Luiz Fernando Corrêa é suspeito de atrapalhar as investigações sobre o aparelhamento da agência durante o governo Bolsonaro

 

 

Por Fellipe Gualberto

 

 

Os agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aprovaram nesta terça-feira, 24, indicativo de greve e o ingresso de uma Ação Civil Pública que pede o afastamento dos três delegados que dirigem a organização, incluindo o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, que é suspeito de ter agido em "conluio" com servidores investigados para atrasar investigações no caso da Abin paralela.

 

O comunicado foi feito por meio da Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin), entidade que representa a categoria. De acordo com a organização, a assembleia geral extraordinária, que decidiu sobre o tema, "registrou participação recorde e demonstrou o alto grau de preocupação e revolta dos servidores".

Na nota, a entidade afirma que "as denúncias envolvendo a cúpula da Agência, que resultaram em indiciamentos, foram classificadas como 'graves', 'nojentas' e 'inaceitáveis'".

 

Os servidores da Abin pedem o afastamento de Corrêa desde o dia 17 de junho. O diretor-geral é um dos 35 indiciados pela Polícia Federal no caso da Abin paralela e pode ter atrapalhado a apuração sobre o aparelhamento da agência para fins políticos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

O diretor-geral foi mantido no cargo pelo presidente Luiz Inácio da Silva (PT) e prosseguiu após o indiciamento. Em nota, a Intelis, que planejava a assembleia desde 20 de junho, já tinha criticado "a falta de controle de questões sigilosas por parte da Polícia Federal, do Ministério da Justiça".

 

"Com o indicativo de greve aprovado, a entidade apresentará um conjunto de reivindicações formais. Caso não haja resposta satisfatória dentro do prazo estipulado, uma nova assembleia será convocada", afirma a organização que representa os servidores. O não atendimento das solicitações pode resultar em paralisação.

 

De acordo com a PF, a Abin paralela seria um esquema conduzido pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os políticos teriam criado uma estrutura para espionar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos opositores, jornalistas, deputados e outros brasileiros.

 

O objetivo, segundo a PF, seria atender os interesses políticos dos Bolsonaro, atacar opositores e desacreditar instituições democráticas.

 

Estima-se que quase 1,8 mil celulares tenham sido monitorados ilegalmente entre fevereiro de 2019 e abril de 2021 por meio dessa estrutura. A Polícia Federal ainda afirma que Bolsonaro seria o "centro decisório", que determinaria os alvos de monitoramento e usou a Abin para conduzir ataques às urnas eletrônicas.

 

 

 

Posted On Quarta, 25 Junho 2025 05:09 Escrito por

Posição do governo brasileiro é crítica aos ataques de Israel e EUA contra o Irã

 

 

Por Marina Mota Silva

 

 

Para o professor de Relações Internacionais da FGV, Eduardo Mello, o posicionamento brasileiro em relação ao Irã é direcionado para Pequim, Moscou e países da Europa, com quem o Brasil tem mais proximidade. E estes países não se posicionaram tão firmemente a favor da guerra.

 

Segundo ele, o Brasil já não tem capital político com as atuais gestões tanto de Washington quanto de Tel Aviv. Além disso, o Brasil não é um grande player na região.

 

A posição do Brasil neste momento – de condenar os ataques de Israel ao Irã – é condizente com a forma como o Brasil tem atuado nesta questão há muitos anos, de acordo com o professor.

 
“Na Europa, há críticas ao Irã, mas há também uma preocupação com os efeitos negativos desta escalada costurada entre Tel Aviv e Estados Unidos”, explica o professor.

 

Segundo ele, a Europa é importadora de petróleo do Oriente Médio e já convive com problemas enormes, como preços de energia, guerra na Ucrânia, desestabilização do fluxo de refugiados e não é nada bom esta escalada para os europeus.

O ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República no governo de Michel Temer, Hussein Kalout, concorda que a posição do Brasil é muito clara. “O Itamaraty soltou uma nota. A moção do Brasil é de condenação à agressão militar ao Irã. A posição do Brasil enxerga que o instrumento do uso da força não pode violar o direito internacional, de modo que eles precisam ser autorizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, acrescenta.

 

Segundo Klaout, “uma ação unilateral militar, qualquer que ela seja, não é justificável, a não ser em caso de legítima defesa, mas nesse caso, no entendimento brasileiro, não há legítima defesa nenhuma”.

 

Para o ex-secretário, o Brasil não está isolado. “Boa parte dos países do mundo não são favoráveis aos ataques e boa parte dos países condenaram os ataques.”, afima.

Posição do Itamaraty

O Itamaraty divulgou nota sobre o conflito na qual expressa “grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional.”

 

“O governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio”, afirma ainda nota.

 

Posted On Terça, 24 Junho 2025 14:00 Escrito por O Paralelo 13

O número, apresentado pelo MapBiomas, é 62% maior que a média histórica brasileira

 

 

 

Por Marcos Marinho

 

 

O ano de 2024 foi de preocupação para o Brasil, quando o assunto são as queimadas. Isso porque, de acordo com o levantamento do MapBiomas, o Brasil registrou um recorde de 30 milhões de hectares queimados no ano passado, número 62% acima da média histórica, iniciada em 1985. Dados foram divulgados nesta terça-feira (24).

 

O bioma mais afetado nesse período foi a Amazônia (52%), sendo considerada o epicentro das queimadas em solo nacional. Nela, foram queimados cerca de 15,6 milhões de hectares.

 

Cerrado (35%), Pantanal (7%), Mata Atlântica (4%), Caatinga (1%) e Pampa (0,03%) aparecem, respectivamente, na sequência dos biomas mais degradados pelo fogo.

 

Em termos proporcionais, o Pantanal foi o que mais sofreu com as queimadas em toda a série histórica, ou seja, quando comparados o tamanho do bioma e a dimensão da queimada.

 

Além disso, segundo dados divulgados hoje pelo Relatório Anual do Fogo, do MapBiomas, cerca de 43% de toda a área queimada no país ocorreu nos últimos dez anos. O levantamento mostra também que quase um terço (29%) das queimadas foram resultados de megaincêndios que ocorreram em áreas que tinham mais de 100 mil hectares.

 

Queimadas em 2025

Ao que parece, 2025 manterá a tendência de queimadas. Até o mês de maio, cerca de 1,26 milhão de hectares já sofreu com as queimadas. Os dados são do Monitor do Fogo, ferramenta do MapBiomas que mapeia mensalmente as áreas queimadas no Brasil, utilizando imagens de satélite Sentinel-2.

 

Mesmo impressionante, o número é 66% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, e 36% inferior quando comparado com a variação média anterior.

 

Seguindo a tendência da média histórica, a Amazônia também foi o bioma que mais sofreu com os incêndios florestais. O levantamento mostra que, em 2025, o ecossistema já teve mais de 840 mil hectares afetados pelos incêndios. Seguido, respectivamente, por Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa.

 

 

 

Posted On Terça, 24 Junho 2025 13:56 Escrito por

Portaria publicada no Diário Oficial estabelece regras do Enamed, exame que avaliará todos os estudantes concluintes de Medicina

 

 

COM SITE O TEMPO 

 

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União a portaria que regulamenta o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). A avaliação será obrigatória para todos os estudantes concluintes dos cursos de Medicina, com aplicação anual e validade de três anos.

 

Nova avaliação obrigatória para formandos em Medicina

Segundo a Portaria nº 413/2025, o Enamed terá 100 questões objetivas, abordando áreas como Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, Saúde Coletiva e Saúde Mental.

 

Os estudantes serão inscritos pelas instituições de ensino superior no sistema do Enade e deverão responder a questionários obrigatórios como parte do processo de avaliação.

 

Enamed e residência médica

O desempenho no Enamed poderá ser usado pelos candidatos que desejam participar do Enare (Exame Nacional de Residência), desde que o estudante autorize o uso dos dados no momento da inscrição. A participação no Enamed é gratuita para quem estiver regularmente inscrito no Enade.

De acordo com o Inep, a pontuação será registrada em um boletim individual e poderá ser aproveitada por até três anos nos processos seletivos para programas de residência médica de acesso direto.

 

Objetivos do Enamed

Avaliar se a formação médica está alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais;

Verificar conhecimentos e competências para o exercício da medicina no SUS;

Subsidiar políticas públicas na área da saúde e educação superior;

Oferecer um instrumento unificado de avaliação da formação médica no país.

 

 

 

Posted On Terça, 24 Junho 2025 05:32 Escrito por

Deputada Erika Hilton compartilha gravação que expõe votos da oposição e centrão que encareceram contas; Nikolas Ferreira disse que foi a favor da manutenção do veto de Lula

 

 

Com CNN

 

 

Enquanto o governo Lula estuda caminhos para reverter o aumento da conta de luz -- após a votação de derrubada de vetos presidenciais no Congresso -- o assunto ganhou as redes sociais de políticos.

 

Dessa vez, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi quem se adiantou e compartilhou um vídeo para expor votos da oposição e do centrão que contribuíram para encarecer as contas.

 

Na gravação, a parlamentar afirma que deputados e senadores de oposição "votaram contra o povo" ao acrescentarem emendas durante votação sobre o projeto de lei para regulamentação da energia eólica offshore.

 

 

Segundo apuração da CNN, o governo federal calcula impacto de meio trilhão de reais às contas públicos nos próximos 15 anos.

 

Hilton relembra a votação de outras medidas onerosas aprovadas pelo Congresso, como a taxação de compras internacionais.

 

Sem citações nominais, a deputada fez críticas ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido pelo compartilhamento de vídeos contra o governo.

 

Com milhares de seguidores em seus respectivos perfis nas redes sociais, os parlamentares já haviam protagonizado um embate de vídeos ao tratar da polêmica sobre mudanças no Pix.

 

Nikolas, por sua vez, disse que não foi contra o veto de Lula que impede o aumento da conta de luz.

 

"Fui a favor da manutenção do veto e isso pode ser facilmente visualizado no site do Congresso Nacional. Mesmo sendo opositor ao Lula, votei para manter o seu veto, simplesmente por coerência. E no fim das contas os que mais me acusam de fake news, são os que mais fazem contra mim", disse o deputado do PL.

 

Ao todo, 347 deputados e 48 senadores não apoiaram a manutenção do veto.

No PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sete senadores e 63 deputados foram favoráveis à queda do veto. O que foi acompanhado pela base do governo: no PCdoB, foram sete deputados; no MDB, foram dez senadores e 28 deputados; no PSB, um senador e dez deputados; no PSD, 11 senadores e 33 deputados; no União Brasil, dois senadores e 39 deputados.

 

 

Posted On Segunda, 23 Junho 2025 03:03 Escrito por O Paralelo 13
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