O governador Mauro Carlesse tem demonstrado muita humildade e vontade de acertar no comando do Estado. Já se reuniu com vários segmentos da sociedade e vem promovendo almoços e jantares com os deputados estaduais e federais eleitos e reeleitos no pleito do último dia sete de outubro.
Carlesse também visitou os dois senadores que não são da sua base eleitoral – Kátia e Irajá Abreu – e recebeu em seu gabinete a prefeita da Capital, após articulação do senador eleito Eduardo Gomes, que será o home forte de Carlesse em Brasília, por conta dos seus laços de amizade com grande parte dos futuros ministros e com o próprio presidente Jair Bolsonaro e sua família.
Eduardo Gomes será o porta-voz do Tocantins em Brasília e vai aglutinar em torno de si a maioria dos membros da bancada federal, em busca da liberação de recursos para o Estado.
Acreditamos que não haverá empecilhos para o governo de Mauro Carlesse nem na Assembleia Legislativa, muito menos no Congresso Nacional, onde percebemos claramente um sentimento de que tudo o que puder ser feito em benefício do Tocantins contará com apoio irrestrito dos parlamentares tocantinenses.
PARLAMENTARES
O papel dos parlamentares tocantinenses será de suma importância para respaldar e aprovar as medidas do Executivo que tenham que passar pelo crivo da Assembleia Legislativa para se tornar Lei, assim como nossa bancada federal servirá de “porto seguro” para o governo de Mauro Carlesse, pois é de Brasília que virão os recursos que o governo estadual posa por em prática o projeto de desenvolvimento que todos os tocantinenses precisam e sonham.
PALMAS
Já em nossa Capital, a prefeita Cinthia Ribeiro deixou claro que está determinada a jamais servir de fantoche, marionete ou sombra de quem quer que seja, contrariando algumas pessoas que apostavam nisso.
Cinthia já demonstrou ser determinada e ter personalidade suficiente para passar pela prefeitura de Palmas e deixar uma extensa folha de serviços prestados, que podem determinar até mesmo uma reeleição, pois tudo depende de como a prefeita vai atuar de hoje até o mês de maio de 2020.
COALIZÃO
Os primeiros passos de Cinthia devem ser na direção de formar um governo de coalizão com o Legislativo Municipal e com os partidos aliados ao governador Mauro Carlesse e com a bancada federal.
A parir de janeiro de 2019, a prefeita deve 100% de sua administração sob seu exclusivo controle, e uma equipe formada por pessoas de sua inteira confiança ou indicados por seus conselheiros.
2019 pode ser o ano em que Cinthia Ribeiro construirá o ambiente perfeito para um fim mandato positivo que servirá de alicerce para uma postulação à reeleição, tudo dependerá das estratégias que adotar.
A única certeza que se Cinthia pode ter é a de que precisa extinguir, completamente, qualquer resquício de ligação com o ex-prefeito Carlos Amastha. Só assim ela ficará totalmente apta a conversar com qualquer
vertente partidária.
Pelo andar para a carruagem, esse foi, acertadamente, o caminho escolhido por Cinthia e sua permanência no Paço Municipal a partir de 2020, depende só dela.
Sem poupar críticas ao partido dos trabalhadores Ciro Gomes revela o que o distanciou do PT e dos seus principais líderes, deixando deixa claro que não se aliará Partido dos Trabalhadores
“O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor que criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje”. Com essa frase Ciro Gomes resumiu todo o ressentimento do que revelou ter sido uma traição do PT para com seu partido e seus aliados e afastou qualquer possibilidade de voltar a se unir ao Partido dos Trabalhadores.
Terceiro colocado na corrida presidencial no primeiro turno, tendo a senadora Kátia Abreu como vice, Ciro Gomes chegou a ser apontado como um dos únicos capazes de derrotar Bolsonaro no segundo Turno, como apontaram algumas pesquisas.
Sua experiência política aliada à força de Kátia Abreu na região Norte, fez de sua chapa uma das válvulas de escape para os eleitores que evitavam a polarização entre o PT e Bolsonaro, chegando, em alguns momentos da campanha, a apresentar os melhores índices de aprovação.
Os principais analistas políticos apontavam que se o PT tivesse declarado apoio a Ciro ao invés de lançar Haddad, a vitória seria certa.
O terceiro colocado na eleição presidencial, Ciro Gomes (PDT) concedeu entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" e comentou todo o processo que levou à derrota do PT nas urnas e à eleição de Jair Bolsonaro. Na entrevista, Ciro não poupou críticas ao PT: "Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro". Ciro também desmontou as narrativas de "imprensa ameaçada" e "fascismo dos eleitores de Bolsonaro", e lembrou que não tinha nenhuma obrigação de apoiar a candidatura de Fernando Haddad.
Leia abaixo a entrevista de Ciro Gomes:
No primeiro turno, o senhor afirmou que choraria e deixaria a política se Bolsonaro ganhasse. Deixará a vida pública?
Eu disse isso comovidamente porque um país que elege o Bolsonaro eu não compreendo tanto mais, o que me recomenda não querer ser seu intérprete. Entretanto, do exato momento que disse isso até hoje, ouvi um milhão de apelos de gente muito querida. E, depois de tudo o que acabou acontecendo, a minha responsabilidade é muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora da luta. O país ficou órfão.
E não tomou uma decisão se será candidato em 2022?
Não. Quem conhece o Brasil sabe que você afirmar uma candidatura a 2022 é um mero exercício de especulação, porque a adrenalina não pacificou. Só essa cúpula exacerbada do PT é que já começou a campanha de agressão. Eu não. Tenho sobriedade e modéstia. Acho que o país precisa se renovar.
O senhor disse que deixaria a vida pública porque a razão de estar na política é confiar no povo brasileiro. Deixou de confiar?
Não, procurei entender o que aconteceu. Esse distanciamento me permitiu isso. O que aconteceu foi uma reação impensada, espécie de histeria coletiva a um conjunto muito grave de fatores que dão razão a uma fração importante dessa maioria que votou no Bolsonaro. O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor que criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje. E o Bolsonaro estava no lugar certo, na hora certa. Só o petismo fanático vai chamar os 60% do povo brasileiro de fascista. Eu não, de forma nenhuma.
Naquele momento do país, uma viagem à Europa não passou uma impressão de descaso?
[Ciro viajou para Portugal, Itália e França após o 1º turno] Descaso não, rapaz, é de impotência. De absoluta impotência. Se tem um brasileiro que lutou, fui eu. Passei três anos lutando.Com a sua postura de neutralidade, não lavou as mãos em um momento importante para o país?
Não foi neutralidade. Quem declara o que eu declarei não está neutro. Agora, o que estava dizendo, por uma razão prática, não iria com eles se fossem vitoriosos, já estaria na oposição. Mas estava flagrante que já estava perdida a eleição.
Por não ter declarado voto, não teme ser visto como um traidor pelos eleitores de esquerda?
A gente trai quando dá a palavra e faz o oposto. Quem tiver prestado a atenção no que falei, está muito clara a minha posição de que com o PT eu não iria.
Não se aliará mais ao PT?
Não, se eu puder, não quero mais fazer campanha para o PT. Evidente, você acha que eu votei em quem?
No Haddad?
Vou continuar calado, mas você acha que votei em quem com a minha história? Eles podem inventar o que quiserem. Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira da Petrobras? O Lula sabia porque eu disse a ele que, na Transpetro, Sérgio Machado estava roubando para Renan Calheiros. O Lula se corrompeu por isso, porque hoje está cercado de bajulador, com todo tipo de condescendências.
Quem são os bajuladores?
É tudo. Gleisi Hoffmann, Leonardo Boff, Frei Betto. Só a turma dele. Cadê os críticos? Quem disse a ele que não pode fazer o que ele fez? Que não pode fraudar a opinião pública do país, mentindo que era candidato?
Por que o senhor não aceitou ser candidato a vice-presidente de Lula?
Porque isso é uma fraude. Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado.
Por que não declarou voto em Haddad?
Aquilo era trivial. O meu irmão foi a um ato de apoio a Haddad, depois de tudo o que viu acontecendo de mesquinho, pusilânime e inescrupuloso. É muito engraçado o petismo ululante. É igual o bolsominion, rigorosamente a mesma coisa. O Cid está lá tentando elaborar uma fórmula de subverter o quadro e é vaiado. Estou devendo o que ao PT?
Não declarou voto no Haddad por causa do Lula?
Não declarei voto ao Haddad porque não quero mais fazer campanha com o PT. Agora, em uma eleição que tem só dois candidatos, na noite do primeiro turno, disse à imprensa: "Ele não". O que ele quer mais agora?
Cid Gomes cobrou uma autocrítica dos petistas. E quais foram os erros cometidos pelos pedetistas?
Devemos ter cometido algum erro e merecemos a crítica. Mas, nesse contexto, simplesmente multiplicamos por um milhão as energias que nos restaram para trabalhar. Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana.
Isso por Lula?
Pelo ex-presidente Lula e seus asseclas. Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro.
Todas as pesquisas, não sou eu quem estou dizendo, dizem isso. O Haddad é uma boa pessoa, mas ele, jamais, se fosse uma pessoa que tivesse mais fibra, deveria ter aceito esse papelão. Toda segunda ir lá [visitar Lula], rapaz. Quem acha que o povo vai eleger pessoa assim? Lula nunca permitiu nascer ninguém perto dele. E eles empurram para a direita, que é o querem fazer comigo.
A postura do senhor não inviabiliza uma reaglutinação das siglas de esquerda?
Não quero participar dessa aglutinação de esquerda. Isso sempre foi sinônimo oportunista de hegemonia petista. Quero fundar um novo campo, onde para ser de esquerda não tem de tapar o nariz com ladroeira, corrupção, falta de escrúpulo, oportunismo. Isso não é esquerda. É o velho caudilhismo populista sulamericano.
A liberdade de imprensa está ameaçada?
É muito epidérmica a nossa sensibilidade. Não acho que tem havido nenhuma ameaça à liberdade de imprensa até aqui. Por isso que digo que uma das centralidades do mundo político brasileiro deveria ser um entendimento amplo o suficiente para cumprir a guarda da institucionalidade democrática. E um dos elementos centrais disso é a liberdade de imprensa. A imprensa brasileira nepotista e plutocrata como é parte responsável também por essa tragédia.
A imprensa ajudou a eleger Bolsonaro?
A arrogância do [William] Bonner achando que podia tutelar a nação brasileira, falar pela nação brasileira. A Folha de São Paulo, que repercute uma calúnia contra uma cidade inteira que é reconhecida mundialmente como um elemento de referência de educação para me alcançar [Ele se refere a reportagem sobre relatos de estudantes de fraudes em avaliações nas escolas de Sobral, no Ceará].
E os ataques feitos pelo Bolsonaro à Folha? É uma ameaça?
Não considero, não. A Folha tem capacidade de reagir a isso e precisa ter também um pouco de humildade, de respeitar a crítica dos outros.
Cientista político Antônio Flávio Testa foi voluntário na campanha do militar. Ele atua em um grupo de técnicos que elaborou projetos para candidatura do PSL
O cientista político Antônio Flávio Testa, cunhado e amigo do ex-presidente da Conorte e empresário tocantinense na área de Publicidade e da Comunicação, em Brasília, José Carlos leitão, é uma das “cabeças pensantes” do grupo que elaborou o Plano de Governo de Jair Bolsonaro, presidente eleito no último domingo.
Antônio Flávio já apoiou bandeiras diferentes. Foi aliado de Fernando Collor (PTC), quando o alagoano foi presidente. Colaborou com gestões antagônicas no Governo do Distrito Federal, como de Cristovam Buarque (ex-PT, hoje no PPS), Joaquim Roriz (PMN) e José Roberto Arruda (PR). Já votou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente. E agora, depois de quase 50 anos de profissão, decidiu seguir Jair Bolsonaro (PSL). Convidado para colaborar com o programa de governo do presidenciável de extrema direita, Testa é um dos elos do político militar reformado com o meio acadêmico. Coordena um grupo que reúne cerca de 40 técnicos e é subordinado a uma tríade de generais do Exército.
Servidor aposentado do Senado e professor da Fundação Getúlio Vargas, ele acredita que o capitão reformado Jair Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), são compromissados com a democracia, diz que muitas vezes são mal interpretados pela imprensa e que é necessário esquecer o passado para o país avançar. Afirma ainda que se tornou apoiador voluntário de Bolsonaro por compartilhar das ideias dele. “O que foi feito no Brasil nos últimos 20 anos foi um desmando enorme. Era uma utopia que podia ter dado certo, mas ela descambou para o clientelismo, para o toma lá, dá cá, para a corrupção”.
A entrevista concedida ao EL PAÍS ocorreu na semana passada, no Kifilé, um tradicional restaurante na Asa Norte da capital federal, conhecido por receber a velha guarda da Universidade de Brasília (UnB).
Pergunta. Você acha que Bolsonaro e Mourão têm compromisso com a democracia?
Resposta. Sim. Total. Pela primeira vez na história do Brasil você vê um deputado de sete mandatos disputar legitimamente uma eleição, ao lado de um cara que nunca esteve na política e estão em vias de se elegerem presidente e vice. Com Bolsonaro, não vejo a menor possibilidade de que haverá um caos, de que a polarização estragará o país. Do ponto de vista da democracia, os militares têm o estrito dever de cumprir a Constituição. Isso está na alma deles. Tanto que aceitaram a intervenção no Rio de Janeiro. Se houvesse uma rebeldia, eles não aceitariam porque a sua função precípua é outra.
P. E essa história de autogolpe? Não há essa ameaça?
O Lula fala assim, cadê as mulheres do grelo duro? O Lula pode falar.
R. Impossível. São 513 deputados, 81 senadores, 21 governadores...
P. Mas em 1964, quando houve o golpe militar, também havia um Congresso Nacional em pleno funcionamento.
R. Tinha. Mas, nesse ponto o Bolsonaro está certo, foi feita uma eleição para escolher o presidente. O Congresso declarou vazio o cargo de presidente da República e, pela Constituição, você não pode ficar sem comando, e os militares chegaram. Claro que foi tudo planejado, foi tudo articulado. Mas foram os políticos que fizeram isso. Em acordo com os militares.
P. Você nega, assim como o Bolsonaro, que tenha havido uma ditadura militar?
R. Foi uma ditadura, claro. Mas foi um contragolpe. Depois que você cria o senador biônico, governador biônico é o acordo com a oligarquia. Naquela época era o jogo do poder. Só que, depois que você senta na cadeira, você não sai. Agora, não vejo essa possibilidade. Todos estão respeitando o que está previsto hoje, disputando legitimamente com base nas regras que a Constituição estabeleceu.
P. O que se faz para acabar com essa sombra de que o país corre o risco de enfrentar uma nova ditadura?
R. Tem de deixar outras pessoas falarem. Não pode ser só a visão da [jornalista da Globo News] Miriam Leitão.
P. Como assim?
R. O pessoal constrói um discurso que é equivocado. A Rede Globo hoje tem o Arnaldo Jabor e a Miriam Leitão falando o tempo inteiro de tortura (a jornalista foi torturada). Mas a Miriam estava na guerrilha. O tal do comandante [Carlos Brilhante] Ustra, que era um cara cruel para cacete, estava cumprindo missão. Dos dois lados tiveram perdas. A Comissão da Verdade, por exemplo, não considerou os 39 militares que foram assassinados durante o regime militar. Só levou de um lado. Outra coisa, ficar discutindo coisas que já estão resolvidas, não nos leva ao futuro. Essa guerra acabou.
P. Esse é o discurso do Bolsonaro, que quer se esquecer do passado.
R. É. Tem de ser daqui para frente. São coisas de quase sessenta anos atrás. Como vamos revirar a história? Para com isso.
P. Como você avalia a participação do Mourão na campanha do Bolsonaro? Ele tem feito falas polêmicas...
R. Eu acho que a imprensa edita muito. Mourão é um cara muito preparado, tem uma cultura baseada na metodologia da Escola Superior de Guerra, tem bom conhecimento filosófico, mas tem discurso muito pragmático. É um discurso que não é político. Aí, a imprensa pega uma palavra e constrói um discurso. Essa questão do 13º salário como jabuticaba, essa história de que o negro é indolente e que o índio é isso ou aquilo, não foi da fala dele (há registros na imprensa e em áudio das declarações). Acho que, em nenhum momento ele falou nada de estapafúrdio.
P. Quanto você tem recebido para ser consultor da campanha de Jair Bolsonaro?
R. Nem eu nem os outros membros dos grupos de trabalho recebemos nada. Somos todos voluntários. Não recebemos nem um centavo. Trabalhamos por um projeto de Brasil.
P. Como você se aproximou desse projeto?
R. Moro há 62 anos em Brasília. Tenho vinculação muito grande com artes marciais. Minha vida toda aos esportes. Já tive relação com vários políticos e autoridades por causa do caratê, até presidente da República.
P. Presidente foi o Fernando Collor?
R. Sim, o Collor. Eu ajudei na campanha dele porque ele ajudou muito o esporte. O Collor, quando tinha 18 anos, foi um dos primeiros campeões de caratê em Brasília. Ele ajudou muito o esporte. Desde sempre ajudei um ou outro político.
P. No que você atua, especificamente?
R. Sou coordenador de discussão em grupos ligados a pacto federativo, reforma política, Brasil produtivo. O mote da campanha é: Mais Brasil, Menos Brasília. Isso significa descentralização, diminuir a burocracia e as forças municipais. Essa que é a grande inovação da campanha. Em torno disso, a gente tem feito articulações com Confederação dos Municípios, com organizações estaduais e municipais, tentando discutir as melhores iniciativas para que o Governo, logo no começo, possa encaminhá-las ao Congresso. A ideia é propor a reorganização do funcionamento do Estado. Tenho convidado vários especialistas que vêm de diversas regiões do país. Trabalhamos em grupos, sugerimos medidas, as submetemos às plenárias e levamos para os generais Heleno e Ferreira.
João Doria, candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi eleito governador do Estado de São Paulo neste domingo, 28. Com 96% das urnas apuradas, Doria tem 51,73% dos votos. Seu concorrente, Márcio França, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), está com 48,27% dos votos.
Com Isto é
No primeiro turno, Doria teve 6.431.555 votos (31,77%), enquanto França teve 4.385.998 (21,53%).
Doria iniciou sua carreira política em 1983 como secretário de turismo em São Paulo. Em 1986, assumiu o cargo de presidente da Embratur e do Conselho Nacional de Turismo na gestão de José Sarney e foi eleito prefeito de São Paulo em 2016 pelo PSDB.
No entanto, para concorrer nas eleições para governador, teve de renunciar ao cargo ainda no segundo ano de mandato, deixando a posição com seu vice, Bruno Covas.
Votação dos candidatos
Doria chegou antes do anunciado para votar na manhã deste domingo, 28, no Colégio St. Pauls, no Jardim Paulistano, zone oeste de São Paulo. O tucano chegou em uma van acompanhado do prefeito Bruno Covas, do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), da deputada eleita do PSL Joice Hasselmann, da senadora eleita Mara Gabrilli (PSDB) e de outras lideranças do seu partido.
Após votar, Doria mais uma vez exaltou o PSL de Jair Bolsonaro e a chapa “Bolsodoria” – ele usava camiseta amarela com esse mote quando votou. O ex-prefeito disse que tem o apoio do “PSL verde-amarelo”, mas enfrentou uma saia justa quando a senadora eleita Mara Gabrili foi questionada sobre seu voto para presidente. “Voto no João Doria”, disse ela, evitando declarar voto em Bolsonaro.
França votou na manhã deste domingo em uma escola estadual no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Estava acompanhado da esposa Lúcia e de alguns assessores e políticos. “Acho que São Paulo vai dar um recado firme em direção à verdade e também à união”, afirmou.
O governador disse estar confiante em uma vitória sobre o ex-prefeito da capital João Doria (PSDB). “De virada é sempre mais gostoso”. França atribuiu sua subida ao desempenho no último debate, na quinta-feira, 25, na TV Globo.
Acho que a partir do debate houve uma mudança muito forte em função, na minha visão, do desempenho inseguro do meu concorrente para um debate daquela importância, lendo livro, lendo textos. Não foi compatível com os outros debates que ele mesmo tinha feito. E acho que isso foi decisivo para que nós pudéssemos mudar a curva aqui em São Paulo. E essa curva, normalmente quando começa, acentua no dia (da eleição)”, disse França.
Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada no sábado, 27, mostrou que o governador subiu três pontos na reta final da campanha e empatou numericamente com João Doria (PSDB). Ambos teriam 50% dos votos válidos, segundo o levantamento.
Nova pesquisa foi divulgada pelo instituto nesta quinta-feira; rejeição do petista é de 52% já o candidato do PSL é rejeitado por 44% dos eleitores
Por iG São Paulo
Foi divulgada na noite desta quinta-feira (25) nova pesquisa Datafolha para presidente. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 56% dos votos válidos, enquanto Fernando Haddad (PT) soma 44%.
Esta é a terceira pesquisa Datafolha para presidente realizada neste segundo turno e os números captados pelo novo levantamento indicam distância menor entre os dois candidatos do que a verificada no estudo anterior, divulgado no último dia 18. Naquela pesquisa, Bolsonaro aparecia com 59%, contra 41% de Haddad.
A proporção de 56% a 44% a favor do candidato do PSL se refere aos votos válidos, o que exclui os brancos e nulos e reproduz o mesmo cálculo feito pela Justiça Eleitoral para definir o resultado final de uma votação. Nos votos totais, Bolsonaro tem 48%, enquanto Haddad soma 38%. Brancos e nulos somam 8% e outros 6% não souberam responder.
Em votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. A maior subida do petista ocorreu na região norte onde ele ganhou sete pontos. Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%. O registro deste levantamento do Datafolha no TSE é: SP‐02453/2018
O instituto levantou, também, a rejeição dos candidatos. Acompanhe, abaixo, o que responderam os entrevistados sobre Jair Bolsonaro :
Votaria com certeza – 46%
Talvez votasse – 9%
Não votaria de jeito nenhum – 44%
Não sabe – 2%
E as marcas do presidenciável Fernando Haddad :
Votaria com certeza – 37%
Talvez votasse – 9%
Não votaria de jeito nenhum – 52%
Não sabe – 2%
Outra das questões apresentadas foi sobre a firmeza do eleitor quanto ao voto. Veja os números referentes a Bolsonaro:
Está totalmente decidido a votar em... - 94%
Seu voto ainda pode mudar - 6%
Agora, sobre Haddad:
Está totalmente decidido a votar em... - 91%
Seu voto ainda pode mudar - 9%
A última pergunta visou a averiguar se os eleitores conhecem os números de seus candidatos na urna eletrônica. Em ambos os casos, a porcentagem de conhecimento é alta. Veja a de Bolsonaro:
Menções corretas – 94%
Não sabe o número do candidato – 5%
Menções incorretas – 1%
E a de Fernando Haddad:
Menções corretas – 93%
Não sabe o número do candidato – 6%
Menções incorretas – 1%
A pesquisa Datafolha para presidente foi contratada pela TV Globo e pela Folha de S.Paulo, e ouviu 9173 eleitores em 341 municípios entre quarta-feira (24) e quinta-feira (25). O registro no TSE é BR-05743/2018. O nível de confiança do levantamento é de 95%.