Levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística leva em consideração dados do Censo de 2022
Por Murillo Otavio
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela primeira vez os sobrenomes mais usados no Brasil. Os dados publicados nesta terça-feira (4) mostram Silva, Santos e Oliveira como os mais populares.
Confira os 30 sobrenomes mais usados:
Silva: 34.030.104
Santos: 21.367.475
Oliveira: 11.708.947
Souza: 9.197.158
Pereira: 6.888.212
Ferreira: 6.226.228
Lima: 6.094.630
Alves: 5.756.825
Rodrigues: 5.428.540
Costa: 4.861.083
Sousa: 4.797.390
Gomes: 4.046.634
Nascimento: 3.609.232
Araujo: 3.460.940
Ribeiro: 3.127.425
Almeida: 3.069.183
Jesus: 2.859.490
Barbosa: 2.738.119
Soares: 2.615.284
Carvalho: 2.599.978
Martins: 2.576.764
Lopes: 2.337.914
Vieira: 2.102.389
Rocha: 2.044.495
Dias: 2.035.387
Gonçalves: 2.028.298
Fernandes: 1.835.974
Santana: 1.815.982
Andrade: 1.707.452
Batista: 1.703.130
Os dados foram coletados no Censo 2022. O levantamento permite, também, saber os nomes mais comuns no país. Maria, entre as mulheres; e José, entre os homens, são os mais usados.
Em resposta ao STF, governador afirma que megaoperação seguiu princípios de legalidade e proporcionalidade
Por Augusto Fernandes
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (3) que as forças policiais não exageraram na megaoperação realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com 121 mortos, entre eles quatro policiais.
Castro e Moraes se encontraram no Rio nesta segunda para o governador apresentar explicações sobre a ação policial.
Em resposta aos questionamentos feito pelo ministro, Castro sustentou que a ação — chamada Operação Contenção — foi proporcional à ameaça letal representada pela organização criminosa e necessária para conter o avanço do Comando Vermelho.
Segundo o governador, o confronto não foi uma operação policial comum, mas um “enfrentamento a organização criminosa altamente estruturada, fortemente armada e com histórico de resistência violenta em um de seus centros de comando, o que demandou planejamento operacional robusto e emprego de recursos táticos proporcionais à ameaça representada”.
Castro classificou a operação como uma resposta necessária ao que chamou de “organização narcoterrorista”, argumentando que, diante do poder de fogo do crime organizado, o uso intenso da força pelas autoridades é “legítimo e indispensável para restabelecer a ordem e preservar vidas”.
Ele afirmou que o uso da força se limitou ao armamento padrão das forças de segurança, com fuzis semiautomáticos, pistolas e viaturas blindadas, e que o nível de reação foi compatível com o poder bélico dos criminosos, que teriam empregado fuzis automáticos de uso militar, armas de calibres .50 e .30, granadas e até drones.
Castro destacou que, com exceção dos quatro agentes mortos, “não há notícias de óbitos referentes a indivíduos não pertencentes à organização narcoterrorista, o que indica a limitação da atuação policial exclusivamente sobre o grupo”.
O governador também afirmou que houve preocupação em preservar a população civil, concentrando os confrontos em áreas de mata e evitando a atuação próxima a escolas e residências.
A Operação Contenção observou os princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência, nos termos da Portaria do Ministério da Justiça nº 855/2025. A legalidade decorreu do cumprimento de mandados judiciais; a necessidade e a proporcionalidade foram aferidas diante da resistência de facção fortemente armada; a moderação foi buscada ao concentrar o confronto em área de mata, afastando-o de zonas edificadas; e a conveniência resultou da ameaça iminente representada pelo avanço territorial da facção à segurança pública e à paz social.
O governador ainda afirmou que, apesar de dificuldades enfrentadas pela perícia técnica durante o confronto — e da remoção de corpos por terceiros —, foi aberto um inquérito para apurar possíveis irregularidades, o que, na visão do governo, reforça o compromisso com a responsabilização.
“Diante da remoção e descaracterização de corpos antes da atuação pericial – fato amplamente noticiado na mídia e que dificultou a preservação do local –, instaurou-se inquérito na 22ª Delegacia de Polícia da Penha para apurar eventual crime de fraude processual. Também foram objeto de registro de ocorrência as mortes ocorridas durante a operação”, disse Castro.
Cerimônia do Dia de Finados, na Barra da Tijuca, ocorreu em meio a críticas e apoio popular à megaoperação que resultou em mais de uma centena de mortes nas comunidades da Penha e do Alemão
Com Correio Braziliense
Durante a cerimônia, o padre responsável pela celebração prestou homenagens aos quatro policiais mortos no confronto - (crédito: Rede Sociais )
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi recebido com aplausos de pé durante uma missa de Finados, neste domingo (2/11), na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O gesto de apoio ocorre cinco dias após a operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio.
Durante a cerimônia, o padre responsável pela celebração prestou homenagens aos quatro policiais mortos no confronto e dirigiu palavras de conforto às famílias das vítimas. “Nós perdemos quatro policiais e outros estão hospitalizados. Também vamos rezar pela nossa corporação. Não é fácil ser policial militar ou civil em nenhuma parte do mundo, ainda mais no Rio de Janeiro, com tantos desafios”, afirmou o sacerdote.
Ele também pediu orações pelas “pessoas boas e honestas que moram nas favelas”, destacando o impacto da violência sobre as comunidades.
A presença de Castro na missa ocorre em um momento de forte debate público sobre a atuação das forças de segurança do estado. Enquanto entidades de direitos humanos criticam a letalidade da operação, parte da população fluminense manifestou apoio à ação. Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada no sábado (1º), mostra que 64% dos moradores do Rio aprovam a megaoperação realizada na última terça-feira (28), enquanto 27% desaprovam.
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 30 e 31 de outubro com 1,5 mil entrevistados em todo o estado, 6% dos ouvidos disseram não aprovar nem desaprovar a ação, e 3% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A missa deste domingo (2/11) marcou a primeira aparição pública do governador após a operação. Frequentador assíduo da paróquia com a família, Castro manteve o tom de serenidade durante o evento, mas foi recebido com demonstrações de apoio dos fiéis, um gesto simbólico num momento em que a política de segurança do estado volta a ocupar o centro das atenções nacionais.
Ele estava internado com intoxicação medicamentosa, em hospital de BH
Por Agência Brasil
Lô Borges, Salomão Borges Filho, um dos maiores nomes da MPB e integrante do famoso Clube da Esquina, morreu na noite deste domingo (2), às 20h50, aos 73 anos.
A causa foi falência múltipla de órgãos, segundo boletim divulgado pelo Hospital Unimed, em Belo Horizonte, onde ele estava internado desde o dia 17 de outubro devido a uma intoxicação medicamentosa.
Lô Borges foi um dos fundadores, ao lado do cantor e compositor Milton Nascimento, do movimento Clube da Esquina, que revolucionou a música nacional a partir dos anos 1970 e 1980.
O movimento, batizado em referência a um disco homônimo de 1972, fundia influências do rock, do jazz e da música psicodélica com a tradição da MPB e das mineiras, criando uma sonoridade atemporal e complexa.
Algumas canções de autoria de Lô Borges são O Trem Azul, Um girassol da cor do seu cabelo, Tudo Que Você Podia Ser e Nada Será Como Antes, em parceria com Milton Nascimento.
Ele teve músicas gravadas por Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank, Nando Reis, entre outros.
Proposta deve ser votada no início de dezembro pela Câmara
Por Rute Moraes
Relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) que unifica os sistemas de segurança pública, o deputado federal Mendonça Filho (União-PE) não descarta incluir no texto a possibilidade do uso das Forças Armadas sem a determinação de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
A reportagem, o deputado disse que está “aberto” a tal discussão com os ministros da Justiça e da Defesa, Ricardo Lewandowski e José Múcio, respectivamente.
“Considero relevante debater este tema com os ministros da Justiça, da Defesa e com os comandos das Forças Armadas, incluindo o Exército, a Marinha e a Aeronáutica”, avaliou o deputado.
“Acredito ser crucial discutir a otimização do emprego das Forças Armadas na defesa das fronteiras, que é competência da Polícia Federal e a aplicação, em geral, do uso da GLO em tropas federais que têm que ter segurança no conceito da aplicação”, explicou Mendonça.
A previsão é de que ele apresente o parecer da PEC em 4 de dezembro para votação na comissão especial da Câmara. Segundo ele, “daria tempo” de fazer a discussão sobre a GLO. Contudo, ele não garante que o tema será incluído no texto.
“É algo que envolve as Forças Armadas, que tem mandamento constitucional próprio de forças de segurança. Como é de caráter excepcional a partir das GLOs, é preciso ter muita tranquilidade para ver qual melhor formato jurídico e constitucional de agregar. Se é o caso. Estou aberto à discussão tendo em vista o interesse da população”, concluiu.
O tema veio à tona após a deflagração da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, na terça-feira (28). A ação foi realizada nos complexos da Penha e do Alemão, e terminou com ao menos 121 mortos.
Segundo o governador do estado, Cláudio Castro (PL), a AGU (Advocacia-Geral da União) negou o fornecimento de blindados no início deste ano ao estado, alegando que precisaria da aplicação de uma GLO para fornecer os veículos.