Presidente do PSL, Luciano Bivar foi uma das ausências notadas em reunião desta terça-feira (26), bem como Joice Hasselmann (líder do governo no Congresso) e Delegado Waldir, líder da sigla na Câmara dos Deputados
Por iG São Paulo
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vítor Hugo, anunciou que o PSL decidiu pelo apoio à reforma da Previdência. O acordo foi fechado em reunião nesta terça-feira (26), que não contou com a presença de membros importantes do partido, como o presidente nacional deputado Luciano Bivar, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann e o líder da sigla na Câmara, Delegado Waldir.
Na segunda-feira (25), Delegado Waldir declarou que não havia “uma convicção” de todos os deputados do PSL a respeito da reforma da Previdência . O atrito se dá, segundo o parlamentar, pela falta de diálogo.
"Nem o PSL está convencido da reforma. Isso eu já falei. Quando chegou o texto, eu fui o primeiro a questionar que veio um abacaxi aqui e até agora a faca não chegou aqui não. Não vamos abrir esse abacaxi no dente. Amanhã, Paulo Guedes vai estar aqui e vamos ver se ele traz a faca ou o facão", declarou Delegado Waldir . Um dia depois, o ministro da Economia informou que não compareceria ao encontro na Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ).
Mesmo assim, o deputado Major Vítor Hugo garante que a decisão tomada na reunião desta terça-feira (26) é da maioria dos representantes da sigla.
“Essa maioria absoluta aqui presente me autorizou a verbalizar que nós fechamos com a reforma, com a construção da nova Previdência. Sabemos que vai haver alterações, mas estamos convictos que o PSL está fechado com a Previdência”, declarou o líder do governo na Câmara.
O encontro contou com 30 dos 55 parlamentares do partido na Câmara dos Deputados. A reunião aconteceu na residência da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das principais apoiadoras da reforma da Previdência e do presidente Jair Bolsonaro no Congresso
Envolvido em um conflito com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em torno do encaminhamento da reforma da Previdênciano Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), deu a entender neste sábado (23) que o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, está fora da agenda e não terá vez na pauta da Casa tão cedo. Moro enviou seu pacote para ser apreciado pelos deputados federais em fevereiro, antes do projeto de reforma da Previdência, e contava com celeridade no andamento da matéria.
Por Aiuri Rebello Do UOL
"A minha agenda é a reforma da Previdência", afirmou ontem o presidente da Câmara após almoço com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
"Depois da Previdência, a nossa agenda é a reforma tributária e a repactuação do Estado brasileiro. É isso que queremos fazer. De que forma o governo vai ou não participar não é um problema meu, é um problema do Executivo", disse Maia, sem elencar o projeto anticrime de Moro. "Esse é o grande objetivo de todos no Brasil, organizar as contas do Estado brasileiro."
Moro estava insatisfeito após Maia mandar o projeto anticrime para análise em um colegiado de deputados com prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos, renováveis por mais 90.
No entanto, apesar do congelamento temporário da tramitação, o presidente da Câmara acenava com a possibilidade de colocá-lo na sua lista de prioridades assim que a reforma da Previdência fosse votada, dizendo que o projeto era importante para o país. Agora, pelo que indica Maia, a tendência é que a matéria seja esquecida por hora.
Um projeto de reforma tributária, citada pelo presidente da Câmara como sua segunda prioridade após a Previdência, sequer foi apresentado pelo governo federal. Existem propostas antigas, de legislaturas anteriores, abandonadas na Câmara. Na condição de presidente da Casa, é Maia quem decide o que vai ser pautado e votado pelos deputados federais.
Tiroteio nas redes sociais
Como a base do governo no Congresso ainda carece de solidez, o presidente da Câmara vinha assumindo o papel de principal articulador. No entanto, depois de ter sido pressionado por membros do Executivo e criticado nas redes sociais por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, Maia passou a fazer cobranças públicas em relação ao presidente.
Carlos criticou na última quinta-feira (21) decisão do presidente da Câmara de não priorizar a votação do pacote anticrime de Moro.
Há algo bem errado que não está certo! https://t.co/mD0hacXZVJ
Moro foi à Câmara na quarta-feira passada (20) cobrar o andamento e aprovação de seu projeto de lei. Ele ouviu em resposta de Maia que estava confundindo as coisas, que não passava de um funcionário de Bolsonaro e que, se o presidente quisesse que a matéria fosse tratada como prioritária, que falasse com ele pessoalmente.
"Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais", disse Moro a jornalistas na saída da Câmara, após o balde de água fria que levou de Maia. Ele defendia a tramitação de seu pacote anticrime junto com a reforma da Previdência.
Maia tem sido bombardeado nas redes sociais por apoiadores do governo de Bolsonaro --o presidente tem dito que se recusa a negociar a governabilidade com a "velha política", em indireta a deputados federais que cobram contrapartidas para apoiar o projeto.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou neste sábado (23) a “velha política” e os recentes atritos enfrentados pelo governo na condução da reforma da Previdência. Para ele, a responsabilidade agora está com o Parlamento
De Sylvia Colombo
Bolsonaro falou três vezes sobre o impasse político durante visita a Santiago, onde está em viagem oficial.
Ele comentou o tema em café da manhã com empresários, em discurso ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, e também em rápida entrevista coletiva.
O presidente brasileiro respondeu às declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem criticado a falta de articulação política para a aprovação das mudanças nas aposentadorias.
“Os atritos que acontecem no momento, mesmo eu estando calado e fora do Brasil, acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política”, afirmou Bolsonaro.
Em Brasília, ainda pela manhã deste sábado, Maia disse que o presidente precisa mostrar o que é a “nova política”. Ele ainda afirmou que o presidente deveria assumir responsabilidades e não terceirizar a articulação política.
Para Bolsonaro, porém, a reforma da Previdência não é uma questão de governo, mas de Estado.
“A responsabilidade no momento está com o Parlamento brasileiro. Eu confio na maioria dos parlamentares”, afirmou.
“A bola está com ele [Maia], já fiz a minha parte, entreguei, o compromisso dele é despachar e o projeto andar dentro da Câmara, nada falei contra o Rodrigo Maia, muito pelo contrário, estou achando que está havendo um tremendo mal-entendido”, afirmou.
Sobre as críticas do presidente da Câmara, Bolsonaro disse não entender o tom agressivo.
“Nunca o critiquei, eu não sei por que ele de repente está se comportando dessa forma um tanto quanto agressiva no tocante à minha pessoa”, disse o presidente.
“Agora, o que é articulação? O que é que está faltando eu fazer? O que foi feito no passado não deu certo e não seguirei o mesmo destino de ex-presidentes, pode ter certeza disso.”
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB) estão presos. O petista foi condenado na Lava Jato, e o emedebista está em preventiva.
“Eu até perdoo o Rodrigo Maia pela situação pessoal que ele está vivendo. O Brasil está acima dos meus interesses e do dele. O Brasil em primeiro lugar", afirmou Bolsonaro.
Maia é casado com a enteada de Moreira Franco, ex-ministro de Temer e ex-governador do Rio, que também foi preso nesta semana por ordem do juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato no Rio.
Ele disse que governa “sem acordos político-partidários” e que “escolheu um ministério técnico”, em que as pessoas “querem participar por patriotismo, e isso desagradou os políticos tradicionais”.
Ainda ao alfinetar a “velha política”, afirmou que “somos os campeões de corrupção, o que está exposto aí perante a mídia, grande parte é verdade”.
O presidente reforçou o discurso de que as mudanças nas aposentadorias são importantes para a superação da crise econômica.
“Temos a chance de sair dessa situação em que nós nos encontramos com as reformas. E a primeira delas, a mais importante, é essa, a da Previdência”, disse.
Bolsonaro defendeu também uma ampliação da reforma trabalhista. “Devemos beirar a informalidade porque a nossa mão de obra talvez seja uma das mais caras do mundo.”
“Estamos a caminho da quarta revolução industrial, a mão de obra física fica cada vez mais dispensável e nós temos uma série de profissões que deixarão de existir”, disse.
O presidente afirmou ainda que chegou à Presidência por dois milagres, um deles.
Um deles foi “ter sobrevivido a um atentado político, uma tentativa de homicídio”, e o outro foi ter feito campanha com poucos recursos e “sendo massacrado pela mídia, com acusações homofóbicas, racistas, fascistas, essas coisas chatas que não colaram perante a opinião pública brasileira”.
Segundo Bolsonaro, se a eleição tivesse sido ganha por Fernando Haddad (PT), “ele não estaria aqui conversando com vocês, ele estaria conversando com o Maduro”.
O presidente disse estar feliz por visitar o Chile e que depois irá a outro país que admira, Israel.
“Por que o que é Israel? É um mar de areia, nem petróleo tem. E olha o que eles são. E o Brasil, que tem tudo e olha o que nós somos. Onde está o erro nisso, qual é o nosso problema? Está na classe política.”
Em uma vitória em que ninguém sai ganhando, STF decide pela constitucionalidade do aumento de 25% concedido aos servidores da saúde e da administração
Por Edson Rodrigues
Não faz muito tempo, aqui, nestas mesmas linhas, apresentávamos aos nossos leitores o termo “vitória de Pirro”. “Vitória de Pirro” é uma expressão utilizada para se referir a uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Epiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica. Os gastos com a batalha levaram o reino de Pirro à pobreza absoluta e, logo depois, o território foi facilmente ocupado por reinos inimigos.
No artigo, dizíamos que “a insistência do Sisepe em levar a cabo essa faria com que todas as boas intenções e o planejamento estipulado pelos técnicos do governo Carlesse virem pó, voltando o Tocantins à situação de sangue, suor e lágrimas, tão comuns às administrações passadas, que viviam “apagando um incêndio por mês” para pagar as folhas salariais.
O Estado do Tocantins, como instituição, como entidade mantenedora de empregos e administração, a “galinha dos ovos de ouro”, tão potencialmente produtiva, estaria com seus dias contados, fora da LRF, dos financiamentos nacionais e internacionais e bem próximo do abismo da inadimplência, pois, ordem judicial não se discute, se cumpre!
E, para cumprir essa “vitória de Pirro” do Sisepe, o governo do Estado terá que fechar hospitais, demitir mais funcionários e diminuir o repasse para os outros Poderes que, por sua vez, também terão que demitir para se enquadrar á nova realidade de “terra arrasada”.
Tudo isso graças à insistência do presidente do Sisepe-TO, Cleiton Pinheiro, que esteve no STF na última semana de fevereiro, onde despachou com o gabinete do ministro Lewandowski a solicitação de que o embargo fosse pautado”.
QUEM GANHA?
Pois o embargo foi posto em pauta e o STF decidiu pela constitucionalidade do aumento de 25% concedido aos servidores da Saúde e da Administração em um momento de pura utopia e populismo do governo que o concedeu, achando que o Tocantins surfaria na marola do crescimento econômico para sempre, e tudo o que prevíamos no artigo anterior, vai, infelizmente, acontecer.
A decisão do STF é uma "bomba" para os cofres públicos estaduais, acendeu o sinal de alerta vermelho e vai gerar momentos de muita tristeza a muitas famílias tocantinenses, além de criar situações que nem o próprio Sisepe previu, como a questão dos servidores que entraram em acordo, no governo de Carlos Gaguim e que, se a decisão for cumprida à risca, irão receber duas vezes.
Enquanto isso, o governo Mauro Carlesse, que cortou na própria carne após fazer um planejamento de excelência de reequilíbrio das contas pública, demitindo milhares de servidores contratados, extinguindo ou fundindo secretarias e órgãos governamentais em busca do reenquadramento do Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal e à volta dos empréstimos e investimentos nacionais e internacionais para contemplar os 139 municípios, construir os hospitais de Gurupi e Araguaína, a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, estruturação de delegacias, pavimentação e recuperação asfáltica, vê os sonhos de uma administração histórica correrem o risco de virar um enorme pesadelo pois, após essa decisão, apenas o Sisepe vai progredir.
Aguardamos o pronunciamento oficial do Palácio Araguaia para sabermos qu~qo forte foi o baque causado por essa decisão.
Oremos!
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desqualificou o projeto anticrimeapresentado pelo ministro Sergio Moro(Justiça e Segurança Pública), dizendo que o texto é um "copia e cola" de proposta sobre o mesmo tema que foi apresentada no passado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
Por Talita Fernandes
Ao chegar à Câmara, Maia mostrou irritação com o ministro ao chamá-lo de "funcionário do presidente Jair Bolsonaro" e dizer que ele "está confundindo as bolas".
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebe o ministros Sergio Moro (Justiça), que apresentou pacote anticrime pelo governo federal e pelo ministério de Moro - Pedro Ladeira - 19.fev.2019/Folhapress
"O funcionário do presidente Bolsonaro? Ele conversa com o presidente Bolsonaro e se o presidente Bolsonaro quiser ele conversa comigo. Eu fiz aquilo que eu acho correto [sobre a proposta de Moro]. O projeto é importante, aliás, ele está copiando o projeto direto do ministro Alexandre de Moraes. É um copia e cola. Não tem nenhuma novidade, poucas novidades no projeto dele", disse em resposta a um questionamento sobre se Moro estava se intrometendo na Câmara.
Incomodou Maia o fato de Moro ter dito na manhã desta quarta que seu projeto poderia tramitar ao mesmo tempo que a Previdência na Câmara.
"O desejo do governo é que isso desde logo fosse encaminhado às comissões para os debates”, disse Moro.
O ministro disse ainda que está conversando com o presidente da Câmara sobre o tema e que "decisões relativas ao Congresso Nacional dependem" dos parlamentares.
Maia ficou irritado após o ministro ter entrado em contato diretamente com ele nesta quarta com o desejo de interferir na definição da pauta legislativa.
O presidente da Câmara vem dizendo a aliados que ele já tinha combinado com o governo que priorizaria a votação da reforma da Previdência e só depois colocaria o pacote anticrime em discussão.
Ele vê no gesto de Moro uma interferência na pauta do Congresso e desrespeito ao que foi combinado com o governo.
Na última quinta-feira (14), Maia determinou a criação de um grupo de trabalho para analisar o chamado projeto de lei anticrime de Moro e duas outras propostas correlatas que já tramitavam na Câmara. Como o grupo de trabalho tem o prazo de 90 dias para debater as matérias, na prática Maia suspendeu momentaneamente a tramitação da maior parte do pacote legislativo do ministro da Justiça.
O deputado disse ainda que o projeto prioritário é o apresentado por Moraes, quando ele era ministro da Justiça, ainda no governo de Michel Temer.
Segundo Maia, a votação do pacote se dará no futuro, após a Casa analisar a reforma da Previdência, considerada crucial para o governo Bolsonaro.
O deputado negou estar irritado com Moro e disse que o ministro "conhece pouco a política".
"Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro funcionário do presidente Bolsonaro", afirmou Maia.
Ao contrário do que disse Moro mais cedo, que ele iria conversar com Maia sobre o tema, o deputado declarou que quem deve procurá-lo sobre o assunto é Bolsonaro.
"O presidente Bolsonaro é quem tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas, ele não é presidente da República, ele não foi eleito para isso. Está ficando uma situação ruim para ele. Ele está passando daquilo que é a responsabilidade dele. Ele nunca me convidou para perguntar se eu achava que a estrutura do ministério estava correta, se os nomes que ele estava indicando estavam corretos", afirmou.
O presidente da Câmara ironizou Moro, insinuando que o ministro busca destaque na imprensa ao querer aprovar a proposta apresentada.
"O projeto vai andar no momento adequado, ele pode esperar para ter um Jornal Nacional, um Jornal da Band, ou da TV Record, ele pode esperar."
Maia também criticou a relação do governo Bolsonaro com o Congresso e as declarações do presidente de que os parlamentares fazem “pressão por cargos”.
“Eu acho engraçado. Quando dizem que o Parlamento quer indicar alguém no governo é toma lá da cá. Quando eles querem indicar relator aqui e interferir no processo legislativo não é toma la da cá?”, respondeu, demonstrando irritação.
Maia, principal articulador da reforma da Previdência, disse que é preciso que o governo decida qual relação quer ter com o Legislativo.
“Se você não quer que o Parlamento governe junto, vamos manter a independência. Se você quer governar junto, vamos manter a harmonia”, afirmou o deputado.