A 11ª edição do Movimento Ouvindo a nossa Cidade, realizado pelo PV de Porto Nacional, chegou à região central de Porto Nacional. Foi neste sábado, na sede da Associação dos Moradores do Jardim Municipal.
Durante a semana o presidente do PV, Joaquim Maia, caminhou pelo comércio central e ruas do Jardim Municipal convidando a todos para o evento. Na Associação, Joaquim Maia ouviu da comunidade as suas reclamações sobre a atual gestão, que não foram poucas, bem como acolheu as sugestões para uma nova administração da cidade.
Segurança
A principal queixa dos moradores do Jardim Municipal foi em relação à segurança do bairro. “Aqui não temos segurança e vivemos com medo todos os dias. Há muitos usuários e até mesmo pontos de venda de drogas e as autoridades parecem ignorar isso.” Desabafou uma das moradoras. O sentimento de abandono por parte da administração esteve presente em cada um dos moradores que fizeram uso da palavra.
Joaquim Maia, que foi recebido com grande satisfação pelos moradores, se sensibilizou com os problemas apresentados e afirmou que em uma administração do PV a qualidade de vida dos Portuenses será prioridade. “Nós, filhos de Porto Nacional, que já vimos nossa cidade acolher a todos com muita tranquilidade e paz, não podemos aceitar vivermos com medo em nossas próprias casas. O Partido Verde fará uma administração voltada para o bem estar da comunidade, com a valorização do cidadão, da família portuense e a segurança é uma das nossas prioridades para que isso se torne realidade.” Afirmou Joaquim Maia.
Principais revistas semanais do País trazem assuntos diversos, mas com grande repercussão no governo de Michel Temer e sua equipe
Por Edson Rodrigues
A revista Veja traz na capa as armadilhas e o descalabro administrativo dos últimos dias do governo de Dilma Rousseff, que terão reflexos significativos na governabilidade de Michel temer.
Já a revista época aborda as denúncias de corrupção envolvendo o BNDES.
Outro assunto levantado neste início de semana é o envolvimento do ministro do Planejamento em diversas denúncias, fato que pode trazer problemas para o novo governo.
Na revista Istoé, o destaque é dado para reportagem sobre a volta dos “arapongas”, após a descoberta de escutas no gabinete do ministro Barroso, do STF.
VEJA
Como se não bastassem o rombo bilionário nas contas públicas e a desordem na economia, o governo Dilma ainda promoveu uma baderna administrativa com o objetivo de constranger o sucessor e animar a militância
No momento em que o ministro Henrique Meirelles anunciava os nomes de sua equipe, na última terça-feira, em Brasília, a economia real expunha uma de suas facetas mais cruéis a uns poucos quilômetros da sede do Ministério da Fazenda. Desde as 6 horas da manhã, jovens, muitos deles com diploma universitário, formavam uma fila quilométrica para candidatar-se a uma vaga de trabalho numa rede de restaurantes. Foram mais de doze horas de espera debaixo de sol, depois de chuva, apenas para entregar um currículo que os habilitaria a um salário que varia de 800 a 1 500 reais, dependendo da qualificação, mais plano de saúde. É um microexemplo da grave situação que o Brasil atravessa. Os jovens são parte de um contingente de 11 milhões de desempregados, vítimas de erros em série na economia, uma dose cavalar de incompetência e muita corrupção nos governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores. Na cerimônia, o novo ministro disse que tem pressa. Há realmente muito que fazer e, antes disso, muito a ser desfeito. As primeiras auditorias oficiais mostram que o descontrole e a falta de transparência na governança da presidente afastada Dilma Rousseff não eram lendas criadas pela oposição, mas realidades amargas.
O exemplo mais evidente é o tamanho do rombo previsto para este ano nas contas públicas. Em apenas uma semana de inspeção, o buraco dobrou de tamanho. O governo Dilma pediu autorização ao Congresso para fechar o ano de 2016 com um rombo de 97 bilhões de reais. Esse descompasso assustador está na origem do caos econômico. A situação, porém, é muito pior. Primeiro, o governo estimou o rombo em 160 bilhões de reais (veja a tabela na pág. 53). Na sexta-feira, depois de novo cálculo, o rombo subiu para 170 bilhões de reais. Como se vê, Meirelles e sua equipe terão pela frente um desafio maiúsculo. O ministro já anunciou que pretende sanear as contas enfrentando as resistências a reformas importantes, como a da Previdência. As projeções do próprio governo mostram que, em trinta anos, o rombo do INSS, hoje de 133 bilhões de reais, vai aumentar quase vinte vezes, e deve superar a barreira dos 200 bilhões de reais já em 2020. Se nada for feito, os jovens de hoje, incluindo os 3 000 que disputam o emprego no restaurante em Brasília, poderão ficar sem os benefícios num futuro próximo.
Exemplos de má gestão estão emergindo em praticamente todos os órgãos federais. No Ministério das Relações Exteriores, a dívida ultrapassa os 800 milhões de reais. A conta inclui os repasses aos consulados, a ajuda de custo dos diplomatas (muitos tiveram de contrair dívidas para pagar aluguéis) e os pagamentos de organismos internacionais aos quais o Brasil é associado. Nos ministérios dos Transportes e das Cidades há bilhões de reais em despesas autorizadas sem os recursos em caixa para quitá-las. O governo petista também deixou bombas armadas nas principais empresas estatais. Dá-se como certo entre os analistas do mercado financeiro que as estatais precisarão receber uma injeção de dinheiro público. Do contrário, não terão condições de honrar suas dívidas. A agência de classificação de risco Moody's calcula que será necessário cobrir um rombo monumental, de valor estimado entre 300 bilhões e 600 bilhões de reais. Na semana passada, já como consequência do descontrole, a Bolsa de Valores de Nova York impediu a negociação de ações da Eletrobras. O balanço da estatal é tão nebuloso que a empresa contratada para auditá-lo se recusou a fazê-lo.
ÉPOCA
Após prender Marcelo Odebrecht na Lava Jato, PF suspeita de encontro do empreiteiro com Fernando Pimentel (Foto: Rodolfo Buhrer/REUTERS)
No papel, os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, são exemplares. As propostas passam por comitês, avaliações técnicas e tornam-se contratos com dezenas de cláusulas que detalham as condições dos empréstimos.
Na prática, porém, o que muitos financiamentos do BNDES têm em comum é a combinação de juros camaradas para empreiteiras beneficiadas realizarem obras no exterior, em nações alinhadas com o PT.
Conforme ÉPOCA revelou em fevereiro, procuradores em Brasília já vêm apurando tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor de empreiteiras, especialmente a Odebrecht, com a participação do BNDES. Agora, ÉPOCA obteve relatórios da Polícia Federal que revelam como se dá a concessão desses financiamentos. É a primeira vez que uma investigação reúne provas de como se dá a negociação, com informações privilegiadas de reuniões, encontros secretos e pagamentos de propina.
Os documentos, levantados na Operação Acrônimo, trazem evidências de propina em dois contratos do BNDES com a Odebrecht, para obras na Argentina e em Moçambique, ao custo de US$ 90 milhões, cerca de R$ 320 milhões.
A Odebrecht passa a ser o alvo central das duas maiores investigações em curso no país. Na Lava Jato, pelo cartel formado para conseguir obras na Petrobras. Agora, na Acrônimo, por suas relações com o BNDES.
MINISTRO INVESTIGADO
Romero Jucá, ministro do Planejamento, está sendo investigado pelo procurador Rodrigo Janot.Romero Jucá é citado em possível esquema de propina da Andrade Gutierrez Romero Jucá é citado em possível esquema de propina da Andrade Gutierrez
Mesmo após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, e a posse de Michel Temer, o trabalho de apuração da Lava Jato continua a todo vapor. Na última quinta, Otavio Azevedo e Flavio Barra, representantes da Andrade Gutierrez, em nova delação premiada, acusaram o atual ministro do planejamento, Romero Jucá, de também fazer parte de um suposto esquema de propina.
Segundo os membros da empresa ligada ao ramo da infraestrutura, presente no mercado nacional há mais de 60 anos, o político do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) teria embolsado cerca de R$ 1 milhão como parte do acordo para que a empreiteira liderasse o consórcio da construção da Belo Monte, usina hidrelétrica em construção no município de Altamira, no norte do estado do Pará.
Procurada, a assessoria de imprensa de Jucá disse que todo o dinheiro recebido faz parte de doações relativas à sua campanha para ocupar uma cadeira no Senado Federal. Além disso, os jornalistas ligados ao ministro disseram que ele jamais teve encontro com qualquer representante da Andrade Gutierrez, nem autorizou tratativas de terceiros usando o seu nome.
ISTOÉ
Tanto no Palácio do Planalto como entre ministros do Supremo Tribunal Federal existe a certeza de que nos últimos seis meses agentes da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, teriam espionado o presidente Michel Temer, líderes do PMDB, o juiz Sérgio Moro e até ministros do STF.
A descoberta, há cerca de duas semanas, de um grampo ambiental instalado sob a mesa do gabinete do ministro Luís Roberto Barroso confirmou as suspeitas que a equipe do presidente Michel Temer e membros da força tarefa da operação Lava Jato têm desde dezembro. “Foi a Abin que grampeou o gabinete do ministro”, revelou a dois senadores o tenente coronel André Soares, ex-agente da Abin ainda lotado na Presidência da República.
No final de março, uma empresa internacional de informações que atua no Brasil há mais de dez anos foi contratada para varreduras e detectou a arapongagem. Os espiões, segundo o levantamento feito pela empresa, seriam agentes da Abin trabalhando a pedido do ex-ministro Ricardo Berzoini, a quem a agência se reportava desde outubro do ano, por determinação da presidente afastada, Dilma Rousseff. Os episódios de bisbilhotagem descobertos a partir de dezembro foram tratados com absoluta discrição pelos auxiliares de Temer e pela equipe de segurança do STF e se mostraram determinantes para o presidente recriar o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). A equipe de Temer acredita que sob a tutela do general Sérgio Etchegoyen a Abin possa ser melhor controlada.
Nem bem esquentou a cadeira presidencial, Michel Temer enfrenta falta de credibilidade de assessores e pressão de partidos aliados
Edson Rodrigues
Michel Temer (PMDB) é o presidente interino da república por obra da Constituição. Vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, do PT, apenas esperou que a presidente se enrolasse em seus próprios erros e ser afastada por 180 dias para assumir em seu lugar.
Mas o que o povo brasileiro mais teme em seu governo é receber mais do mesmo, ou seja, Dilma foi afastada por suspeitas de corrupção e a equipe de ministros escolhidos por Michel Temer está recheada de investigados e até réus em crimes que vão da corrupção ao estelionato, passando por um improvável homicídio.
As polêmicas levantadas por suas nomeações já o fizeram mudar de ideia e até ceder em alguns casos e o apoio que vem recebendo de alguns partidos está por um fio de cabelo.
Temer não pode se dar ao luxo de perder apoios, principalmente no Senado, onde quatro simples votos podem devolver a cadeira presidencial à Dilma. Logo, precisa saber conduzir muito bem o seu claudicante governo, sob pena de se ver em maus lençóis, se não souber buscar legitimidade e credibilidade.
ROMERO JUCÁ
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a pedido do Ministério Público Federal, a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Romero Jucá (PMDB-RR), atualministro do Planejamento do governo de Michel Temer.
Jucá está sendo investigado por procedimentos referentes à liberação de emendas parlamentares para obras que teriam sido superfaturadas posteriormente. O inquérito em questão tramita no Supremo desde 2004.
Nesta sexta-feira (20), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a inclusão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de Romero Jucá, e dos senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA) em um inquérito já aberto na Corte que investiga o suposto pagamento de propina na construção da usina Belo Monte. O ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA) já é investigado.
FHC PÕE RÉDEAS CURTAS
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirma que o PSDB não se sentirá muito satisfeito no governo Michel Temer ao ver outros partidos ganhando mais espaços que a agremiação tucana. "O PSDB tem três ministérios, mas muitos partidos da base atual já estavam antes no governo e estão aumentando sua participação. O PSDB vai ficar um pouco nervoso com isso. Relativamente, o partido vai ficar com muito menos que os outros", avaliou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
FHC também afirmou que se a gestão Temer adotar um caminho controverso, o PSDB pode desembarcar da base governista. "Se o governo for para um caminho que achamos errado, então o PSDB sai. O governo é destino inevitável para quem participa do atraso. Se o PSDB se confundir inteiramente com a política, ele vai ter problemas. Isso vale para o governo. O presidente Temer tem que negociar com o Congresso, mas ter cuidado e explicar isso para a sociedade", fez o alerta.
Ainda na entrevista, o tucano afirma que o senador José Serra (PSDB) ganha vantagem na disputa interna para ser o candidato do partido nas eleições de 2018 para presidente da República ao assumir o Ministério das Relações Exteriores. "A medir pelas semanas iniciais, sim. Ele tomou posição. Eu sempre digo que o problema dos nossos partidos é não tomar partido. Serra foi lá, tomou posição e se projetou. Ele ganhou mais força. Mas 2018 ainda está longe", ressaltou.
Pela primeira vez parlamentares tocantinenses têm vez e voz junto ao governo federal e relatam demandas do povo tocantinense
Da Radação
Na terça-feira, 17, o presidente em exercício Temer recebeu líderes femininas de partidos da sua base aliada na Câmara, no Planalto. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também participa da reunião.
Entre as deputadas estiveram presentesDulce Miranda (PMDB-TO),Josi Nunes (PMDB-TO) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).
Também participam Laura Carneiro (PMDB-RJ), Leandre (PV-PR), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Mariana Helena (PSB-RR), Mariana Carvalho (PSDB-RO), Marinha Raupp (PMDB-RO), , Renata Abreu (PTN-SP), Rosangela Gomes (PRB-RJ) e Teresa Cristina (PSB-MS),Christiane de Souza Yared (PR-PR), Conceição Sampaio (PP-AM), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Creuza Pereira (PSB-PE), Dâmina Pereira (PSL-MG), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Geovania de Sá (PSDB-SC), e Keiko Ota (PSB-SP).
Para as parlamentares tocantinenses, foi a primeira vez que estiveram na sede oficial do governo federal e tiveram seus papéis como parlamentares respeitados e reconhecidos.
Dulce Miranda, que também é primeira–dama do Tocantins e sempre teve suas ações voltadas para o lado social, com trabalhos voltados para as gestantes, implantação de creches, ações de amparo aos mais carentes e todos os trâmites que envolvem o papel de primeira-dama, esteve exultante com a oportunidade, já que o Estado vem enfrentando situações adversas na área social, agravadas pela crise econômica que o País enfrenta.
Já Josi Nunes é reconhecida no paramento como uma mulher de histórico batalhador, guerreira por vocação e de caráter e lealdade incontestáveis.
Dorinha Seabra sempre teve seus trabalhos voltados para a área da educação reconhecidos nacionalmente e tem prestígio junto aos demais parlamentares como conhecedora da dura realidade vivida pela Educação não só no Tocantins, mas em todo o território nacional.
As parlamentares ressaltaram a importância desse primeiro contato com o presidente e a mudança radical no relacionamento entre o Executivo federal e o Legislativo, já que nunca haviam sequer sido relacionadas para encontros com a presidente Dilma.
As deputadas foram unânimes ao afirmar que esse é o início de uma nova era no relacionamento e na interação entre os poderes e saíram satisfeitas com os resultados do encontro, que representa a primeira “porta aberta” para que as demandas do povo tocantinense, finalmente, comecem a ser levadas em consideração pelo governo federal.
Ao ser filmado abusando de duas crianças, ex-senador tocantinense, serve de base para tese de que já se discutem assuntos do futuro, deixando de lado crimes do passado, que ainda ecoam, impunes, ante a sociedade brasileira
Da Redação
Existe a agenda do século XXI, que pede banheiros para transgêneros, história d’África nos currículos e livre consumo de maconha. É bonita e moderna, mas embute um truque. Discutindo-se a agenda do XXI, esquecem-se os restos a pagar do XIX.
No XIX, os patriarcas escondiam-se na escravidão para viver naquilo que Gilberto Freyre chamou de “intoxicação sexual”. No XXI, essa figura do oligarca, senhor de seus domínios, perdeu espaço, mas ainda vai bem, obrigado.
No dia 23 de janeiro de 2015 deste século XXI, o ex-senador Manoel Alencar Neto (PSB-TO), também conhecido como Nezinho Alencar, foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de ter abusado sexualmente de duas meninas menores, uma de 6 e outra de 8 anos.
Nezinho é uma próspero político do estado de Tocantins e chegou ao Senado em 2005, cavalgando uma suplência. Esteve na cadeira por alguns meses, durante os quais honrou a base governista, defendeu a prorrogação das dívidas do agronegócio, falou em nome do “choro de mães de família”, pediu mudanças na legislação trabalhista e lembrou ter começado sua vida política nos “movimentos estudantis pelas liberdades democráticas”. Na região de Guaraí, há quem peça bênção a Nezinho.
No governo Temer, o PSB de Nezinho continua aninhado no Planalto, e o pernambucano Fernando Coelho Filho ganhou o Ministério da Integração Nacional. Seu pai é o senador Fernando Coelho, que, por sua vez, é sobrinho do ex-governador Nilo Coelho, filho do coronel Quelê, o patriarca dos Coelho de Petrolina (PE).
Nezinho foi preso porque um vaqueiro escondeu um celular numa árvore e fotografou-o, com a cabeça branca de seus 67 anos, bolinando duas crianças, uma da quais mantinha no colo. Em nenhum momento ele desmentiu a veracidade da cena.
Em março, o juiz Ricardo Gagliardi, da Primeira Vara Criminal de Colmeia, soltou o ex-senador argumentando que “o fato de o investigado ser colocado em liberdade em nada afronta a ordem pública”. Pode ser, mas, por via das dúvidas, o vaqueiro e outras nove pessoas de sua família estão hoje escondidos, sob proteção da Polícia Federal.
Os advogados de Nezinho defendem-no com dois argumentos. Primeiro, foi tudo “armação” do pai das meninas. Tudo bem, um pai analfabeto e pobre deve ser sempre o primeiro suspeito, mas quem está na fotografia bolinando as crianças é o ilustre ex-suplente de senador pelo PSB.
Na segunda linha de defesa, o bolinador teria agido sob influência de antidepressivos misturados a álcool. Em suma, Nezinho Alencar é a verdadeira vítima, pois até chorou quando lhe mostraram a cena. Não chorava quando mantinha a criança no colo. Tomara que nenhum consumidor de álcool com antidepressivos cruze com familiares de Nezinho ou de seus advogados.
Felizmente, a repórter Renata Mariz recuperou o caso do vaqueiro e de suas filhas. Eles vivem com medo. Fazem bem, porque o doutor continua acusando-os de “armação” e até hoje não passou pela sua cabeça pedir desculpas por ter bolinado crianças, filhas de um empregado.
O pai das duas meninas dá uma aula de ciência política aos novos poderosos de Brasília e aos barbudos que acreditaram numa aliança com a oligarquia. Segundo ele, Nezinho não estaria solto se tivesse “mexido com a filha do juiz, do delegado, do promotor ou de outro fazendeiro”.
É, Nezinho Alencar. Você envergonha os tocantinenses....