LAUREZ CONVOCA COLETIVA I

O pré-candidato ao governo, vice-governador Laurez Moreira, distribuiu convite para uma entrevista coletiva a ser realizada amanhã, dia 27. Laurez assumiu a direção do PSD no Tocantins, partido que terá o senador Irajá Silvestre como candidato à reeleição.
Vale lembrar que o próprio Irajá presidia o PSD no Tocantins.
LAUREZ CONVOCA COLETIVA II

Na coletiva, o vice-governador abordará o projeto "Tocantins: transformação e desenvolvimento do Estado", que, segundo sua assessoria, é fundamentado em sua experiência e visão de gestão.
A migração de Laurez do PDT para o PSD tem efeito imediato: fortalece sua pré-candidatura ao governo em um partido com maior capilaridade nacional e sela oficialmente uma aliança com o senador Irajá, que deve buscar a reeleição ao Senado.
Nesse contexto, a filiação ao PSD surge como uma tentativa de equilibrar as condições da disputa, oferecendo ao vice-governador estrutura partidária, alianças e visibilidade que dificilmente encontraria em outra legenda.
O ato, celebrado com discursos de Kassab e Irajá, vai além de uma simples troca de legenda. Com a filiação, Laurez assume a presidência estadual do PSD e terá acesso a recursos partidários robustos para a corrida ao Palácio Araguaia em 2026.
LAUREZ CONVOCA COLETIVA III
O Observatório Político de O Paralelo 13, olhando no retrovisor político tocantinense, espera que o senador Irajá Silvestre não faça com Laurez o que fez com Marlon Reis, que foi candidato a governador na chapa que trouxe o próprio Irajá para o Senado.
Mas, Irajá e Marlon só se viram pessoalmente no dia da convenção que homologou suas candidaturas...
Vamos dar tempo ao tempo...
DOMINGO MARAVILHOSO ENTRE AMIGOS

O casal Cleide Brandão e Juliano César proporcionou um ótimo domingo a um grupo seleto de amigos, em sua chácara às margens do lago da Usina Luiz Eduardo Magalhães.
Cleide é uma empresária muito bem sucedida, que morou em Porto Nacional, onde instalou sua empresa que deu sustentação logística durante o início da construção de Palmas.
Eu e minha Deusa só temos que agradecer pelo excelente ambiente, com muita comida saborosa e cerveja gelada, que garantiram um bate papo que excelência, relembrando os tempos de pioneirismo. Muito obrigado!
MERENDA ESCOLAR EM PALMAS I

A centralização dos processos de aquisição de produtos da merenda escolar na Secretaria da Educação de Palmas (Semed) teve como objetivo a promoção da economia e a padronização da alimentação fornecida à rede.
Um relatório do Controle Interno do Paço que ilustra esta argumentação. O documento de maio deste ano chega a conclusão de que a descentralização orçamentária e operacional das escolas, por mais que busque garantir autonomia, gera incompatibilidades técnicas e legais, acentua desigualdades entre as unidades, gera riscos à segurança alimentar de alunos e impacta o erário.
MERENDA ESCOLAR EM PALMAS II
No entendimento da auditoria, o Programa Escola Autônoma traz dispositivos incompatíveis com a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, como a falta da exigência de Estudo Técnico Preliminar (ETP) ou outros instrumentos de planejamento.
O critério de menor preço, utilizado no sistema, também é considerado ultrapassado, visto que qualidade, o prazo e outros fatores relevantes devem ser considerados conforme a norma federal. O documento também aponta para a ausência de mecanismos de controle preventivo e para uma desigualdade estrutural entre as unidades escolares.
MINISTRO DE ISRAEL DETONA LULA EM REDES SOCIAIS

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, criticou nesta terça-feira (26) o presidente Lula, chamou-o de antissemita "apoiador do Hamas" e o associou ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
As acusações foram feitas em uma publicação nas redes sociais escrita em português e com uma imagem gerada por inteligência artificial de Lula sorridente ligado a cordas de marionete, com Khamenei por trás do presidente brasileiro como se fosse o controlador da marionete.
GOVERNO CONCLUI REUNIÕES SOBRE REGULAMENTAÇÃO DE REDES SOCIAIS

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concluiu nesta segunda-feira (25) a rodada de reuniões com os setores impactados pelos dois projetos que tratam da regulação das plataformas digitais.
As propostas foram recebidas com apoio, embora com ressalvas, pelas entidades que militam na área e com questionamentos das "big techs" — como são chamadas as gigantes da tecnologia como Google, Apple, Facebook e Amazon.
Com a conclusão das reuniões, a avaliação no Palácio do Planalto é que as propostas estão maduras para serem enviadas ao Congresso nos próximos dias.
LULA INICIA PROJEÇÕES PARA CANDIDATURA EM 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comanda nesta terça-feira (26) uma reunião com sua equipe de ministros para fazer um balanço do governo e projetar entregas de obras e projetos até 2026, ano em que o petista planeja disputar a reeleição.
O encontro, no Palácio do Planalto, ocorre a pouco mais de um ano antes da eleição. Em outubro de 2026, os brasileiros escolherão presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Lula, que completa 80 anos em outubro, está no terceiro dos quatro anos de seu terceiro mandato. O presidente tem dito que disputará as eleições presidenciais de 2026 se mantiver a saúde.
CPMI DO INSS SERÁ GRANDE DESGASTE PARA LULA

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) representa um potencial risco político significativo para o governo, conforme análise de Jean Castro, CEO da Vector Relações Governamentais. O momento é considerado delicado, pois coincide com uma fase de recuperação nos índices de aprovação.
A dinâmica da CPMI envolve três figuras principais no processo legislativo: o presidente da comissão, responsável pelo rito e estabelecimento de pautas; o relator, que elabora o texto final; e o líder partidário.
Segundo Castro, o governo precisará ser cauteloso na escolha de seus representantes para a comissão, pois o nível de desgaste do presidente Lula (PT) com a CPMI pode ser incalculável. Apesar do Planalto ter acesso privilegiado a dados e informações que podem auxiliar na defesa de suas posições, a natureza imprevisível das CPMIs pode resultar em reviravoltas significativas no decorrer das investigações.
SENADO DEVE VOTAR HOJE MUDANÇA NA LEI DA FICHA LIMPA

O plenário do Senado deve votar, nesta terça-feira (26), projeto de lei que unifica em oito anos o prazo de inelegibilidade para políticos impedidos de se candidatar.
A proposta recebeu relatório favorável do senador Weverton (PDT-MA) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O texto já esteve na pauta no fim de 2024 e em março de 2025, quando a votação foi adiada por falta de consenso entre os líderes partidários.
Hoje, o político inelegível fica impedido de concorrer nas eleições durante oito anos. No entanto, o prazo é contado de diferentes formas, a depender das razões que motivaram a inelegibilidade.
Faleceu hoje, 26 de agosto, em Porto Nacional, Monsenhor Juraci Cavalcante, um santo homem com dedicação extremada na disseminação do evangelho
Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Tinha o acolhimento entre os braços, que em abraços fraternal e de fé imoredoura, aconchegava a todos que dele necessitava de uma conexão com Deus, pois seus princípios basilares na sustentação da vida que levava permitia espalhar amor e contentamento.
A serenidade e bondade que Monsenhor Juraci externava no seu cotidiano sacerdotal fez dele um ser especial, fundamental e necessário para a sociedade portuense, que além de absover seus ensinamentos cristãos, se alegrava em risos largos, alimentados pelo humor espontâneo desse sacerdote de estatura corporal acanhada, pele tostada pelo sol nordestino, mas um homem agigantado na defesa dos princípios do Catolicismo.

Ao centro monsenhor Juraci na abertura da III Romaria do Padre Luso Matos tem Participação de 5 Sacerdotes em Porto Nacional
Monsenhor Juraci parte em direção à Morada do Nosso Pai Celestial, mas nós deixa um sentimento de coletividade fortalecido pela fé e um rosário de exemplos de carinho, solidariedade, amor, companheirismo, acolhimento, fraternidade e, acima de tudo, de um líder religioso que exerceu seu ofício com nuito respeito, serenidade e comprometimento.
Origem humilde

Dom Romualdo entrega bênção do Papa Francisco ao Mons. Juraci Cavalcante
Monsenhor Juraci Cavalcante Barbosa, nasceu em 21 de abril de 1933, no município de Corrente, Piauí, filho de Deocleciano Guilherme Barbosa e Dona Hosana Pacheco Cavalcante.
Padre Juraci, como carinhosamente é conhecido, graduou-se em Filosofia, no ano de 1995, no Seminário Arquidiocesano de Belém, Estado do Pará e também, em Teologia, no ano de 1959, no Seminário Arquidiocesano da cidade do Rio de Janeiro. Ordenou-se padre em 29 de junho de 1959, no Rio de Janeiro, sobre a tutela do Cardeal D. Jaime Câmara. Ele foi
Pároco da Catedral de Porto Nacional entre 1975 e 1998 e Administrador Diocesano de Porto Nacional durante seu período de vacância, entre 1995 e 1998, Monsenhor Juraci tinha 65 anos de sacerdócio.
O Tocantins entrou definitivamente na temporada de definição para a sucessão estadual de 2026. Em Brasília, o governador Wanderlei Barbosa prestigiou a festa de 20 anos do Republicanos, partido ao qual é filiado e que hoje exibe uma musculatura considerável no estado com três deputados federais, seis estaduais, inclusive com a presidência da Assembleia Legislativa e dezenas de prefeitos e vereadores. Por falar em Amélio Cayres, este é o nome escolhido para encabeçar a sucessão pela base governista. Para muitos aliados, não há mais tempo a perder, chegou a hora de oficializar.
Por Edson Rodrigues
Do outro lado do tabuleiro, o movimento político é intenso. O vice-governador Laurez Moreira rompeu de vez com Wanderlei e filiou-se ao PSD, sob a benção da direção nacional e com apoio direto do senador Irajá. A legenda prepara um grande ato, provavelmente em Palmas, para lançar Laurez como pré-candidato ao governo. Já a senadora Professora Dorinha Seabra costura, em paralelo, uma coligação entre União Brasil e Progressistas, atraindo lideranças de peso da capital e dos maiores colégios eleitorais do estado para também formalizar sua corrida ao Palácio Araguaia.

Amélio Cayres eo governador Wanderlei Barbosa
O cenário exige do governador e de sua base rapidez e firmeza. O cálculo é simples: oficializar a candidatura de Amélio Cayres, organizar a base aliada e blindar o projeto político para evitar os tropeços vistos nas eleições municipais, quando candidaturas apoiadas por Wanderlei não prosperaram. Há entregas relevantes no horizonte, como os dois hospitais regionais em construção em Araguaína e Gurupi, além de dezenas de obras em execução com previsão de conclusão até meados de 2026. Com dinheiro em caixa, aprovação popular acima dos 80% e um governo que pode mostrar resultados concretos, Wanderlei precisa ter pulso firme para levar seu candidato ao segundo turno.
A hipótese de renúncia, levantada em algum momento, está fora de questão. O governador tem reiterado que não deixará o cargo, e com o vice em rota própria no PSD essa discussão é página virada. A candidatura de Laurez, na verdade, funcionou como uma trava política ao surgir no tabuleiro, fechou a porta para qualquer renúncia de Wanderlei que pudesse entregar o governo a quem não contava com sua confiança.

Gilberto Kassab presidente do PSD, Senador Irajá Abreu e Laurez Moreira
Mas aqui cabe uma advertência, afinal Laurez Moreira, reconhecido como político ilibado e de boas práticas, precisa ter atenção redobrada no comando do PSD para não se tornar um “cavalo de Troia” nas mãos do senador Irajá Silvestre. O retrovisor político do Paralelo 13 lembra bem do episódio envolvendo Marlon Reis, candidato a governador em 2018, que apoiou a candidatura de Irajá ao Senado. À época, Irajá tocou sua campanha praticamente apartado da de Marlon, que acabou arcando com os custos e desgastes enquanto Irajá se elegeu senador. É um alerta que precisa ser dito, pois Laurez não pode correr o risco de repetir essa história, servindo de escada para um projeto alheio, quando o seu nome, pela primeira vez, desponta como viável para liderar um bloco de oposição.

Senador Iraja e Marlon Reis
As oposições, de todo modo, avançam em sua organização. O PSD aposta em Laurez para apresentar uma candidatura competitiva, com discurso de gestão técnica e experiência executiva. Já o grupo liderado por Dorinha busca consolidar um palanque robusto, somando prefeitos de grandes cidades como os chamados G-5 e fortalecendo sua presença territorial. Ambos movimentos ganham corpo e ritmo, enquanto aguardam a definição oficial do governo em torno de Amélio Cayres.
No meio de todo esse arranjo está um eleitorado ainda majoritariamente indeciso. Pesquisas recentes apontam que cerca de 71% dos eleitores não sabem em quem votar para governador. A pauta central do cidadão comum, neste momento, não é a política, mas a sobrevivência econômica, o peso da cesta básica, da energia, da água e dos juros. A desconfiança em relação à classe política continua alta, alimentada por escândalos de corrupção. Ainda assim, os levantamentos mostram que Wanderlei Barbosa mantém alta aprovação, o que dá fôlego à base. A grande questão é se essa popularidade será suficiente para garantir transferência de votos a Amélio Cayres.

Senadora Dorinha Seabra e o prefeito de Palmas Eduardo Siqueira
O processo sucessório foi antecipado pelo rompimento entre governador e vice e pelo distanciamento da senadora Dorinha, que passou a articular um projeto independente com apoio de prefeitos dos maiores colégios eleitorais. Em resposta, Wanderlei Barbosa aproximou-se de Amélio Cayres e o colocou como herdeiro de seu projeto político. A partir de agora, a disputa entra na fase das oficializações. O quadro é de três polos competitivos, o que torna o segundo turno inevitável.
O Observatório Político de O Paralelo 13 alerta: cabe ao governador Wanderlei Barbosa, como maior líder do grupo político que comanda o Palácio Araguaia, assumir a responsabilidade de unir a base, dar a palavra final sobre a candidatura de Amélio Cayres e proteger o projeto de governo de dispersões. Com tantas obras relevantes prestes a serem entregues, dinheiro em caixa e um estado em movimento, o grupo liderado por Wanderlei Barbosa tem todas as chances de chegar ao segundo turno. Mas, como em qualquer tabuleiro político, o tempo é peça que não se recupera. E quem errar menos daqui para frente terá as maiores chances de vencer a partida.
Com Assessoria
O Governo do Tocantins vem registrando resultados expressivos na atração de investimentos e na consolidação de um ambiente de negócios moderno e competitivo. À frente desse processo está o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Beto Lima, que, sob a liderança do governador Wanderlei Barbosa, conduz uma agenda estratégica capaz de projetar o Estado como um dos principais hubs logísticos e produtivos do Brasil Central.
Avanços com o PICS
Um dos pilares dessa transformação é o Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços (PICS), implementado pela atual gestão. Em pouco mais de três anos e meio, apenas no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE), o Tocantins já atraiu R$ 10 bilhões em investimentos privados, superando de forma significativa os quatro anos anteriores, quando foram captados R$ 2,4 bilhões.
Entre os empreendimentos em curso, destacam-se:

Segundo Beto Lima, esses resultados comprovam a confiança do setor privado na condução política e na segurança institucional do Estado:
“O Tocantins vive um novo momento. Estamos criando um ambiente sólido para negócios, com segurança jurídica, planejamento de longo prazo e integração com o setor produtivo. Essa é a determinação do governador Wanderlei Barbosa e é nela que trabalhamos todos os dias”, destacou o secretário.
Planejamento Tocantins 2045
Outro marco é o planejamento estratégico Tocantins 2045, que será apresentado em outubro, durante as comemorações do aniversário do Estado. O documento foi elaborado com metodologia da UFT, em parceria com a Unitins, validado pela Secretaria de Planejamento (Seplan) e receberá contribuição final das federações dos setores produtivos.
O plano estabelece diretrizes para elevar o Tocantins da 23ª posição econômica nacional para entre a 15ª e a 17ª até 2045. Entre os principais eixos estão:
Para Beto Lima, trata-se de um divisor de águas:

“Pela primeira vez, o Tocantins terá um plano econômico construído pela academia local, validado pelo setor produtivo e liderado pelo Governo. É uma virada de página na história do nosso desenvolvimento”, ressaltou.
Tocantins como hub do Brasil Central
Com localização estratégica e investimentos em infraestrutura logística — como novos pátios na Ferrovia Norte-Sul, a ampliação da malha viária para mais de 10 mil km de rodovias pavimentadas e a viabilização dos trechos 2 e 3 da Hidrovia Araguaia-Tocantins — o Estado caminha para se consolidar como ponto de convergência da produção agroindustrial e da logística nacional.
Na avaliação do governador Wanderlei Barbosa, o trabalho conduzido pelo secretário Beto Lima abre caminho para um futuro de prosperidade:
“Estamos construindo um Tocantins que será referência para o Brasil Central, atraindo investimentos, gerando empregos e garantindo qualidade de vida para nossa população”, afirmou.
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral repudia iniciativas do Congresso que colocam em xeque as conquistas da lei
Com Correio do Estado de Minas
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o novo Código Eleitoral, que será votado, nesta terça-feira, em plenário - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) condenou, nesta segunda-feira, iniciativas em tramitação no Senado que, na avaliação da entidade, colocam em risco os pilares da Lei da Ficha Limpa. O principal alvo é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que está previsto para votação nesta terça-feira e propõe flexibilizar os prazos de inelegibilidade. A medida pode abrir caminho para que políticos condenados retornem às urnas antes de cumprirem integralmente suas penas. Também sob críticas está o PLP 112/2021, que faz parte da proposta de reforma do Código Eleitoral e, segundo o movimento, fragiliza mecanismos de fiscalização e controle.
Para o diretor do MCCE, Luciano Caparroz dos Santos, os dois textos representam retrocessos profundos no combate à corrupção. Ele defende que mudanças em uma lei de iniciativa popular não podem ocorrer sem consulta direta à sociedade. "Quando os parlamentares alteram a legislação eleitoral, eles estão legislando em causa própria. Isso deveria ser submetido a plebiscito ou referendo, de forma que a sociedade pudesse decidir. Especialmente porque a Lei da Ficha Limpa surgiu da mobilização popular com mais de 1,6 milhão de assinaturas", disse, em entrevista ao Correio.
As alterações propostas reduzem o alcance das punições previstas atualmente. Hoje, a inelegibilidade é de, no mínimo, oito anos, podendo se estender de acordo com o tempo de cumprimento da pena. Na prática, isso significa que políticos condenados podem ficar afastados por mais de uma década. Caso as mudanças sejam aprovadas, o tempo máximo será limitado a oito anos. "Com essa mudança, uma pessoa condenada a dez anos de prisão poderia, faltando dois anos para cumprir a pena, registrar candidatura — inclusive estando presa", alertou Caparroz. Ele também ressaltou que a flexibilização é direcionada, principalmente, a crimes políticos, eleitorais e de improbidade administrativa, criando benefícios específicos para a própria classe política.
Na avaliação do MCCE, o Congresso adota um duplo padrão: enquanto tem ampliado penas e endurecido leis na área criminal, atua no sentido inverso ao tratar de regras eleitorais, reduzindo barreiras e facilitando a vida de políticos condenados. "Essa discrepância compromete a credibilidade do sistema político. A sociedade já é crítica em relação aos partidos e ao Parlamento, e medidas como essas aprofundam a desconfiança", argumentou o diretor.
Diante do cenário, o movimento intensificou esforços para barrar os projetos. Segundo Caparroz, o MCCE tem feito reuniões em gabinetes, conversado com assessores e parlamentares e mobilizado os comitês estaduais, que pressionam os senadores em suas bases eleitorais.
Além disso, campanhas em redes sociais e ações de conscientização buscam ampliar a pressão popular. "Estamos mobilizando a sociedade porque entendemos que a Lei da Ficha Limpa é patrimônio do povo brasileiro. Sua defesa não é apenas do MCCE, mas um dever coletivo", reforçou.