Revogação, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, será publicada na edição de quarta-feira do diário Oficial da União
Com Agências
No último dia 19 de fevereiro, o plenário da Câmara inflingiu a primeira derrota do governo Jair Bolsonaro e derrubou o decreto que alterava as regras da Lei de Acesso à Informação e ampliava o número de servidores autorizados a impor sigilo a documentos públicos.
Nesta terça-feira, o presidente preferiu evitar uma nova derrota e, antes mesmo de o texto ser votado no Senado, optou por recuar e revogar o decreto . A assinatura da revogação constará na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.
Freio na votação do decreto
A expectativa era que o Senado colocasse a questão na pauta desta quarta. Em conversas com representantes da casa, fontes do governo trabalhavam com a possibilidade de uma nova derrota, talvez ainda maior do que a ocorrida na Câmara.
Na semana anterior, o governo já havia tentado barrar a primeira votação, mas sem sucesso. A proposta enfrentou muita rejeição e recebeu diversas críticas, principalmente de entidades que apontavam que o projeto diminuiria a transparência na administração pública.
Entenda o decreto
Assinado por Hamilton Mourão quando este ocupava o cargo de presidente em exercício, o decreto alterava regras da Lei de Acesso à Informação e permitia que ocupantes de cargos comissionados pudessem classificar dados do governo federal como informações secretas.
Câmara contraria Bolsonaro e barra mudança em Lei de Acesso à Informação
Por iG São Paulo
O governo Bolsonaro sofreu a sua primeira derrota na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (19), os deputados votaram contra a mudança na Lei de Acesso à Informação, contrariando o que queria o PSL. O decreto, assinado pelo então presidente em exercício, Hamilton Mourão, no dia 24 de janeiro, passava a classificar os dados do governo federal como ultrassecretos.
Apenas 57 parlamentares foram contrários à urgência para impedir mudanças na Lei de Acesso à Informação, como queria o governo Bolsonaro . O PSL, partido do presidente, foi a única sigla a orientar seus filiados a não votarem a favor da medida.
Com a decisão dos parlamentares, o decreto assinado por Mourão perde valor e o acesso à informação de dados do governo federal se mantém.
"Em uma democracia consolidada, as derrotas são aceitas naturalmente. [...] O governo não considera de forma alguma como derrota o fato do Congresso pedir analise mais aprofundada no que toca a Lei de Acesso à Informação", afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
A Lei de Acesso à Informação foi criada em 2011 e passou a vigorar em 2012, durante o governo de Dilma Rousseff. Com ela, todos os dados e contratos do governo passaram a ser de conhecimento público, bem como os gastos de parlamentares e ministros.
A lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público. Entidades privadas sem fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a informações referentes ao recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas recebidos.
Após o decreto de Mourão , porém, assessores poderiam definir determinados dados como sigilosos e, estes, não seriam repassados à população ou mídia.
A negação da Câmara em aceitar um projeto do Planalto pode atrapalhar o envio do texto da reforma da Previdência. Deputados pedem uma melhor interlocução com o legislativo para que propostas de parlamentares sejam avaliadas na reforma.
Líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado major Vitor Hugo (PSL-GO) chegou a liberar a bancada para votar, mas deixou claro que o partido preferia a aprovação do decreto de Mourão.
Da Redação
Apesar do discurso de pacificação adotado após ser eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) prepara uma “faxina” em cargos de diretoria e coordenadoria da Casa controlados pelo MDB. O alvo são servidores apadrinhados por seus antecessores - Eunício Oliveira (CE), José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
O próprio Renan deve ser “demitido” por Alcolumbre do cargo de ouvidor do Senado. Responsável por receber a opinião dos cidadãos sobre a Casa Legislativa, o mandato do senador alagoano não será renovado.
A lista de diretores, secretários e coordenadores de áreas que vão passar pelo pente-fino tem 184 nomes. A avaliação do presidente do Senado e de pessoas do seu entorno é de que, se quiser fazer uma renovação na Casa, como prometeu aos colegas, precisará acabar com o que considera “maus hábitos” que estariam impregnados nos principais postos de comando. Na prática, o controle vai passar para as mãos do novo grupo que comandará o Senado no biênio 2019-2020.
Foi com a promessa de cargos que Alcolumbre conseguiu votos suficientes para se eleger presidente e derrotar Renan. Senadores que atuaram como seus cabos eleitorais espalharam a mensagem de que, se Renan fosse eleito, os novatos não teriam chance de ocupar os postos da Casa. Ao todo, o Senado tem cerca de 2.500 cargos de livre nomeação. “A gente ia falando isso de orelha em orelha”, afirmou um senador que participou da campanha.
DEMISSÕES
A primeira demissão foi do diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, que ocupava o cargo há 14 anos. Ele chegou por indicação de Renan e permanecia no cargo. Em 2016 foi preso por quatro dias durante a Operação Métis, da Polícia Federal. Motivo: suspeita de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Operação Lava Jato. O diretor sempre negou as acusações.
O presidente do Senado ainda analisa a permanência de outros ocupantes de cargos-chave que têm suas trajetórias de ascensão atreladas a emedebistas. Entre eles o secretário-geral do Senado Luiz Fernando Bandeira de Mello, que chegou a ser destituído por Alcolumbre no dia da eleição após manobra que favoreceu Renan, mas foi reconduzido ao posto.
Uma resolução elaborada pelo secretário favoreceria a tática de Renan para garantir que a eleição fosse secreta e não por meio de voto aberto, como defendia Alcolumbre. Alvo de campanha nas redes sociais, o emedebista acreditava que teria chance de vencer apenas com a eleição secreta. Ao final, prevaleceu o voto fechado, mas senadores protestaram mostrando suas cédulas para o plenário.
Segundo a reportagem apurou, Bandeira de Mello passa por uma espécie de “estágio probatório”. Por enquanto, a ideia de Alcolumbre é testar a confiabilidade do secretário-geral, pois o servidor é tido como um dos mais brilhantes da Casa. Como exemplo, senadores costumam lembrar que ele chegou à Secretaria-Geral do Senado quando tinha apenas 34 anos.
Jantar. A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, também nomeada quando Renan presidia a Casa, é outra que deve ser substituída. É atribuída a ela a organização de um jantar para 200 pessoas na residência oficial, regado a whisky e espumante, no dia da eleição.
Como nenhum dos demais candidatos foi avisado, a suspeita é de que o convescote seria para Renan, até então considerado favorito na disputa. A diretoria-geral justificou que se trata de uma praxe do Senado organizar o evento para o vencedor, seja ele quem for.
Ilana chegou ao cargo pouco depois da queda de Agaciel Maia, o então todo-poderoso diretor-geral do Senado, chamado de o 82.º senador. Agaciel foi demitido no rastro do escândalo dos atos secretos no Senado, revelado pelo Estado, no qual ele omitia dos boletins do Senado nomeações de apadrinhados de senadores.
As apostas na Casa são de que a caneta de Alcolumbre pode se voltar ainda contra aliados da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. É o caso, por exemplo, da diretora de Transparência do Senado, Elga Maria Teixeira, que trabalhou em campanhas da filha de José Sarney.
GILMAR MENDES
Até mesmo interlocutores do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, podem acabar perdendo espaço. O diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos do Senado, Luciano Felício Fuck, é considerado um “braço direito” do magistrado por ter sido seu chefe de gabinete e secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele foi indicado para o posto em fevereiro de 2018, durante a gestão de Eunício Oliveira.
O novo comando do Senado também vai passar um pente-fino em todos os atos assinados na gestão anterior. No apagar das luzes, por exemplo, Eunício, que não se reelegeu, estendeu a todos os ex-senadores a permissão para que façam tratamento de saúde sem limite de gastos. O benefício valia até então só para os com mandato.
Sobrinho do presidente foi 58 vezes ao Planalto
Sem cargo na Presidência, Leonardo Rodrigues de Jesus, de 35 anos, primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, foi 58 vezes ao Planalto nos primeiros 45 dias de governo do tio. A frequência é maior que a do próprio presidente. No mesmo período desde que assumiu, Bolsonaro despachou no Planalto por 16 dias, de 1.º de janeiro a 14 de fevereiro.
Além de viajar ao Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente se licenciou para realizar uma cirurgia e ficou 17 dias internado em São Paulo.
Léo Índio, como é conhecido, é próximo de Carlos Bolsonaro, e já teria participado de pelo menos uma reunião reservada com autoridades envolvidas na reforma da Previdência. Oficialmente, foi a três órgãos internos do Planalto, fora salas e gabinetes por que passou sem anúncio nem registro.
Nos últimos dias, em meio à crise do governo, Léo Índio rondou o gabinete do desafeto do primo Carlos. Ao entrar no Planalto, declinou como destinos a Secretaria-Geral, pasta de Gustavo Bebianno; a Casa Civil, de Onyx Lorenzoni; e a Secretaria Especial de Comunicação Social. Os ministros despacham num andar acima do gabinete de Bolsonaro. O governo não informa as datas nem os motivos das visitas.
Até sexta-feira, o sobrinho do presidente não ocupava nenhum cargo de confiança nem havia sido nomeado. A falta de função não impediu que ele testemunhasse reuniões de cúpula do governo. A Presidência confirmou que em 26 de janeiro ele acompanhou encontro para tratar da tragédia em Brumadinho (MG).
O Estado, porém, encontrou no dia 18 de janeiro o nome “Leonardo de Jesus” como representante da Secom em reunião solicitada pelo secretário executivo da Casa Civil, Abraham Weintraub. Do encontro participaram outras autoridades do governo ligados a temas como a reforma da Previdência.
Procurado, Léo Índio não quis comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Deputado do PSB será líder da oposição na Câmara
O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) será formalizado, como líder da oposição na Câmara dos Deputados. O parlamentar, que já foi filiado também ao PT e a Rede, foi escolhido nesta quinta-feira pelo bloco formado pelos três partidos mais o PSOL. Também do Rio de Janeiro, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) será a líder da minoria. A ideia do bloco formado por PSB, PT, Rede e PSOL era conseguir as duas lideranças. O problema é que outros partidos fortes da oposição – PDT e PcdoB – formaram um outro bloco junto com mais sete siglas, conseguindo assim, o segundo maior bloco da Casa que, segundo o regimento, garante a liderança da Minoria. Assim, o PSB se contentou e ter apenas o líder da oposição .
Crise por 'laranjas' é desconfortante
Líder do PSL no Senado, Major Olímpio disse acreditar que "reunião pessoal e reservada" entre Bebianno e Bolsonaro irá esclarecer candidaturas suspeitas em torno de supostas 'candidaturas laranjas' do partido não vão impactar no funcionamento do governo Jair Bolsonaro (PSL). Ele reconheceu que a crise envolvendo Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Gustavo Bebianno, e o filho do presidente Carlos Bolsonaro é "desconfortante", mas disse acreditar que uma conversa entre o presidente e seu ministro vai esclarecer a situação.
"Eu tenho certeza que, no momento em que o ministro Bebianno tiver uma reunião pessoal e reservada com o presidente, tudo vai se esclarecer. Eu não vejo dificuldade nisso, nada influencia no ritmo do governo", disse o senador nesta quinta-feira (14). Na noite dessa quarta-feira (13), em entrevista à TV Record , Bolsonaro disse que não está descartada a possibilidade de demitir Bebianno. "Se [Bebianno] estiver envolvido e, logicamente, responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens", disse.
Visita
Wanderlei Barbosa, vice-governador, recebendo a visita da Prefeita de Santa Rita, Neila Maria. Um bate papo sobre política e demandas do município.
Correndo atrás
O governador Mauro Carlesse em Brasília, participou de audiência com o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz. Em seguida, no Congresso Nacional, visitou os gabinetes dos 3 senadores tocantinenses e, na Câmara dos Deputados, converspu com os deputados federais do TO. Teve reunião com o diretor do Banco Mundial, Martin Raiser, quando assinou o aditivo de contrato do Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), relativo aos projetos executados pelo governo. Os Investimentos são na ordem de R$ 500 milhões.
Tocantins vendeu US$ 131,5 milhões em carne
Foram comercializadas 37,661 toneladas de carnes bovinas, as vendas externas crescem 29% em volume e têm aumento de 21% na movimentação financeira. Em 2018. Já em 2017 foram US$ 109 milhões (29.169 toneladas), conforme a Abrafrigo. O aumento das compras por parte da China compensou a ausência dos russos: foram 150 mil toneladas a mais em 2018 . As informações foram fornecidas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a pedido do Norte Agropecuário. A entidade divulgou estes números com base nos dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX.
Previdência
De acordo com o secretário de Previdência Social, Rogério Marinho, Jair Bolsonaro 'bateu o martelo'. Determinou que o projeto a ser enviado terá a idade mínima de aposentadoria para homens de 65 anos e, para mulheres, de 62 anos. Estas idades serão adotadas após o período de transição de 12 anos. Marinho destacou que esse foi um meio termo encontrado após uma discussão de quase duas horas entre a equipe econômica e o presidente, no Palácio da Alvorada.
Presídios federais
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, editou portaria que torna mais rígidas as regras para as visitas sociais aos presos em penitenciárias federais de segurança máxima. De acordo com a norma, a visita no Sistema Penitenciário Federal pode ocorrer em pátio de visitação, em parlatório e por videoconferência. No entanto, quando de tratar de presídio federal de segurança máxima, as visitas serão restritas ao parlatório e por videoconferência, "sendo destinadas exclusivamente à manutenção dos laços familiares e sociais, e sob a necessária supervisão". A portaria, publicada nesta tarde em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), diz que a restrição não se aplica aos presos com perfil de réu colaborador ou delator premiado. Neste caso, será permitida visita social nos pátios. Quanto à visita no parlatório, ela será assegurada ao cônjuge, companheira, parentes e amigos, separados por vidro, com comunicação por meio de interfone. Essa modalidade de visitação deverão ter agendamento prévio e duração máxima de até três horas e serão realizadas semanalmente, em dias úteis, no período vespertino, das 13h às 19h30, permitindo-se para cada preso o acesso de até dois visitantes, sem contar crianças. (Estado de Minas)
Collor
Durou mais de uma hora o interrogatório do ex-presidente da República e senador Fernando Collor (Pros-AL) na manhã desta quarta-feira no STF (Supremo Tribunal Federal). Collor se tornou réu em 2017, quando a 2ª Turma da Corte aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa na Operação Lava Jato. A audiência conduzida por um juiz designado pelo ministro Edson Fachin, relator do processo, ocorreu a portas fechadas. Ao final, Collor e a advogada criminalista Livia Novak deixaram o local por acesso privativo sem falar com a imprensa. Segundo delatores ouvidos pelo Ministério Público, o senador recebeu mais de R$ 20 milhões em propina para facilitar contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os supostos pagamentos reparados pelo doleiro Alberto Youssef, seu auxiliar, Rafael Ângulo e pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, foram feitos entre 2010 e 2014.
Homofobia
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para esta quinta-feira (14), a partir das 14h, a conclusão do julgamento da ação protocolada pelo PPS para criminalizar a homofobia, caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis). A possibilidade de criminalização da homofobia é debatida na ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) nº 26, sob a relatoria do ministro Celso de Mello, e tramita no STF desde 2013. Os ministros devem definir se o Supremo pode criar regras temporárias para punir agressores do público LGBT, devido à falta de aprovação da matéria no Congresso Nacional. No entendimento do PPS, a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de "raça social" e os agressores punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um a cinco anos de reclusão, conforme a conduta.
Brumadinho
O número de mortes em decorrência do rompimento da barragem da Mina Córrego de Feijão, em Brumadinho, chega a 166, segundo dados atualizados divulgados na tarde de hoje (13) pela Defesa Civil de Minas Gerais. Do total, 160 corpos foram identificados. Ainda não há informações sobre seis mortos. As buscas seguem na cidade desde o rompimento da barragem da mineradora Vale, no dia 25 de janeiro. Os rejeitos invadiram áreas da Mina do Córrego do Feijão, onde a estrutura estava, e das proximidades, deixando um rastro de mortes e destruição. De acordo com o balanço da Defesa Civil, ainda há 155 desaparecidos. Destes, 37 são classificados como integrantes da “lista da Vale”, por serem da equipe da mineradora, e outros 118 são designados como não localizados da comunidade, grupo que engloba moradores, trabalhadores que atuavam na área atingida e turistas. Desde o início das buscas, foram localizadas 393 pessoas, das quais 224 da “lista da Vale” e 169 da comunidade. Não há mais hospitalizados, conforme o balanço atualizado pela Defesa Civil.
Boechat
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu ontem (13), de forma cautelar, a RQ Serviços Aéreos Especializados, empresa dona do helicóptero que caiu na última segunda-feira (11), em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista, ao interior. Na queda morreram o jornalista Ricardo Boechat e o piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci. Com a suspensão, a empresa fica proibida de operar. De acordo com a agência a suspensão de deu em razão de "indícios de prática irregular de táxi-aéreo". O processo de investigação foi aberto na própria segunda-feira para constatar o tipo de serviço que estava sendo prestado com a aeronave de prefixo PT-HPG no momento do acidente. O helicóptero acidentado é um modelo monomotor com capacidade máxima de quatro passageiros mais a tripulação, da fabricante Bell Helicopter. A aeronave, de matrícula PT-HPG, era de propriedade da RQ Servicos Aereos Especializados LTDA. (Agência Brasil)
Febre Amarela
Com pelo menos 36 casos de febre amarela confirmados em humanos no período entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano, o Brasil poderia estar vivendo uma terceira onda de surto da doença. O alerta foi divulgado esta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O país registra ainda, segundo a entidade, oito mortes confirmadas por febre amarela no mesmo período. Os casos se concentram em 11 municípios de dois estados. Em São Paulo, foram confirmadas infecções em Eldorado (16 casos), Jacupiranga (1), Iporanga (7), Cananeia (3), Cajati (2), Pariquera-Açu (1), Sete Barras (1), Vargem (1) e Serra Negra (1). No Paraná, dois casos foram confirmados em Antonina e Adrianópolis. O local de infecção de um último caso confirmado ainda está sob investigação. Ainda de acordo com a OMS, entre os casos confirmados em humanos, 89% deles foram identificados em homens com média de idade de 43 anos e pelo menos 64% dos infectados são trabalhadores rurais.
Suspeita de que o ministro Gustavo Bebianno autorizou repasses gera crise no governo. Bolsonaro afirma que pediu investigações; entenda o caso. Em meio a crise no governo, Bebianno cancela compromissos oficiais
iG São Paulo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quinta-feira (14) que os supostos repasses a candidaturas de fachada do PSL serão investigados a pedido de Bolsonaro. Reportagens desta semana mostraram que o partido teria abastecido essas candidaturas com verbas públicas em Pernambuco e Minas Gerais durante as eleições.
"O senhor presidente proferiu determinação e ela está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e eventuais responsabilidades após investigações vão ser definidas", disse Moro . Quantos e quais inquéritos serão foco das investigações ainda não foram especificados.
No último fim de semana, o jornal Folha de S.Paulo informou que o PSL repassou R$ 400 mil para uma candidata a deputada federal em Pernambuco. No entanto, ela teve apenas 274 votos, o que indicaria que não houve campanha e a candidatura pode ter sido de fachada.
Ainda na semana passada, outra reportagem mostrou que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também teria repassado verbas de campanha a quatro possíveis candidatas laranjas de Minas Gerais. Os repasses teriam sido autorizados pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que foi presidente do PSL durante o período eleitoral.
O ministro, por sua vez, nega as acusações e afirma que conversou com Bolsonaro três vezes por telefone enquanto ele estava no hospital. O filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), usou as redes sociais para acusar Bebianno de ter mentido e divulgar um áudio que supostamente comprova que Bolsonaro se negou a conversar com o ministro.
Em entrevista a TV Record ontem, o presidente disse que pediu que a Polícia Federal investigue a suspeita e afirmou que não conversou com o ministro sobre o assunto por telefone "em nenhum momento". "Se (o Bebianno) estiver envolvido e, logicamente, responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens", disse.
Ontem, Bolsonaro reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que Moro tem "carta branca" para investigar o caso. “O partido tem de ter consciência. Não são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro.”
Em meio a crise no governo, Bebianno cancela compromissos oficiais
Ministro se envolveu em polêmica por suspeita de ter repassado verbas públicas do PSL a candidaturas de laranjas; Bolsonaro pediu investigação
Em meio a uma crise no governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, cancelou todos os compromissos oficiais desta quinta-feira (14). O ministro é suspeito de ter repassado verbas públicas do PSL a supostas candidaturas de 'laranjas' durante as eleições do ano passado.
Entre os compromissos cancelados por Gustavo Bebianno nesta manhã estava prevista uma reunião com outros ministros para tratar da situação da Venezuela. Em seu lugar, ele enviou o secretário-geral da pasta, Floriano Peixoto.
Entre os presentes na reunião estavam o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, Fernando Azevedo, ministro da Defesa, Pedro Gustavo Ventura Wollny, chefe de Gabinete do Ministério das Relações Exteriores e William Popp, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA.
A presença do ministro também estava prevista na Solenidade de transmissão do cargo de Chefe do Centro de Comunicação do Exército, às 15h30. No entanto, depois das 11h a agenda foi atualizada e passou a exibir a mensagem "sem compromissos oficiais ".
No último fim de semana, o jornal Folha de S.Paulo informou que o PSL repassou verbas públicas para uma candidata a deputada federal em Pernambuco e quatro em Minas Gerais, suspeitas de serem candidatas laranjas , ou seja, candidatas que não fizeram campanha efetivamente.
Os repasses teriam sido autorizados por Bebianno, que foi presidente do partido durante o período eleitoral. O ministro, por sua vez, nega as acusações, diz que não é protagonista de nenhuma crise e afirma, inclusive, que conversou com Bolsonaro três vezes por telefone enquanto ele estava no hospital, ressaltando um bom relacionamento com o presidente.
Em entrevista a TV Record ontem, o presidente disse que pediu que a Polícia Federal investigue a suspeita e afirmou que não conversou com o ministro sobre o assunto por telefone "em nenhum momento". "Se (o Bebianno) estiver envolvido e, logicamente, responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens", disse.
Em entrevista do BR18, do jornal O Estado de S.Paulo , Gustavo Bebianno afirmou que falaria nesta manhã com Bolsonaro e que não vai pedir demissão . “O que chamam de inferno eu chamo de lar”, disse.