Pesquisa Genial/Quaest mostra avanço da desconfiança nos Três Poderes

 

 

Por Marina Verenicz

 

 

A confiança da população brasileira nas instituições tem diminuído de forma significativa nos últimos anos e o Congresso Nacional lidera essa queda.

 

De acordo com levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta segunda-feira (8), o índice de confiança no trabalho dos parlamentares caiu de 54% no fim de 2022 para 45% em 2025. Já a desconfiança supera os 52%, mostrando um cenário de desgaste ainda mais acentuado em comparação ao Executivo e ao Judiciário.

 

A Presidência da República, por sua vez, perdeu oito pontos no mesmo período, passando de 62% para 54% de aprovação. Já o Supremo Tribunal Federal (STF) viu sua confiabilidade cair de 56% para 50%.

Apesar do desgaste nos três Poderes, o maior abalo recai sobre o Legislativo, que enfrenta críticas crescentes sobre sua atuação e falta de transparência.

 

Em julho, outro levantamento da Quaest já havia mostrado que 51% dos eleitores reprovam o trabalho dos deputados e senadores. Entre os entrevistados, 72% disseram não saber como funcionam os repasses por emendas parlamentares, principal instrumento de articulação política no Congresso.

 

A proposta de anistia a envolvidos nos atos do 8 de Janeiro — tema que tem gerado embates recentes entre governistas e oposição — também enfrenta resistência popular: 55% da população é contra a medida, segundo pesquisa do Datafolha divulgada no mês passado.

Fé e força ganham confiança

 

Na contramão do enfraquecimento das instituições democráticas, cresceu a confiança em entidades associadas à segurança e à religiosidade. Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, são as instituições que transmitem “ordem, propósito e estrutura” as que mais geram sensação de estabilidade num ambiente de incerteza e baixa entrega estatal.

 

Entre as mais bem avaliadas estão:

 

Igreja Católica: 73% de confiança

Polícia Militar: 71%

Forças Armadas: 70%

Igrejas evangélicas: 65%

“As instituições de fé e força seguem mais bem avaliadas que as democráticas. Vivemos uma crise marcada por um gap de expectativas: espera-se que o Estado entregue serviços, representatividade e estabilidade, mas há um déficit de resultados”, afirma Nunes.

 

A pesquisa ouviu 12.150 pessoas com 16 anos ou mais entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 1 a 2 pontos percentuais, e nível de confiança de 95%.

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 14:51 Escrito por

Pesquisa AtlasIntel mostra ministros de Lula à frente na disputa por duas vagas no Senado, com bolsonaristas correndo por fora

 

 

Por Marina Verenicz

 

 

A corrida pelo Senado em São Paulo em 2026 começa a se desenhar com vantagem para nomes ligados ao governo federal. Levantamento da AtlasIntel divulgado nesta segunda-feira (8) mostra a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), à frente na disputa pelas duas cadeiras em jogo.

 

Tebet aparece com 22,1% das intenções de voto e Haddad com 19,7%, em empate técnico dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

 

 

Em terceiro lugar surge o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que vive nos Estados Unidos desde março, com 14,8% das intenções. Logo atrás, o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), tem 14,4%.

 

A fragmentação da base bolsonarista ainda inclui Ricardo Salles (Novo), com 7,5%, e o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), com 5,5%. Mara Gabrilli (PSD) registra 5,4%.

 

Cenário alternativo

Em um segundo quadro testado, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece na liderança, com 23,1% dos votos. Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente, ocupa a segunda posição, com 17,7%, reforçando a leitura de que a disputa pelas duas vagas pode se polarizar entre figuras com projeção nacional.

 

A pesquisa AtlasIntel foi realizada entre 29 de agosto e 3 de setembro de 2025, com 2.059 eleitores em São Paulo, via recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 14:46 Escrito por

Ausência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também foi percebida na área destinada a autoridades

 

 

Por Jésus Mosquéra

 

 

O desfile em celebração da Independência do Brasil, neste domingo (7), foi marcado pela ausência de personagens importantes do cenário político nacional. Os ministros do Supremo Tribunal Federal não estiveram presentes, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

 

Outra ausência percebida no camarote destinado a autoridades foi a do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ainda antes do início do desfile, o governador confirmou à reportagem do SBT News que não estaria presente. Porém não revelou o motivo.

 

Do ponto de vista institucional, a presença de ministros do STF, ou, ao menos, do presidente da corte, Luis Roberto Barroso, seria natural. Já sob a ótica da política, traria um peso diferenciado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo em um momento em que tanto o governo quanto o STF vem defendendo publicamente a soberania do Brasil. Os magistrados, entretanto, preferiram o recolhimento na manhã deste domingo.

 

Já a presença de Alcolumbre marcaria o prestígio por parte do Legislativo, uma vez que, como presidente do Senado, ele também é presidente do Congresso Nacional. Em relação a alinhamento de agendas, o senador discorda da versão apresentada pela oposição para o Projeto de Lei da Anistia. Em postura mais favorável ao governo, ele é mais simpático a um texto que exclua qualquer benefício ao ex-presidente Jair Bolsonaro, restringindo o PL a revisões de penas dos invasores do 8 de Janeiro. Alcolumbre não justificou a ausência.

 

Por outro lado, o desfile contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem dialogado com representantes da oposição e dado sinais de que vai pautar, a contragosto da base governista, o PL da Anistia. Motta não só compareceu ao evento como também levou a esposa e os filhos. O deputado integrou a primeira fila do camarote ao lado de Lula e da primeira-dama, Janja da Silva.

 

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:59 Escrito por

Imagem da noticia Desfile de 7 de Setembro dá recados a Trump e destaca símbolos nacionais

 

 

Por Murilo Fagundes

 

 

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro foi realizado neste domingo (07) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama Janja da Silva, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de ministros e autoridades do governo federal.

 

Segundo a Secretaria de Comunicação Social, cerca de 45 mil pessoas acompanharam a cerimônia. A edição deste ano teve como lema “Brasil Soberano”, adotado pelo governo em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

 

Durante a cerimônia, parte do público presente gritou “sem anistia”, em referência ao projeto em discussão no Congresso para beneficiar condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

O esquema de segurança incluiu pontos de revista, restrição de objetos, drones e equipes posicionadas em áreas estratégicas. Não houve registro de ocorrências graves, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

 

A programação apresentou inovações, como um bandeirão de 140 metros quadrados, a participação do Curupira, mascote da COP30, e equipes do Ibama especializadas em prevenção e combate a incêndios florestais. Entre as atrações tradicionais, estiveram a pirâmide humana da Polícia do Exército e o show da Esquadrilha da Fumaça.

 

Na tribuna de honra, estavam ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte). Os dois são pressionados por seus respectivos partidos para deixarem o governo Lula.

 

Além das presenças, chamou atenção a ausência dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, viajou à França, e Alexandre de Moraes, que havia participado em anos anteriores, não compareceu.

 

Atos paralelos

A cerca de três quilômetros da Esplanada, a oposição realizou uma manifestação paralela. Os organizadores falaram em 30 mil participantes. O ato reuniu parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), deputados e ex-ministros.

 

Durante o evento, foi transmitida uma mensagem de áudio de Michelle Bolsonaro. Na gravação, a ex-primeira-dama afirmou que o marido está “humilhado e preso” e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal. O ato teve ainda gritos contra o presidente Lula, pedidos de impeachment de ministros da Corte e apelos ao ex-presidente americano Donald Trump.

 

Em outro ponto de Brasília, movimentos sociais promoveram o tradicional Grito dos Excluídos. A mobilização trouxe reivindicações como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1 e maior taxação sobre os super-ricos. Entre os presentes, esteve o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Os organizadores não apresentaram estimativa de público.

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:56 Escrito por

Governador de SP ainda lamentou a ausência do ex-presidente no ato em São Paulo e disse que "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes"

 

 

Por Wagner Lauria Jr.

 

 

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) voltou a questionar , neste domingo (7), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), em ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, principal palco das manifestações convocadas pela direita.

 

“Estamos diante de um crime que não existiu. Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, declarou Tarcísio.

Em sua fala, Tarcísio também defendeu a aprovação de uma anistia ampla no Congresso e cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que coloque o tema em votação.

 

Segundo ele, "trazer anistia para pauta é trazer justiça" e "ninguém aguenta mais a tirania do Moraes", em referência ao ministro do STF.

 

O governador lamentou a ausência de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, no ato em São Paulo, exaltou a mobilização de apoiadores e disse que a população precisa se posicionar de forma mais firme na defesa da “liberdade, do estado de direito e da democracia representativa”.

 

Por que ato foi organizado?

 

Com o lema “Reaja, Brasil”, o ato têm como bandeiras centrais a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

 

As manifestações da oposição ocorrem em meio ao julgamento do ex-presidente e mais sete réus pelo STF. As sessões, que julgam tentativa de golpe de Estado, serão retomadas na próxima terça-feira (9).

 

A mobilização contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo), entre outros. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que vai participar da manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro.

 

A convocação teve como um dos principais articuladores o pastor Silas Malafaia, que afirma que o ato é em defesa da “liberdade” e contra a “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

O senador Flávio Bolsonaro classificou a mobilização como um “grito de liberdade”, enquanto o ex-desembargador Sebastião Coelho reforçou que o objetivo é rejeitar a chamada “anistia light” em discussão no Congresso, que excluiria Bolsonaro e líderes dos atos.

 

Esse é a segunda manifestação da direita sem a presença de Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar. O último ato reuniu 37,6 mil apoiadores, conforme o Monitor do Debate Público do Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP).

 

 

Posted On Segunda, 08 Setembro 2025 05:49 Escrito por
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