Presidente dos Estados Unidos classifica como "sucesso militar espetacular" bombardeio a três instalações nucleares iranianos
Com SBT - TV
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um breve pronunciamento à nação após bombardear três instalações nucleares iranianas – Fordow, Isfahan e Natanz –, neste sábado (21). O republicano comemorou o sucesso dos "ataques precisos" que, segundo ele, destruíram as instalações nucleares do Irã. "Nosso objetivo era a destruição da capacidade nuclear iraniana", disse Trump, classificando a ação como um "sucesso militar espetacular".
“Nesta noite, posso informar ao mundo que esse ataque foi um espetacular sucesso militar: as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente destruídas”, declarou o presidente, em discurso transmitido pela Casa Branca.
Trump afirmou que o Irã representa uma ameaça constante à estabilidade mundial:
“Por 40 anos, o Irã tem gritado ‘morte à América', 'morte a Israel'. Eles têm matado nosso povo, explodido nossos aliados — essa era a especialidade deles. Perdemos muitas vidas”, afirmou o presidente republicano.
O republicano também elogiou as forças armadas americanas pela operação, mas sinalizou que não quer manter os ataques:
"Com sorte, não vamos mais precisar dos serviços deles [militares que atuaram nos ataques deste sábado] nessa função."
O chefe de Estado americano também mandou um recado direto ao regime iraniano, classificando-o como "o valentão do Oriente Médio", e alertou que a escalada pode continuar caso Teerã não mude de postura.
"Ou haverá paz ou haverá uma tragédia para o Irã muito maior do que vimos nos últimos oito dias", disse Trump. "Ainda há muitos alvos. Nesta noite atingimos os alvos mais difíceis, de longe, e talvez os mais letais, mas se a paz não vier rapidamente, iremos atrás de outros alvos com precisão, velocidade e habilidade. A maioria deles pode ser destruído numa questão de minutos."
Irã x Estados Unidos
O presidente norte-americano havia dito na quinta-feira (19) que decidiria em até duas semanas se os Estados Unidos entrariam diretamente na guerra entre Israel e Irã. Israel iniciou uma ofensiva contra o Irã no dia 12 de junho, quando disparou ataques contra alvos nucleares do país persa.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a declaração do presidente:
“Com base no fato de que há uma chance considerável de negociações que podem ou não acontecer com o Irã num futuro próximo, tomarei minha decisão sobre ir ou não nas próximas duas semanas”, afirmou Trump.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva durará “quantos dias forem necessários”. O governo israelense alega que o Irã mantém um programa secreto para desenvolver armas nucleares, possui milhares de mísseis balísticos e fornece armamento a grupos como Hezbollah e Hamas.
A relação entre Washington e Teerã se deteriorou ainda mais depois que Trump declarou publicamente, na terça-feira (17), que os EUA sabem a localização exata do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, mas que não pretendem matá-lo "por enquanto". O presidente americano também afirmou que os Estados Unidos têm o controle total dos céus iranianos.
Na mesma linha, o primeiro-ministro de Israel já havia declarado à emissora ABC News que não descarta atacar diretamente o aiatolá. Segundo reportagens americanas, Trump teria recusado anteriormente um plano israelense para assassinar Khamenei por temer uma escalada no conflito — posição que Netanyahu rebateu dizendo: "Isso não vai escalar o conflito, vai encerrá-lo".
Segundo a imprensa norte-americana, Trump já havia aprovado um plano tático de ataque, mas ainda não havia decidido se colocaria a ação em prática. A agência de notícias Bloomberg já havia dito que altos funcionários da Casa Branca estão se preparando para uma possível ofensiva militar ainda no fim de semana. Fontes ouvidas pelo Wall Street Journal afirmaram que a situação permanece volátil e pode mudar rapidamente.Trump diz que instalações nucleares do Irã foram "totalmente destruídas"
Ex-presidente chegou visivelmente indisposto, não falou muito e saiu às pressas, em uma passagem que durou menos de 20 minutos
Por Informoney
Na manhã desta sexta-feira, 20, Jair Bolsonaro (PL) passou mal e precisou cancelar sua agenda em Goiás. Antes de se sentir indisposto, o ex-presidente e seus aliados políticos ganharam um churrasco no Frigorífico Goiás, na capital goiana. O CEO da empresa e amigo do ex-presidente Leandro Batista da Nóbrega serviu carne assada para os apoiadores goianos que aguardavam sua chegada no local.
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais, Bolsonaro aparece cumprimentando Leandro e confirmando presença no almoço. O empresário republicou o vídeo e convidou os apoiadores do ex-presidente para recepcioná-lo com camisetas do Brasil no frigorífico a partir das 9h30.
Proposta deve beneficiar bolsonaristas condenados e foragidos, mas exclui autores intelectuais após veto do presidente do Senado
Em outros vídeos compartilhados nos stories do Instagram de Leandro na manhã desta sexta, é possível ver os funcionários preparando a carne e a reunião dos bolsonaristas em frente ao frigorífico.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que acompanha Bolsonaro na agenda em Goiás, compartilhou em suas redes sociais uma foto de uma peça de picanha com o rosto do ex-presidente no rótulo: “picanha black”.
Bolsonaro passa mal durante o evento
Após passar mal durante o churrasco no frigorífico Goiás, Bolsonaro cancelou seus compromissos no estado. A informação foi confirmada por meio de comunicado publicado nas redes sociais do prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), cidade onde Bolsonaro tinha participação prevista.
No comunicado, o prefeito informou que Bolsonaro foi levado de volta a Brasília, sem dar maiores detalhes sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Na quinta-feira, 18, ao receber uma homenagem na Câmara de Aparecida de Goiânia, Bolsonaro já havia reclamado de problemas estomacais após um arroto fazê-lo interromper o discurso: “Desculpe aqui porque eu estou muito mal. Eu vomito 10 vezes por dia, talvez. Talvez desce a primeira daqui há pouco aí”, afirmou.
‘Picanha do mito’
Leandro Batista da Nóbrega já havia promovido ações para a campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022. Em 10 de outubro do último ano o empresário anunciou a venda da “picanha do mito”, por R$ 22, para quem fosse ao frigorífico com a camiseta do Brasil.
A promoção gerou tumulto de clientes tentando entrar no estabelecimento. As portas de vidro do frigorífico se quebraram e uma mulher de 46 anos chamada Yeda Batista da Silva morreu durante a ação.
O juiz Wilton Salomão, do Tribunal Regional de Goiás, suspendeu a promoção e justificou que a venda de carne nobre em preço inferior ao do mercado revelava indícios de “conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”. A decisão ainda determinou multa de R$ 10 mil por hora em que a promoção ficasse publicada no ar.
O Ministério Público também solicitou a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar a ação. De acordo com o pedido, a promoção se caracterizava como “propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores; divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato; e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições”.
Taxa Selic está no maior nível desde julho de 2006
Com Agência Brasil
Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano.
Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano.
Em comunicado, o Copom informou que deverá manter os juros em 15% ao ano nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba.
“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o texto.
“O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentou o BC.
Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre.
De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.
Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.
As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%.
O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA acumulado em 12 meses chegará a 4,9% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.
O Banco Central aumentou levemente as estimativas de inflação deste ano e manteve a do próximo. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026.
Crédito mais caro
O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.
O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
A portaria foi originalmente publicada em novembro de 2023 e tem como objetivo restabelecer a legalidade quanto a trabalhar nessas datas
Por Gabriela Tunes
O vigor da portaria que define as regras para o trabalho em feriados, no setor do comércio, foi adiado novamente. Esta é a quinta vez que o documento é prorrogado. Agora, a nova data passou para 1º de março de 2026 e foi publicada nesta quarta-feira (18), no Diário Oficial da União (DOU).
A decisão foi anunciada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. "Após conversar com o presidente da Câmara e com as lideranças, decidi prorrogar a portaria, garantindo um prazo técnico para consolidar as negociações", disse.
A votação estava prevista na pauta do plenário da Câmara, na segunda (16), mas mudou após a conversa com os parlamentares.
Para Hugo Luiz Schiavo, especialista em direito trabalhista, o governo parece não ter condições políticas de impor a agenda do Ministério do Trabalho e de submeter à negociação sindicalista o funcionamento de diversos setores do comércio, aos domingos.
"A regra causa impacto na economia e enfrenta resistência de setores influentes. O momento é desfavorável, pois o Congresso discute o orçamento para o próximo ano, sob as limitações impostas pelo STF, ao mesmo tempo em que o governo propõe o aumento de impostos. Além disso, a exigência de prévia negociação sindical para o funcionamento do comércio aos domingos não consta em lei e, portanto, tal requisito deveria ser deliberado e incluído pelo Poder Legislativo", disse.
O que diz a portaria
A portaria foi originalmente publicada em novembro de 2023 e tem como objetivo restabelecer a legalidade quanto ao trabalho em feriados, conforme determina a Lei nº 10.101/2000, alterada pela Lei nº 11.603/2007.
A legislação prevê que o funcionamento do comércio em feriados depende de autorização prevista em convenção coletiva entre empregadores e trabalhadores, além da observância da legislação municipal.
Proposta determina que governo terá de pagar benefício mensal e permanente a crianças que nasceram com malformações; valor será equivalente ao teto do INSS. Texto também prevê indenização única de R$ 50 mil
Com G1 e Agência senado
O Congresso Nacional rejeitou nesta terça-feira (17) um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma proposta que cria pensão especial a crianças vítimas de síndromes associadas ao zika vírus.
A decisão restabelece a íntegra do projeto, que havia sido aprovado pelos parlamentares em 2024.
Com isso, após a promulgação do texto pelo próprio Congresso, estará valendo uma lei que obriga o governo a pagar, de forma vitalícia, um benefício às pessoas que sofrem com as consequências da zika.
A proposta prevê que a pensão será paga às pessoas com deficiência permanente decorrente de síndrome congênita associada à infecção pelo zika vírus. O valor mensal do benefício será o do teto da Previdência Social, hoje em cerca de R$ 8,1 mil.
Além da pensão vitalícia, o projeto restabelecido pelo Congresso prevê também o pagamento de indenização única, por danos morais, da União às vítimas no valor de R$ 50 mil.
“Essa pensão não é favor, é justiça. Vai garantir tratamentos, alimentação especial, remédios, terapias, equipamentos e tudo o que essas crianças precisam todos os dias. Sem ela, o peso recai inteiramente sobre mães e pais que já carregam uma luta sem trégua há dez anos. Para se ter uma ideia, uma lata da fórmula que é a única alimentação possível para essas crianças, custa R$ 200. São necessárias 20 latas por mês. Só aí já são R$ 4 mil”, afirmou o senador Romário (PL-RJ).
Casos de microcefalia
A síndrome mencionada na proposta, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada a uma série de "anomalias congênitas" identificadas em crianças que foram expostas à Zika — transmitida pelo mesmo mosquito da dengue — durante a gestação.
Na década passada, a infecção pelo zika vírus foi associada a um aumento do número de crianças nascidas com microcefalia — uma malformação congênita em que o desenvolvimento do cérebro não ocorre da maneira esperada.
Entre 2015 e 2017 (período de emergência sanitária em razão da Zika no Brasil), o Ministério da Saúde identificou 4.595 nascidos vivos com microcefalia — a maioria na região Nordeste.
Ao longo dos últimos anos, familiares relataram dificuldades em custear os tratamentos necessários às crianças vítimas da Zika.
Em 2020, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a sancionar uma lei que previa o pagamento de pensão no valor de um salário mínimo a esses menores — o montante, no entanto, é considerado insuficiente.
A derrubada do veto de Lula, que havia decidido rejeitar integralmente a proposta aprovada pelo Congresso, atende, portanto, às famílias atingidas pela síndrome congênita da Zika.
Acordo com o Executivo Zika: governo vai pagar R$ 60 mil por deficiência causada por vírus
Embora tenha verniz de derrota ao Planalto, a rejeição ao veto foi acertada em reunião entre parlamentares e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na segunda (16).
Parlamentares que participaram das negociações da proposta no Congresso afirmam que a medida é uma compensação das falhas do Estado no atendimento às vítimas durante o período de emergência.
Lula havia vetado a proposta sob o argumento de que não havia "estimativa de impacto orçamentário e financeiro" e que a medida criaria "despesa obrigatória de caráter continuado e benefício tributário".
O governo chegou a ensaiar uma alternativa, por meio de uma medida provisória, com o pagamento de uma pensão única de R$ 60 mil a crianças de até 10 anos que nasceram com deficiências por conta da Zika. A MP não foi bem-recebida pelo Congresso e acabou perdendo a validade no início deste mês.
Pelo projeto da pensão vitalícia, os gastos com o novo benefício deverão ser atribuídos à categoria orçamentária de "Indenizações e Pensões Especiais de Responsabilidade da União".
Sessão do Congresso Nacional ( Mães de filhos com microcefalia, comemoram a derrubada do veto)
A União Nacional que luta pelos direitos das crianças e famílias afetadas pelo Vírus Zika (Unizika) estima que 1.589 pessoas poderão ser beneficiadas com a pensão. O impacto fiscal seria de cerca de R$ 154 milhões.
Requisitos da pensão
A proposta retomada pelo Congresso estabelece que, para o pagamento da pensão, será preciso requisitar o benefício junto à Previdência Social. Após a promulgação da proposta, o governo deverá detalhar os ritos e procedimentos específicos.
A pensão será concedida a partir da análise de laudos médicos. Segundo o texto, será preciso apresentar um laudo da junta médica que acompanha a criança vítima da Zika.
O benefício poderá, ainda de acordo com o projeto, ser acumulado com um Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou benefícios previdenciários que não ultrapassem um salário mínimo.
O beneficiário da pensão não sofrerá cobrança de Imposto de Renda e terá direito a um décimo terceiro.
Além da pensão, a proposta prevê ainda uma extensão da licença-maternidade para mães de crianças que nascerem com microcefalia. Segundo o texto, o período poderá ser prorrogado por mais 60 dias.
Também estabelece que, no caso de concessão de BPC a crianças vítimas da Zika, não deverá haver revisão periódica do benefício — a legislação determina que a Previdência cheque a cada dois anos se os beneficiários seguem com direito ao BPC.