O presidente do Senado usou irregularmente jatinho da FAB para fazer implante de cabelo e ir a casamento
Na noite de 18 de dezembro de 2013, decretado o fim dos trabalhos legislativos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, estava finalmente liberado para repousar em sua mansão de Maceió, em Alagoas. Reservou o jatinho da Força Aérea Brasileira a que tem direito para voltar para casa. Partiu de Brasília às 22h15 – mas, em vez de pousar em Maceió, pediu para desembarcar no Recife. A paradinha era necessária: fora um ano difícil. Em fevereiro, Renan havia sido denunciado ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República, acusado de desviar dinheiro do Senado. Em junho, havia sido forçado a se trancar no gabinete, para se proteger da fúria dos manifestantes que tentavam invadir o Congresso. Renan estava fatigado. Perdera viço, quilos e cabelos. Não precisava apenas de descanso. Precisava também de um up na autoestima.
Como bom peemedebista, não aceitou serviço pela metade. Exigiu uma funilaria pesada. Primeiro uma blefaroplastia, cirurgia plástica nas pálpebras mais conhecida como “levantadinha no olhar”. Depois, um tapa na peruca. Ou melhor, um implante de 10 mil fios de cabelo com um especialista em cocurutos, o doutor Fernando Teixeira Basto Júnior – o responsável pelas novas madeixas de José Dirceu. A depender da perspectiva, o implante deu certo. Os cabelos cresceram como mato seco na careca outrora lunar de Renan. Mas a Procuradoria da República em Brasília não gostou do resultado. Entrou, em segredo, com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente do Senado. ÉPOCA teve acesso ao documento. Nele, os procuradores são severos: pedem que sejam decretadas a perda do cargo e a cassação dos direitos políticos do senador, em razão do uso indevido do jatinho da FAB.
O passeio com o jatinho não foi um lapso. Como o jornal Folha de S.Paulo revelou ainda em 2013, seis meses antes da viagem ao Recife, no dia 15 de junho, no auge dos protestos, Renan apanhou irregularmente outro jatinho da FAB. Como presidente do Senado, Renan tem o direito de usar o avião da FAB somente para compromissos oficiais ou para voltar a Alagoas. Naquele dia de junho, um sábado, foi de Maceió a Porto Seguro, na Bahia. Levou a mulher, Verônica, ao casamento de Brenda, filha mais velha do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas. A festa aconteceu em Trancoso, a 47 quilômetros de Porto Seguro. Depois da folia para 600 convidados, que teve até show do cantor Latino, a aeronave seguiu de madrugada para Brasília. Renan estava a bordo; Latino, não.
Quando o caso veio a público, Renan devolveu aos cofres públicos os valores relativos aos voos. Pagou R$ 32 mil (voo do cabelo) e R$ 27 mil (voo da festinha). Em vez de escapar da denúncia, acabou, com isso, confessando “o uso indevido do bem público”, segundo o MP. “Renan Calheiros, de má-fé, utilizou-se da função que ocupa, de presidente do Senado Federal, para usar, por duas vezes, bem público em proveito próprio, obtendo vantagem patrimonial indevida, em prejuízo econômico ao Erário”, diz o procurador Anselmo Lopes, autor da ação. Devolver o dinheiro do custo da viagem não é suficiente. Para Lopes, há sinais de que, no caso da viagem para o casório, Renan tentou enganar o comando da Aeronáutica, induzindo os brigadeiros ao erro de ceder o jatinho. Teria argumentado que se tratava de viagem de caráter institucional. Por isso, o MP pede também indenização por danos morais.
“Apesar de ter ciência da ilegalidade do ato, Calheiros, supondo que não seria descoberto ou, mesmo se descoberto, que não sofreria as sanções legais devidas, não apresentou qualquer constrangimento em continuar se utilizando de bem público federal de altíssimo valor para fins pessoais”, diz o procurador. O Ministério Público pede que, se voltar a voar de jatinho da FAB para tratar da cabeleira, ir a casamentos ou por qualquer outro motivo particular, Renan seja multado em R$ 100 mil. Pede ainda que a FAB tenha um controle preventivo que coíba esse tipo de comportamento dos parlamentares, sob pena de também pagar R$ 100 mil por voo irregular de qualquer autoridade.
O caso está parado desde junho. O juiz João Carlos Mayer, da 17a Vara Federal de Brasília, decidiu que não era de sua alçada julgar o presidente do Congresso e sua juba. A seu ver, essa seria uma tarefa para o Supremo Tribunal Federal – embora o próprio Tribunal determine o contrário em casos de improbidade. Agora, cabe ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorrer ou não. Procurado por ÉPOCA, Renan se restringiu a informar que devolveu o dinheiro dos dois voos. Não parece ter um fio de preocupação com o caso
O papa Francisco denunciou nesta sexta-feira em Manila as "desigualdades sociais escandalosas" e proclamou sua firme rejeição a toda forma de corrupção, no primeiro dia de sua visita às Filipinas.
"É preciso romper as correntes da injustiça e da opressão que dão lugar a evidentes - e realmente escandalosas - desigualdades sociais", lançou às autoridades reunidas no Palácio presidencial, pedindo uma reforma das estruturas sociais.
É necessário que cada um proclame sua "firme rejeição a toda forma de corrupção que desvia os recursos destinados aos pobres", acrescentou.
O Papa chegou na tarde de terça-feira às Filipinas, um reduto do catolicismo na Ásia minado pela pobreza e pela corrupção, para realizar uma visita de cinco dias.
O Papa chegou ao Palácio presidencial em um minúsculo Volkswagen Touran de cor azul, e foi aclamado por uma multidão entusiasmada.
"Agora, mais do que nunca, é necessário que os líderes políticos se distingam por sua honestidade, sua integridade e sua responsabilidade em relação ao bem comum", acrescentou o Papa, ante as autoridades políticas e ao corpo diplomático.
Em seu discurso, de tom firme, o santo padre pediu uma mudança: "A reforma das estruturas sociais que mantêm a pobreza e a exclusão dos pobres exige, principalmente, uma conversão do espírito e do coração do povo filipino", disse.
"A exigência moral de garantir a justiça social e o respeito à dignidade humana são essenciais para o alcance dos objetivos nacionais", ressaltou o bispo de Roma.
Recém chegado do Sri Lanka, o Sumo Pontífice, de 78 anos, que tem um programa extremamente pesado durante sua estadia no arquipélago, mostrava um semblante pálido e parecia cansado.
Antes do discurso inaugural de sua visita, havia se reunido com o presidente Benigno Aquino, que fez da luta contra a corrupção o elemento central da campanha eleitoral que o levou ao poder em 2010.
Desde então, o presidente anterior e três senadores foram detidos, e o próprio Aquino orquestrou a destituição do líder máximo do Supremo Tribunal de justiça por corrupção.
No entanto, embora a comunidade internacional tenha aplaudido seus esforços, alguns dentro de seu país o acusam de perseguir apenas seus inimigos políticos, e não seus aliados. E embora as Filipinas sejam uma das economias asiáticas com maior crescimento, em quatro anos de poder Aquino não conseguiu diminuir as brutais taxas de pobreza que assolam o país.
A pobreza forçou 10 milhões de filipinos a sair do país em busca de uma vida melhor.
Cerca de um quarto da população do arquipélago, 25 milhões de pessoas, vive com menos de 60 centavos de dólar diários, segundo as últimas estimativas oficiais.
O Papa lembrou que um dos objetivos principais de sua viagem era visitar os sobreviventes do supertufão Haiyan, conhecido nas Filipinas como Yolanda, que em 2013 deixou 7.350 mortos e desaparecidos.
Francisco colocou como exemplo "a força heroica, a fé e a resistência que muitos filipinos demonstraram" ante o supertufão Haiyan e muitos outros desastres naturais.
O santo padre viajará no sábado à região de Tacloban, que sofreu as piores consequências da catástrofe, em uma país regularmente devastado por fenômenos climatológicos mortíferos.
Após este primeiro discurso, o Papa visitou em Manila uma associação de ajuda a crianças em situação de rua, que em muitos casos são vítimas de prostituição e de drogas.
Portal Terra
Projetos já foram anunciados para os próximos quatro anos de gestão
Foi apresentado aos funcionários do Sebrae Tocantins, na manhã de hoje (14), a nova diretoria da instituição. A Presidência do Conselho Deliberativo Estadual – CDE ficará sob a gestão de Pedro José Ferreira. Já a Diretoria Superintendente será comandada por Omar Hennemann, que será acompanhado por Higino Julia Piti como Diretor Técnico e Jarbas Meurer que permaneceu no cargo de Diretor de Administração e Finanças. Em seu discurso o Diretor superintendente Omar Hennemann, enfatizou que o Estado do Tocantins tem como vocação o agronegócio e o Sebrae não pode estar distante dessa tendência natural. “Além disso, estaremos implantando o projeto Hora Marcada, onde o empresário solicita a visita do profissional do Sebrae e ele será atendido em seu próprio estabelecimento”, explicou Hennemann acrescentando ainda, que o compromisso do Sebrae é atender com excelência os seus clientes. Também foi sinalizado pelos diretores um projeto de desenvolvimento local do Bico do Papagaio, que irá indicar o potencial daquela região, bem como os seus gargalos como qualificação, espaços físicos e instrumentos para o seu desenvolvimento. “Novos projetos ainda estão previstos para beneficiar os pequenos negócios, ou seja, cerca de 1.500 produtores serão contemplados com os novos projetos Travessia-Frutas e Travessia-Peixe, nosso intuito é transformar essas atividades em um negócio lucrativo; ainda atuaremos a partir desse ano na região de Aliança do Tocantins, com um Núcleo de Ovinocaprinocultura e nas feiras agropecuárias daremos ênfase aos negocios que podem ser gerados, através dos milhares de visitantes nesses eventos”, esclareceu o Superintendente. Participaram do evento o pastor Edmundo Barbosa e o padre Eduardo Zanon, que na oportunidade abençoaram os novos diretores e os colaboradores do Sebrae. A nova diretoria estará à frente da instituição nos próximos quatro anos.
O líder do PMDB e candidato a presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta terça-feira, 13, a suspeita segundo a qual ele teria recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef como uma "alopragem".
A declaração ocorre um dia depois de o advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, convocar uma coletiva de imprensa a fim de dizer que seu cliente, um dos principais personagens da Operação Lava Jato, não manteve qualquer "negócio" com o peemedebista. "É uma alopragem que foi desmoralizada. São denúncias vazias para desmoralizar minha candidatura", disse Cunha. "Eu só encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa denúncia vazia", afirmou o candidato, referindo-se à eleição da Mesa da Câmara, marcada para o dia 1º de fevereiro. Apesar das declarações do advogado e de Cunha, Youssef citou, em depoimento da delação premiada, o peemedebista como um dos beneficiários do esquema de propinas da Petrobras. Cunha também teve seu nome citado no depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca. Num primeiro momento, o policial, que é acusado de atuar no esquema como o "carregador de malas" do doleiro, afirmou ter entregue dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que seria do deputado peemedebista. Depois, Careca retificou seu depoimento, mudando o endereço da entrega e afirmando não ter como garantir que o dinheiro era mesmo para Cunha. Reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda, 12, revela que o endereço em questão é do advogado Francisco José Reis, que já foi assessor do deputado estadual fluminense Jorge Picciani, atual presidente do PMDB do Rio. Picciani, que é aliado de Cunha, nega qualquer envolvimento com o doleiro.
Redação/Secom
Num evento que contou com a presença de autoridades estaduais, militares, dos profissionais da imprensa e da população em geral, o governador do Tocantins, Marcelo Miranda participou na manhã desta terça-feira, 13, em Palmas, da cerimônia de troca de comando de unidades operacionais da Capital e designação de oficiais superiores para funções estratégicas.
Durante a solenidade, o governador fez uma avaliação dos primeiros dias de seu governo e relatou problemas graves deixados pela antiga gestão, como o não pagamento da folha de servidores referente a dezembro de 2014, a não divulgação da lista de aprovados no último concurso da Secretaria da Defesa Social e a entrega das contas do governo para serem analisadas pela Assembleia Legislativa, que até o momento não foi realizada.
“A sociedade tocantinense precisa saber do que ficou para trás. O atual governo não pode pagar o preço da antiga gestão. Temos que olhar sempre à frente, mas não podemos deixar para trás os problemas do passado. Na madrugada de hoje os funcionários estaduais receberam os seus salários. Eu acho que já foi uma grande ação em que toda a equipe de governo discutiu e encontrou uma solução. O servidor público será respeitado em nosso governo, como toda a sociedade. Mas nós vamos buscar os responsáveis por estes problemas que identificamos no Estado”, garantiu.
Cerimônia de Troca de Comando
Na cerimônia desta manhã aconteceram as trocas de comando do 1º Batalhão da Capital, da Companhia Independente de Policiamento Rodoviário Ambiental (Cipra), da Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), da Academia Policial Militar Tiradentes, do Colégio de Polícia Militar e de chefias e direções de funções estratégicas.
Segundo o governador, o Tocantins vai implementar uma gestão policial pautada no diálogo com a comunidade e intolerante ao crime e a violência. “Já demos prova de que seremos firmes no combate à criminalidade, não só pela indicação do comando da PM, mas também na escolha do secretário da Segurança Pública. A ênfase do nosso governo será a Polícia Mais Perto de Você, pois acreditamos que a função da Polícia Militar não é só de prender, mas garantir a segurança da sociedade”, afirmou.
Para o novo comandante da Polícia Militar Militar, coronel Glauber de Oliveira Santos, a atuação da PM será ostensiva no combate ao crime e na proximidade com a população. “Vamos resgatar o trabalho da Polícia Comunitária, mas também com a presença constante de policiais nas ruas a fim de inibir a ação de bandidos”, frisou.
Confira abaixo a relação de comandantes e chefes de seções substitutos e substituídos da PMTO na Capital:
Designação Chefes de Seções:
- Coronel Benvindo Sousa Sobrinho – Diretor de Saúde e Promoção Social;
- Coronel Antônio Joaquim Martins Benvindo – Diretor de Ensino Instrução e Pesquisa;
- Coronel Edilson Pereira Silva – Diretor de Apoio Logístico;
- Coronel Wagner Vieira Da Cunha – Comandante do Policiamento da Capital - CPC;
- Coronel Luíz Carlos Barbosa Ferreira – Comandante do Policiamento do Interior – CPI;
- Tenente Coronel Marciano Montelo Maranhão Monteiro – Chefe da PM/1;
- Tenente Coronel Luíz Carlos Valadares Veras Júnior – Chefe da Seção de Inteligência/PM/2;
- Major Lourdes Cristina Coelho Rodrigues – Chefe da PM/5;
Substitutos e substituídos das Unidades Operacionais:
1º Batalhão de Polícia Militar:
Comandante substituído: coronel Wagner Vieira da Cunha e comandante substituto: tenente coronel Cláudio Tomaz Coelho de Sousa;
Companhia Independente de Policiamento Rodoviário Ambiental:
Comandante substituído: Coronel Oséias de Souza Silveira e comandante substituto: tenente coronel Sólis Araújo Sousa.
Companhia Independente de Operações Especiais:
Comandante substituído: major Abner Alves Martins e comandante substituto: tenente coronel Wander Araújo Vieira.
Academia Policial Militar Tiradentes:
Comandante substituído: tenente coronel Marizon Mendes Marques comandante substituto: tenente coronel Dosautomista Honorato de Melo.
Colégio Da Polícia Militar:
Comandante substituído: major Iramara Galvão Salles e comandante substituto: tenente coronel Raimundo Nonato Dias de Sousa.