Em entrevista ao programa Fórum 21, deputada federal do PSOL avaliou que o saldo das manifestações pró-Bolsonaro foi negativo para o governo e que elas terão impacto na tramitação da reforma da Previdência

 

Da Revista Forum 

 

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter feito um esforço de última hora para tentar desincentivar os discursos radicais nas manifestações pró-governo ocorridas no último domingo (26), foi inevitável que nos protestos as pautas anti-democráticas, como de confrontamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional, viessem com força.

 

Para a deputada federal Sâmia Bonfim, o saldo dos atos foi negativo para o governo e dificultará ainda mais sua relação já pouco amigável com a Câmara dos Deputados.

 

“Bolsonaro foi em duas linhas: dizendo que seriam manifestações grandes e que de maneira nenhuma inflariam repúdio ao Congresso e ao STF. Na verdade as duas hipóteses falharam. Não foram manifestações logitudinais, ainda mais se comparar com as manifestações do dia 15. E também tiveram muitas palavras de ordem, cartazes contra o Rodrigo Maia, a Câmara, contra a educação pública, o STF e outras barbaridades do tipo. Por isso eu acho que não foi suficiente pro governo se cacifar”, avaliou em entrevista ao programa Fórum 21.

 

“Para a nossa sorte eles [os radicais de direita] não são maioria na população e isso não melhorou a situação do Bolsonaro, na verdade só piorou a situação dele com o Congresso. Vai ter impacto na reforma da Previdência e todos os projetos que ele tentar aprovar, a não ser aqueles que têm lobbies mais fortes de setores do mercado”, completou a deputada.

 

Abstenção na votação do Coaf

Aos jornalistas George Marques e Ivan Longo, a deputada federal explicou ainda o motivo pelo qual se absteve na votação que retirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da alçada do Ministério da Justiça, de Sérgio Moro, e o devolveu ao bojo do Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

 

A decisão da Câmara foi considerada por muitos como uma derrota do governo. Para Sâmia, no entanto, trata-se mais de uma vitória simbólica, já que a mudança de pasta não deve interferir muito na atuação do Conselho.

 

De acordo com a deputada, a decisão de se abster na votação se deu como forma de gerar uma reflexão de que a mudança gerará pouca diferença e para desgastar a imagem do ministro da Economia, já que haveria uma movimentação do “centrão” junto ao próprio Guedes para fortalecer sua figura, uma vez que o governo tem enfrentado dificuldades para levar adiante o projeto da reforma da Previdência.

 

“Resolvemos fazer um voto de abstenção porque existe um processo de articulação muito forte, principalmente por parte do centrão, diretamente com o Paulo Guedes, de consolidação de sua figura, como alguém capaz, independentemente da crise no governo e da incapacidade do Bolsonaro em levar adiante a reforma da Previdência. É uma relação como se o Rodrigo Maia fosse o fiador dessa reforma, sem ferir a imagem do Bolsonaro. E essa articulação do centrão para devolver o Coaf para a Economia é parte desse processo. E também tem toda uma reflexão que, na prática, faz pouca diferença estar nas mãos do Moro ou do Paulo Guedes. Guedes até se comprometeu a manter a mesma equipe que o Moro havia prometido”, afirmou.

Posted On Terça, 28 Mai 2019 06:59 Escrito por

Os números da Agrotins 2019 foram divulgados na tarde desta, segunda-feira (27), no Palácio Araguaia

 

Com Assessoria

 

A feira superou em 18% o volume de negócios do ano passado, ultrapassando a casa dos R$2,5 bilhões. 157 mil pessoas visitaram a Agrotins 2019, entre elas, 4190 agricultores familiares de todos os cantos do Tocantins.

 

O presidente da Assembleia, deputado Antonio Andrade, destacou o esforço de todos os envolvidos na realização da feira. “Hoje é dia de reconhecimento, é dia de parabenizar todos que direta ou indiretamente contribuíram para que esse evento fosse tão grande, como foi a Agrotins 2019”, disse Antonio Andrade.

Governador Mauro Carlesse afirma que a missão é melhorar a vida do produtor rural em todas as áreasGovernador Mauro Carlesse afirma que a missão é melhorar a vida do produtor rural em todas as áreas 

 

O governador, Mauro Carlesse, também presente no evento, parabenizou a todos e destacou a importância do apoio da Assembleia Legislativa, para o desenvolvimento do Tocantins.

 

Além da feira

A liberação da ponte de Porto Nacional e a construção da nova ponte, dois temas que têm sido defendidos pelo presidente Antonio Andrade, foram citados pelo governador. Segundo ele, nos próximos dias a ponte vai ter uma das faixas liberada, para carro de passeio, e o empréstimo para construção da nova ponte deve ser liberado entre 10 a 15 dias.

 

 

Também estiveram presentes no evento o vice-governador, Wanderlei Barbosa, os deputados Amélio Cayres, Irovy de Lira, Olyntho Neto e Valderez Castelo Branco, além de secretários de estado e outras autoridades.

Posted On Domingo, 29 Novembro -0001 20:46 Escrito por O Paralelo 13

Terceira edição do projeto acontecerá dia 30 de maio, na Assembleia Legislativa, às 8h

 

Com Assessoria

 

Os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Andrade (PHS), e do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE), Severiano Costandrade, assinarão termo de cooperação na próxima quinta-feira, dia 30, na sede do Legislativo estadual. A ser realizado no auditório da Casa, o evento terá início às 8 horas da manhã, e os participantes contarão com duas palestras.

 

O tema “Tributos municipais” será apresentado pelo mestre e doutor em Direito do Estado e Direito Tributário, Maurício Darli Timm do Valle. Já a palestra sobre “Planejamento para o desenvolvimento local e regional” será ministrada pelo doutor em Ciências Econômicas, Ibrahin Amnhed León Téllez.

 

Interessados em participar do evento podem se inscrever no site do TCE (www.tce.to.gov.br), entrar em contato com a organização pelos telefones (63) 3212-5236 (Assembleia Legislativa) e (63) 3232-5971 (Tribunal de Contas). Podem também fazer inscrição na Escola do Legislativo, situada no subsolo da Casa de Leis. (Elpídio Lopes).

 

Saiba Mais:

A terceira edição do projeto “TCE+Ação: Governança e Tecnologia” será realizada nesta quinta-feira, 30, na Assembleia Legislativa, às 8h. Na ocasião, o Tribunal de Contas do Tocantins (TCE/TO) e a Assembleia Legislativa do Estado (AL) irão celebrar um Termo de Cooperação Técnica.

 

A iniciativa tem o objetivo de estabelecer parceria para o desenvolvimento de atividades educacionais e eventos de natureza cultural e técnica-científica.

 

Dentre as ações estão: a troca de experiência nos procedimentos pedagógicos e nas ações educacionais, a implementação de ações que visem o fortalecimento das relações institucionais, a realização de curso para aperfeiçoamento, entre outras.

 

Palestras

No mesmo dia, às 9h, haverá duas palestras. Com o tema “Tributos Municipais”, o mestre e doutor em Direito Tributário, Maurício Dalri Timm do Valle, irá ministrar a primeira.

 

A segunda palestra tem o tema “Planejamento para o Desenvolvimento local e Regional” e será conduzida pelo doutor em Ciências Econômicas, Ibrahin Amhed León Tellez.

 

Inscrições

O evento tem como público-alvo os membros, servidores, jurisdicionados desta Corte e a sociedade em geral. Para o público externo as inscrições devem ser realizadas por meio do formulário on-line ligado ao Sistema Acadêmico do Instituto de Contas.

 

TCE+Ação

O projeto TCE+Ação busca desenvolver ações de qualificação para membros, servidores, jurisdicionados e para a sociedade em geral, por meio de capacitações com profissionais de reconhecida experiência no âmbito nacional e internacional. Durante o ano de 2019, serão realizados cursos com temas afins ao Controle Externo, focado nos tópicos da Governança e Tecnologia.

Posted On Segunda, 27 Mai 2019 17:27 Escrito por O Paralelo 13

Para celebrar os 60 anos de Ordenação Sacerdotal, do monsenhor Padre Juracy, uma celebração especial foi realizada na praça central de Ipueiras, região central do Tocantins, a qual contou com o apoio de toda a comunidade local para a realização de uma grande festa, com direito a montagem de infraestrutura pela população.

 

Da Redação

 

Padre Juraci foi ordenado no ano de 1.959 e celebrou a primeira missa em Ipueiras em 1.974, à época distrito do município de Porto Nacional, a ligação religiosa do padre Juraci com a comunidade daquele município é de amizade e irmandade. A celebração em Ipueiras foi feita pelo monsenhor Padre Juracy, conjuntamente com os Padres Jacinto Sardinha, Leandro Lemes, Dorivam Ribeiro e ministros Balbino Guilherme e Eliziane de Souza Almeida e Melquíades de Souza.

 

 

 A celebração especial foi prestigiada por líderes religiosos e toda a comunidade

 

Durante o ‘sermão’, os religiosos destacaram o carinho demonstrado pela comunidade ao Padre Juraci que diz ter ficado lisonjeado com a homenagem e agradeceu a comunidade de Ipueiras, do distrito de São Francisco e ao casal de amigos Israel e Eliete Siqueira, que têm participações importantes em suas missões e contribuíram para a realização desta comemoração dos seus 60 anos de ordenamento sacerdotal.

 

Israel Siqueira e Padre Jacinto prestigiaram as comemorações aos 60 anos de vida religiosa do amigo

 

Padre Juraci foi vigário em Gurupi, pároco nas cidades de Peixe, Alvorada, Figueirópolis e Porto Nacional, sendo nesta última a maioria dos templos construídos pelo Padre e cuja história se confunde com a história do religioso e onde durante muito tempo exerceu seu ministério em diversas comunidades da Diocese. Dentre as conquistas do Pároco destacam-se a igreja de Santo Reis, no setor Vila Nova; Igreja do Divino Espírito Santo, no Jardim Brasília; Igreja Santa Luzia, no setor Nova Capital; Igreja de Pinheirópolis – hoje Fazenda da Esperança e ainda adquiriu o terreno da Igreja Imaculada Conceição e contribuiu com a construção de uma igreja no Jalapão, o Santuário Dom Alano.

 

A família Siqueira foi uma das anfitriãs da grande festa proporcionada ao Padre Juraci

 

Padre Juraci disse que foi e é feliz em sua missão de falar de Deus para as pessoas, sobretudo às que o acolheu em sua trajetória de vida sacerdotal. “Deus nos conduziu do Piauí até aqui, montado em um jumento, onde passamos pelo Jalapão, Ponte Alta do Tocantins, até chegar a Porto Nacional, onde encontrei um povo humilde e acolhedor”, pontuou.

 

“Somos de uma comunidade pequena, mas de coração grande. Repartimos um pouco que podemos doar, porque acreditamos que a verdadeira religião é a caridade e o povo de Ipueiras é um povo hospitaleiro, simples e de um coração grande”, ressaltou o homenageado.

 

A união em torno do evento chamou a atenção dos pressentes, pois as tarefas foram cuidadosamente divididas, ficando o distrito de São Francisco responsável pelo café da manhã, onde mais de mil fiéis das cidades de Ipueiras, distrito de São Francisco, Porto Nacional, Silvanópolis e Santa Rosa, foram muito bem servidos.

 

Sempre rodeado de amigos, o Padre Juraci ressaltou a alegria de receber a homenagem

 

No café da manhã foi servido frutas, bolos doces e salgados, bolo de arroz, biscoitos, sucos naturais e refrigerantes. Já o almoço ficou sob a responsabilidade da comunidade de Ipueiras, especialmente do casal de amigos do Padre Juraci, o senhor Israel e dona Eliete. O almoço foi completo, com muito churrasco de carne bovina, frango, carne de porco, macarronada, saladas diversas, além de sucos naturais e refrigerantes, suficientes para servir mais de 800 pessoas.

 Uma super estrutura foi montada pela comunidade, na praça da cidade 

 

Uma verdadeira demonstração de fé e união de uma comunidade simples, de coração generoso.

 

O jornal o Paralelo 13 parabeniza a comunidade de Ipueiras e o Padre Juraci pelos 60 anos de disseminação da doutrina cristã, da fé e, principalmente do nome de Jesus Cristo.

 

Aproximadamente 800 pessoas apreciaram o banquete que foi carinhosamente preparado pela comunidade de Ipueiras e São Francisco

 

A missa em ação de graças pelos 60 anos sacerdotal de Padre Juraci foi retransmitida pelas rádios comunitárias de Porto Nacional; rádio comunitária 807,9; rádio 87,9, rádio Porto FM

 

Posted On Segunda, 27 Mai 2019 07:05 Escrito por O Paralelo 13

Em SP tem ataques a Maia, ao Centrão e defesa da reforma da Previdência. Atos pró-Bolsonaro ocorreram em 156 cidades; no dia 15, protestos pela educação foram em 222 municípios de todos os estados

 

Em Brasília, ataques ao STF e ao centrão marcam atos pró-Bolsonaro

 

Com Folhapress e Agencias

 

Convocada pelas redes sociais, a manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de pessoas neste domingo, 26, na Avenida Paulista, em São Paulo, e foi marcada por ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Faixas e cartazes replicados pela avenida exibiam uma pauta bem combinada para as manifestações: defesa da reforma da Previdência, da Medida Provisória 870 (Reforma Administrativa), do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e da CPI Lava Toga, para investigar ministros do STF.

 

O número de manifestantes foi visivelmente menor que nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas a Polícia Militar não deu uma estimativa oficial do público. Os participantes se concentraram ao redor de nove carros de som espalhados por oito quadras da Paulista, entre a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua Augusta.

 

 

O maior foco de concentração de público foi no trecho entre a Rua Peixoto Gomide e o prédio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Estacionado na esquina da Avenida Paulista com Peixoto Gomide, o caminhão do Nas Ruas foi o ponto de encontro dos políticos presentes, a maioria do PSL, e também o principal foco de aglomeração de manifestantes.

 

O grupo Nas Ruas e o Revoltados Online ocuparam o espaço que nas manifestações de 2014 foi do Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua. As duas organizações optaram dessa vez em não apoiar o movimento em defesa de Jair Bolsonaro.

 

O Nas Ruas levou um boneco inflável gigante do presidente Jair Bolsonaro e tocou o jingle de campanha de Bolsonaro. Os parlamentares presentes minimizaram as palavras de ordem mais radicais que pregavam o fechamento do Congresso e intervenção no STF.

 

"A pauta oficial é reforma já e defesa do pacote do Moro, mas cada grupo traz a sua pauta. A pauta extra é de cada grupo. Não podemos controlar", disse ao Estado o deputado federal Felipe Barros (PSL-PR).

 

Fundadora do Nas Ruas, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) fez o discurso mais longo e fez uma brincadeira com o público.

 

Ela citava nomes e media a reação dos manifestantes. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e a deputada Maria do Rosário (PT-SP) receberam as maiores vaias. Moro foi ovacionado e o nome de Alexandre Frota, deputado do PSL, não gerou reações.

 

A ouvir vaias para Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, Zambelli contemporizou no microfone e disse que ele será o responsável pela aprovação das reformas.

 

"Nosso papel na Câmara é diferente do papel de vocês nas ruas. Vocês vão entender isso. Dói não poder falar o que a gente pensa", disse a deputada em seu discurso.

Maia, aliás, foi alvo de críticas furiosas dos manifestantes, que levaram faixas e cartazes ofensivos a ele. Um grupo levou um cartaz com a foto do deputado e a inscrição: "Chileno Traidor" (temos foto).

 

"Rodrigo Maia prevarica quando não atua. É dever dele votar o impeachment do Gilmar Mendes (ministro do STF). Os políticos do Centrão estão acostumados a trocar voto por verba", disse a advogada Luiza Rayol, 66, líder do movimento 'Fiscais da Nação', que levou um carro de som para a Avenida Paulista.

 

Em discurso em cima do carro de som do Revoltados Online, o senador Major Olímpio (PSL-SP) disse que as manifestações de apoio ao governo Jair Bolsonaro realizadas pelo País revelam quem é mesmo aliado do presidente da República.

 

"Na campanha eleitoral, quando Bolsonaro estava na crista da onda e perto de ser eleito, tinha gente se estapeando para tirar selfie com ele", disse Major Olímpio. "Hoje nós sabemos quem são os verdadeiros aliados de Bolsonaro", afirmou o senador.

 

Vestindo uma camiseta da Seleção Brasileira, o aposentado Paulo Handa, 65, também recorreu ao 'toma lá, dá cá" para justificar sua participação na manifestação. "O toma lá dá cá é o maior problema, Muitos políticos se elegem para tirar proveito próprio", afirmou.

 

Família real

A manifestação desse domingo também registrou a presença de grupos com demandas próprias e discurso conservador.

 

Os descendentes da família real pregavam a restauração da monarquia, enquanto a TFP (Tradição Família e Propriedade), organização ultra conservadora ligada à Igreja Católica, defendia os valores cristãos.

 

D.Bertrand Orleans e Bragança, segundo imperador na linha sucessória da família real, chamou o PT de "seita vermelha marxista" e disse que Bolsonaro é uma etapa antes da restauração da monarquia.

 

"D.Pedro foi o maior período de estabilidade institucional do Brasil. Defendemos que a eleição do Bolsonaro é uma etapa para a retomada das vias históricas", afirmou.

 

Deputado federal eleito pelo PSL, Luiz Philippe Orléans e Bragança, sobrinho de Bertrand, disse que o parlamentarismo será a etapa anterior a restauração da monarquia. "A restauração da monarquia vem depois do parlamentarismo", afirmou.

 

Um dos presentes no caminhão do "Nas Ruas", o deputado reforçou as críticas ao Centrão. "O Centrão tem falsas lideranças vazias. É preciso um novo bloco governista", disse ele ao Estado.

 

O fiscal da receita aposentado José Eduardo Rebouças, 74, levou para a Avenida Paulista uma faixa com os dizeres: "Fora Centrão traidores da pátria".

  

Em Brasília, ataques ao STF e ao centrão marcam atos pró-Bolsonaro

 

A manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro em Brasília terminou no início da tarde deste domingo (26) e foi marcada por críticas ao centrão, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Os manifestantes começaram a se concentrar em frente ao Congresso Nacional por volta das 10h. Um outro grupo se reuniu no mesmo horário na área do Museu da República, na Esplanada dos Ministério, e de lá desceu para o Congresso.

Além dos ataques ao centrão, a Maia e ao STF, os manifestantes pediram a aprovação da reforma da Previdência e do projeto de lei de endurecimento de regras penais do ministro Sergio Moro, chamado de pacote anticrime. "Maia & centrão & esquerdistas & MBL boicotam as reformas de crescimento do Brasil", dizia uma das faixas empunhadas pelos manifestantes.

 

Outro cartaz chamou os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do STF, além de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de "traíras".

 

Em várias ocasiões, os participantes do ato gritaram palavras de ordem e se referiram ao centrão como "bando de ladrão." "Não às negociatas, não ao centrão, sim ao governo que nós elegemos", disse outro manifestante, do movimento Limpa Brasil.

 

Os ministros do Supremo, principalmente Dias Toffoli e Gilmar Mendes, também foram alvos preferenciais dos manifestantes neste domingo. Onze pessoas se fantasiaram de lagostas para ironizar uma licitação da Corte para adquirir alimentos para o ano de 2019 ao custo de cerca de R$ 1 milhão. Um dos itens do edital, pedido pelo cerimonial do STF, era lagosta.

 

"Vamos almoçar no STF", gritavam as pessoas fantasiadas, do alto dos carros de som.

 

Parlamentares que fazem parte da tropa de choque de Bolsonaro no Congresso participaram do ato no Distrito Federal. Os deputados do PSL Nelson Barburo (MT) e Bia Kicis (DF) subiram ao carro de som e discursaram ao público.

"Nós estamos aqui em primeiro lugar porque acreditamos naquele homem que colocamos no Palácio do Planalto", declarou Bia Kicis.

 

"Vamos seguir juntos nesta luta, não vamos descansar nenhum dia porque somos patriotas. Somos a base do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro", acrescentou a deputada.

 

Estimativa No início da tarde, o comando da Polícia Militar do Distrito Federal diz ter estimado público de 20 mil pessoas, o que representaria mais que o triplo de pessoas que a corporação divulgou ter estimado nos protestos contra os cortes de verbas na educação, no último dia 15 --cerca de 6.000, no comunicado final, mesmo tendo falado em um público de 15 mil horas antes.

 

A Folha de S.Paulo questionou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal --governado por Ibaneis Rocha (MDB)-- sobre os números e pediu fotos aéreas que tenham embasado os dois cálculos, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

 

Durante a campanha eleitoral, a PM do DF já havia feito uma estimativa de uma manifestação pró-Bolsonaro que gerou polêmica. O órgão disse à época que 25 mil carros participaram de uma carreata a favor do então candidato, na região central de Brasília. Levando em conta o comprimento de cerca de quatro metros de um carro popular, o número difundido pela PM representaria, caso posicionados um atrás do outro, uma fila de veículos de ao menos 100 quilômetros.

 

Posted On Segunda, 27 Mai 2019 06:56 Escrito por O Paralelo 13