Depende dele. Se assumir um cargo no Executivo, dará um show", disse. Ao indicar Tarcísio, o presidente preteriria o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que deixou o governo após pressões e já manifestou interesse pelo cargo.

 

Já quanto à possível disputa do ministro do Turismo, Gilson Machado, ao governo de Pernambuco demonstrou ceticismo, por considerar inviável vencer sem aliança com lideranças do Nordeste, mas projetou vaga no Congresso. "O Gilson talvez no Senado . Talvez. Não posso garantir porque não tenho conversado com ele sobre política."

 

Bolsonaro atribuiu o recente remanejamento nos ministérios, que resultou na substituição do general Luiz Eduardo Ramos pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) no comando da Casa Civil, à dificuldade do militar em negociar com o Congresso.

 

"(As reformas ministeriais) acontecem, não são programadas. O general Ramos é meu irmão. Agora, no linguajar com o parlamento, ele tinha dificuldade. É a mesma coisa que pegar o Ciro Nogueira para conversar com os generais do Exército Brasileiro", justificou.

 

Nogueira integra o chamado centrão, ala fisiológica do parlamento, e foi aliado de Lula, principal antagonista de Bolsonaro no horizonte eleitoral de 2022. Em 2017, às vésperas do pleito presidencial de 2018, chamou o atual presidente de fascista e declarou apoio ao petista, a quem se referiu como o melhor presidente da história. Enalteceu programas sociais de transferência de renda, como Bolsa Família, responsável, em sua avaliação, por melhorar indicadores socioeconômicos do Nordeste, e o programa de moradias populares Minha casa Minha Vida.

 

 

Posted On Quarta, 28 Julho 2021 04:25 Escrito por

Presidente substitui agora a expressão 'voto auditável' por 'voto democrático'

 

Por Vera Rosa

 

O presidente Jair Bolsonaro subiu novamente o tom nesta segunda-feira, 26, ao dizer que "está na cara que querem fraudar" as eleições de 2022. Bolsonaro questionou, mais uma vez, a segurança das urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e afirmou que qualquer manifestação condiz com o direito de livre expressão, mesmo as que defendem a intervenção militar e o Ato Institucional n.° 5 (AI-5), o mais violento da ditadura.

 

"(A gente) não consegue entender por que os caras são contra uma maneira de você terminar as eleições e ninguém reclamar. Está na cara que querem fraudar. De novo. Geralmente, quem está no poder é que faz artimanhas. Eu estou fazendo justamente o contrário", disse o presidente em mais uma crítica ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso.

 

Na quinta-feira, 22, o Estadão revelou que no último dia 8 o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de um interlocutor político. Na mensagem, o general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022 se não houvesse aprovação do voto impresso no Brasil. Após a publicação da reportagem, Braga Netto divulgou nota dizendo que não se comunica por meio de interlocutores e reiterando o apoio ao "voto eletrônico auditável por meio de comprovante impresso".

 

Bandeira do bolsonarismo, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o voto impresso tramita em uma comissão especial da Câmara e o governo está prestes a ser derrotado na análise do assunto. Bolsonaro defende a ideia de forma contundente, sob a alegação de que o sistema atual permite fraude, embora o voto na urna eletrônica seja auditável.

 

Diante da repercussão negativa da atitude de Braga Netto, porém, o presidente decidiu agora substituir o termo "voto auditável ou impresso" por "voto democrático". "Vou falar democrático que é melhor", afirmou ele nesta segunda-feira, em conversa com apoiadores, diante do Palácio da Alvorada. A escalada retórica de Bolsonaro ocorre no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto para a disputa de 2022.

 

Com aliados e até alguns de seus filhos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob suspeita de formar "organização criminosa" para atacar as instituições do País, Bolsonaro disse que qualquer manifestação faz parte da liberdade de opinião. "O cara levanta uma placa: artigo 142 (da Constituição, segundo o qual as Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem). Ele é processado por causa disso? Então, vamos retirar o artigo 142 da Constituição", protestou.

 

Na mesma conversa, Bolsonaro usou outra comparação para dizer que tudo faz parte da democracia. "O cara levanta uma placa do AI-5. AI é na Constituição anterior, não existe mais AI. (...) Você quer levantar um cartaz na rua pedindo aí pena de morte? Faça o que você bem entender. Isso é liberdade de expressão, está na Constituição. Eu respeito isso, outros não respeitam", insistiu ele, em outra indireta para ministros do Supremo.

Bolsonaro não disse, no entanto, que por sua ordem adversários do governo foram alvo de investigações com base na antiga Lei de Segurança Nacional (LSN). O então ministro da Justiça André Mendonça - atualmente no cargo de advogado-geral da União e indicado pelo presidente para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal - até hoje enfrenta críticas e resistências à sua nomeação por causa de episódios como esses.

 

 

Posted On Terça, 27 Julho 2021 06:45 Escrito por

Silvio estava afastado das gravações há quase 2 anos

 

Com Poder360

O apresentador Silvio Santos, 90 anos, retornou às gravações presenciais depois de 2 anos afastado. Na 1ª edição do programa “Roda a Roda Jequiti” apresentada por Silvio depois do hiato, exibida neste domingo (25.jul.2021) pelo SBT, o apresentador comentou que perguntaria ao presidente Jair Bolsonaro se ele seria eleito.

 

“Eu nunca saí de São Paulo, só conheço o Rio, porque eu nasci lá, e Brasília, que é onde vou tratar de negócios”, comentou. “Vou falar com o Bolsonaro para ver se ele vai ser reeleito. Vou perguntar a ele se vai ser reeleito”.

 

O programa foi gravado 2 dias antes, na 6ª feira (23.jul).

 

Dono do SBT, Silvio estava em isolamento por conta da pandemia do coronavírus. O apresentador foi vacinado em 10 de fevereiro com a 1ª dose da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan.

 

Durante o programa, o apresentador reclamou de ter ficado em casa “sem fazer nada” durante o período de isolamento.

 

Silvio Santos é genro do ministro Fábio Faria (Comunicações), que é casado com Patrícia Abravanel. No Twitter, Faria chegou a comemorar o retorno de Silvio às gravações. Disse que o empresário é “referência na televisão há 65 anos ininterruptos e ícone da comunicação no Brasil” e compartilhou um vídeo do retorno do apresentador.

 

Posted On Segunda, 26 Julho 2021 14:44 Escrito por
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