Além da “rasteira” em Osires Damaso, o senador tem um passado de interrogações e escândalos, além do recente imbróglio com sua própria mãe
Por Edson Rodrigues
O senador Irajá Abreu, presidente do PSD do Tocantins e candidato a governador, fato que o fez, praticamente, romper politicamente com sua própria mãe, senadora Kátia Abreu, responsável e idealizadora da vitoriosa carreira política de Irajá, que se elegeu deputado federal e, depois senador da República.
Agora, Irajá tenta seu primeiro “voo solo”, por sua própria conta e responsabilidade, mesmo tendo iniciado o “plano de voo” de forma confusa, declarando e repetindo apoio à candidatura de Osires Damaso e, há poucos dias do prazo final, realizando uma convenção partidária no interior do Estado, longe dos holofotes, ao contrário do que reza o manual da boa política, terminando por não honrar sua promessa de apoio e assumir a candidatura a governador tendo que “queimar” a postulação de uma pessoa de quem se dizia “companheiro”.
CONSEQUÊNCIAS
O que levou Irajá a agir dessa forma e assumir um papel que é extremamente negativo até no meio político, onde não honrar com a palavra é coisa comum, só ele deve saber. Agora, as consequências dessa sua primeira tentativa de ter uma carreira política desvinculada à da sua mãe, podem significar o início do fim.
Há tempos o senador tocantinense vem sendo personagem de fatos duvidosos de sua vida pessoal que geraram uma exposição negativa junto à mídia nacional e estadual. Agora, até politicamente, onde não havia uma vírgula a ser comentada sobre ele, vem essa guinada que o opôs à sua própria mãe e que colocou o nome dos dois, Irajá e Kátia, em meio à manchetes que colocam em dúvida a seriedade política com que mãe e filho estão tratando a sucessão estadual, sempre ressaltando que tudo o que “respingou” de negativo em Kátia Abreu nessa questão política, foi por conta da ação de Irajá.
ESCLARECIMENTOS
De qualquer maneira, não há outra opção para o senador Irajá Abreu senão iniciar esta sua nova jornada política, primeiro, esclarecendo o que aconteceu, o que o levou a tomar a atitude de abandonar Osires Damaso “na campina”, na última hora, para ser candidato a governador e, em um Estado onde o respeito e a honra à família importa tanto para a população, por que cargas d’água ele resolveu deixar sua mãe num “abandono político” que a colocou em uma situação delicada quando ela mesma busca por uma reeleição com adversários fortes e de peso, uma das mais complicadas da sua vida política.
Irajá precisa vir a público, prestar esclarecimentos por dois motivos: primeiro para dar uma chance mínima de sua candidatura dar certo, de ele próprio ter uma chance de dar continuidade à sua vida política, pois ele sabe que não se elegerá governador, mas pode galgar um patamar político superior, baseado na quantidade de votos que receber.
O outro motivo, é tirar de seus ombros a pecha de “traidor”, “desonesto”, “oportunista” e, principalmente, “filho ingrato”.
Ou o senador deixa claro por que adotou essa estratégia política e pessoal, ou sua candidatura a governador pode virar um desastre para sua carreira política e, daqui a quatro anos, quando seu mandato terminar, nem um trabalho de marketing fabuloso, com os profissionais mais experientes e sábios, dará conta de reverter a imagem negativa que ora paira sobre sua cabeça, como uma nuvem negra a apagar os rastros de uma atuação política que vinha bem até há poucos dias.
O primeiro passo é ter a humildade de reconhecer seus erros. O segundo, é corrigi-los, se ainda der tempo.
Se não for assim, o terceiro passo será rumo a “cemitério político”.
Estrategicamente colocados pelo cerimonial, Lula e José Sarney separaram Dilma e Temer, adversários após o impeachment da petista
Por Maria Eduarda Portela
O encontro entre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu sucessor pós-impeachment, Michel Temer, finalmente ocorreu. Foi nesta terça-feira (16/8), na posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estrategicamente posicionados pelo cerimonial, Lula e José Sarney os separaram. Todos em um espaço reservado para ex-presidentes durante a cerimônia.
Dilma não falou diretamente com Temer. A ex-presidente manteve diálogos com a ministra Rosa Weber, futura presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e com a também ministra do Supremo Cármen Lúcia. A petista conversou com ministros, mas ficou concentrada na cerimônia, sem olhar para seu rival político, a quem acusa de “golpista”.
Lula, por sua vez, conversou com Temer, em um momento de bandeira branca na relação entre ambos, e com Sarney. Os três trocaram vários minutos de conversas ao pé do ouvido.
A fileira de ex-presidentes ficou virada para a mesa onde estava o presidente Jair Bolsonaro (PL). O mandatário ficou frente a frente com Dilma e na diagonal para Lula.
Posse de Alexandre de Moraes
Governadores de 23 estados se fizeram presentes na posse em Brasília
A posse do ministro e agora presidente do TSE, Alexandre de Moraes, contou com a presença de ex-presidentes, governadores, prefeitos e representantes do poder Legislativo e Executivo.
Moraes será responsável pelo TSE ao longo dos próximos dois anos. O ministro Ricardo Lewandowski assume a vice-presidência.
Barbosa tem larga vantagem com 41% dos votos e chances reais de vencer no 1º turno
Com Assessoria
O governador e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos) comemorou nesta terça-feira, 16, o resultado da pesquisa feita pelo Instituto Correio do Povo e divulgada pelo Portal Benício, no qual aparece com 41% das intenções de voto, contra 18% do segundo colocado, consolidando sua vantagem sobre o demais concorrentes no pleito.
“A campanha iniciou hoje, e recebemos esses números com muita felicidade, tranquilidade e pé no chão. O resultado da pesquisa Correio do Povo mostra que temos chances reais de vencer a eleição já no primeiro turno. Iremos trabalhar nesse período autorizado pela Justiça Eleitoral para fazer nossa campanha de forma propositiva e limpa, buscando ampliar ainda mais essa vantagem”, afirmou Wanderlei Barbosa.
Segundo o Instituto Correio do Povo, Wanderlei Barbosa cresceu 10 pontos percentuais desde o último levantamento, passando de 31% para 41%. O governador e candidato à reeleição também é o nome mais citado de forma espontânea pelos entrevistados (quando os nomes não são revelados), com 31%, mais que o dobro do segundo colocado.
Wanderlei está entre os menos rejeitados
Wanderlei Barbosa também aparece como um dos nomes menos rejeitados no pleito ao Governo do Tocantins (apenas 7%), enquanto Irajá Abreu encabeça a lista de quem os eleitores não votariam de jeito nenhum, com 20%, seguido por Paulo Mourão (9%).
Dados da Pesquisa
A Pesquisa Correio do Povo, que tem a maior amplitude do Estado, foi realizada de 8 a 15 de agosto de 2022. Foram entrevistados 1.800 eleitores, de 52 municípios das regiões norte, centro/norte, centro, sul e sudeste do Tocantins. A Margem de Erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e a Margem de Confiança de 95%. O levantamento foi devidamente registrado junto à Justiça Eleitoral sob número: TO-02418/2022.
Pros enfrenta disputa interna sobre se terá ou não candidato
Com Agência Brasil
O empresário Pablo Marçal, filado ao Pros, lançou hoje (16) sua candidatura à presidência da República na sede de uma de suas empresas, a Plataforma Internacional, em Barueri (SP), no bairro de Alphaville, na região da Grande São Paulo.
A candidatura de Marçal, porém, é questionada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Duas alas do Pros disputam a liderança do partido: uma, da qual Marçal faz parte, é a favor da candidatura própria; outra, defende a coligação com o PT e o apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
No final de julho, quando o partido era comandado por membros favoráveis a candidatura própria, uma convenção partidária oficializou o nome de Marçal como candidato. No dia 10, no entanto, uma decisão judicial colocou no comando do partido a ala a favor da coligação com o PT.
Ontem (15), o Pros aprovou a entrada do partido na coligação que apoia Lula e retirou o nome de Marçal da disputa presidencial. O TSE ainda não decidiu sobre a exclusão da candidatura do empresário. No sistema de divulgação de candidaturas do tribunal constava, até as 19 h, o nome de Marçal como candidato, assim como a participação do Pros na coligação junto com o PT.
“Lamento muito por isso, eu não vou retroceder. Já me procuraram para renunciar para evitar problema judicial. Vou reiterar uma coisa minha particular: sou jurista por formação, nunca acionei ninguém na Justiça. Essa vai ser a primeira vez que eu vou fazer, porque eu entrei nisso para ajudar o nosso povo. Eu sei que o sistema político atual não aceita gente de fora, fazem de tudo [para isso não ocorrer]. Eu entendo isso como um golpe antidemocrático”, disse Marçal em entrevista coletiva no fim da tarde.
À noite, durante o evento de lançamento da candidatura, Marçal disse estar preparado para assumir a presidência da República e destacou a defesa da família. “Eu estou pronto para passar os quatro anos da minha vida me dedicando, governando essa nação para fazer famílias serem restauradas, para abrir empresas, gerar empregos, para afastar esse monstro da inflação que assola tanto o mundo e tem assolado o nosso país”, disse.
O candidato participou por teleconferência do evento. Ele estava em Brasília na posse do novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
Comitiva de gestores do Tocantins esteve no Distrito Federal para reunião com o BRB nesta terça-feira, 16
Por Talita Melz e Ray Viana
Com o objetivo de realizar tratativas para possíveis operações de crédito para o Tocantins, uma comitiva de gestores do Estado se reuniu com o Banco de Brasília (BRB), nesta terça-feira, 16, em Brasília (DF). O encontro definiu parcerias para investimentos em infraestrutura e negociações que beneficiarão a população tocantinense.
Conforme o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Júlio Edstron, que acompanhou a comitiva, a reunião realizada é mais um passo para o relacionamento do Estado com a instituição, que é um banco público com atuação bancária e participação social. “A comitiva fez uma visita ao BRB visando que o banco venha a trabalhar em diversos segmentos do Estado. É muito importante que o Estado reconheça a importância das instituições financeiras porque elas serão parceiras do nosso desenvolvimento”, afirmou.
Para o secretário de Estado da Administração (Secad), Paulo César Benfica, a reunião já trouxe bons frutos no que se refere a questões burocráticas e uma perspectiva de uma parceria a longo prazo com a instituição bancária. “A reunião foi muito produtiva e fizemos uma prospecção de uma parceria ampliada, vislumbrando futuros negócios”, relatou.
Investimentos
Essa não é a primeira vez que o Estado do Tocantins realiza uma tratativa financeira com a instituição. Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Júlio Edstron, a construção da nova ponte sobre o rio Tocantins, na rodovia TO-255 em Porto Nacional, recebeu investimento após operação financeira com o BRB. “Nesse momento estamos tratando de destravar mais uma etapa de medição dos trabalhos, o que possibilita a entrada de novos recursos no tesouro do Estado”, explicou.
Com relação a operação para novos recursos destinados à infraestrutura do Estado, com obras já em andamento, o BRB deve realizar uma visita ao canteiro de obras no rio Tocantins. Até o momento, essa edificação, que está em construção, recebeu o investimento de R$ 149 milhões e com o cronograma em dia. A conclusão da obra ligará a região à Ferrovia Norte-Sul, principal via de escoamento de grãos do sudoeste baiano e do Tocantins.
Outro assunto tratado durante a reunião é sobre a vinda da instituição financeira, com estrutura física, para o Tocantins, que deve ocorrer em breve. O BRB é uma instituição de sociedade de economia mista, cujo acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal. O BRB possui um quadro de 3.280 empregados e, além disso, conta com o apoio de 450 estagiários, 120 aprendizes e 705 terceirizados, gerando assim mais de 4.500 postos de trabalho. Atualmente dispõe de 138 pontos de atendimento, com 123 agências no Distrito Federal e no Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG), Goiás (GO), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).