Dentro do Ministério da Economia, data é vista como limite para que estabelecimentos permaneçam fechados sem impactos mais graves
Por Victor Irajá
O ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou ao presidente Jair Bolsonaro que estimulasse o retorno gradativo da atividade econômica em até duas semanas, para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus para as contas do país e o avanço do desemprego. A avaliação de membros da pasta comandada pelo ministro é de que a economia do país não suportaria passar pela crise se a recomendação de isolamento e estabelecimentos fechados perdure até depois do dia 7 de abril.
A data é vista como chave por integrantes graduados da equipe econômica para que o país consiga se recuperar, de forma mais rápida, dos impactos econômicos acusados pela pandemia. Em condição de anonimato, um secretário do alto escalão da pasta resumiu a leitura da equipe: “Às vezes o excesso de remédio é que mata o paciente”. Contudo afirmou que Guedes respeita as orientações do Ministério da Saúde.
Desde o início da semana, o ministro isolou-se no Rio de Janeiro. Os testes para o novo coronavírus, segundo a assessoria de imprensa do Ministério, deu negativo. Aos 70 anos, porém, Guedes faz parte do grupo de risco de complicações se contrair a doença e tem despachado de casa. Ele tem participado de reuniões com o secretariado e com o presidente por videoconferência.
Talvez por isso, nesta segunda-feira 25, o presidente Jair Bolsonaro tenha recomendado o chamado isolamento vertical, defendendo a reabertura de escolas e comércio e, apenas, isolando idosos e pessoas com doenças prévias — ignorando todas as recomendações do seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Organização Mundial da Saúde.
Vice-presidente foi questionado sobre pronunciamento de Bolsonaro, no qual presidente da República pediu 'volta à normalidade' e fim do 'confinamento em massa'
Por Sara Resende e Filipe Matoso, TV Globo e G1
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (25) que a posição do governo "é uma só": o isolamento e o distanciamento social.
Mourão deu a declaração ao conceder uma entrevista por videoconferência sobre ações do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Durante a entrevista, ele foi questionado sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta (24), no qual Bolsonaro pediu a "volta à normalidade" em meio à pandemia do coronavírus, o fim do "confinamento em massa" e afirmou que os meios de comunicação espalharam "pavor".
"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só: o isolamento e o distanciamento social", afirmou Mourão.
Para Mourão, "pode ser" que Bolsonaro "tenha se expressado de uma forma que não foi a melhor".
O vice-presidente da República declarou ainda que Bolsonaro está, "por enquanto", dentro da política sugerida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro contraria especialistas e autoridades e pede fim do ‘confinamento em massa’
Repercussão
Logo após o pronunciamento do presidente da República ter ido ao ar, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a fala de Bolsonaro foi "grave" e que o país precisa de uma "liderança séria".
"Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19", afirmou Alcolumbre.
Em seguida, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento foi "equivocado" e que os brasileiros precisam seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública", publicou Rodrigo Maia em uma rede social.
Dados do coronavírus
De acordo com o Ministério da Saúde, até a tarde desta quarta-feira, o Brasil registrou 57 mortes e 2.433 casos confirmados de covid-19, a doença provocada pelo coronavírus.
Conforme a OMS, também até a tarde desta quarta, foram registrados no mundo 416.686 casos confirmados de coronavírus, com 18.589 mortes, em 197 países.
Governadores
Pelo menos 25 dos 27 governadores informaram nesta quarta que vão manter regras de isolamento. Essas ações são recomendadas por autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Mourão, o ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, comandará nesta quinta-feira (26) uma reunião cujo objetivo será definir um "planejamento comum" diante das diferentes legislações dos estados sobre isolamento.
"Amanhã de manhã, o ministro Braga Netto [...] estará realizando uma reunião com os representantes dos ministérios e também ouvindo os governadores dos estados para que se defina um planejamento comum, restrições comuns, de modo que seja assegurado em todo o Brasil o fluxo logístico", explicou.
Para o vice-presidente, é necessário o transporte de itens como remédios, vacinas e testes para diagnóstico da Covid-19 nas regiões do país.
Sobre o atrito entre governadores e Bolsonaro, Mourão disse que "isso faz parte da política". Segundo ele, existe um ambiente de "cooperação" entre os governos federal e estaduais e que esta reunião da Casa Civil vai alinhar os decretos dos governadores.
Wanderlei Barbosa participou de uma videoconferência com governadores de todo o Brasil
Por Jarbas Coutinho
O vice-governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou na tarde desta quarta-feira, 25, de uma videoconferência com governadores de todo o Brasil. A reunião virtual teve como tema Salvar Vidas e foi presidida pelo governador do Estado de São Paulo, João Dória, e contou com a participação do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia.
O objetivo foi discutir e trocar experiências acerca das ações de cada estado para conter a propagação do novo Coronavírus, bem como, as medidas para evitar o colapso da economia e, automaticamente, preservar empregos e a renda dos trabalhadores.
O Vice-Governador tocantinense defendeu a aprovação da pauta de matérias encaminhadas nesta semana pelos governadores ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, como um grande socorro para todos os estados, por meio da aprovação do Plano Mansueto e outras proposituras. O Plano permite que estados e municípios endividados acessem empréstimos com garantias da União desde que promovam ajuste fiscal. Wanderley também sustentou que o Tocantins está fazendo um grande esforço para evitar a disseminação da doença no Estado.
“É importantíssimo isso. O governador Mauro Carlesse e sua equipe estão fazendo todo o esforço para manter o Tocantins sem a proliferação do vírus. Nenhuma divergência ideológica neste momento ajuda, só atrapalha. Temos que manter a serenidade e a paz para fazer com que o Tocantins e o Brasil estejam livres desse vírus o mais rápido possível”, enfatizou Wanderlei Barbosa lembrando que é necessário um plano estratégico até para promover o retorno das pessoas aos seus postos de trabalho.
Entre as propostas do documento formulado durante a reunião virtual, os governadores defenderam ainda a redução da meta de superávit primário do governo federal para evitar ameaça de contingenciamento, momento em que o Sistema único de Saúde (SUS) mais necessita de recursos; pronta aplicação da Lei 10.835, que institui a renda básica de cidadania, afim de propiciar recursos destinados a amparar a população economicamente vulnerável.
Também ficou decidido que os governadores vão continuar a se reunir à distância regularmente, pelo modelo de videoconferência, como preconizam as recomendações médicas internacionais, com o objetivo de uniformizar metas para promover ações consorciadas para agir em torno do tema coronavírus.
Acompanharam o vice-governador Wanderlei Barbosa na videoconferência os secretários de Estado da Comunicação, Élcio Mendes; da Fazenda e Planejamento, Sandro Armando; e da Casa Civil, Rolf Vidal.
Vídeo com mensagem foi postado nas redes sociais do Governador
Por Jesuino Santana Jr.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais nessa quarta-feira, 25, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, parabenizou e destacou o trabalho que os profissionais da área de saúde do Tocantins vêm realizando diante da pandemia da Covid-19, provocada pelo novo Coronavírus.
"Quero agradecer a todos os servidores da Saúde que estão enfrentando de frente o problema provocado pelo novo Coronavírus. Tenho certeza de que, em breve, vamos comemorar o fim dessa doença que está atingindo o mundo e também o nosso Tocantins. Estamos procurando fazer o nosso melhor. Determinei que fossem comprados todos os kits de proteção para que vocês trabalhem com mais tranquilidade e segurança. Agradeço a todos pela boa vontade, pela força e pela determinação. Muito obrigado por acreditarem nesse povo que tanto está precisando dos senhores e das senhoras neste momento”, afirmou.
O Governo do Tocantins tem trabalhado para conter a proliferação do novo vírus na população. Em decorrência disso, no sábado, 21, o governador Mauro Carlesse decretou Estado de Calamidade Pública, que estabelece várias normas de ação para os órgãos públicos, além de restringir a circulação de pessoas e também o funcionamento do comércio.
O Governador também determinou, à Secretaria de Estado da Saúde (SES), a aquisição de 6 mil testes rápidos para aferição de contaminação para o novo Coronavírus e o reabastecimento dos estoques de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para que os profissionais da Saúde trabalhem com as condições ideais ao exercício de suas atividades.
Em boletim divulgado nessa terça-feira, 24, a SES informou que há sete casos de pacientes confirmados com a Covid-19 no Tocantins. De acordo com o Ministério da Saúde, o pico da doença no Brasil deve ocorrer entre os meses de abril e maio, quando tantos os hospitais da rede pública quanto os da rede particular deverão registrar superlotação de pacientes infectados pelo vírus.
Nesta quarta-feira, 25, o Governo, por meio de uma nota à imprensa, reforçou o pedido para que a população siga as normas recomendadas pelos órgãos de Saúde. “O Tocantins seguirá firme no propósito de manter a população livre do novo Coronavírus e conta com a parceria dos demais Poderes, dos municípios, dos órgãos de controle e, principalmente, com a população”.
O governador @maurocarlesse, agradece a todos os servidores da saúde que estão na linha de frente e se dedicando tanto neste momento de crise. Toda a nossa gratidão a vocês! ❤?? @saudetocantins#TodoscontraoCoronavírus pic.twitter.com/aEj3MuUXfX
— Governo do Tocantins (@governoTO) March 24, 2020
Após o Jornal O Paralelo 13 divulgar uma situação relatada por alguns profissionais da saúde que atuam no Hospital Regional de Porto Nacional sobre a falta de materiais e insumos no Órgão, buscamos conversar com os demais colaboradores para melhor compreender a real situação na Unidade.
Da Redação
Um dos pontos bastante mencionado foi o atual cenário que o Brasil se encontra e a cautela necessária neste momento de pandemia. Outro fator que até então era desconhecido pela nossa equipe é a informatização do Sistema. Segundo os colaboradores o atual sistema permite um controle exato da quantidade de materiais adquiridos, bem como aqueles utilizados em todos os hospitais do Tocantins.
Evitar esperdício
O programa lista os remédios, materiais e quantidades disponíveis em estoque, o que tem sido acompanhado pelos órgãos fiscalizadores e demonstra que não há déficits no Hospital Regional de Porto Nacional. Com as possíveis dificuldades que possam vir a enfrentar, uma vez que o País encontra-se paralisado e a maioria das pessoas em quarentena, a equipe estabeleceu algumas normas aos servidores que visam evitar o máximo de desperdício dentro do Hospital Regional de Porto Nacional.
Um colaborador evidenciou que o controle na distribuição dos equipamentos de proteção é também uma defesa da coisa pública e melhor aproveitamento do dinheiro público, além de proteger os funcionários de acusações infundadas. Além das novas regras, o Hospital tem buscado cumprido a risca as determinações do Ministério da Saúde, da Anvisa, e observado o que preconiza a OMS, Organização Mundial Saúde.
Referência aos municípios
É importante que os colabores do Hospital Regional de Porto Nacional tenham ciência que a união de esforços neste momento tão crítico na sociedade brasileira contribuirá para salvar muitas vidas, já que a unidade é referência e atende mais de 20 municípios circunvizinhos e tem sido elogiado pelos usuários por estar cumprindo seu papel nessa luta contra a pandemia com o atendimento a todos os cidadãos e encaminhamentos para o Hospital Geral de Palmas em em casos de maior complexidade.
Tocantins contra o Coronavírus
Não podemos deixar de mencionar a atuação do governador Mauro Carlesse diante desta crise que enfrentamos. O gestor determinou a aquisição de kits fundamentais para testes do vírus e consequentemente comprovação ou não da doença. Visando a segurança e proteção dos profissionais de saúde em todas as unidades hospitalares do Estado, o Executivo fez também a aquisição de milhares de equipamentos de Proteção Individual para os servidores.
Assembleia Contribui
A Assembleia Legislativa do Tocantins tem tido participação expressiva no combate a pandemia. O presidente da Casa, Antônio Andrade liberou R$1 milhão, via emenda parlamentar, para a Saúde do Estado, seguido por destinação de recursos de vários deputados estaduais em prol da sociedade tocantinense.