As cestas foram entregues na Casa do Estudante de Palmas e de Porto. Em breve serão distribuídas em Gurupi
Por Guilherme Gandara
Os alunos que moram na Casa do Estudante de Palmas receberam cestas básicas do Governo do Estado, nesta segunda-feira, 18. A ação é uma parceira entre a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) e a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e faz parte do pacote de medidas do Executivo Estadual para enfrentar a pandemia da Covid-19.
Marliana Amaro, que estuda Engenharia Ambiental na Universidade Federal do Tocantins, contou que os moradores da Casa intensificaram os cuidados e mantiveram a união. “Fizemos uma mudança radical para melhorar a higienização geral, controlar a entrada e a saída de pessoas e estamos nos ajudando, como podemos. Ficamos felizes com essa entrega de cestas, pois toda ajuda é bem-vinda já que muita gente não é daqui ou não está trabalhando”.
Juvan da Cunha Ferreira, estudante de Direito, também da UFT, completou o pensamento de Marliana, destacando que a iniciativa irá ajudar a todos. “Esses alimentos irão nos ajudar a manter o foco, já que muitos de nós dependíamos do restaurante universitário, por exemplo, e agora temos que fazer compras, mudamos a rotina. É uma ajuda importante”, finalizou.
Diretor de Políticas para a Juventude da Seduc, Guilherme Lucas destacou a importância da distribuição. “Enquanto ainda não voltamos à normalidade, esse trabalho do Governo do Estado de fornecer cestas é necessário para melhorar a alimentação dos estudantes universitários, que muitas vezes são de outros municípios, estados e moram longe da família”, frisou.
A Seduc fez um levantamento para identificar os estudantes que estão na Casa para entender o contexto e solicitar as cestas da Setas. Os alimentos já foram entregues na Casa do Estudante de Palmas e de Porto Nacional. Os estudantes da Casa de Gurupi receberão em breve.
Cestas
As cestas básicas de alimentos são compostas pelos seguintes itens: arroz, açúcar, sal, óleo, macarrão, feijão, flocão de arroz, sardinha, extrato de tomate, bolacha e creme dental.
Com Assessoria
As declarações do empresário Paulo Marinho à jornalista Mônica Bergamo, publicadas pela Folha de S.Paulo no último sábado (16), atingem a Polícia Federal em seus pilares mais sagrados: a correção e a idoneidade. A suspeita de que um delegado possa ter vazado informações confidenciais sobre uma operação e, pior, de que o início dessa mesma operação tenha sido adiado, para beneficiar quem quer que seja, atinge a credibilidade de uma instituição tida como uma das mais sérias do País.
O respeito que os brasileiros depositam na Polícia Federal tem relação direta com algo que a corporação aprendeu a fazer ao longo dos anos: cortar na própria carne. Não há espírito de corpo capaz de justificar a defesa de quem não se adeque aos princípios da ética e da moralidade ou não cumpra a Lei.
Por acreditar e defender esses princípios, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) pede uma investigação rigorosa das denúncias, para que não paire qualquer dúvida sobre a correção da corporação que defendemos todos os dias, arriscando nossas vidas e, neste momento de pandemia, nossa saúde e a de nossos familiares.
Lockdown em 35 municípios do interior e Lei Seca na Capital são preparativos contra onda de novos casos
Por Edson Rodrigues
Enquanto governadores, prefeitos, ministros e o próprio presidente da República diferem em opiniões sobre como tratar a pandemia de Covid-19 que vem se instalando no Brasil de forma implacável, ceifando vidas e destruindo família, os dois principais mandatários do Tocantins vêm se esforçando pare evitar que o Estado se transforme em um novo epicentro da propagação do novo corona vírus.
Esse esforço não é aleatório. Estudos do Ministério da Saúde calculam que o Tocantins pode ter mais de 200 mil infectados até o mês de julho, se medidas sérias de contenção não forem tomadas em caráter de urgência.
Para esse número de casos, o Tocantins precisará ter, no mínimo, dois mil leitos hospitalares à disposição dos infectados e mais 80 UTIs. Mesmo assim, a previsão é de que podem haver dezenas de mortes.
O lockdown decretado pelo governo do Estado em 35 cidades e a Lei Seca implantada pela prefeitura de Palmas são indicativos de que esses números já foram apresentados às autoridades tocantinenses.
Em Brasília, o senador Eduardo Gomes está em tratativas para conseguir, ainda nesta segunda-feira (18), a liberação de 31 milhões de reais para a compra de 30 UTIs para Palmas e outras 20 para Araguaína.
Após conseguir a liberação de recursos junto ao governo federal, Gomes, agora, busca o auxilia da iniciativa privada para tentar salvar vidas tocantinenses.
URGÊNCIA TOTAL
As decisões que vêm sendo tomadas no Tocantins para o enfrentamento à pandemia, refletem um lado positivo e um lado negativo. O positivo tem a ver como as autoridades estão encarando esse inimigo invisível que ameaça à vida de todos. O Negativo, como a população vem descumprindo as orientações que têm o único objetivo de preservar as suas próprias vidas.
O governo do Estado decretou lockdown, ou seja, isolamento social total em 35 municípios e requisitou 70 leitos de UTI da rede privada para atender à população. Uma decisão difícil de ser tomada, mas que foi aplicada por conta do aumento de casos de infectados nas cidades abrangidas pelo decreto e da inoperância das autoridades locais para fazer cumprir as orientações sociais.
Já em Palmas, o descaso da população estava tão escancarado, que a prefeitura se viu obrigada a decretar Lei Seca, impedindo a venda de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e supermercados, como única forma de evitar aglomerações nas ruas, praias, praças e locais turísticos.
REALIDADE
As previsões para o Tocantins são assustadoras e o Poder Público precisa estar atento para disponibilizar os procedimentos de acolhimento em saúde aos pacientes que vão surgir, pois o pico da contaminação no Estado está previsto para o fim do mês de julho, quando o número pode chegar aos 200 mil infectados.
As decisões recentes, tanto do governador Mauro Carlesse quanto da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, se mostraram corretíssimas, ante o cenário apresentado pelas autoridades de saúde , mas a população tocantinense precisa entender a gravidade da situação. O novo corona vírus um inimigo invisível, poderoso e com capacidade para dizimar família inteiras.
As pessoas devem se conscientizar, de uma vez por todas, que não há uma “cultura do pânico” sendo implantada pelo governo e, sim, uma cultura da prevenção. Ninguém que amedrontar ninguém, supervalorizando um mal que não traz ganho nenhum, só perdas. O governo do Estado, a prefeitura de Palmas e nossos representantes em Brasília estão cumprindo com seu dever de preservar e garantir a saúde do povo que os elegeu.
Se as orientações de cuidados de higiene, de isolamento social e de cuidados especiais com os grupos de risco estão sendo massificadas pela mídia, é porque o que vem acontecendo no mundo é real, e pode chegar potencializado ao Tocantins pelo descaso de alguns prefeitos e de parte da população.
Se a imprensa sempre teve tanta credibilidade junto à população, que as pessoas passem a olhar as orientações de cuidados pessoais contra a proliferação do vírus como um alerta de um amigo, próximo, um alerta de quem sempre esteve ao lado da população.
Enquanto isso, as críticas entre políticos às atitudes tomadas por Cinthia e Carlesse, só demonstra o quão desinformados e mal-intencionados estão, pois preferem fazer da saúde da população não uma prioridade, mas um cabo de guerra político, com fins eleitorais.
A verdade é que o Tocantins corre o risco de ser, proporcionalmente, o estado brasileiro com maior número de infectados. Os governantes estão fazendo a parte que lhes cabe.
Agora, tomar cuidados pessoais, é com você.
Cuidem dos seus. Fiquem em casa!
Níveis dos anticorpos das primeiras oito pessoas testadas foram semelhantes aos das amostras de sangue das que se recuperaram da Covid-19
Do 'New York Times'
MASSACHUSETTS (EUA) - A primeira vacina contra o coronavírus testada em pessoas parece ser segura e capaz de estimular uma resposta imunológica contra o vírus, anunciou nesta segunda-feira a fabricante, a empresa de biotecnologia e farmacêutica americana Moderna.
Os resultados são baseados na reação das oito primeiras pessoas que receberam, cada uma, duas doses da vacina, a partir de março.
Essas pessoas, voluntários saudáveis, produziram anticorpos que foram testados em células humanas no laboratório e que impediram a replicação do vírus — o principal requisito para uma vacina eficaz. Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes correspondiam aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contrair o vírus em suas cidades.
A Moderna informou que está seguindo um cronograma acelerado, com a segunda fase dos testes da vacina, que envolverá 600 pessoas, marcada para começar em breve. Uma terceira fase, em julho, já contará com a participação de milhares de pessoas saudáveis.
A Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, já deu sinal verde para a segunda fase dos testes.
Vacina no fim do ano
Se esses testes se revelarem um sucesso, uma vacina poderá ficar disponível para uso generalizado até o fim deste ano ou no início de 2021, disse o Dr. Tal Zaks, diretor médico da Moderna. Ainda não se sabe quantas doses podem ficar prontas em um primeiro momento, mas Zaks afirmou que "estamos fazendo o possível para chegar logo ao maior número possível de doses".
Não há tratamento ou vacina comprovada contra o coronavírus no momento. Dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e China estão correndo para produzir vacinas, a partir dos mais variados métodos. Alguns usam a mesma tecnologia adotada pela Moderna, que envolve um segmento de material genético do vírus, chamado RNA mensageiro, ou mRNA.
A Moderna informou que testes adicionais em camundongos que foram vacinados e infectados revelaram que a vacina poderia impedir a replicação do vírus em seus pulmões. E, igualmente importante, os animais, de acordo com a empresa, tinham níveis de anticorpos neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.
Três doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. Os resultados informados nesta segunda-feira são relativos às doses baixa e média. A única reação adversa foram vermelhidão e uma sensação de dor muscular nos braços de um único voluntário. A dose alta está sendo eliminada de estudos futuros porque as mais baixas parecem funcionar tão bem que ela não é necessária.
"Quanto menor a dose, mais vacina poderemos fazer", disse Zaks.
As ações da Moderna subiram 40% nas negociações de pré-mercado nos EUA.
A esposa e o filho de Du Wei, de 57 anos, não estão em Israel. EUA acusam hackers chineses de tentar roubar pesquisas sobre vacinas
Por Agência France Press - Por Victor Pinheiro
O embaixador da China em Israel, Du Wei, de 57 anos, foi encontrado morto neste domingo (17) em sua residência no subúrbio de Herzliya, em Tel Aviv – anunciou um porta-voz policial.
A polícia abriu uma investigação, disse à AFP uma fonte israelense que pediu para não ser identificada, acrescentando que as causas da morte ainda são desconhecidas.
A esposa e o filho de Du Wei não estão em Israel.
Du Wei foi embaixador na Ucrânia antes de assumir o cargo de principal representante diplomático da China em Israel em fevereiro, informa sua biografia disponível no site da embaixada.
Sua morte ocorre dias após a visita a Jerusalém do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que pediu a Israel, um aliado dos Estados Unidos, que limite os investimentos chineses em setores estratégicos, segundo reportagens da imprensa.
Tel-Aviv: o embaixador da China em Israel, Du Wei, de 57 anos, foi encontrado morto (Ronen Zvulun/Reuters/Reuters)
Os Estados Unidos acusam a China de ocultar informações sobre a pandemia e até de tentar “hackear” sua pesquisa por uma vacina contra o coronavírus.
EUA acusam hackers chineses de tentar roubar pesquisas sobre vacinas
Hackers chineses estão conduzindo ciberataques a centros de pesquisa, empresas farmacêuticas e universidades dos EUA, com o propósito de roubar informações sobre o desenvolvimento de vacinas e tratamentos para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. As informações foram reveladas hoje (13) em alerta emitido por órgãos do governo norte-americano.
No comunicado, o FBI e a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA) dizem que investigam ataques realizados por "atores cibernéticos afiliados [à China]". As autoridades dizem que eles acontecem desde o dia 3 de janeiro de 2020.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, alguns oficiais do país acreditam que as atividades dos hackers podem ser interpretadas pelo governo Trump como um ataque direto à saúde pública norte-americana, uma vez que eles podem ter prejudicado a pesquisa de vacinas em alguns casos. "O possível roubo dessas informações compromete a entrega de opções de tratamento seguras, eficazes e eficientes", diz o alerta do FBI.
O documento, entretanto, não identifica vítimas, nem apresenta evidências que associam os ciberataques ao governo chinês. De acordo com o jornal, mais informações técnicas sobre as operações dos hackers devem ser divulgadas nos próximos dias.
Embora o alerta não mencione o Irã, o jornal diz que oficiais citaram informações que associam o governo de Teerã à tentativas de espionagem de organizações de pesquisa e saúde norte-americanas. Segundo eles, um dos principais alvos dos hackers iranianos seria a Gilead Science, uma empresa farmacêutica que produz o antiviral remdesivir. O medicamento é um potencial tratamento contra a Covid-19 e já foi liberado para uso emergencial pela Food and Drug Administration - agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
Contraponto
Autoridades norte-americanas dizem que os efeitos dos ataques da China e do Irã sobre pesquisas de vacinas e tratamentos contra a pandemia são difíceis de mensurar. Os entrevistados pelo Wall Street Journal também se recusaram a apresentar evidências ou informações que sustentem as acusações contra os dois países. Os governos chinês e iraniano não responderam a questionamentos da reportagem.
Ainda nesta semana, o Ministro das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que o país se opõe a qualquer forma de ataque cibernético, e acrescentou que a nação também lidera pesquisa para vacinas e tratamentos de Covid-19. "É imoral para qualquer um difundir boatos sem apresentar nenhuma evidência", disse ele em coletiva de imprensa na segunda-feira (11).
O próprio ministro já esteve no centro de confrontos diplomáticos entre os Estados Unidos e a China. Em março, Lijian sugeriu a possibilidade do exército norte-americano ter levado o novo coronavírus ao país asiático, durante jogos esportivos militares em Wuhan, no ano passado.
Especialistas interpretaram o comentário do político chinês como uma resposta aos discursos xenófobos da cúpula do governo de Donald Trump, que associam a origem do vírus à China.
EUA X Huawei
Os Estados Unidos acusam a Huawei de espionar para a ditadura chinesa por meio de seus dispositivos e, por isso, submeteram a empresa a diferentes medidas de veto que afetaram suas finanças. O fabricante alcançou um lucro líquido de 62,7 bilhões de iuanes (cerca de 50 bilhões de reais) em 2019, o que é uma boa fatia e um aumento de 5,6%, mas está longe dos 25% de expansão obtidos em 2018.
De acordo com o jornal Global Times, de propriedade do Partido Comunista da China, que cita uma fonte anônima próxima ao Governo, as autoridades chinesas estão dispostas a responder com uma série de medidas, como a colocação de empresas norte-americanas em sua própria lista negra de entidades que prejudicam os interesses chineses, uma iniciativa que já havia ameaçado adotar no ano passado, quando o Departamento de Comércio anunciou as primeiras restrições contra a Huawei, sua joia da coroa tecnológica.
As represálias também incluiriam a abertura de investigações e a imposição de restrições contra gigantes da tecnologia como Apple, Cisco e Qualcomm, bem como a suspensão da compra de aviões fabricadas pela aeronáutica Boeing, acrescenta o jornal. "A China tomará medidas contundentes para proteger seus interesses legítimos" se os Estados Unidos seguirem com os planos anunciados, disse a fonte, segundo o jornal oficial chinês.