Se os números se mantiverem assim até o dia 27, assistiremos ao maior massacre eleitoral da nossa democracia
Com Agências
Segundo pesquisa Crusoé/Paraná, divulgada nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro (PSL) tem 60,9% dos votos válidos, contra 39,1% de Fernando Haddad (PT). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Ainda de acordo com o levantamento, 9,4% dos eleitores dizem não votar em nenhum dos dois, enquanto 3,8% afirmam estar indecisos.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas entre 14 e 17 de outubro com 2.080 entrevistas em 162 municípios. O nível de confiança é de 95%. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-04446/2018.
Italiano Cesare Battisti que fazia parte de milícia de extrema-esquerda está refugiado no Brasil desde 2007; candidato do PSL prometeu extradição "imediata"
Com iG São Paulo
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que irá extraditar o ex-terrorista italiano Cesare Battisti , caso seja eleito. Pelo Twitter, o deputado federal escreveu em português e em italiano uma mensagem em que promete fazer a extradição “imediatamente”.
“Como já foi falado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti , amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito”, escreveu Bolsonaro.
Em uma postagem anterior, o candidato do PSL agradeceu o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, pelo apoio recebido durante a campanha eleitoral.
"Grato pela consideração de Vossa Excelência, Vice-Primeiro-Ministro italiano! Um forte abraço aqui do Brasil!", escreveu, em resposta a uma mensagem na qual Salvini comemorava os "novos ares" nas eleições brasileiras.
Bolsonaro e Salvini já haviam trocado mensagens após o atentado contra o postulante do PSL, no início de setembro. O ministro do Interior é secretário federal da Liga, hoje a principal força da extrema direita na União Europeia.
Processo de extradição de Cesare Battisti
Battisti foi preso no ano passado em meio à reabertura de seu processo de extradição pelo governo de Michel Temer, a pedido da Itália, que se aproveitou da troca de poder no Planalto para tentar reaver o ex-membro da milícia de extrema esquerda.
Na época, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, havia afirmado que o governo brasileiro quer extraditar o terrorista, alegando "saída suspeita" do País e "quebra de confiança”. O italiano tentava passar pela fronteira do Brasil com a Bolívia, quando foi detido pela Polícia Federal com um valor acima do limite de R$ 10 mil com o qual é possível sair do País sem declarar à Receita. Segundo Jardim, a Itália “nunca abriu mão” da extradição de Battisti.
"Os italianos não perdoam o Brasil por não mandar o Battisti de volta. Para eles, é uma questão de sangue. É um entrave nas relações Brasil-Itália e na relação com a União Europeia como um todo", declarou o ministro.
No entanto, o ministro do STF Luiz Fux decidiu conceder liminar que impede uma eventual extradição do terrorista italiano . A decisão será levada ao plenário da Casa, o que ainda não tem data para acontecer. Também no ano passado, por uma decisão da Justiça, o ex-ativista saiu da prisão .
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua no país europeu pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando fazia parte de uma milícia de extrema-esquerda. Ele fugiu para o Brasil e foi preso em 2007. O STF chegou a autorizar a extradição do italiano, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiu que ele ficasse morando no País.
Fala foi em evento que seria para apoiar Haddad causou desconforto entre petistas
Com Estadão Conteúdo
O senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT) se envolveu em uma discussão com apoiadores do PT durante ato a favor ao candidato da sigla à Presidência, Fernando Haddad, na noite desta segunda-feira, 15, em Fortaleza.
Em vídeo que circula nas redes sociais, Cid faz elogios a Haddad, mas cobrou que o PT faça um mea culpa para conquistar o apoio do eleitorado. "Tem de pedir desculpas, tem de ter humildade, e reconhecer que fizeram muita besteira", disse o senador eleito, sendo interrompido por pessoas da plateia. "É sim, é? Pois tu vai perder a eleição. Não admitir um mea culpa, não admitir os erros que cometeu, isso é para perder a eleição e é bem feito. É bem feito perder a eleição", afirmou.
Daí em diante, a fala de Cid foi interrompida por vaias e por algumas palmas da plateia. Depois de dizer que "estas figuras criaram (Jair) Bolsonaro", o senador desabafou: "Não sei por que me pediram para falar antes. É para fazer faz de conta? Eu faço faz de conta."
Cid, então, foi interrompido pelo coro "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula" da plateia. "Lula o quê? Lula tá preso, ô babaca. O Lula tá preso. O Lula tá preso. E vai fazer o quê? Babaca, babaca. Isso é o PT. E o PT deste jeito merece perder. Babaca, vai perder a eleição. É este sentimento que vai perder a eleição", reagiu.
Instantes depois, Cid disse que o partido dele "compreendeu" o momento político e apoiou o governador Camilo Santana (PT), eleito em 2014 e reeleito em primeiro turno. Ele criticou ainda o apoio de Lula ao senador derrotado Eunício Oliveira (MDB). "Muito bem, amigos e amigas que me têm atenção, vamos relevar, mais uma vez, vamos relevar", afirmou.
A fala de Cid ocorre em um momento em que a campanha petista busca uma maior aproximação com o PDT, cujo candidato Ciro Gomes, irmão do senador eleito, obteve 13,3 milhões de votos. O partido se limitou até agora a fazer um "apoio crítico" a Haddad.
Na manhã desta segunda-feira, Haddad disse que o PT procuraria o partido dos irmãos Gomes para alinhar um apoio mais claro a ele. Procurado pelo Broadcast Político, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, negou a aproximação e reafirmou que o partido pretende lançar já no fim do mês o nome de Ciro Gomes para a corrida ao Planalto de 2022. Ciro, por sua vez, segue em viagem de férias no exterior.
Candidato do PSL está 18 pontos percentuais à frente do adversário petista
Com iG
A primeira pesquisa Ibope para o segundo turno divulgada nesta segunda-feira (15) indica Jair Bolsonaro (PSL), com 18 pontos percentuais de vantagem nas intenções de voto das eleições presidenciais diante de Fernando Haddad, do PT.
O candidato do PSL aparece com 59% enquanto o petista tem 41% dos votos válidos, de acordo com o levantamento. Essa é a primeira pesquisa Ibope para o segundo turno das eleições 2018.
No cálculo de votos válidos, são excluídos os brancos, nulos e indecisos. E é essa a conta que a Justiça Eleitoral faz para divulgar o resultado das eleições. Nos votos totais, Bolsonaro segue na frente, com 52%. Haddad tem 37%. Brancos e nulos somam 9% e 2% não soube ou não quis responder. No primeiro turno, Bolsonaro teve 46% dos votos válidos e Haddad, 29%.
No levantamento para o segundo turno, o Ibope procurou medir o potencial de voto de cada um dos concorrentes. Após citar os nomes de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, os entrevistadores perguntaram aos eleitores se votariam em cada um com certeza, se poderiam votar ou se não votariam de jeito nenhum.
Bolsonaro é o que tem mais simpatizantes convictos do voto: 41% votariam nele com certeza, e 35% não votariam de jeito nenhum. Fernando Haddad é o que tem a maior rejeição: 47% não o escolheriam em nenhuma hipótese, e 28% manifestam votar com certeza no candidato.
Os eleitores que poderiam votar no candidato do PSL somam 11%. No levantamento, 11% disseram não o conhecer o suficiente para opinar e 2% responderam não saber se votariam em Bolsonaro.
Em relação a Haddad, o porcentual de entrevistados que "poderiam votar" no presidenciável petista é de 11%. Entre os entrevistados, 12% das pessoas afirmam que não o conhecem o suficiente para opinar e 2% dos eleitores se dizem indecisos sobre um voto no petista.
A pesquisa Ibope foi encomendada pelo jornal "Estado de S. Paulo" e a TV Globo. O instituto ouviu 2.506 eleitores em 176 municípios, entre sábado (13) e domingo (14). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01112/2018.
Após Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, negar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja um preso político, o partido diz que não há distanciamento com o PT e que campanha não busca aproximação com o centro
Com Agências
Horas depois de o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, cobrar publicamente um maior engajamento do PDT no segundo turno, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, afirmou que o partido não vai se empenhar na campanha do petista e que já começa a preparar a candidatura de Ciro Gomes para o Planalto em 2022.
"Nós já declaramos que estamos contra o fascismo. É clara a nossa posição. Agora, nós não vamos fazer campanha, discutir plano de governo", afirmou Lupi ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em entrevista coletiva mais cedo, Haddad disse que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já estava em contato com o líder do PDT para alinhar um apoio mais claro à candidatura petista. Lupi, porém, negou a conversa. Até o fechamento da reportagem, a assessoria da senadora não respondeu aos contatos. "Nem sei onde ela queria se reunir. Já tinha falado com ela que a minha posição era esta", disse.
O presidente do PDT voltou a falar ainda que a sigla vai ser oposição ao governo que for eleito em 28 de outubro. "No dia 29 a gente já vai para a rua preparar a campanha do Ciro para 2022", afirmou.
Questionado sobre o apoio de candidatos do PDT a governos estaduais a Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo turno, como Carlos Eduardo (RN) e Amazonino Mendes (AM), Lupi disse que o assunto será discutido depois das eleições. "Não vou sangrar o partido nas vésperas das eleições. Isso aqui não é o Terceiro Reich", afirmou.
Especificamente sobre a posição no Rio Grande do Norte, Lupi aproveitou para, uma vez mais, criticar o PT.
"Como eu vou exigir que o meu candidato suba no palanque do PT?", afirmou, em referência à petista Fátima Bezerra.