Deputado rebateu fala da petista, que afirmou que “Brasil precisa se livrar de Bolsonaro”
Com Poder360
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) rebateu nesta 6ª feira (23.jul.2021) uma publicação no Twitter da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), sobre o encontro do congressista com a deputada alemã Beatrix von Storch. Segundo ele, a “abstinência de corrupção” faz petista ter “devaneios”.
Eduardo Bolsonaro trocou farpas no Twitter com senadora Gleisi Hoffmann© Wilson Dias/Agência Brasil Eduardo Bolsonaro trocou farpas no Twitter com senadora Gleisi Hoffmann
Na publicação, Gleisi chamou de “deplorável” o encontro, que também teve a presença da presidente da CCJ e deputada Bia Kicis (PSL-DF). Beatrix von Storch é uma das líderes do partido de extrema-direita AfD. Ela também afirmou que o “Brasil precisa se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo”.
“Encontro de deputados bolsonaristas com parlamentar alemã nazista é deplorável. Combinam em tudo, xenofobia, discurso de ódio e postura antidemocrática. Não podemos deixar esse tipo se política se consolidar por aqui. O Brasil precisa livrar-se de Bolsonaro e do bolsonarismo”, escreveu Gleisi mais cedo.
Ao rebater a petista, o filho do presidente Jair Bolsonaro relembrou a história de que beneficiados pelo escândalo da Odebrecht tinham apelidos para ninguém desconfiar para quem ia o dinheiro de contratos superfaturados. O nome da deputada federal apareceu em delações de ex-executivos da empresa. Gleisi chegou a se tornar réu em inquérito da Lava Jato, mas foi absolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em junho de 2018.
“É um prazer receber insultos de uma pessoa que tem o nome na lista de propina da Odebretch(Amante/Coxa). Se o PT não tivesse roubado tanto dinheiro e fechado tantas UTIs teríamos melhores condições de combater a pandemia. A abstinência de corrupção a faz ter devaneios”, disse Eduardo.
Após revés no Patriota, o presidente também tem mantido conversas com o PSC, PTB e Pros, além do PL. Mas a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil aumenta a chance de acerto com o PP
Por Ingrid Soares
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (23/7), que sua filiação ao Progressistas é uma "possibilidade". A declaração foi feita em entrevista à rádio Grande FM. O mandatário destacou, ainda, que gostaria de ir para um partido sobre o qual tivesse domínio, mas disse que isso "está difícil".
"Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. Está difícil, quase impossível. Então, o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa", relatou.
Porém, o presidente afirmou que ainda não tem nenhum partido certo para ingressar. "Infelizmente, ainda não tenho. Gostaria de tê-lo, mas por enquanto não apareceu nenhum partido. A busca de um partido é algo bastante normal."
Bolsonaro já afirmou que, na próxima semana, fará uma "pequena reforma ministerial", na qual está prevista a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. O general Luiz Eduardo Ramos, que atualmente comanda a pasta, irá para a Secretaria-Geral, e Onyx Lorenzoni deixará esse cargo para ocupar o novo Ministério do Emprego e Previdência, a ser criado.
O presidente também minimizou, ontem, a aliança com o Centrão, sacramentada com a indicação do senador Ciro Nogueira para a Casa Civil. O mandatário defendeu que a nomenclatura "Centrão" é um nome pejorativo, e admitiu fazer parte do bloco.
Ciro Nogueira é um dos expoentes da ala do Centrão e, atualmente, preside o Progressistas (PP). A ida dele para a Casa Civil vai preparar o caminho para a filiação de Bolsonaro, atualmente sem partido. Além disso, aliados acreditam que Nogueira pode ajudar na interlocução de Bolsonaro com o Centrão em um momento de fragilidade da relação do governo com o Congresso.
Ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou que a proximidade que o presidente e Ciro passarão a ter diariamente facilitará a migração para a legenda. Bolsonaro também já foi filiado ao partido por 16 anos. No entanto, o filho "01" do chefe do Executivo lembrou à publicação que o PP mantém alianças com o PT em estados do nordeste.
"O PP é um grande partido que sempre nos acolheu muito bem. Mas o convite ao Ciro não tem a ver com a possível ida para o PP. Ocorreu porque Ciro é um excepcional nome, que transita muito bem no Congresso. Tem a nossa confiança. O próprio Ciro já tinha falado, antes do convite para a Casa Civil, que estava aberto para conversar sobre a ida do Bolsonaro para o PP. Pela proximidade, já que passará a estar mais próximo na rotina do dia a dia, o PP tende a estar em conversas mais próximas para a filiação do presidente Bolsonaro do que os outros partidos com os quais há conversa", observou.
No último dia 20, o presidente afastado do Patriota, Adilson Barroso, afirmou ao Correio que o presidente Jair Bolsonaro não mais se filiará ao Patriota por conta da mudança no comando da sigla. O chefe do Executivo tem mantido conversas com os partidos PSC, PTB e Pros, além do PP e do PL.
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) relatou nesta quinta-feira (22) ter sofrido um incidente na madrugada de domingo (18) em seu apartamento funcional em Brasília. Segundo a parlamentar, exames constataram cinco fraturas no rosto, uma na coluna e diversos traumas pelo corpo
Com Estadão
Em nota, a assessoria de imprensa da parlamentar afirma que Joice acordou "já caída no chão do corredor, entre o quarto e o banheiro, com o rosto em uma poça de sangue, sem saber exatamente o que aconteceu."
Os exames, de acordo com o comunicado, constataram traumas no joelho, na costela, no ombro e na nuca, além de cinco fraturas no rosto e uma na coluna. "Os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental", continua a nota. "A parlamentar está medicada, amparada e se restabelecendo rapidamente. A expectativa, no momento, é que não seja necessária cirurgia por conta das fraturas."
Segundo a assessoria, o Departamento de Polícia Legislativa foi acionado e investiga o caso. Procurado pela reportagem, o Depol não respondeu.
Questionada sobre o episódio, Joice afirma que "infelizmente, tudo indica" que tenha sido um atentado, conforme relatou mais cedo ao jornal O Globo e ao SBT News. "Não vou acusar meus detratores e quem já me ameaçou de morte. Mas é impossível tantas fraturas com uma simples queda", afirmou à reportagem.
Ao jornal O Globo, a deputada disse que sua última lembrança da noite de sábado era de estar assistindo a uma série. Quando acordou, afirmou Joice à publicação, estava envolta por uma poça de sangue no chão do closet, com os hematomas e fraturas, além de um dente quebrado e queixo cortado.
Quando acordou, segundo o relato ao jornal, disse ter ligado ao marido, que a socorreu. A parlamentar diz ter feito exames na terça-feira (20) no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, que constatou as lesões. Joice disse ter relatado o caso ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que colocou o Depol à disposição.
O "superpartido" seria formado a partir da fusão de DEM, PP e PSL tendo uma espécie de cláusula de veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro
Por Caio Junqueira
O futuro ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, articulam a criação de um superpartido a partir da fusão de DEM, PP e PSL, tendo uma espécie de cláusula de veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro e ao apoio formal à sua reeleição.
As conversas vêm ocorrendo há algumas semanas, mas um encontro na semana passada, na Bahia, que contou com a participação de Ciro, Lira, o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o dirigente do DEM, Elmar Nascimento, avançou nas tratativas. Na próxima semana, há expectativa de uma nova reunião entre eles em Brasília.
O veto à filiação do presidente Jair Bolsonaro à nova legenda é uma condição imposta pelo PSL e pelo DEM, assim como o apoio desde já à sua reeleição. Há dúvidas no grupo sobre a viabilidade de Bolsonaro em 2022, motivo pelo qual o assunto, se a sigla sair do papel, só deverá ser tratado no ano que vem.
Ciro Nogueira aceita o veto, mas interlocutores dizem que ele poderá trabalhar internamente para reverter esse cenário, se Bols
onaro se viabilizar. Há um debate sobre o partido não apoiar ninguém para presidente e liberar os estados para se aliarem a quem quiser.
Além de Ciro Nogueira, que deve assumir a Casa Civil, o novo partido teria também outros dois ministros de estado que, conforme a CNN informou nesta terça-feira, estão praticamente acertados com o PP: Fabio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura).
Se a legenda sair do papel, ela teria na largada 121 deputados federais e R$ 2 bilhões de fundo partidário.
A informação sobre a fusão dos partidos foi dada pelo portal Poder 360.
Declaração vem na esteira de reportagem relatando que Braga Netto condicionou a realização do pleito ao voto auditável
Cm Estadão Conteúdo
O vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que haverá eleições em 2022, mesmo sem a implementação do voto impresso, apesar de o presidente Jair Bolsonaro já ter colocado a realização do pleito em dúvida diversas vezes durante sua defesa da alteração no sistema eleitoral. "Nós não estamos mais no século 20. É lógico que vai ter eleição. Quem é que vai proibir eleição no Brasil? Nós não somos república de banana", disse em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 22.
Apesar de adotar tom enfático em defesa da normalidade institucional, declarou-se favorável ao voto impresso e sugeriu que a urna eletrônica utilizada no Brasil é tecnologicamente defasada e precisa ser "evoluída".
"O voto impresso, o governo defende esse debate. Eu também sou francamente a favor. Nós usamos uma urna de primeira geração. A Argentina, por exemplo, está em uma urna de terceira geração. Tudo aquilo que melhorar a capacidade de a gente ter certeza do processo eleitoral não é problema nenhum", disse.
Mourão defendeu novamente o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, das acusações de ameaça às eleições de 2022, às quais se referiu como "fogo de palha". Conforme revelou o Estadão, o chefe da pasta enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mensagem de ameaça à realização do pleito, por meio de emissário político. Em nota, o militar negou que se comunique por meio de terceiros, mas não que tenha condicionado as eleições de 2022 à implementação do voto impresso, como informou a reportagem.
"Eu conheço Braga Netto há muito tempo e sei que ele não manda recado. Pelo que eu entendo do presidente Arthur Lira, se algo chegasse a ele dessa forma, ele reagiria de imediato e colocaria esse assunto de forma pública, e não de forma sub-reptícia", argumentou.
Mourão disse que as Forças Armadas baseiam sua atuação em tripé composto por legalidade, legitimidade e estabilidade para sustentar versão segundo a qual Braga Netto não ameaçaria as eleições por ser um general do Exército. "As Forças Armadas existem para que a gente tenha um ambiente estável e seguro, atuam dentro do arcabouço da institucionalidade."
Questionado sobre o conteúdo vago da nota divulgada pela Defesa, Mourão disse que o ministro, em conversa particular, foi claro ao dizer que não fez ameaças. Segundo o vice, o tom "elegante" de Braga Netto deu margem à interpretação de que o texto do documento não negava as ameaças.
"Tudo é uma questão de interpretação. Toda vez que a gente escreve, quando você olha pela sua óptica você diz: não, eu respondi tudo aqui e de repente a pessoa interpreta de outra forma. Isso é o que a gente aprende desde que a gente entra na escola. Você vai fazer uma prova e o professor avisa que a interpretação faz parte da prova", disse.
Fonte: Estadão Conteúdo