Das 27 unidades da Federação, 21 receberão petições relacionadas a políticos e obras supostamente marcadas por irregularidades.

 

Da Redação

Além de determinar a abertura de 76 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin usou as delações dos executivos da Odebrecht para remeter a outras instâncias forenses 211 petições que não envolvem políticos com foro privilegiado junto à Corte. Caberá a esses tribunais o andamento das investigações. As Cortes recordistas na quantidade de processos são, além da Justiça Federal do Paraná, que conduz as investigações em primeira instância sobre fatos diretamente relacionados à Lava Jato, com 38 petições, as secções judiciárias de São Paulo, com 28 petições (sendo 27 na Justiça Federal e 1 no Tribunal de Justiça do Estado), Rio (21), Bahia (14) e Distrito Federal (14).
No Paraná, os termos de colaboração dos executivos da Odebrecht serão analisados pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Estado. As petições enviadas ao Estado envolvem diretamente a Lava Jato, incluindo delações sobre a atuação dos ex-presidentes Lula (PT) e Dilma (PT), do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), do ex-ministro Antônio Palocci (PT), além de investigações sobre obras como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a relação do grupo com a cervejaria Itaipava.
Mas a Seção Judiciária do Estado também ficará responsável pela investigação sobre questões locais, como o caso do ex-deputado federal Abelardo Lupion, que teria recebido R$ 250 mil em caixa 2 nas eleições de 2010 e 2012. O pedido de investigação sobre o governador Beto Richa (PSDB), citado como beneficiário de mais de R$ 3 milhões em propina, será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Chefes de Executivos estaduais têm foro no STJ.
Em São Paulo, as 27 petições enviadas à Justiça Federal estão relacionadas a políticos locais e nacionais, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o ex-ministro José Genoino (PT), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), além de obras como da linha 4 do Metrô e Rodovia Carvalho Pinto. Para o TJSP, foi enviado o termo que trata da aprovação municipal do Parque da Cidade, na capital paulista. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) será investigado no STJ.
No caso do Rio, a Justiça Federal no Estado terá a missão de analisar 21 petições da Procuradoria-Geral da República. Entre elas, estão as delações sobre o suposto recebimento de propina pelo ex-governador Sérgio Cabral, o ex-prefeito Eduardo Paes, o ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB, além de esquemas fraudulentos nas obras da linha 4 do metrô do Rio, do Arco Metropolitano e do Autódromo de Jacarepaguá.
Além dos processos na Justiça Federal do Rio, ficarão sob apreciação no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região petições relacionadas aos deputados estaduais Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do PMDB. A delação sobre a propina supostamente paga ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ficará à disposição do STJ.
Casa Estado de origem da Odebrecht, a Bahia aparece empatada com o Distrito Federal em número de petições recebidas pela Justiça Federal, 14. A Corte irá analisar as delações dos executivos que citam diversos políticos baianos, entre eles o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), além de vereadores e ex-prefeitos de Salvador. A investigação sobre caixa 2 para a campanha do atual prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), será feita junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Em relação ao Distrito Federal, as petições envolvem fatos relacionados ao BNDES, programa Minha Casa Minha Vida e Caixa Econômica Federal. Entre os políticos delatados, estão Eduardo Cunha e Guido Mantega. Os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) também são citados e alvo de pedido de inquérito. Os executivos da Odebrecht citam ainda irregularidades em obras como do estádio Mané Garrinha e do Centro Administrativo de Brasília.
Completam a lista dos Estados que também receberão os termos de delação da Odebrecht Goiás, com 6 petições, Pernambuco (6), Rio Grande do Sul (6), Santa Catarina (3), Maranhão (2), Piauí (2), Ceará (2), Pará (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Mato Grosso do Sul (1), Rio Grande do Norte (1), Tocantins (1), Espírito Santo (1), Paraíba (1) e Amazonas (1).

Posted On Segunda, 24 Abril 2017 09:45 Escrito por O Paralelo 13

 

2.527 anos de prisão

Para réus, denunciados e investigados pela Lava Jato, o emprego da lógica matemático-penal é como o tempo: implacável. Senão vejamos: se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse condenado por todos os crimes pelos quais é acusado na Justiça, ficaria de 519 a até incríveis 1.795 anos na cadeia. Usando o mesmo critério, o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), poderia amargar até 247 anos na prisão. Sua pena mínima seria de 60 anos. Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não ficaria menos do que 39 anos no cárcere, podendo alcançar 170. Um grupo multipartidário de cinco expoentes políticos analisados por ISTOÉ não registra cifras menos assustadoras. Somadas, suas penas podem variar de 678 anos a fenomenais 2.527 anos no xilindró.

 

Claro que o cálculo é hipotético pois, no Brasil, ninguém fica mais de 30 anos na prisão. Mas o turbilhão Odebrecht aumentou em muito o tamanho do risco jurídico-emocional que corrói a classe política, cujo encalço é vigiado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O levantamento feito pela reportagem de ISTOÉ inclui o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), um dos principais auxiliares do presidente Michel Temer. Se implicado por todos os crimes, Padilha, correria o risco de pegar uma pena de 67 anos. O mesmo cálculo se aplica ao ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ex-ministro e ex-governador José Serra (PSDB-SP), por sua vez, poderia ser condenado a uma pena máxima de 89 anos de detenção. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), entre 5 e 25 anos.

 

O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, lembra que são os magistrados, e não os procuradores, quem definirão se os políticos são culpados ou não e qual o tamanho da pena proporcional ao crime que eles realmente cometeram. O levantamento, baseado em inquéritos policiais e denúncias do Ministério Público, mostra que, quanto mais maduros estão os processos, maiores sãos os riscos de temporadas mais longas na prisão. Como Lula tem mais ações penais que os outros, está bem à frente dos colegas. O cálculo não considerou todas as investigações do petista e de Renan, ambos com mais de dez procedimentos criminais na Justiça, mas apenas as denúncias ou os inquéritos derivados das delações da Odebrecht.

 

O cálculo é hipotético pois, no Brasil, ninguém fica mais de 30 anos na prisão, mas mostra como a classe política está corroída

Os demais políticos do grupo só não estão com risco igual ou maior que o de Lula, Renan e Jucá porque seus processos ainda não estão tão amadurecidos. Explica-se: na fase de inquérito, a polícia e o Ministério Público e a polícia não detalham a totalidade de crimes supostamente cometidos como acontece quando chega-se à fase da denúncia. Os crimes apontados são basicamente corrupção passiva e lavagem de dinheiro (ver quadro). Investigadores da Lava Jato têm dito nas delações da Odebrecht que nunca aceitariam a “desculpa” da empreiteira de que houve “apenas caixa 2”, uma saída honrosa aventada pelo presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, no início das negociações, mas rejeitada desde então. Para eles, trata-se de um esquema de corrupção generalizada, que utiliza vários estratagemas de lavagem, inclusive doações de campanha feitas à margem do sistema ou registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A artimanha que hoje une petistas, tucanos e peemedebistas já foi usada pelo PT em meio ao escândalo do mensalão no passado. Como se sabe, naufragou.

 

O “recado” do Papa Francisco ao Brasil

O Papa Francisco enviou carta ao presidente Temer, anunciando que não poderá comparecer às celebrações dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, comemorados este ano.

Não foi apenas uma carta de recusa a convite formulado.

 

O Papa mandou um “recado” ao governo brasileiro.

No texto papal, a propósito da atual crise nacional lê-se: “não corresponde à Igreja nem ao papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo“.

 

Todavia, o “recado” explícito está na recomendação (ou conselho”), de que na hora de tantas reformas (sobretudo a trabalhista e previdenciária) não é possível “deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”.

 

Trocando em miúdos, o Papa avalizou o manifesto dos bispos brasileiros, divulgado em março passado, que ao final cita o Pontífice:

 

“a economia que promove a exclusão e a desigualdade social é comprometida com a morte: “Essa economia mata!” (Evangelho da Alegria 53)”.

 

O Papa Francisco deixou claro que o “mercado” e as “exigências econômico-financeiras” não são um fim em si mesmo, ao declarar que “não podemos confiar mais nas forças cegas e na mão e invisível do mercado".

O presidente Temer tem negociado e aprovado alguns recuos nas reformas, aliás, todas elas absolutamente necessárias.

 

Não se discute, portanto, a prioridade dessas reformas, mas o fato de que elas terão de ser “graduais” e “possíveis”, sempre em respeito à dignidade humana.

 

Não há debate ou preocupação com as receitas da Previdência e somente o aspecto econômico é analisado.

 

Por tais razões, o centro da discussão congressual não deveria ser apenas os números do déficit financeiro realmente existente, mas levar em consideração às fontes de recursos já criadas (e desviadas, até para mercado de capitais – no caso dos fundos de pensão), todas elas destinadas ao financiamento da saúde, previdência e assistência social (Constituição Federal - Título VII, "Da Ordem Social", Capítulo II - art. 195).

 

A COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) é no Brasil um dos impostos de maior arrecadação, atrás apenas do Imposto de Renda

 

Onde anda esse dinheiro das “contribuições sociais”, que não chega à previdência?

 

O que se faz de objetivo para a cobrança rigorosa dos devedores da previdência e a eliminação por inteiro das desonerações, concedidas sem exigência de contrapartidas (só em 2015 cerca de R$ 170 bilhões), que somente aumentaram o déficit e aprofundaram o desemprego?

 

Onde anda a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, o único dos sete previstos na Constituição, ainda sem regulamentação e que renderia no mínimo 100 bilhões de reais?

 

Esse imposto já existe em todos os países desenvolvidos e democráticos do mundo.

 

É justo que no Brasil, em hora de ajuste fiscal, um grupo de quase 100 mil pessoas, fique sem pagar nada de imposto de renda pessoa física, por auferirem ganhos de lucros e dividendos de empresas (lei 9.249/95), totalizando mais de 100 bilhões por ano?

 

Nos Estados Unidos, o país do capitalismo, esses contribuintes não são isentos.

 

Talvez pela falta de resposta às indagações no ar, o Papa tenha deixado claro nas entrelinhas do seu “recado”, que nas reformas em curso, se alguém tiver de pagar preço mais amargo e dilacerante, sejam aqueles que têm “mais” e não os que têm “menos”, ou “quase nada”.

 

Esquecer a ótica humana e social das reformas será transformar-se em “cabo eleitoral” eficiente para a volta ao poder, daqueles que, com a linguagem do populismo inconsequente, colocaram o Brasil no abismo em que se encontra.

 

A nossa opção é por uma verdadeira economia livre de mercado, que privilegie a inovação e o empreendedorismo, realmente distanciado do “capitalismo de amigos” e que seja o meio e não o fim do desenvolvimento sonhado.

 

A ótica defendida neste artigo, que leva em conta não apenas os números frios das estatísticas de planilhas econômicas, em nada se opõe a modernidade de aprovação de uma reforma da previdência, ajustada a nossa realidade demográfica para torná-la sustentável e excludente de privilégios.

 

Para o bom entendedor, o recado de Francisco foi dado.

Será que os militantes de facções políticas, do tipo “Psol da direita”, irão passar a chamar o Papa Francisco de “agitador” ou até de “comunista”????

 

Documentos da Odebrecht guardados na Suíça chegam ao Brasil

Uma cópia do servidor com 2 milhões de páginas de documentos, e-mails e provas de transações bancárias das atividades suspeitas da Odebrecht já está em Brasília. Os dados guardados pela construtora na Suíça passam atualmente por uma “preparação” para que possam ser usados pelos procuradores da Operação Lava Jato e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

 

O conteúdo é tratado pelos procuradores da força-tarefa como uma espécie de “caixa-preta da República” de todos os pagamentos de propinas pela construtora pelo mundo. Entre as informações contidas no servidor estão, segundo os delatores e investigadores, os registros de pagamentos para a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2010.

 

Os dados vão ajudar no cruzamento de informações com os inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados às delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Comprovantes

A expectativa da Procuradoria-Geral da República (PGR) é de obter comprovantes de pagamentos, tabelas de transferências e extratos bancários. As defesas de políticos investigados têm minimizado o conteúdo das acusações.

 

Até agora, há registro de mil relações bancárias ligadas à Odebrecht em contas na Suíça, com o bloqueio de US$ 1 bilhão. Pelas movimentações da construtora, US$ 635 milhões passaram pelas contas secretas.

 

“Fui com uma mala cheia de sonhos”: Assim brasileiras são transformadas em escravas sexuais na Espanha

Carla levou uma semana para ser informada de que não trabalharia como babá. Nem com idosos. Tampouco faria faxinas, como lhe haviam dito. Não. Teria que se prostituir. Comunicaram isso sem meias palavras. Intimidaram-na. Ameaçaram fazer mal à sua família. E ela tinha motivos para acreditar. Muitos. Tinham, sob algum pretexto, retirado seu passaporte brasileiro assim que aterrissou na Espanha, e ela agora estava num país desconhecido, à mercê de pessoas que antes acreditava que iriam ajudá-la. “Eu estava fazendo faculdade, fiquei sem trabalho e uma amiga me ofereceu a possibilidade de vir trabalhar no serviço doméstico durante seis meses para juntar um pouco de dinheiro. Achei que seria um período duro, mas que superaria. Quando cheguei, a realidade era bem diferente. Nunca acreditei que isso poderia me acontecer. Eu achava que tudo aquilo que se contava sobre mulheres enganadas era mentira”, diz, com o semblante carregado. Tinha 23 anos.

 

A brasileira ficou por algumas semanas em um apartamento de Madri frequentado por homens que queriam sexo em troca de dinheiro. Depois, em Portugal. Em Sevilha (também na Espanha). E de volta à capital espanhola. Sempre em apartamentos, como muitas das mulheres extracomunitárias sem documentos. Quanto mais afastado da vista pública, melhor. “Não podia sair sozinha. Controlavam tudo. É o que as redes fazem até te adestrarem. Até estarem seguros de que você não irá fugir. Você fica aterrorizada”, frisa Carla (nome fictício, como todas as mulheres que falam nessa reportagem para proteger sua identidade). Esteve nessa situação por mais de um ano. “Vim com uma mala cheia de sonhos e caí em um buraco do qual não acreditava que existisse saída”, diz alisando o rabo de cavalo que prende seus cachos escuros. Ela encontrou.

 

"Eu achava que tudo aquilo que se contava sobre mulheres enganadas era mentira"

Carla, uma mulher séria, eloquente, com voz grave e que tem sotaque suave quando fala espanhol, hoje ajuda outras mulheres a escaparem das máfias. É agente social na organização especializada APRAMP e uma das mediadoras que ajudam a identificar as vítimas dessa chaga e que as acompanham para que possam refazer suas vidas. “Somos sobreviventes do tráfico sexual e contamos a elas que se nós conseguimos sair, elas também conseguem”, diz. São 12 na equipe. Existem romenas, brasileiras, paraguaias, nigerianas e dominicanas; as principais nacionalidades das mulheres que chegam à Espanha para serem exploradas sexualmente, de acordo com os dados das autoridades. Quando conseguem sair da rede criminosa que as trouxe começa sua recuperação. E o processo, conta Carla, é duríssimo. “É preciso recuperar hábitos perdidos. É preciso voltar a aprender quase tudo, porque quando nos trazem nos anulam completamente como pessoas, física, psicológica e economicamente”, diz a mediadora.

 

Tempos depois de escapar da máfia que a escravizou, quando estava preparada, Carla contou tudo a sua família. “É parte do que sou agora. Não tenho vergonha”, diz. A brasileira lembra como se fosse ontem o dia em que conseguiu fugir. O dia de seu “resgate”. Uma mediadora da APRAMP, como ela é hoje, procurava indícios de que era uma vítima de tráfico sexual e um dia falou com ela. “Ela me disse que eu poderia ter uma vida diferente, que não precisaria estar ali. Recebi um número de telefone para emergências ativo 24 horas e um dia, em que havia recebido uma tremenda surra e acreditava que a próxima iria me matar, liguei para que me resgatassem. Não é fácil porque você está ali por sete ou oito meses, deixa de acreditar em você mesma e nas pessoas. E quando vê que aparece outra pessoa com promessas pensa que não irá cumpri-las. Mas eu estava tão desesperada. Chegou um determinado momento de minha vida em que eu havia esquecido meu nome, os motivos pelos que vim. Não aguentava mais”, conta.

 

Brasileiras, romenas, paraguaias, nigerianas e dominicanas: essas são as principais nacionalidades das vítimas de tráfico sexual na Espanha

 

A APRAMP ativou seu dispositivo de resgate e Carla foi levada a um apartamento protegido onde começou a terapia psicológica e onde recebeu a oferta de apoio legal. Na Espanha, diz Rocío Nieto, presidenta da organização que ajudou Carla, a assistência às vítimas de tráfico sexual está majoritariamente nas mãos de organizações como a sua e o Projeto Esperança, com apartamentos em 15 cidades aos quais chegam as mulheres que estavam sob custódia das forças de segurança e onde recebem cuidados médicos, aulas de espanhol, oficinas. Isso se forem identificadas como vítimas de tráfico sexual, algo que nem sempre acontece. Essa falha no sistema permitiu que mulheres nessa situação fossem detidas nas ruas e internadas nos CIE, como denuncia uma investigação da Women’s Link Worldwide e como alertou a Defensoria Pública. E que recebessem multas por “exibição obscena do corpo” por prostituírem-se nas ruas.

 

Carla foi identificada como vítima de tráfico sexual. Uma vez a salvo começou a fazer cursos para manter-se ocupada e ter uma formação para conseguir trabalhar. Estudou para ser auxiliar de geriatria e cuidou por um tempo de uma idosa que hoje considera como parte de sua família. Quando teve condições, começou a formação como agente social para se tornar mediadora.

 

Enquanto a brasileira conta sua história na sede de Madri, em um dos bairros com mais prostituição de rua, sete sobreviventes fazem um exercício de relaxamento no quarto ao lado. Em outra salinha, três jovens nigerianas com o cabelo penteado em dezenas de coques feitos com trancinhas, pintam um desenho. Na entrada, outras costuram vários vestidos em um dos cursos que a organização – que colabora com empresas como a Reale e com associações de costureiras e confecções – iniciou. Carla ajusta o colete, olha seu telefone e sai do local. Poucos metros depois começa a falar com as mulheres que esperam por clientes na rua. Cumprimenta cada uma. Entrega seu cartão a duas delas e segue seu caminho. Espera que alguma delas ligue, como ela o fez. E que voltem a viver.

Posted On Segunda, 24 Abril 2017 00:20 Escrito por O Paralelo 13

Governador nomeia ex-presidente da ATM para Articulação Política e senador assume controle total diretório do PSDB da Capital

 

Por Edson Rodrigues

 

Com uma larga experiência de cinco mandatos de prefeito em Brasilândia e ex-presidente da Associação Tocantinense dos Municípios – ATM – no biênio 2015/2017 João Emídio de Miranda, elogiado por toda a classe política, empresarial e jornalística, além de enorme popularidade em sua Região, é mais uma estrela na nova composição do governo de Marcelo Miranda, e já está atuando como secretário de Articulação Política, priorizando o diálogo com as bases do interior e, principalmente, com os membros do Poder Legislativo.

Sua forma de conduzir os assuntos, sejam políticos, sejam da comunidade, o fizeram ser respeitado e reconhecido como um excelente gestor, humilde, honesto e, principalmente, prestativo, fazem de João Emídio Miranda uma pessoa bem quista em todos os segmentos, e que assume com carta branca para costurar um grande acordo que melhore as condições de governabilidade ao governo do Estado.

 

 

MAIS UM “ARTILHEIRO”

Em outra frente política, ao perceber que estava sendo tratado como “carta fora do baralho” pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha e a fidelidade canina da vice-prefeita, Cinthia Ribeiro, ao projeto político de Amastha, o senador tucano Ataídes de Oliveira, presidente estadual do PSDB, decidiu trazer para si – sob rédeas curtas – o comando da legenda na Capital, destituindo a comissão provisória, tornando sem efeito a eleição que estava com data marcada para este fim de semana

A ala tucana palmense que reza pela cartilha de Cinthia reagiu e tentou respaldo na Justiça, mas acabou “dando com os burros n’água”, pois o pedido foi negado peremptoriamente, numa derrota sangrenta e altamente desgastante para Carlos Amastha, que perde um interlocutor em Brasília, com bom rãnsito junto ao presidente Michel Temer.

 

O PSDB de Ataídes tem ministérios importantes no governo Temer e, mais que isso, um grande tempo no horário gratuito de rádio e TV, intem valiosíssimo nos novos moldes das campanhas eleitorais.

 

Amastha perde, também, as bases políticas do PSDB nos municípios tocantinenses, incluindo desde lideranças até vereadores, ex-prefeitos e prefeitos.

 

Resumindo, um “gol de placa” de Ataídes e uma baixa dolorida nas intenções políticas futuras de Amastha.

 

PT, KÁTIA ABREU E CIA. LTDA

Que a Senadora Kátia Abreu passa por uma grandiosa turbulência em sua vida pública por conta das delações da Odebrecht, não é segredo para ninguém.  Desde que seu nome foi mencionado – sob o codinome “Machado” – como destino de 500 mil reais como auxílio para sua campanha para o Senado, ela vem sendo investigada pela força-tarefa da Polícia Federal por determinação  do STF.

Por enquanto ela adotou uma posição de cautela, não se pronunciando sobre o assunto, só o fazendo quando necessário, e tentando manter suas bases coesas e confiantes de que conseguirá comprovar, nos tribunais, a sua inocência.

 

Outro afundado em delações da Odebrecht, o PT realizou eleições no diretório estadual e elegeu o deputado estadual Zé Roberto como presidente, em uma disputa prá lá de apertada, em que, num universo de cerca de 3.000 eleitores, a diferença foi de 54 votos a favor de José Roberto. 

  

Limitado por sua situação política, o PT tocantinense se vê obrigado a ou lançar uma candidatura própria ou coligar com o grupo político de Kátia Abreu ou com o instável Carlos Amasta.

Com o grupo político do Governador Marcelo Miranda, o PT sabe que a chance é zero, pois os aliados de três grandes legendas que comporão a frente partidária que dará apoio ao governador, querem o PT o mais longe possível desse palanque em 2018.

 

A deputada Amália Santana, do PT, já deixou claro que irá apoiar o governador Marcelo Miranda, deixando claro seu desembarque do PT um futuro bem próximo.   

               

Trocando em miúdos, nessa “partida” política, os dois perdedores têm nome e sobrenome: a Vice-Prefeita Cíntia Ribeiro, que fica sem o comando do PSDB em Palmas e, sem experiência administrativa e sem patrimônio político, passa a ser, politicamente falando, uma adotiva do prefeito Carlos Amastha.

 

E o próprio Amastha, que leva dois gols em uma só jogada e terá que correr atrás do prejuízo para equilibrar a situação, pois, além de perder o seu único porta voz no Congresso e nos ministérios, perde dezenas de palanques em vários municípios, ganhando, de lambuja, mais um adversário, que responde pelo nome de Ataídes de Oliveira.

 

Agora é aguardar os “melhores momentos” da rodada da semana que vem....

Posted On Sexta, 21 Abril 2017 19:07 Escrito por O Paralelo 13

Confira abaixo os nomes, as acusações e o que dizem os incluídos em inquéritos da delação da Odebrecht. Tocantinense é a 29ª citada e foi apelidada de  “Machado”

 

Da redação

 

Os investigados

1. Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil

Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Padilha cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.

 2. Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência e Tecnologia

Segundo depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena, ele recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas no período de 2008 e 2014, por suas condições como prefeito de São Paulo e ministro das Cidades. Segundo declarações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Roberto Cumplido, foi um dos beneficiários de vantagem indevida paga a agentes públicos em obras viárias de São Paulo em 2008.

 3. Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria-Geral da Presidência

Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Moreira Franco cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDB envolvendo concessão de aeroportos.

 4. Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades

Segundo as delações de João Antônio Pacífico Ferreira, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Cláudio Melo Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Araújo recebeu repasses não contabilizados de R$ 600 mil da Odebrecht entre 2010 e 2012 a pretexto de doação eleitoral, quando era deputado federal. De acordo com o inquérito, ele agiu em defesa dos interesses da empresa no Congresso e é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

 5. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro das Relações Exteriores

Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Nunes recebeu ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para financiar sua campanha para o Senado em troca de favores políticos.

 

6. Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Segundo delação de Marcelo Odebrecht, Pereira recebeu R$ 7 milhões da construtora em favor do Partido Republicano Brasileiro (PRB) para campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

 7. Blairo Borges Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segundo os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, da Odebrecht, Blairo recebeu R$ 12 milhões durante campanha de 2006 ao governo do estado do Mato Grosso. Segundo os delatores, o ministro tinha o apelido de "Caldo" dentro do sistema de propinas da empresa.

 8. Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional

Os delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira afirmam que Barbalho, o senador Paulo Rocha (PT-BA) e o prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA), solicitaram R$ 1,5 milhão para a campanha do ministro ao governo do Pará em 2014. A Odebrecht desejava atuar como concessionária da área de saneamento básico no estado.

 9. Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas

São dois inquéritos. No primeiro, segundo delação de Cláudio Melo Filho, Renan Calheiros pediu doação eleitoral a seu filho, candidato ao governo de Alagoas em 2014. João Antônio Pacífico Ferreira autorizou o repasse de R$ 1,2 milhão ao PMDB, via doação oficial ao partido, dos quais ao menos R$ 800 mil foram para a campanha de Renan Filho. No segundo, de acordo com delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira, foram feitas doações a Renan Filho.

 10. Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte

Segundo delações de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João Antônio Pacífico Ferreira, Robinson Faria é suspeito de ter recebido R$ 350 mil na campanha de 2010 (foi vice de Rosalba Ciarlini).

 

11. Tião Viana (PT), governador do Acre

Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Tião Viana é suspeito de receber R$ 2 milhões na campanha de 2010, sendo R$ 500 mil como doação oficial, a pedido do irmão, o senador Jorge Viana (PT)

 

12. Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado

De acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas provisórias em lei.

 

13. Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador

Qual a suspeita: Citado em um dos inquéritos que tratam do senador Aécio Neves, Anastasia é suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha eleitoral em 2009 e 2010.

O que ele diz: "Em toda sua trajetória, Anastasia nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém".

 

14. Romero Jucá Filho (PMDB-RR), senador

Citado em cinco inquéritos, o senador Romero Jucá é suspeito de receber dinheiro em troca da aprovação de leis que interessavam a Odebrecht.

 

15. Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador

Qual a suspeita: Citado em cinco inquéritos, ele é suspeito de receber vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht em obras como das usinas de Jirau e fraudes em licitação em MG.

O que ele diz: "É falsa e absurda a acusação de que o senador Aécio Neves teria participado de algum ato ilícito envolvendo a licitação ou as obras  da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Mesmo sem ter tido acesso ao conteúdo da delação informamos que a licitação das obras da Cidade Administrativa foi objeto de ampla investigação do Ministério Público Estadual (Inquérito Civil Público 0024.07.000.185-4) que concluiu pelo arquivamento após constatar a regularidade dos procedimentos.

O edital de licitação foi apresentado previamente ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado. Todas as etapas das obras executadas foram acompanhadas pelos órgãos de fiscalização do Estado e auditadas por uma empresa técnica independente, contratada via licitação pública."

 

16. Renan Calheiros (PMDB-AL), senador

Citado em quatro inquéritos, o senador é suspeito de pedir propina para a campanha do filho ao governo de Alagoas, pedir propina para facilitar a implementação de leis de interesse da Odebrecht e pedir propina para facilitar obras da construtora no sertão alagoano.

 

17. Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador

Segundo delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira, em 2013, o então ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, recebeu valores que totalizaram R$ 1,05 milhão por intermédio de Iran Padilha, indicado pelo próprio Bezerra.

 

18. Paulo Rocha (PT-PA), senador

Segundo as delações de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, ele é suspeito de solicitar vantagens indevidas não contabilizadas para a campanha eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará, em 2014.

 

19. Humberto Costa (PT-PE), senador

Segundo delações de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de Araújo, Márcio Faria da Silva, César Ramos Rocha, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Humberto Costa foi indicado como sendo o “Drácula” na planilha de propinas e é suspeito de solicitar vantagem indevida em um contrato superfaturado entre a empreiteira e a Petrobras. Ele é suspeito de ter recebido um pagamento de R$ 590 mil.

 

20. Edison Lobão (PMDB-PA), senador

Qual a suspeita: Segundo depoimento de Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador recebeu R$ 5,5 milhões para interferir junto ao governo federal para anular a adjudicação da obra referente à Usina Hidrelétrica de Jirau.

 

21. Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador

O senador é suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht. Segundo o inquérito, as declarações de Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis são de que a soma foi solicitada pelo senador paraibano, "então candidato ao governo do Estado da Paraíba, com a expectativa de receber futura contrapartida e de realizar obra de saneamento naquele Estado".

 

22. Jorge Viana (PT-AC), senador

Segundo delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Jorge Viana é suspeito de pedir R$ 2 milhões para a campanha de seu irmão, Tião Viana (PT) ao governo do Acre em 2010.

 

23. Lídice da Mata (PSB-BA), senadora

Segundo delação de José de Carvalho Filho, a construtora repassou R$ 200 mil não contabilizados à campanha dela ao Senado em 2010.

 

24. Ciro Nogueira (PP-PI), senador

Assessores disseram não ter localizado o deputado.

 

25. Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador

Segundo o Ministério Público, Dalírio Beber é suspeito de articular o repasse de R$ 500 mil ao então candidato, e agora prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, de quem participava da campanha em 2012. A Odebrecht buscava o apoio de candidatos com maiores chances para garantir a manutenção dos contratos de saneamento de água e esgoto no município.

 

26. Ivo Cassol (PP-RO), senador

Segundo o delator Henrique Serrano do Prado Valladares, o senador Ivo Cassol recebeu "vantagem indevida" de R$ 2 milhões quando era governador de Rondônia por "favorecimento nos procedimentos administrativos" referentes à execução das obras da usina hidrelétrica de Santo Antonio.

 

27. Lindbergh Farias (PT-RJ), senador

De acordo com o Ministério Público, os colaboradores relataram que o senador recebeu vantagens indevidas não contabilizadas durante a campanha eleitoral dos anos de 2008 e 2010, nos valores respectivos de R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões.

 

28. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora

Segundo o depoimento de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Vanessa Grazziotin teria recebido repasses da Odebrecht em 2012, a pretexto de doação para sua campanha eleitoral, mas sem o registro oficial.

 

29. Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora

Segundo delação de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, a senadora Kátia Abreu é suspeita de ter recebido R$ 500 mil, divididos em duas parcelas, em sua campanha eleitoral de 2014 ao Senado, por intermédio de Moisés Pinto Gomes.

 

30. Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador

De acordo com depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas, o senador recebeu R$ 800 mil não contabilizados para sua campanha eleitoral em 2010, pagos pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.

 

31. José Serra (PSDB-SP), senador

Segundo delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido, Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Serra é suspeito de receber doações ilegais em troca de facilidades em contratos no estado.

 

32. Eduardo Braga (PMDB-AM), senador

Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Eduardo Braga recebeu R$ 1 milhão quando era governador do Amazonas da Odebrecht, dinheiro relativo à construção da Ponte do Rio Negro.

 

33. Omar Aziz (PSD-AM), senador

Segundo o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, José Lopes, empresário ligado a Omar Aziz, fazia pedidos de pagamentos à Odebrecht para favorecer o consórcio da empresa na construção da Ponte do Rio Negro.

 

34. Valdir Raupp (PMDB-RO), senador

Segundo os delatores Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias Fernandes Filho, o senador Valdir Raupp foi um dos destinatários de um "fundo" do Grupo Odebrecht e da Construtora Andrade Gutierrez de até R$ 20 milhões devido à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira.

 

35. Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador

Segundo os executivos da Odebrecht Sérgio Luiz Neves e Benedicto Júnior, foi pago caixa dois de R$ 400 mil para a campanha do capixaba ao Senado em 2010 por meio do setor de operações estruturadas da construtora.

 

36. Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara

Ele é citado em dois inquéritos de Fachin. Em um deles, segundo delação de Benedicto Barbosa, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José de Souza Filho e Luiza Eduardo da Rocha Soares, ele é suspeito de receber R$ 950 mil da Odebrecht durante as eleições de 2008 e 2010, além de receber pagamento para a aprovação de medida provisória e na eleição de 2014. No outro inquérito, baseado em delações de Marcelo e Emílio Odebrecht, Carlos Melo Filho e José de Carvalho Filho, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil da Odebrecht em vantagem indevida em troca da aprovação de três medidas provisórias que beneficiaram a empresa.

 

37. Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal

O deputado é suspeito de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 1 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht para a sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2014 e também teria recebido R$ 200 mil para outra campanha eleitoral, de 2010.

 

38. Marco Maia (PT-RS), deputado federal

O deputado Marco Maia é suspeito de falsidade ideológica eleitoral. Ele teria recebido R$ 1,35 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht para sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2014.

 

39. Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal

O deputado é suspeito de receber pagamentos indevidos em 2010 e 2012. Ele teria recebido R$ 50 mil em pagamentos indevidos da Odebrecht para campanhas eleitorais em 2010 e também seria beneficiário, juntamente com Cândidato Vacarezza, de pagamentos de R$ 5 milhões, que fariam parte de um crédito de R$ 27 milhões em benefício do PT, realizado em 2012.

 

40. João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado federal

O deputado é suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional. Ele teria atendido pedidos em prol da MP 558 e para evitar convocações de representantes da empresa Santo Antônio Energia em CPI e também de ter solicitado vantagem indevida à Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), em 2012.

 

41. Milton Monti (PR-SP), deputado federal

 

42. José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) é suspeito de corrupção passiva e ativa. Ele teria recebido via caixa 2 R$ 300 mil nas eleições de 2010, além de doação legal de R$ 280 mil nas eleições de 2014.

 

43. Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal

É suspeito de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo recebido um repasse não registrado em R$ 300 mil em 2012 para favorecer a Odebrecht. O delator não identificado afirmou que o repasse foi recebido na campanha do candidato Isaac Carvalho à Prefeitura de Juazeiro. De acordo com ele, a Odebrecth tinha interesse em realizar obras de saneamento naquele município. Já outros delatores, também não identificados, disseram que, em outra ocasião, o parlamentar recebeu R$ 100 mil, pagamento que teria sido feito em um posto em Salvador. O inquérito informa que esse pagamento também não foi registrado.

 

44. Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado federal

É suspeito de receber R$ 200 mil em doações não contabilizadas para a campanha eleitoral de 2014.

 

45. Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado federal

É suspeito de falsidade ideológica eleitoral por ter recebido um rapasse de R$ 1,5 milhão da Odebrecht em 2012, sendo R$ 1,3 milhão via caixa 2. De acordo com um delator não identificado no inquérito, Nelson Pellegrino recebeu o repasse de R$ 1,5 milhão "a pretexto de auxílio à campanha eleitoral". Desse total, apenas R$ 200 mil teriam sido transferidos de forma oficial.

 

46. Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal

Jutahy Júnior é suspeito de receber R$ 850 mil em doações não contabilizadas para campanhas entre os anos de 2010 e 2014.

 

47. Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal

Maria do Rosário é suspeita de ter recebido R$ 150 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a corrida eleitorial de 2010. Ela foi citada na delação do ex-diretor da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

 

48. Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal

Onyx Lorenzoni é suspeito de ter recebido R$ 175 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2006. Ele foi citado na delação do ex-diretor da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

 

49. Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal

 

50. Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado federal

Arthur Oliveira Maia é suspeito de receber R$ 200 mil em doações não contabilizadas para campanha eleitoral.

 

51. Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal

Yeda Crusius é investigada por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. Ela é suspeita de ter recebido vantagens nas campanhas ao governo do RS em 2006 e 2010 para favorecer a Odebrecht. Somados, os valores recebidos chegariam a R$ 1,75 milhão. De acordo com o Ministério Público, em 2006 foram R$ R$ 200.000 por meio de doação oficial e mais R$ 400.000 por meio do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como "departamento da propina". Em 2010, foram R$ 600.000 em doações oficiais e R$ 550.000 não declarados, por meio do setor. Os repasses, ainda de acordo com o MP, eram feitos para que a Braskem, empresa controlada pelo Grupo Odebrecht, continuasse recuperando créditos do ICMS no Rio Grande do Sul.

 

52. Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado federal

Paulo Henrique Lustosa é suspeito de ter recebido R$ 100.000 não declarados (caixa 2) da Odebrecht durante a campanha de 2010. Ele foi citado nas delações dos ex-executivos José de Carvalho Filho e Cláudio Melo Filho. Seu codinome no sistema de controle dos repasses da empreiteira seria "Educador".

 

53. José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal

É suspeito de ter sido conivente, quando era governador do Maranhão, com suposta propina recebida da Odebrecht pelo então procurador-geral de seu estado, Ulisses César Martins de Sousa.

 

54. João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado federal

Os delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Antônio Bueno Júnior afirmaram que Papa recebeu dois repasses por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, cada um no valor de R$ 300 mil, em 2012 e 2014. Segundo os delatores, o pagamento foi feito devido ao protagonismo político do parlamentar em Santos-SP e no PSDB, o que poderia auxiliar os interesses do Grupo Odebrecht em oportunidades futuras.

 

55. Vander Loubet (PT-MS), deputado federal

Segundo declaração do delator Alexandrino de Salles Ramos Alencar, executivo da Odebrecht, Loubet recebeu da empreiteira um repasse de R$ 50 mil para sua campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2010 como recurso não contabilizado. Segundo o delator, o pagamento foi feito por meio do setor de operações estruturadas do Grupo Odebrecht.

 

56. Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal

Segundo declarações dos delatores Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-executivos da Odebrecht, Garcia recebeu um repasse não contabilizado da empreiteira a pretexto de auxílio à campanha eleitoral em 2010. O repasse ao deputado, identificado no sistema da empreiteira como "Suíça", foi feito por meio do setor de operações estruturadas da empresa.

 

57. Cacá Leão (PP-BA), deputado federal

"A divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se pronunciar. De qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho toda a tranquilidade do mundo de que todos os recursos q recebi na campanha de 2014 estão em minha prestação oficial de contas, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as investigações e não tenho medo nenhum do processo".

 

58. Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal

 

59. Dimas Fabiano Toledo (PP-MG), deputado federal

Qual a suspeita: Segundo declarações dos delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves e Marcelo Odebrecht, Dimas Fabiano Toledo é suspeito de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa ao lado do senador Aécio Neves. Os delatores relatam que, em 2014, pagaram vantagens indevidas a pretexto de campanhas eleitorais de Aécio Neves e de vários outros parlamentares, incluindo Dimas Fabiano Toledo.

 

O que ele diz: Dimas Fabiano diz que jamais manteve contato com qualquer executivo da Odebrecht, não tendo sido destinatário de recursos alegadamente doados ou disponibilizados pela referida empresa. "A eventual utilização do nome do deputado por terceiros com propósitos espúrios – seja para solicitar recursos, seja para obter benefícios em delação – é prática absolutamente irresponsável e criminosa."

 

60. Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal

Pedro Paulo é acusado de receber da Odebrecht R$ 3 milhões para sua campanha eleitoral para deputado federal em 2010 e de receber, em 2014, R$ 300 mil "de maneira oculta" para campanha à prefeitura.

 

61. Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado federal

Segundo declarações dos delatores Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Cláudio Melo Filho, Emílio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Bahia Odebrecht, Lima teria recebido R$ 1 milhão da Odebrecht com o objetivo de obter aprovação de legislação favorável aos interesses da companhia. De acordo com os delatores, o repasse foi feito por meio do setor de operações estruturadas do Grupo Odebrecht.

 

62. Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal

Daniel Vilela é suspeito de receber repasse não contabilizado de R$ 1 milhão para financiar sua campanha para deputado federal em 2014, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Quantia foi requisitada pelo seu pai Luiz Alberto Maguito Vilela, então prefeito de Aparecida de Goiás (GO), para manter contratos com o Grupo Odebrecht em obras de saneamento básico da cidade.

 

63. Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado federal

Segundo declarações dos delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, José de Carvalho Filho, João Antônio Pacífico Ferreira e Paulo Falcão, Nascimento pediu uma "ajuda financeira" para sua campanha eleitoral no valor de R$ 200 mil durante uma reunião feita a pedido do deputado federal Milton Monti enquanto Nascimento era Ministro dos Transportes, em 2006. De acordo com os delatores, o repassse foi feito pela Odebrecht por meio de recursos não contabilizados. Nascimento é suspeito de cometer corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

 

64. Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal

O deputado federal José Carlos Becker de Oliveira e Silva é suspeito de receber repasse não contabilizado de duas quantias de R$ 250 mil cada para financiar suas campanhas eleitorais nos anos de 2010 e 2014, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin. Os pedidos de repasse teriam sido feitos a pedido de seu pai, o ex-ministro petista José Dirceu.

 

65. Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal

O deputado federal Heberte Lamarck Gomes Da Silva (PSDB-PE), o Betinho Gomes, é suspeito de receber duas quantias em vantagens indevidas: R$ 75 mil quando candidato à prefeitura de Cabo de Santo Agostinho (PE) em 2012, e R$ 100 mil já como parlamentar em 2014, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Dinheiro foi repassado para que a Odebrecht fosse favorecida em empreendimento imobiliário na cidade.

 

66. Zeca do PT (PT-MS), deputado federal

 

67. Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal

O deputado é suspeito de pedir e obter vantagem indevida em 2010 para sua campanha eleitoral para o cargo de deputado federal. Ele teria recebido o valor R$ 50 mil, repassado pelo Grupo Odebrecht, que teria interesse em apoio para o financiamento do estádio do Corinthians.

 

68. Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal

O deputado federal Júlio Luiz Baptista Lopes é acusado de ter solicitado o pagamento de vantagem indevida em obras da Odebrecht, lideradas pela construtora Queiroz Galvão, quando exercia a função de Secretário de Transportes do Rio de Janeiro. Depois, como Secretário de Obras do Estado do Rio de Janeiro, ele teria recebido R$ 4 milhões do colaborador Marcos Vidigal do Amaral, por meio do Setor de Operações Estruturadas.

 

69. Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal

O deputado Fábio Faria (PSD-RN) é suspeito de receber recursos da Odebrecht Ambiental via caixa 2 para abastecer sua campanha eleitoral em 2010, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

70. Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal

O deputado federal Heráclito de Sousa Fortes é suspeito de ter recebido vantagem não contabilizada na campanha eleitoral de 2010, quando era candidato ao Senado. De acordo com as declarações dos colaboradores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho, teriam sido repassados R$ 200 mil por meio de pagamento efetuado pelo Setor de Operações Estruturados da Odebrecht.

 

71. Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal

O deputado federal Paulo Roberto Gomes Mansur, conhecido como Beto Mansur, é acusado de receber pagamento de valores da Odebrecht, a pretexto de campanha eleitoral, para favorecer interesses da construtora em Santos (SP) – cidade onde o político foi prefeito de 1997 a 2004. Segundo o inquérito autorizado por Fachin, existem indícios de falsidade documental.

 

72. Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal

 

73. Décio Lima (PT-SC), deputado federal

O deputado Décio Lima é suspeito de pedir que a Odebrecht abastecesse o caixa 2 da campanha de sua esposa, Ana Paula Lima, durante a corrida eleitoral de 2012 para a prefeitura de Blumenau (SC), segundo o inquérito autorizado por Fachin.

 

74. Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal

O deputado Arlindo Chinaglia é suspeito de cobrar propina da Odebrecht para facilitar a licitação da Unisa Hidrelétrica de Santo Antônio, segundo o inquérito autorizado por Fachin. Os valores teriam chegado a R$ 10 milhões, de acordo com Henrique Serrano do Prado Valladares, ex-vice-presidente da Odebrecht; Augusto Roque Dias Fernandes Filho, diretor superintendente da Odebrecht; José de Carvalho Filho, ex-diretor da Odebrech; e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o "BJ", ex-presidente da Odebrecht.

 

75. Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual

A deputada Ana Paula Lima é suspeita de receber recursos da Odebrecht via caixa 2 para sua campanha à prefeitura de Blumenau (SC) em 2012, segundo o inquérito autorizado por Fachin.

 

76. Vital do Rêgo Filho, ministro do Tribunal de Contas da União

O ministro e ex-senador Vitao do Rêgo Filho pela Paraíba é suspeito de receber recurso para campanha via caixa 2, no valor de R$ 350 mil. As investigações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

 

77. Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado

 

78. Valdemar da Costa Neto (PR)

 

79. Luís Alberto Maguito Vilela

Ex-senador da República e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014

 

80. Edvaldo Pereira de Brito

Candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010

 

81. Oswaldo Borges da Costa

Ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais

 

82. Cândido Vaccarezza

Ex-deputado federal pelo PT

 

83. Guido Mantega

Ex-ministro

 

84. César Maia (DEM)

Vereador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal

 

85.Paulo Bernardo da Silva

Ex-ministro

 

86. Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de Janeiro

Segundo Benedicto Barbosa, o homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, o prefeito, apelidado de “Nervosinho” nas planilhas, recebeu mais de R$ 15 milhões “ante seu interesse na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016”. Da transação, realizada em 2012, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões, a de contas no exterior.

 

87. José Dirceu

 

88. Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (SC)

 

89. João Carlos Gonçalves Ribeiro, ex-secretário de Planejamento do governo de Rondônia

 

90. Ulisses César Martins de Sousa, advogado e ex-procurador-geral do Estado do Maranhão

 

91. Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, candidato a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá

 

92. Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio Neves

O que ele diz: Paulo Vasconcelos afirma que conduziu todas as campanhas das quais participou dentro do que estava previsto na lei. "Essas delações contêm informações falsas, que serão desmentidas ao longo das investigações."

 

93. Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa Grazziotin

 

94. Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu

 

95. Humberto Kasper

 

96. Marco Arildo Prates da Cunha

 

97. Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho

 

98. José Feliciano (PMN), vereador em Cabo de São Agostinho (PE)

 

PEDIDOS DE RETORNO

 

Outros 10 políticos da lista de Janot, incluídos inicialmente na relação de inquéritos abertos, tiveram, na verdade, um pedido de retorno à PGR para nova manifestação, segundo o STF. Os inquéritos deles ainda não foram abertos.

 

São eles:

 

Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura

Segundo delações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedito Barbosa da Silva Júnior, Freire recebeu R$ 200 mil durante campanha a deputado federal em 2010.

 

Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador

 

Maria do Carmo Alves (DEM-SE), senadora

 

Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), senador

 

José Agripino Maia (DEM-RN), senador

 

Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora

 

Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal

 

Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE), deputado federal

 

Paes Landim (PTB-PI), deputado federal

 

Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Marta Suplicy

Posted On Quinta, 20 Abril 2017 13:07 Escrito por O Paralelo 13

Serão recuperados 109 Km de estradas; obras incluem bueiros tubulares, bueiros celulares e pontes de vigas pré-moldadas com até 30 metros   Por Jarbas Coutinho   O governador Marcelo Miranda foi recebido com festa na Aldeia Salto, em Tocantínia, na manhã desta quarta-feira, 19, Dia do Índio, para autorizar o início de obras e serviços de melhoramento nas rodovias vicinais na área de reserva indígena Xerente, naquele município. O evento contou com a presença de líderes indígenas de todas as aldeias da reserva. As obras serão realizadas com recursos do Banco Mundial (BIRD), por meio do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS).   Marcelo Miranda disse que a iniciativa vai reduzir distâncias, aproximar culturas e proporcionar qualidade de vida. "Esse é o primeiro projeto de obras vicinais em área indígena, firmado entre o Governo do Tocantins e o Banco Mundial".   Ao todo serão recuperados 109 quilômetros de estradas, com investimentos na ordem de R$ 1.960.702,22. "Essas obras foram priorizadas pelos próprios indígenas das mais diversas aldeias do povo Xerente", pontuou o governador.   Valdir Citmõwe Xerente, ex-cacique da aldeia Xerente, destacou a importância das obras. "Vai melhorar o transporte escolar e o nosso acesso à cidade para vender os nossos produtos e comprar o que precisamos para as nossas famílias".   O prefeito de Tocantínia, Manoel Silvino, disse que as obras vão resolver de forma definitiva os problemas das pontes e o acesso às aldeias. "Vai atender não só a Aldeia Salto, mas todas as aldeias da reserva", destacou.   Obras   As obras incluem bueiros tubulares, bueiros celulares e pontes de vigas pré-moldadas até 30 metros (infra e meso estrutura), com aterros associados e revestimentos. Todas fazem parte do Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), na modalidade Contrato de Reabilitação e Manutenção de Rodovias (Crema). Essa modalidade objetiva a melhoria da acessibilidade da população rural para as oportunidades de emprego, serviços, recursos e mercado em seus municípios.   O trabalho será desenvolvido em pontos críticos em estradas vicinais, por meio da construção de estruturas hidráulicas de concreto. Dentre elas, pontes de até 30 metros, bueiros e galerias. As obras serão executadas em dois trechos e vão beneficiar as aldeias Cabeceira da Água Fria, Brejo Comprido, Baixa Funda, Rio Preto, Cabeceira Verde, Recanto da Água Fria, Bela Vista, Porteira e Mata de Coco.   Povo Xerente   O Povo Xerente vive à margem direita do Rio Tocantins, no município de Tocantínia, a 70 quilômetros de Palmas. De acordo com censo realizado pela Fundação nacional de Saúde (Funasa), até 2010 habitavam as aldeias local 3.017 indígenas. Os Xerente exploram seu território por meio da caça e já incorporaram a agricultura como atividade complementar. As atividades de pesca, caça e a confecção de artesanato estão intimamente ligadas com o grande conhecimento que o povo Xerente tem da natureza.   A solenidade contou com a presença de prefeitos das cidades circunvizinhas, deputados estaduais, secretários de Estado e outras autoridades.

Posted On Quarta, 19 Abril 2017 12:52 Escrito por O Paralelo 13
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