Pior desempenho do país é no quesito 'eficiência governamental', Singapura lidera lista

 

 

Com agências

 

 

Pelo quinto ano seguido, o Brasil aparece entre as dez piores posições no ranking que mede o nível de competitividade das nações, produzido pelo Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça.

 

Na edição de 2024, divulgada nesta terça, 18, o país aparece em 62º lugar entre 67 países, uma queda de duas posições em relação a 2023.

 

Com isso, o país se aproxima dos últimos da lista, que são Venezuela (67º), a Argentina (66º) e Gana (65º). Nas piores posições, há um predomínio de países latino-americanos e africanos. Veja a lista completa mais abaixo.

 

O levantamento, que chega à 36ª edição, leva em consideração 336 indicadores econômicos dos países analisados, agrupados em quatro grupos. Neste ano, três países foram incluídos no estudo: Nigéria, Gana e Porto Rico.

 

“A competitividade de uma economia não se resume apenas ao PIB e à produtividade, visto que as empresas também têm que lidar com aspectos políticos, sociais e culturais. Os governos devem fornecer um ambiente favorável ao desenvolvimento e crescimento de negócios, com infraestruturas, instituições e políticas adequadas e eficientes que incentivem as empresas”, diz Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC) e líder da pesquisa no Brasil.

 

O topo do ranking é dominado por países asiáticos e europeus, com a liderança de Singapura, seguido por Suíça, Dinamarca, Irlanda, Hong Kong e Suécia.

 

Os países e regiões mais competitivos do mundo

1º Singapura
2º Suíça
3º Dinamarca
4º Irlanda
5º Hong Kong
6º Suécia
7º Emirados Árabes Unidos
8º Taiwan
9º Holanda
10º Noruega

Os 10 piores países em competitividade

58º Bulgária
59º Eslováquia
60º África do Sul
61º Mongólia
62º Brasil
63º Peru
64º Nigéria
65º Gana
66º Argentina
67º Venezuela

 

Por que o Brasil vai mal

 

Entre os quatro principais fatores do levantamento, que traz uma análise comparativa das economias, o Brasil aparece com a pior posição no indicador de “eficiência governamental” (65º), puxado pelos resultados ruins em custo de capital e igualdade de oportunidades. Em “eficiência empresarial” (61º lugar), a dívida corporativa e a produtividade e qualidade da mão de obra pesam no resultado.

 

O indicador de “performance econômica” (38º) é o que o país tem o melhor desempenho, alavancado pelo crescimento na oferta de empregos e no PIB real per capita. Em “infraestrutura”, o Brasil aparece na 58ª posição, com gargalos em conhecimento e tecnologia.

 

O subfator em que o Brasil aparece mais bem posicionado nos indicadores avaliados é o de subsídios governamentais, em quarto lugar. O estudo aponta para a criação do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fator que puxou esse indicador, com previsão de investir R$ 1,4 trilhão até 2026.

 

Em outros quatro indicadores, o país aparece bem posicionado, em quinto lugar: crescimento de longo prazo de emprego; crescimento do PIB real per capita; fluxo de investimento direto estrangeiro; e energias renováveis.

 

Melhora circunstancial

 

A Fundação Dom Cabral (FDC), parceira do IMD no ranking, avalia que a performance brasileira mostra fragilidades. Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC e líder da pesquisa no Brasil, chama atenção para a melhora do país em subindicadores como PIB per capita e fluxo de investidores estrangeiros, que não foram “estruturais, mas circunstanciais”:

 

"Deveríamos escolher políticas educacionais para setores de interesse. Em três aspectos avaliados, o Brasil aparece como o pior entre as nações avaliadas: dívida corporativa; educação em gestão; e habilidades linguísticas (capacidade de escutar, falar, ler e escrever). Tadeu avalia que “falta para a educação um claro plano estratégico, casado com os interesses de crescimento do país”.

 

No topo do ranking de competitividade, Suíça e Singapura se destacam pela liderança também em todos os níveis de educação. A FDC sugere que o Brasil deveria ampliar programas de formação profissional e técnica, para preparar alunos para o mercado de trabalho.

 

 

Posted On Quarta, 19 Junho 2024 06:57 Escrito por O Paralelo 13

Sem citar Bolsonaro, presidente afirmou que não permitirá que o País tenha um 'fascista' no poder

 

 

Com Estadão e Rádio CBN

 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 18, que pode tentar a reeleição em 2026 "para evitar que trogloditas voltem a governar" o País. A afirmação foi feita em entrevista a Rádio CBN, do Grupo Globo. 

 

Questionado se a idade no ano da próxima eleição presidencial não atrapalharia a corrida eleitoral, o presidente disse que estará com 80 anos: "No auge da minha vida". Segundo Lula, ainda não é hora de quero discutir o pleito de 2026, já que seu mandato atual ainda tem apenas um ano e sete meses. Além disso, na avaliação do presidente, "tem muita gente boa para ser candidata. Eu não preciso ser candidato". 

 

"Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, pode ficar certo que os meus 80 anos virará em 40 e eu poderei ser candidato. Mas não é a primeira hipótese. Nós vamos ter que pensar muito. Eu sei que vou estar com 80 anos, eu tenho que medir qual é o meu estado de saúde, qual é a minha resistência física, porque eu quero ter responsabilidade com o Brasil. Mas não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista, não vou permitir que esse país volte a ser governado por um negacionista, como nós já tivemos. Esse país precisa de muita verdade para se transformar num país maravilhoso que nós temos que construir", falou Lula, sem citar diretamente o antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

 

Durante a entrevista, Lula lembrou do primeiro ano como presidente da República, em 2003: "Peguei o governo em 2003 com sinal de crise econômica, mas era um governo que tinha passado por um momento também de crescimento. Depois, um momento de queda, e depois estava num processo de recuperação. Dessa vez, não. Estava sem-destruído."

 

Críticas ao presidente do Banco Central

 

Como já tinha acontecido no final de semana, Lula voltou a subir o tom nas críticas ao Banco Central às vésperas da reunião do Copom e criticou Roberto Campos Neto. Além disso, voltou a adotar a postura de defender que os empresários e a indústria devem ser os alvos do corte de gastos do governo, não os mais pobres.

 

O presidente defendia o crescimento da economia do país e do número de novos empregos gerados, quando demonstrou, mais uma vez, insatisfação com a taxa básica de juros.

 

"Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil nesse instante, é o comportamento do Banco Central.

 

Essa é uma coisa desajustada. [Temos] um presidente do Banco Central que não demonstra qualquer capacidade de autonomia, que tem lado político e que na minha opinião trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar, porque não tem explicação a taxa de juros do jeito que tá", afirmou Lula.

 

O petista continuou, afirmando que o Brasil precisa atrair mais investidores, mas que a taxa de juros é um empecilho. O novo valor da Selic será anunciado na quarta-feira, 19, mas o mercado já espera que não haja outra redução.

 

Posição sobre o aborto

 

A PL que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. A proposta proíbe o aborto mesmo nos casos de gravidez decorrente de estupro e, nestes casos, a possível pena à gestante supera a pena prevista para o crime de estupro. O petista criticou o autor do texto e sugeriu que o debate sobre o tema encarasse o aborto como "questão de saúde pública".

 

A proposta que tem como um dos principais idealizadores o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), um dos líderes da bancada evangélica na Câmara.

 

"O cidadão diz que fez o projeto 'para testar o Lula'. Eu não preciso de teste, quem precisa de teste é ele. Eu quero saber se uma filha dele fosse estuprada, como ele ia se comportar", disse o presidente. "Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, sou contra o aborto, para ficar bem claro. Agora, enquanto chefe de Estado, o aborto tem que ser tratado como questão de saúde publica, porque você não pode continuar permitindo que a 'madame' vá fazer um aborto em Paris e que a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Este é o drama que estamos vivendo", afirmou.

 

Para Lula, o tema não deveria estar em tramitação na Câmara, sobretudo em regime de urgência. Segundo o presidente, as pautas de costumes "não têm nada a ver com a realidade que vivemos". "Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos, é crime. É crime hediondo. O cidadão estuprar menina e depois querer que ela tenha um filho. Um filho de monstro", disse Lula. "A menina é obrigada a ter um filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre desta menina?".,

 

No sábado, o presidente já havia declarado, nas redes sociais, que é uma "insanidade querer punir uma mulher vítima de estupro com uma pena maior que um criminoso que comete o estupro".

 

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

Posted On Terça, 18 Junho 2024 10:16 Escrito por O Paralelo 13

Da Agência Senado

 

 

Após vista coletiva concedida, a Comissão de Educação (CE) debruça-se nesta terça-feira (18), a partir das 10h, na análise do projeto de lei que prevê uma nova reforma do ensino médio. No dia 11 de junho, a relatora da matéria, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), apresentou ao colegiado seu substitutivo (texto alternativo) ao PL 5.230/2023, encaminhado ao Congresso pelo Poder Executivo, e já modificado na Câmara.

 

A senadora Dorinha acatou total ou parcialmente 36 emendas das 64 apresentadas. O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei 9.394, de 1996), o Programa Pé-de-Meia (Lei 14.818, de 2024), a Lei de Cotas (Lei 12.711, de 2012), e o Programa Universidade para Todos (Prouni - Lei 11.096, de 2005). Se aprovada na CE, a matéria irá ao Plenário.

 

Em seu relatório, a senadora destaca a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB) e explicita quais componentes curriculares fazem parte de cada uma das áreas do conhecimento. Também salienta o fortalecimento dos itinerários formativos, que devem ser articulados com as áreas do conhecimento e que, no caso da formação técnica e profissional, devem ser organizados de acordo com os eixos e áreas definidos nas diretrizes curriculares nacionais de educação profissional e tecnológica.

 

O texto amplia a carga horária mínima anual do ensino médio de 800 para 1.000 horas, distribuídas em 200 dias letivos. Essa carga horária mínima poderá ser ampliada, de forma progressiva, para 1.400 horas, considerados os prazos e as metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação (PNE). A divisão dessa carga fica com 70% para a formação geral básica, que inclui as disciplinas previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como matemática, português, artes e ciências; e 30% para os itinerários formativos.

 

Senadora Dorinha apresentou texto alternativo, que será deliberado na CE

 

Esses itinerários serão compostos de aprofundamento das áreas do conhecimento ou de formação técnica e profissional, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino.

 

A formação técnica e profissional também terá carga mínima total de 2.200 horas. As horas restantes deverão ser utilizadas para o aprofundamento de conteúdos da BNCC diretamente relacionados à formação técnica profissional oferecida.

 

Além de inglês, a relatora acrescentou o espanhol como componente curricular da área de linguagens e suas tecnologias.

 

“Também importa celebrar a menção, no texto do projeto, a critérios de equidade, no planejamento da expansão das matrículas no ensino médio em tempo integral, e a preocupação de que a oferta curricular do ensino médio reconheça as especificidades, as singularidades e as necessidades que caracterizam as diferentes populações atendidas nessa etapa. Essas inclusões têm potencial para contribuir para que finalmente a oferta educacional chegue a todos de forma efetiva, dando cumprimento ao mandamento constitucional, inscrito no artigo 206, I, da Constituição Federal, de igualdade nas condições de acesso e permanência nas escolas”, explica a senadora Dorinha, no relatório.

 

Posted On Terça, 18 Junho 2024 06:07 Escrito por O Paralelo 13

Crime aconteceu na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP)

 

Com Estadão Conteúdo

 

Dois suspeitos de envolvimento no plano de assassinato contra o ex-ministro da Justiça e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foram mortos a facadas em uma penitenciária de Presidente Venceslau (SP), na manhã desta segunda-feira, 17. Três detentos confessaram a autoria do crime. 

 

Foram mortos Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê. Segundo o Estadão, os assassinatos aconteceram após o almoço. Nefo foi esfaqueado no banheiro do presídio, enquanto Rê foi atacado no pátio. A Polícia Civil investiga a participação de um quarto suspeito no crime. 

 

Os envolvidos foram separados e devem responder pelos assassinatos. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de SP, uma investigação irá apurar as circunstâncias das mortes. Peritos também analisaram os locais dos crimes. 

 

Além do planejamento para o assassinato de Moro, a investigação que apontou Nefo e Rê revelou que os criminosos também orquestravam a morte de Lincoln Gakiya, promotor que atua nas investigações contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). 

 

A investigação trabalha com a hipótese, também, de que as mortes aconteceram sob mando da cúpula da facção, com motivação ainda a ser esclarecida. Uma das possibilidades é de que a ação tratou-se de um 'acerto de contas', após o fracasso de um plano para libertar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, além dos assassinatos das autoridades. A informação é do repórter Marcelo Godoy. 

 

Nefo e Rê ainda eram investigados por integrar uma célula do PCC denominada 'Sintonia Restrita', que atua como uma espécie de centro de inteligência da facção. 

 

 

*Com informações de Estadão Conteúdo

 

Posted On Terça, 18 Junho 2024 05:22 Escrito por O Paralelo 13

O governo federal publicou, na sexta-feira passada (14), no Diário Oficial da União (DOU) as regras para funcionamento da tarifa social. Proposta tramitou 11 anos no Congresso

 

Com Agência Senado

 

 

O Diário Oficial da União (DOU) publicou as regras para funcionamento da tarifa social nacional de água e esgoto para a baixa renda, que deve começar a valer em dezembro. A população enquadrada no programa terá desconto de 50% sobre o valor cobrado pela menor faixa de consumo.

 

O benefício consiste em um desconto de 50% sobre a tarifa aplicada nos primeiros 15 metros cúbicos de uma residência. O valor excedente de consumo será cobrado como tarifa regular.

 

A proposta tramitou por11 anos no Congresso e foi apresentada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Depois de passar pela Câmara e retornar ao Senado como um texto alternativo (PL 795/2024), o projeto foi definitivamente aprovado pelos senadores no início de maio.

 

A nova lei cria ainda a Conta de Universalização do Acesso à Água, que será gerida pelo governo federal e custeada com dotações orçamentárias.

 

Os recursos devem ser usados para promover a universalização do acesso à água, incentivar investimentos em áreas de vulnerabilidade social, evitar a suspensão de serviços para famílias de baixa renda por falta de pagamento e, caso seja necessário, subsidiar a Tarifa Social de Água e Esgoto.

 

A lei deve entrar em vigor no dia 11 de dezembro de 2024, o que corresponde a 180 dias após a publicação oficial no DOU.

 

O relator do projeto, o senador Flávio Arns (PSB-PR), estimou, em maio – quando o projeto foi aprovado pelo Senado – que o benefício poderia atingir até 54% da população das regiões Norte e Nordeste.

 

Em fevereiro, quando a Câmara dos Deputados aprovou o projeto, calculava-se que o custo inicial do benefício deveria ficar entre R$ 1,8 bilhão e R$ 5,5 bilhões.

 

O relatório do projeto previa ainda que cerca de 34 milhões de famílias que se enquadrariam na medida, embora nem todas tenham hoje acesso à rede de água e esgoto.

 

Entenda como vai funcionar a tarifa social de água e esgoto

Para poder participar do benefício, o brasileiro deve ter renda per capita de até meio salário mínimo (ou seja, R$ 706) e que estejam inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). Esse valor não considera outros benefícios, como o Bolsa Família.

Também podem ser beneficiadas as famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e, ao mesmo tempo, possuem entre seus membros pessoas com deficiência ou idosos com mais de 65 anos sem meio de prover seu sustento.

A tarifa social oferecerá um desconto de 50% no valor da menor faixa de consumo, aplicável aos primeiros 15 metros cúbicos utilizados. Consumos que excedam esse limite serão tarifados normalmente.

Famílias que têm direito a essa tarifa serão automaticamente incluídas pelas empresas de abastecimento. Aos beneficiários também é assegurada a isenção de custos para instalação de água ou esgoto no imóvel.

Perda do benefício e “gatos”

Se uma família não mais atender aos critérios definidos pela lei, poderá manter o benefício por mais três meses — e deve ser notificada sobre o término iminente do desconto nas faturas subsequentes.

O texto também determina que indivíduos que realizarem conexões clandestinas de água ou esgoto, danificarem intencionalmente os equipamentos de serviço ou compartilharem água com famílias não elegíveis perderão o direito à Tarifa Social de Água e Esgoto.

Quem apresentar incoerências ou informações inverídicas no cadastro, ou em qualquer momento do processo de prestação do benefício, também perderá o benefício.

O Senado votou a proposta de lei em 8 de maio, desde então, o projeto estava no aguardo da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

 

 

Posted On Segunda, 17 Junho 2024 14:44 Escrito por O Paralelo 13
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