Na reta final da preparação para as Eleições Municipais, foram acertados os últimos detalhes sobre a segurança nos 139 municípios do Tocantins nesta sexta-feira, 27, entre o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) e representantes das forças de segurança do estado. A integração entre estes órgãos é essencial para a garantia de eleições transparentes e seguras
Da Assessoria
A reunião, que aconteceu na sala da presidência, teve a condução do juiz federal Wagmar Roberto Silva, que preside a Comissão Permanente de Segurança da Justiça Eleitoral e o Gabinete de Segurança Institucional das Eleições Municipais de 2024 do TRE-TO.
“A ideia aqui é trocarmos informações sobre as nossas atividades envolvendo a segurança nas eleições. Já estamos acompanhando todas as movimentações. Vamos nos reunir novamente nos dias 5 e 6, no Centro Integrado de Comando e Controle, que será o local base das atividades de segurança das Eleições 2024”, afirmou o Juiz Wagmar Roberto.
Foram discutidas estratégias que envolvem prevenção e o combate a crimes eleitorais, mobilidade, segurança viária, segurança das telecomunicações, bem como outras possíveis eventualidades ou intercorrências que acontecem antes e durante um pleito eleitoral.
“O TRE-TO está alinhado com todas as forças de segurança para sanar qualquer intercorrência, pois nosso maior objetivo é assegurar que os eleitores exerçam seu voto de forma plena em um ambiente seguro, e estamos prontos para coibir qualquer ação que possa colocar em risco a lisura do pleito”, destacou Jonas Demostene, diretor-geral do TRE-TO.
Autoridades
O encontro contou ainda com a participação do Procurador Regional Eleitoral e de representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Polícia Penal, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Núcleo de Inteligência do TJTO, Corregedoria Regional Eleitoral, Presidência e Polícia Judicial do TRE-TO.
Da Redação
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins (Sindjor-TO) emitiu uma nota de apoio após incitações ao ódio e ataques sofridos por três jornalistas, que estão trabalhando na equipe de comunicação de Osires Damaso, candidato a prefeito de Paraíso do Tocantins, que vem sofrendo ataques de apoiadores do adversário Celso Moraes e do radialista Magno Linspector, dono do site Onlines Paraíso . Na nota, o sindicato destaca a gravidade das injúrias e difamações direcionadas aos jornalistas, classificando-as como crimes que atentam contra a liberdade de imprensa.
Segundo o Sindjor-TO, os ataques ultrapassam o campo das críticas políticas e tornam-se desrespeitosos, afetando a imagem e a credibilidade dos profissionais. O sindicato reforça seu compromisso com a ética jornalística e afirma que está acompanhando os desdobramentos legais.
A nota ainda lamenta o uso de plataformas de comunicação para ataques pessoais, destacando a importância de manter o respeito e a verdade no exercício da profissão.
Servidores vendiam credenciais de acesso ao sistema para quadrilha especializada em fraude
Com Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) prendeu servidores e um estagiário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspeitos de venderem dados de brasileiros a terceiros. Os funcionários foram alvo da Operação Mercado de Dados, deflagrada pela PF nesta quinta-feira, 26, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.
Policiais federais cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão. Entre os alvos, um dos investigados já foi anteriormente investigado pela PF por burlar métodos de autenticação multifator, alterar níveis de acesso de credenciais de servidores do INSS e até utilizar certificados digitais de servidores.
A Justiça também determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da organização criminosa, bem como o bloqueio de recursos financeiros existentes nas contas bancárias utilizadas pelos investigados, até o valor de R$ 34 milhões.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.redenciais de servidores do INSS e até utilizar certificados digitais de servidores.
Como funcionava o esquema?
Segundo a PF, o esquema envolvou uma organização criminosa, que passou a ser investigada em 2023, composta por hackers que utilizavam técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar diretamente o banco de dados do INSS.
Já os servidores da autarquia vendiam suas credenciais de acesso aos sistemas. Assim, os integrantes da quadrilha acessavam as informações e posteriormente as comercializavam.
Os dados obtidos eram usados para contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.
Medida visa evitar sobrecarga do sistema e não afetará cidades com mais habitantes, onde existe a possibilidade de haver segundo turno
Por Wesley Bião
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou nesta quinta-feira, 26, uma mudança no formato da divulgação dos votos em municípios com menos de 200 mil habitantes.
Nesses locais, o eleitor continuará acompanhando a evolução da apuração dos votos como acontece normalmente depois de cada pleito, mas as informações mais detalhadas, com o desempenho dos candidatos por zona eleitoral, só serão publicadas depois das análises de todas as seções daquela zona.
A alteração é prevista apenas para cidades que não terão segundo turno e não mudará a divulgação do resultado em locais com mais de 200 mil habitantes, onde há a possibilidade de realização de uma segunda votação para eleger o chefe do Executivo municipal. Segundo o TSE, das 5.569 cidades que terão eleições neste ano, apenas em 103 há a possibilidade de realização de segundo turno.
A medida visa evitar sobrecarga nos sistemas eleitorais, já que as eleições deste ano serão realizadas em horário único em todo o país. Em 2022, o TSE unificou o horário da votação para seguir o fuso de Brasília. Este será o primeiro pleito municipal nesse formato.
O setor de tecnologia da Corte temia que houvesse sobrecarga com a chegada de todos os dados ao mesmo tempo, como aconteceu em 2020, quando houve uma instabilidade que travou a totalização dos votos por duas horas.
As eleições municipais reúnem um número maior de dados se comparados às eleições gerais, nas quais o eleitor vota em cinco cargos distintos — deputados estadual e federal, senador, governador e presidente —, pois envolvem um número maior de candidatos.
"A eleição geral teve 26 mil candidatos, enquanto a municipal tem aproximadamente 465 mil candidatos. À medida que os votos são liberados e colocados nas urnas ao mesmo tempo por município e por zona, poderia haver uma demora um pouco maior pela soma dos sistemas que precisam funcionar, com a soma também de dados, no mesmo tempo e na mesma hora", disse Cármen Lúcia.
Nas eleições de 2024, segundo dados da Corte Eleitoral, 155,9 milhões de pessoas estão aptas a irem às urnas escolherem os vereadores e o prefeito de suas cidades. Além dos cargos políticos, eleitores de algumas cidades participarão de uma consulta popular sobre questões locais.
São, ao todo, cinco cidades onde haverá essa nova modalidade de voto. Em São Luís (MA), os eleitores dirão se são contra ou a favor da implantação do passe livre estudantil na cidade.
A mais de 4 mil quilômetros da capital maranhense, em uma outra São Luiz, mas em Roraima, os cidadãos dirão se são favoráveis à mudança do nome da cidade para São Luiz do Anauá.
Outra local onde haverá votação para mudança de nome é Governador Edison Lobão (MA), onde há a proposta para que o novo nome seja Ribeirãozinho do Maranhão.
Em Belo Horizonte (MG), quem votar também definirá se aprova ou não a alteração da bandeira da cidade, enquanto em Dois Lajeados (RS) os eleitores dirão se são a favor de que o novo centro administrativo da cidade seja construído na área do parque municipal.
Com O Estado de Minas
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu uma regulação da inteligência artificial (IA) que não coíba a inovação e não reserve o mercado para agentes que já atuam no setor. "A regulação precisa ter dois cuidados: a primeira é não coibir a inovação. A gente quer avançar, descobrir coisas novas. Em segundo lugar, quando você regula além da conta, você acaba reservando o mercado para quem já está no mercado. Quanto mais gente, melhor", afirmou ele nesta quarta-feira, 25, em audiência pública sobre IA no Judiciário realizada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em debate no Congresso, o projeto de lei que regula a IA deve ser votado após as eleições municipais de outubro. Para Barroso, "é muito difícil regular algo que está em transformação permanente e numa velocidade que não se pode controlar.
O presidente do Supremo ainda disse que não se pode desconsiderar as "potencialidades positivas" da IA. "Precisamos estar atentos para que a inteligência artificial seja utilizada de acordo com parâmetros e critérios adequados e satisfatórios, porque, no final do dia, não importa quantas modernidades estejam vindo, nós precisamos ser fiéis e implementar valores que são milenares: o bem, a justiça e a dignidade da pessoa humana".