Em toda eleição municipal, PL venceu disputa em quatro capitais; partido também levou melhor em confronto direto com PT

 

Com SBT

 

 

Em segundo turno disputado e com derrotas, o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai comandar prefeituras de quatro capitais entre 2025 e 2028, enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT), do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fica à frente de apenas uma: Fortaleza (CE).

 

A disputa pelos próximos quatro anos terminou neste domingo (27) após a apuração dos resultados do segundo turno. O PL sofreu derrota na maior parte das capitais a que concorria - perdeu em sete, de um total de nove.

 

No primeiro turno, o PL venceu em duas capitais: Maceió (AL), com JHC, e Rio Branco (AC), com Tião Bocalom.

 

O saldo no segundo turno foi o mesmo: em Aracaju, com Emília Corrêa, e em Cuiabá, em confronto direto com o PT, entre Abilio Brunini (PL) (PL) e Lúdio Cabral (PT).

 

Já o Partido dos Trabalhadores, que disputou em quatro capitais no segundo turno, termina essas eleições com apenas um prefeito eleito em uma capital - Fortaleza (CE). A disputa foi entre o petista Evandro Leitão e o bolsonarista André Fernandes.

 

Desempenho do PL no 2º turno

 

Aracaju (SE) - Emília Corrêa (PL) venceu Luiz Roberto (PDT);

 

Cuiabá (MT) - Abílio Brunini (PL) venceu o candidato Lúdio Cabral (PT);

 

Belém - Belém (PA) - Igor Normando (MDB) venceu delegado Éder Mauro (PL);

 

Belo Horizonte (MG) - Fuad Noman (PSD) venceu Bruno Engler (PL);

 

Fortaleza (CE) - Evandro Leitão (PT) venceu André Fernandes (PL);

 

Goiânia (GO) - Sandro Mabel (União) venceu Fred Rodrigues (PL);

 

João Pessoa (PB) - Cicero Lucena (PP) vence Marcelo Queiroga (PL);

 

Manaus (AM) - David Almeida (Avante) venceu Capitão Alberto Neto (PL);

 

Palmas (TO) - Eduardo Siqueira Campos (Pode) venceu Janad Valcari (PL).

 

Números totais

Ao todo no país, o PL elegeu 509 prefeitos nas eleições municipais no primeiro turno. O número foi mais do que o dobro do alcançado pelo PT, que elegeu 248 candidatos.

 

Já no segundo, o partido de Bolsonaro elegeu seis prefeitos, alcançando 515 no total. O partido do presidente Lula conquistou quatro prefeituras, totalizando 252 para comandar no próximo mandato.

 

 

Posted On Segunda, 28 Outubro 2024 05:46 Escrito por

Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) afirmou que não recebeu relatório e informação sobre o assunto

 

 

Por Mariana Barcellos

 

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na manhã deste domingo (27) que conversas de integrantes de uma facção criminosa foram interceptadas pelo serviço de inteligência e mostram que havia orientações para que determinadas pessoas votassem em Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo. Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) afirmou que não recebeu relatório sobre o assunto. As informações são do g1.

 

Boulos afirmou, em coletiva, que a fala de Tarcísio é “irresponsável”, ‘”mentirosa” e “crime eleitoral”. A campanha entrou com uma ação de investigação eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “o Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos à prefeitura nos municípios de Sumaré, Santos e Capital. A Polícia Civil investiga a origem das mensagens.”

 

Já o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou que “a nossa inteligência não detectou qualquer recomendação de facções para este ou aquele candidato neste segundo turno nas capitais.”

 

Afirmação durante coletiva

A afirmação de Tarcísio ocorreu durante coletiva de imprensa após votação no Colégio Miguel Cervantes, no Morumbi, também na Zona Sul de São Paulo, após o governador ser questionado sobre um suposto “salve” do PCC para que não se votasse na candidata à Prefeitura de Santos, Rosana Valle (PL). Ele estava ao lado de Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.

 

— Aconteceu aqui também, teve o salve. Houve interceptação de conversas, de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de intercepção, de inteligência, mas não vai influenciar nas eleições — afirmou.

 

Questionado em qual candidato os integrantes pediam para votar, Tarcísio respondeu:

 

— Boulos.

 

Tarcísio também afirmou que as conversas achadas pela inteligência estão sendo encaminhadas para o Tribunal Regional Eleitoral.

 

— A gente vem alertando isso há um tempo sobre o crime organizado na política. Então, nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas — afirmou.

 

Boulos entra com ação

 

 

Guilherme Boulos (Psol), concedeu coletiva de imprensa na tarde deste domingo para criticar a fala do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre conversas de integrantes de facção criminosa que teriam sido interceptadas pelo serviço de inteligência e que supostamente mostravam orientações para votarem no psolista.

 

Para Boulos, a “declaração é irresponsável e mentirosa” e “crime eleitoral”. E a qualificou de “laudo falso do segundo turno”, em referência ao documento que o terceiro colocado Pablo Marçal (PRTB) divulgou na véspera do primeiro turno.

 

Boulos afirmou que a campanha entrou com ação de investigação eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social contra Tarcísio e Ricardo Nunes (MDB), seu adversário.

 

— Aconteceu algo extremamente grave agora há pouco, mais de uma hora, uma declaração irresponsável e mentirosa do governador Tarcísio de Freitas, ao lado do meu adversário, querendo atribuir que o crime organizado, PCC, teria orientado o voto em mim, sem apresentar nenhum tipo de prova. Esse é o laudo falso do segundo turno. Eu tive, às vésperas do primeiro turno, um laudo falso tentando me atribuir o uso de drogas, foi desmascarado pela Polícia Civil, pela Polícia Federal, pela imprensa.

 

— Agora, no dia da eleição, na boca do governador do estado, vem mais um ataque, uma mentira inacreditável, ao lado do meu aniversário. Então, isso mostra, de um lado, o desespero dos nossos adversários e um ataque sem limite, de outro lado, alguém que está sentado na cadeira de governador, se sujeitar a desempenhar um papel como esse para tentar influenciar no resultado das eleições. Isso é crime eleitoral — completa.

 

O que o Tribunal Regional Eleitoral diz

“Não chegou ao conhecimento do TRE-SP nenhum relatório de inteligência nem nenhuma informação oficial sobre esse caso específico. O Tribunal soube do caso pela imprensa.

 

Após a divulgação do caso, o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso dos meios de comunicação: 0601230-56.2024.6.26.0001

 

O Tribunal é um órgão do Poder Judiciário que age mediante provocação. Os legitimados para propor ação são o Ministério Público Eleitoral, candidatos, partidos políticos, coligações e federações. O TRE-SP não se manifesta sobre casos concretos que possa vir a julgar.”

 

Nota de repúdio de deputados do PT/PCdoB/PV

“A bancada de deputados e deputadas estaduais da Federação PT/PCdoB/PV, de forma indignada, manifesta total repúdio ao uso da máquina pública pelo governador Tarcísio de Freitas, no dia das eleições, ao proferir insinuações, sem provas, de indicação de voto de facção criminosa ao candidato a prefeito Guilherme Boulos.

 

A falta de compromisso com a verdade por parte do governador e do atual prefeito Ricardo Nunes, que corroborou ao lado do governador tais ilações, é de uma irresponsabilidade sem precedentes.

 

Tais absurdos ditos hoje, no dia da eleições, serão cobrados na Justica, que será imediatamente acionada pela bancada da Federação e pelo jurídico da candidatura de Guilherme Boulos.

 

No desespero para emplacar seu candidato, este sim investigado por permitir a presença do crime organizado em sua gestão, o governador Tarcísio de Freitas se atirou no lodo da fake news rasteira ao tentar macular a imagem de Boulos e interferir no processo eleitoral.

 

A política e a democracia não serão sequestrados pelo jogo sujo, a mentira, a calúnia e a difamação.

 

O povo da cidade de São Paulo deve ser respeitado, sem ser atacado por subterfúgios que comprometam o voto livre e soberano. A mudança já começou”.

 

 

Posted On Segunda, 28 Outubro 2024 05:35 Escrito por

 

 

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins confirmou Eduardo Siqueira Campos como o novo prefeito de Palmas, eleito neste domingo, 27 de outubro, em um inédito segundo turno eleitoral na sucessão da Capital, com cerca de 10 mil votos de diferença para sua adversária, Janad Valcari (53,03% contra 46,07%) 

 

 

Por Luciano Moreira (interino)

 

 

Filho do idealizador e criador de Palmas, o saudoso ex-governador José Wilson Siqueira Campos e da também saudosa ex-primeira-dama mais lembrada e amada da história de Palmas, Aureny Siqueira Campos, que dá nome aos maiores bairros da periferia da Capital do Tocantins, e conhecida como “a mãe dos humildes e necessitados”, Eduardo Siqueira Campos conseguiu reverter um quadro em que se apresentou quase como “candidato de si mesmo” no primeiro turno, em que não tinha nenhum parlamentar ou político de peso a lhe apoiar, apenas 30 segundos de Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV, meia dúzia de voluntários uma equipe mínima de profissionais, mas seguro dentro de toda a experiência adquirida como ex-prefeito de Palmas, ex-senador e ex-deputado estadual, realizou uma campanha calcada na emoção e no saudosismo em relação aos seus pais e nas suas próprias realizações como primeiro prefeito eleito de Palmas, e conseguiu o percentual de votos suficiente para leva-lo ao segundo turno.

 

Uma vez garantido na disputa com a candidata Janad Valcari, do PL, que liderou todas as pesquisas no primeiro turno, Eduardo foi articulando com maestria e agregando todas as oposições que discordavam das ideias e da vontade de sua adversária, e reuniu em torno da sua candidatura 90% de todos os políticos que tiveram origem sob os auspícios de seu pai, José Wilson Siqueira Campos como que em uma sinergia perfeita, e numa virada histórica, torna-se, novamente, prefeito da Capital do Tocantins.

 

Agora, Eduardo Siqueira Campos chega, junto com sua esposa, Pollyana, que se mostrou humana, atuante e decidida, depois de percorrerem juntos e incansavelmente, casa por casa, comércio por comércio, nos quatro cantos de Palmas, ao fim de sua jornada de forma vitoriosa, no endereço mais cobiçado dos últimos tempos, que é a prefeitura de Palmas – que, aliás, ele prometeu, em campanha, devolver ao seu lugar de origem, o Bosque dos Pioneiros – prontos para fazer um governo de coalizão, de entendimento e de retorno às origens, com programas sociais e ações de governo que de3ram certo no passado, adaptados para o atual momento, com a possibilidade de fazer mais um governo inesquecível para os habitantes da Capital do Tocantins.

 

PÉS NO CHÃO

 

Demonstrando entendimento assertivo quanto ao momento político atual, Eduardo, que afirmou durante a campanha que não é adversário político do governador Wanderlei Barbosa, já manifestou sua intenção de ter uma audiência com o titular do Executivo Estadual em seu primeiro dia como prefeito, para buscar as parcerias que Palmas necessita junto ao governo estadual, e uma convivência harmônica e positiva junto aos parlamentares estaduais e federais, para manter o nível de investimentos e obras que a Capital do Tocantins precisa, pois sabe que há a possibilidade de fazer em seu governo tudo o que sua adversária afirmou, em campanha, estar acertado e com recursos garantidos tanto junto ao governo federal quanto estadual.

 

Eduardo também quer dar voz e vez a todos os que estiveram ao seu lado durante a árdua campanha e fazer valer a liberdade de expressão, a liberdade religiosa e a igualdade social, tão buscadas pelos cidadãos.

 

Que Palmas possa, realmente, viver e esperar por dias melhores!

 

 

ANÁLISES

 

Nosso analista do Observatório Político de O Paralelo 13, Edson Rodrigues, estará, a partir desta segunda-feira, trazendo os efeitos colaterais mais contundentes nos principais colégios eleitorais do Tocantins, desta vitória de Eduardo Siqueira Campos em Palmas, assim como os desdobramentos dentro do Palácio Araguaia e no grupo político liderado pelo governador Wanderlei Barbosa.

 

Aguardem!

 

 

Posted On Domingo, 27 Outubro 2024 18:05 Escrito por

Com segundo turno, no domingo, as duas correntes políticas devem confirmar a ampla vitória que iniciaram na primeira rodada do pleito nas capitais

 

 

Por Júlia Portela e Pedro José 

 

O segundo turno das eleições municipais, no próximo domingo, deve consolidar o triunfo de partidos de centro e de direita. Legendas desses dois segmentos conseguiram um amplo leque de vencedores na rodada inicial do pleito, no último dia 6.

 

O que se vê na maioria das 15 capitais que terão segundo turno é uma corrida indefinida, mas com a direita disparando à frente, seguida por partidos de centro-direita.

 

Um dos exemplos da disputa ocorre em Goiânia. Levantamento divulgado pela AtlasIntel mostra Sandro Mabel (União Brasil) com 50,7%. O candidato do governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), concorre com Fred Rodrigues (PL), que é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aparece com 46,6%.

 

Já em São Paulo, a esquerda está na disputa, mas com reduzidas chances de vitória, segundo as pesquisas. O prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem 49% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira. Por sua vez, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aparece com 35%. Em relação à pesquisa anterior, de 17 de outubro, Nunes oscilou dois pontos para baixo, e Boulos, dois pontos para cima.

 

Larga vantagem tem Emília Corrêa (PL) para a Prefeitura de Aracaju. Ela aparece com 52,6% das intenções de voto, segundo a Paraná Pesquisas. Seu adversário, Luiz Roberto (PDT), soma 37%.

 

A disputa por João Pessoa tem contornos mais bem definidos. Segundo a última pesquisa AtlasIntel, Cícero Lucena (PP) ostenta 61,6% das intenções de voto, contra 38,4% de Marcelo Queiroga (PL).

 

Em Belém, o candidato Igor Normando (MDB) lidera a corrida eleitoral com 54,5% das intenções de voto, enquanto o Delegado Éder Mauro (PL) registra 41,4%, segundo a AtlasIntel.

 

Em Porto Velho, o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos) tem 49,3% das intenções de voto, enquanto a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) aparece com 44,4%, segundo pesquisa Futura Inteligência.

Em Manaus, o cenário é de empate, considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos da AtlasIntel. O atual prefeito, David Almeida (Avante), aparece com 50,2%, e Capitão Alberto Neto (PL), com 48,7%.

 

Empate técnico, também, em Palmas, conforme a Real Time Big Data. Janad Valcari (PL) marca 45%, e Eduardo Siqueira Campos (Podemos), 43%.

 

Campo Grande, por sua vez, apresenta uma disputa equilibrada. A atual prefeita, Adriane Lopes (PP), tem 47,8% das intenções de voto, e Rose Modesto (União Brasil) segue perto, com 42,3%, aponta o levantamento da Paraná Pesquisas.

 

Na disputa em Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) aparece com 46% das intenções de voto, mantendo vantagem sobre o bolsonarista Bruno Engler (PL), que soma 39%, conforme o Datafolha.

 

Eduardo Pimentel (PSD) lidera o duelo em Curitiba, com 51,4% das intenções de voto, enquanto Cristina Graeml (PMB) aparece com 43%, na pesquisa da AtlasIntel.

 

Desafios do PT

 

Presidente do PT Gleisi Hoffmann

 

Além do apoio a Boulos, do PSol, o PT tenta eleger candidatos em cinco capitais. O cenário mais desafiador é o de Fortaleza, em que Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) estão tecnicamente empatados. O petista tem 44% das intenções de votos, já o representante do PL soma 42%, segundo pesquisa Quaest.

 

Em Cuiabá, Lúdio Cabral (PT) está em desvantagem em relação a Abílio Brunini (PL). O candidato do PT tem 45,7% das intenções de voto, contra 52,6% do adversário do PL, de acordo com a AtlasIntel.

 

Já em Natal, o candidato do União Brasil à prefeitura, Paulinho Freire, tem vantagem na disputa do segundo turno contra Natália Bonavides (PT), segundo a AtlasIntel. Freire soma 54,4%, enquanto Bonavides tem 44,3%.

 

Em Porto Alegre, conforme o mesmo instituto, o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), tem 55,5% das intenções de voto. A deputada federal Maria do Rosário (PT) aparece com 41,3%.

 

Posted On Domingo, 27 Outubro 2024 05:51 Escrito por

Petição apresentada pela defesa de Jullyene Cristine tem mais de 140 páginas; em 2015,  STF absolveu político das acusações

 

 

Com Site UOL e Terra

 

 

Jullyene Cristine Santos Lins, a ex-esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acusa o político de violência doméstica e violações de direitos humanos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington. A informação é do colunista Jamil Chade, do Uol.

 

Segundo a reportagem, o caso foi iniciado pela defesa dela com o objetivo de que o processo seja encaminhado para a Corte Interamericana. O tribunal poderia emitir uma sentença obrigando o Estado brasileiro a atuar no caso. 

 

 

Lira e Jullyene tiveram um relacionamento por nove anos, de 1997 a 2006. Na denúncia feita pela ex-companheira, ela fala em agressões físicas e psicológicas, ameaças de morte, controle financeiro e psicológico e interferência em processos judiciais. Segundo ela, as agressões ocorreram em 2006 e, após denunciar os crimes, teria sofrido retaliações.

 

Em 2015, o  Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a absolver Lira dessas acusações por falta de provas e por entender que o crime prescreveu.

 

Petição contra o Estado brasileiro

Com mais de 140 páginas, a petição apresentada pela defesa de Jullyene é contra o Estado brasileiro. O documento pede que as autoridades nacionais protejam a suposta vítima e solicita uma indenização de R$ 1 milhão ao Estado, devido à ação que teria "invisibilizado" a situação da ex-esposa do político. A petição também traz laudos médicos e depoimentos de testemunhas.

 

Outra parte do documento ainda diz que a ex-mulher de Lira foi chamada para prestar depoimento à Polícia Federal em operações contra a corrupção, como a Taturana (2016) e Lava-Jato (2019). No entanto, o Ministério Público de Alagoas disse que "não poderia protegê-la" no território do estado.

 

Ainda de acordo com a reportagem, em junho deste ano, Lira pediu ao STF para retirar do ar entrevistas da ex-mulher sobre as acusações. O ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar censura, mas depois revisou a decisão e entendeu que algumas matérias foram publicadas há mais tempo e não eram ataques contra o presidente da Câmara.

A assessoria de Lira foi procurada pelo jornalista, e afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso.

 

 

Posted On Domingo, 27 Outubro 2024 05:49 Escrito por
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