Da Assessoria
Com o objetivo de fortalecer o diálogo institucional com os gestores, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizará, nos dias 22 e 23 de janeiro, às 9h, uma reunião com prefeitos e secretários(as) municipais das cidades de Porto Nacional, Oliveira de Fátima, Brejinho de Nazaré, Fátima, Ipueiras, Monte do Carmo, Silvanópolis e Santa Rita. Os encontros acontecerão na sede das Promotorias de Justiça de Porto Nacional.
A iniciativa, convocada pelo promotor de Justiça Luiz Antônio Francisco Pinto, titular da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto Nacional, busca reforçar a comunicação entre o MPTO e as gestões municipais, apresentando o funcionamento da instituição, detalhando a atuação do Ministério Público e destacando a importância de respostas rápidas e objetivas às suas requisições.
A agenda será dividida de acordo com as áreas prioritárias:
• 22 de janeiro: Secretarias de Assistência Social e Saúde; e
• 23 de janeiro: Secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura.
Os prefeitos das cidades participantes também foram convidados a acompanhar os encontros.
“Esta reunião é uma oportunidade para fortalecer o diálogo com os gestores municipais, esclarecer a dinâmica de trabalho da Promotoria e alinhar ações conjuntas que garantam maior eficiência no atendimento às demandas da população”, explicou o promotor Luiz Antônio Francisco Pinto. “Contamos com a presença de todos os convocados para construir soluções mais efetivas para as comunidades atendidas.”
Formação faz parte do Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE) e segue até a próxima quinta-feira, 23, em Palmas
Da Assessoria
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), realiza, entre os dias 21 e 23 de janeiro, a formação PROFE Líderes, destinada aos gestores das unidades escolares da rede estadual. O evento, que acontece no Crystal Hall, em Palmas, integra o Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE) e tem como objetivo fortalecer o papel da liderança escolar e capacitar os gestores em práticas de inovação e gestão educacional.
Participam do evento cerca de 1.100 profissionais, entre diretores, coordenadores pedagógicos, superintendentes regionais, além de supervisores indígenas das seis Superintendências Regionais de Educação (SRE) que ofertam educação indígena. Entre os participantes estão os diretores que passaram pelo processo seletivo realizado pela Seduc, garantindo que as unidades escolares estejam sob a responsabilidade de profissionais altamente qualificados e comprometidos com a melhoria contínua da educação no Tocantins.
Organizada em parceria com a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), a programação do evento inclui palestras, debates e painéis que abordam temas essenciais para o desenvolvimento das escolas estaduais. Entre os assuntos discutidos estão a liderança transformadora, o uso de dados como ferramenta estratégica para a gestão, estratégias para melhorar os indicadores de aprendizagem, impactos das políticas educacionais na formação dos estudantes, valorização profissional e os desafios trazidos pelas tecnologias educacionais.
O secretário de Estado da Educação, Fábio Vaz, ressalta a importância do PROFE Líderes como uma ação estratégica para fortalecer a qualidade do ensino. "Acreditamos que uma gestão escolar forte é fundamental para o sucesso da educação. Esse evento tem o propósito de fortalecer as capacidades dos gestores, alinhando práticas e compartilhando conhecimentos que farão a diferença no dia a dia das nossas escolas", afirmou.
Carta aberta assinada por 100 servidores afirma que o clima organizacional do instituto está ‘deteriorado’ sob a gestão de Márcio Pochmann
Por Rebeca Borgesda e Jornal de Brasília
A tensão entre Márcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e servidores da autarquia ganhou novos contornos nesta segunda-feira (20), após a circulação de uma carta elaborada por diretores do instituto com críticas ao presidente. O documento conta com a assinatura de 100 servidores.
Entenda em 5 pontos a crise no IBGE marcada pela entrega de cargos de diretores
A nota divulgada pelo IBGE não cita os motivos das trocas, mas a saída de Elizabeth e João partiu de decisão dos próprios técnicos. Os dois não se manifestaram publicamente sobre o assunto
A crise interna que atinge o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ganhou novos desdobramentos no início deste ano com a entrega de cargos de dois diretores da DPE (Diretoria de Pesquisas). Fontes que acompanham a rotina da instituição esperam novas mudanças em breve.
A seguir, entenda em cinco pontos a turbulência no principal órgão de estatísticas do país, presidido desde agosto de 2023 pelo economista Marcio Pochmann, uma escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
1. ENTREGA DE CARGOS
No dia 6 de janeiro, a presidência do IBGE anunciou em nota que Elizabeth Hypolito deixará o cargo de diretora na DPE. Ela será substituída pelo técnico Gustavo Junger da Silva, que também trabalha no instituto.
No mesmo comunicado, a presidência confirmou que João Hallak Neto deixará o cargo de diretor-adjunto na DPE. Ele será substituído pelo servidor Vladimir Gonçalves Miranda.
A nota divulgada pelo IBGE não cita os motivos das trocas, mas a saída de Elizabeth e João partiu de decisão dos próprios técnicos. Os dois não se manifestaram publicamente sobre o assunto.
Segundo a Assibge, entidade sindical que representa os servidores do instituto, o “desgaste” com “decisões unilaterais” da gestão Pochmann foi o principal fator apontado para a entrega dos cargos.
A afirmação consta em uma nota publicada pelo núcleo da Assibge da avenida República do Chile, no centro do Rio de Janeiro, onde atuam pesquisadores da DPE.
2. EXPECTATIVA DE NOVAS MUDANÇAS
Quem acompanha o dia a dia do instituto também prevê mudanças em breve na DGC (Diretoria de Geociências). Esse setor tem Ivone Lopes Batista como diretora e Patrícia Costa como diretora-adjunta.
Elas também já teriam pedido exoneração, mas as saídas não teriam sido confirmadas até o momento por indefinição sobre os nomes substitutos, conforme fontes a par do assunto. A DGC e a DPE são vistas como as duas principais diretorias do IBGE.
À Folha a assessoria de comunicação do instituto afirmou que a presidência vai emitir uma nova nota sobre a troca de diretores. O órgão não deu detalhes sobre o prazo para o comunicado.
Em setembro do ano passado, quando houve a explosão da crise no IBGE, a gestão Pochmann disse “refutar com firmeza as infundadas acusações de comportamento autoritário”.
3. CRIAÇÃO DE FUNDAÇÃO
Uma questão central de discordância entre a presidência e o corpo técnico é a criação de uma fundação pública de direito privado, a IBGE+.
O estatuto do novo órgão abre possibilidade para a realização de trabalhos para organizações públicas ou privadas. A IBGE+ chegou a ser apelidada por críticos de “IBGE paralelo”.
A Assibge diz que a fundação foi desenhada de forma sigilosa, sem consulta aos servidores. Assim, a medida pegou o corpo técnico de surpresa, de acordo com a entidade.
“A criação de uma fundação de direito privado para gerir a ‘inovação tecnológica’ dentro do órgão, feita sem consulta aos quadros técnicos, à comunidade científica e à sociedade, abre um flanco perigoso e sem precedentes para a interferência de interesses privados no sistema geoestatístico nacional”, afirmou a Assibge em carta divulgada na segunda (13).
Procurada pela reportagem, a presidência do IBGE não comentou o texto do sindicato. Em entrevista em novembro, Pochmann disse que as críticas eram “naturais” porque a nova fundação seria um “instrumento inovador”.
“Toda inovação tem, certamente, questões a serem melhor identificadas”, afirmou o economista à época.
4. MUDANÇAS NO LOCAL DE TRABALHO
Outra medida que causou atrito foi o plano de mudança dos servidores que atuam no prédio alugado pelo IBGE na avenida República do Chile, no centro do Rio, para um imóvel do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) no Horto, na zona sul.
O novo endereço é considerado de difícil acesso via transporte público. O prédio do centro abriga a DPE, a DGC e a Diretoria de Tecnologia da Informação.
Pochmann afirmou em novembro que a ida para o Serpro seria temporária. A ideia, segundo ele, era economizar com aluguel e, mais tarde, levar os funcionários para um endereço próprio do IBGE, a ser reformado também no Rio.
Em setembro, a presidência do instituto citou gastos anuais superiores a R$ 15 milhões nas instalações da avenida República do Chile.
“Não é razoável, frente a um contexto de necessidade de economia e melhor uso de recursos públicos, despender milhões de reais anualmente no aluguel de apenas um edifício, localizado na Av. Chile, com andares inteiros vazios ou subutilizados, tendo em vista que este abriga basicamente três diretorias cujos servidores se encontram em grande parte em trabalho remoto integral”, disse à época.
A presidência do IBGE também passou a defender o fim do teletrabalho integral.
5. PROTESTOS
Os atritos com a gestão Pochmann levaram o sindicato dos trabalhadores do instituto a organizar protestos na reta final do ano passado.
Os atos, realizados em frente a instalações do órgão, ficaram marcados por discursos contrários a medidas como a criação da IBGE+.
A declaração do presidente Lula foi dada durante abertura da reunião ministerial, na Granja do Torto
POR MARIANNA HOLANDA E VICTORIA AZEVEDO
O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (20) em reunião ministerial que a campanha eleitoral de 2026 já começou e que não quer entregar o país "de volta ao neonazismo", em referência à gestão do seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
"Dois mil e vinte e seis já começou. Se não por nós, porque temos que trabalhar, capinar, temos que tirar todos os carrapichos, mas pelos adversários, a eleição do ano que vem já começou. Só ver o que vocês assistem na internet para ver que já estão em campanha. A antecipação de campanha para nós é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar o que o povo precisa", disse.
"Precisamos dizer em alto e bom som, queremos eleger governo para continuar processo democrático do pais, não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, neonazismo, autoritarismo. Queremos entregar com muita educação", afirmou ainda, sob aplausos dos presentes.
A declaração foi dada durante abertura da reunião ministerial, na Granja do Torto. Este é o primeiro encontro do ano com o primeiro escalão.
A reunião começou pela manhã e deve durar o dia todo. Além de ministros, há também líderes do governo no Congresso.
A expectativa da reunião é para reforçar a cobrança e a pressa por entregas dos ministérios nesta segunda metade do governo. O encontro também ocorre sob a perspectiva de uma reforma no primeiro escalão do governo.
O presidente quer passar a mensagem nesta reunião de que o governo chegou na sua reta final, será preciso acelerar as medidas e, sobretudo, dar visibilidade de forma alinhada com a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência). A mais recente crise do Pix reforçou no Planalto a ideia de que é preciso um discurso mais unificado na Esplanada.
O governo recuou da norma da Receita Federal que ampliaria a fiscalização sobre transações de pessoas físicas por meio desse tipo de transferência que somassem ao menos R$ 5.000 por mês, após ataques da oposição e uma onda de desinformações sobre a medida.
Está prevista entre as falas de abertura do encontro a do novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, primeira vez para todo o primeiro escalão do governo. Ele tomou posse na terça-feira passada e já enfrentou a crise do Pix.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, um dos seus primeiros atos à frente da pasta foi encomendar uma campanha com foco em autônomos e empreendedores, após diagnosticar grande desgaste com esse público. Na avaliação de aliados do presidente, o diálogo com o segmento já era difícil e piorou ainda mais com a disseminação de fake news sobre a taxação do Pix.
“Taxação do Pix” já era mote de desinformação desde 2023
Um dos principais desafios de Sidônio, segundo integrantes do governo, será justamente de alinhar o discurso da Esplanada. Há no Palácio do Planalto um entendimento de que muitos ministros ao proporem uma medida ou tomarem uma decisão nem sempre estão alinhados com o núcleo de governo, ou seja, com o que o presidente quer.
Além de Lula e Sidônio, todos os ministros vão apresentar, brevemente, um balanço de suas pastas e uma projeção para 2025.
Como todo ano, o fim do Carnaval marca o início efetivo dos trabalhos políticos no Brasil. No Tocantins não é diferente, os principais interessados no processo sucessório de 2026 estão em descanso junto à suas famílias, outros viajando a trabalho, como o governador Wanderlei Barbosa e sua comitiva, que vão para a Suíça e outros, como os prefeitos eleitos e reeleitos, ajustando suas equipes de trabalho, sempre com um olho no peixe e outro no gato, pois sabem que apenas suas influências como prefeitos dos principais colégios eleitorais do Estado, não bastam para garantir assento na mesa de negociações da sucessão estadual. Será preciso desenvolver uma boa gestão capaz de garantir a popularidade necessária junto à população e, ao mesmo tempo, evitar conflitos políticos desnecessários.
Por Edson Rodrigues
Nos bastidores da política tocantinense, já se falam dos vários e vários nomes que pretendem disputar as eleições estaduais de 2026, com destaque para o número de pretendentes às duas vagas no Senado, que serão abertas com o fim dos mandatos de Eduardo Gomes e Irajá Abreu. Além dos dois, naturalmente candidatos à reeleição, muitos são os nomes que cobiçam as vagas no Senado, como os deputados federais Vicentinho Jr., Alexandre Guimarães e Carlos Gaguim, além do empresário e técnico de futebol Wanderlei Luxemburgo. Até 2026, outros nomes podem se juntar aos que pretendem se eleger ao Senado.
Bancada Federal do Estado com o Governador Wanderlei Barbosa
O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando todo o desenrolar das conversas de bastidores e já pode adiantar algumas informações desse processo natural e democrático.
GOVERNADOR
Há, no momento, duas pré-candidaturas naturais ao Executivo Estadual. A senadora Dorinha Seabra e o vice-governador Laurez Moreira. Mas nosso Observatório Político identificou nos bastidores o provável surgimento de uma terceira pré-candidatura. Trata-se, nada menos, que o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres que, inclusive, foi incluído de última hora na comitiva governamental que vai à Suíça em missão oficial tratar de assuntos ambientais, com ênfase no pioneirismo do Tocantins na comercialização de créditos de carbono florestal jurisdicional no Brasil.
A agenda tem como foco as discussões de oportunidades de investimento em Soluções Baseadas na Natureza, promovidas pelo veículo financeiro Silvania Nature Based Investments PTE. LTD., em Davos; a participação no LIDE Brazil Economic Forum, em Zurique; e a assinatura do Protocolo de Negociação para Restauração Florestal, em Villars-sur-Ollon, entre outros compromissos.
As ações estratégicas desenvolvidas na área ambiental pelo Governo do Tocantins, ao longo dos últimos anos, trouxeram destaques nos cenários nacional e internacional. Em um marco para o Brasil e para o mercado de créditos de carbono, o Estado anunciou, em novembro de 2024, a submissão oficial do Programa jurisdicional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) ao padrão Art Trees. A apresentação ocorreu durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 29), realizada em Baku, Azerbaijão.
Em parceria com a Mercuria Energy Group — uma das maiores empresas globais de commodities —, o programa prevê a comercialização dos créditos de carbono a serem gerados pelo estado até 2030, com uma projeção potencial de mais de 50 milhões de créditos, o que representa uma receita estimada em R$ 2,5 bilhões, caso o estado tenha sucesso na redução do desmatamento e degradação florestal nos próximos anos. Esses recursos serão aplicados em ações de combate ao desmatamento, repartição de benefícios com povos indígenas, povos tradicionais, quilombolas e com setor agro produtivo e no fortalecimento das políticas ambientais do Estado.
A presença de Amélio Cayres na comitiva e nas agendas política e social do governo, como aconteceu no Bico do Papagaio, no Nordeste e nos Lençóis Maranhenses, são sinais claros do aumento de prestígio do presidente da Assembleia Legislativa e está sendo avaliada pelos bastidores políticos, como o início de uma “preparação” do deputado nas atribuições de um governador e na liturgia inerente ao Poder Executivo.
Ou seja, já não é mais uma pré-candidatura que “corre por fora”, afinal, os últimos quatro governadores vieram da própria Assembleia Legislativa.
WAGNER RODRIGUES NÃO PODE SER SUBESTIMADO
Há outro nome que aparece nos bastidores com condições de pleitear uma candidatura ao governo do Estado. Trata-se do prefeito reeleito de Araguaína, Wagner Rodrigues.
Sua gestão que o levou a uma reeleição incontestável, rendeu um patrimônio político considerável. Se conseguir tocar seu segundo mandato com a qualidade que demonstrou no primeiro, com ações de um gestor equilibrado e eficiente, os principais analistas políticos acreditam que Wagner Rodrigues será um nome que não poderá ser subestimado, principalmente se conseguir formar uma frente partidária que inclua os prefeitos dos demais principais colégios eleitorais do Estado.
FUSÕES E FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS
Apesar dessa vontade de tudo e de todos em formatar seus grupos políticos e concorrer aos principais cargos eletivos do Tocantins em 2026, os políticos do Estado terão que enfrentar um obstáculo ardiloso, imposto de cima para baixo pelas cúpulas nacionais dos partidos, que são as fusões e formação de federações partidárias em andamento que, em momento algum, levam em consideração as peculiaridades das províncias.
As cúpulas nacionais do PSD, do MDB e do PSDB, discutem, há tempos uma fusão ou formação de federação, ao mesmo tempo em que o PP e o União Brasil, trocam figurinhas em busca de um acerto.
As conversações estão bem adiantadas e espera-se para depois do Carnaval que essas conversas avancem ainda mais, mesmo com as bases esperneando para evitar que as alianças, de qualquer tipo, sejam confirmadas pelas cúpulas nacionais.
O resultado dessas conversações, alinhamentos e conchavos nas cúpulas nacionais desses partidos vão influenciar muito nas decisões que terão que ser tomadas nos estados, principalmente no Tocantins, e esse deve ser o assunto mais quente dos bastidores políticos nos próximos 90 dias.
A possível saída dos governadores do PSDB deve acelerar as negociações em torno da fusão do partido, avaliam integrantes do PSD e MDB, que veem o poder de barganha se esfarelando caso a cúpula tucana demore muito a tomar uma decisão sobre o destino da legenda.
Hoje, o PSDB tem três nomes à frente de governos estaduais: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul; Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul, e Raquel Lyra, em Pernambuco.
A pernambucana deve puxar a fila de ex-tucanos. Ela negocia há algum tempo uma ida para outro partido. O PSD, de Gilberto Kassab, deve ser o destino da governadora — há uma expectativa de que Raquel comande o diretório estadual da legenda.
WANDERLEY BARBOSA
O governador Wanderlei Barbosa e o prefeito de Palmas Eduardo Siqueira Campos serão as duas lideranças políticas com maior influência nas eleições estaduais de 2026. Seja atuando em lados opostos, seja se aliando – hipótese que não pode ser descartada de maneira alguma – pois, em política, tudo é possível.
Tudo dependerá do senso de sobrevivência política de cada um. Wanderlei Barbosa já garantiu que não renunciará ao governo para não deixar a máquina administrativa estadual nas mãos do seu vice, Laurez Moreira, por quem não nutre nenhuma confiança.
Enquanto isso, Laurez segue trabalhando e moldando sua atuação política, sem “passar recibo” para a situação de “congelador” que lhe foi imposta pelo grupo palaciano.
Já Wanderlei Barbosa deverá dar os primeiros sinais de como o Palácio Araguaia vai se comportar politicamente a respeito da sucessão estadual de 2026 após a sua volta da Suíça, marcada para o próximo dia 31.
EDUARDO SIQUEIRA
Enquanto isso, Eduardo Siqueira Campos já conseguiu, em menos de um mês, mostrar que veio com “sangue nos olhos”, trabalhando ininterruptamente tanto na montagem e formatação do seu governo quanto na realização de obras prioritárias, fazendo questão de estar nas ruas, longe do ar condicionado do seu gabinete, como prometeu na campanha, e ganhando a admiração de todos por onde passa.
Já resolveu alguns “pepinos” deixados pela administração anterior, tomou decisões importantes e acertadas quanto ao concurso público da Educação, à eleição dos diretores das escolas municipais, apresentou o novo plano de saúde dos servidores municipais e vem trazendo nomes de capacidade e competência comprovada para a sua equipe, como, por exemplo, o ex-prefeito de Araguaína por dois mandatos, Ronaldo Dimas, onde foi um verdadeiro tocador de obras.
Paralelamente, Eduardo vem se movimentando politicamente, agindo de forma inteligente, demonstrando não querer criar atritos com quem quer que seja, participando, inclusive, de atos do governo do Estado e colocando a prefeitura às ordens para trabalhar em conjunto onde for necessário, na busca de uma convivência harmônica com o Palácio Araguaia, coisa que os palmenses não veem há anos, e que é altamente positiva para a população da Capital.
Logo, mesmo os dois principais líderes políticos do Tocantins no momento – Wanderlei e Eduardo Siqueira – não pretendendo se candidatar a nenhum cargo eletivo em 2026, para o descontentamento de seus adversários, terão muita força e poder de decisão em 2026.
Por enquanto, 2025 será o ano da “plantação” e 2026 o ano da “colheita” tanto para os líderes políticos quanto para os candidatos ao governo do Estado e às duas vagas para o Senado.
Quem souber onde, quando e como plantar, certamente terá a melhor colheita.
Boa sorte a todos...