O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), deu um passo importante rumo à construção de políticas públicas integradas para os municípios que compõem a Região Metropolitana de Palmas. A nomeação de André Gomes (PL) como secretário extraordinário de Desenvolvimento da Região Metropolitana sinaliza uma tentativa de transformar um conceito ainda embrionário em política de Estado com visão territorial, cooperação federativa e foco na qualidade de vida da população.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

A publicação no Diário Oficial do Estado, no último dia 14, oficializa uma decisão estratégica de reunir esforços do governo estadual e dos municípios vizinhos à capital para planejar e executar ações conjuntas em áreas como transporte, infraestrutura, saneamento, segurança, saúde e educação. É, antes de tudo, o reconhecimento de que Palmas não é uma ilha e que o seu crescimento passa, necessariamente, por uma governança compartilhada com os municípios do entorno.

 

A missão de André Gomes

A escolha de André Gomes para a pasta não é trivial. Ex-vice-prefeito de Palmas na gestão de Cinthia Ribeiro, servidor efetivo da Polícia Civil e irmão do senador e vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL), André Gomes chega à função com o peso da expectativa e o desafio de estruturar uma secretaria ainda sem orçamento próprio.

 

A ele caberá a missão de articular recursos federais, buscar em Brasília recursos a serem investidos nesta Região, estabelecer parcerias com os prefeitos da região metropolitana e desenhar políticas que transcendam os limites burocráticos. Em outras palavras, será preciso fazer muito com pouco e para isso, será decisiva a atuação política de seu irmão em Brasília.

 

Mais que uma nomeação administrativa, a chegada de André Gomes representa um teste de fogo onde terá que mostrar que é capaz de transformar protagonismo político em entregas concretas, com gestão técnica e sensibilidade social.

 

Desafios e oportunidades

A criação da Secretaria Extraordinária é, por si só, um reconhecimento de que a urbanização acelerada e o crescimento desigual da capital e seu entorno exigem soluções coordenadas. Municípios como Luzimangues (Porto Nacional), Aparecida do Rio Negro, Lajeado, Miracema, Monte do Carmo e outros, que orbitam economicamente em torno de Palmas, enfrentam desafios comuns mobilidade urbana precária, falta de serviços públicos integrados, crescimento habitacional desordenado e carência de infraestrutura básica.

 

Nesse contexto, surgem possibilidades concretas como a criação dos consórcios intermunicipais de saúde e transporte, programas de habitação de interesse social voltados para a classe média e baixa renda, estímulo ao turismo integrado e uso racional do território metropolitano. A Região Metropolitana de Palmas pode se tornar um laboratório de políticas públicas desde que haja articulação e método.

 

Um novo pacto federativo no Tocantins

 

A lógica da governança metropolitana exige uma nova mentalidade: menos disputa entre esferas de poder e mais colaboração. E é justamente nesse ponto que a presença de André Gomes pode ser decisiva. Se conseguir consolidar uma atuação integrada com o secretário municipal da Região Metropolitana de Palmas, Raimundo Nonato que representa a gestão do prefeito Eduardo Siqueira Campos o Estado poderá dar um exemplo de maturidade institucional.

 

A construção de uma governança regional não pode ser vista apenas como projeto técnico ela é também uma costura política que envolve vontades, concessões e pactos de longo prazo. O sucesso dessa empreitada exigirá, portanto, que o núcleo técnico da nova secretaria seja altamente qualificado mas, sobretudo, que as lideranças políticas envolvidas falem a mesma linguagem.

 

Hora de mostrar serviço

 

O destino abre agora uma nova porta para André Gomes, que, como vice-prefeito de Palmas, não teve espaço para protagonizar. Agora, à frente de uma secretaria estratégica, poderá deixar sua marca se conseguir transformar boas intenções em ações coordenadas, investimentos federais em obras concretas e discursos em políticas que melhorem, de fato, a vida dos moradores da região metropolitana.

 

É cedo para saber se a secretaria será bem-sucedida, mas já é possível afirmar que a responsabilidade é grande e o potencial também. Cabe agora acompanhar cada passo dessa construção, esperando que a política se alinhe com o planejamento, e que a visão de futuro não se perca nos obstáculos do presente.

 

A Região Metropolitana de Palmas pode deixar de ser uma ideia solta no papel e se tornar um território de experimentação democrática, inclusão social e desenvolvimento integrado. Mas, para isso, será preciso mais que boas intenções, será preciso trabalho, diálogo e coragem de inovar.

 

 

Posted On Terça, 22 Abril 2025 07:46 Escrito por O Paralelo 13

Seis denunciados fazem parte de grupo que teria planejado ações para "sustentar a permanência ilegítima" de Bolsonaro como presidente

 

 

Por Felipe Moraes

 

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta terça-feira (22), julgamento da denúncia contra o chamado "núcleo 2" da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Corte reservou três sessões para análise da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra as seis pessoas desse grupo: hoje, às 9h30 e 14h, e nesta quarta (23), das 8h às 10h.

 

Como será julgamento?

Nesta fase, o STF julga se denúncia da PGR atende aos requisitos legais, com demonstração de fatos e indícios de que acusados foram autores dos delitos em questão. Assim, a Primeira Turma vota para aceitar denúncia, tornando réus os denunciados e dando início a uma ação penal, ou pelo arquivamento.

 

Em abril, o STF abriu ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, entre ex-comandantes das Forças Armadas e ex-ministros, após acatar, por unanimidade, a denúncia da PGR.

 

Ao todo, a Procuradoria-Geral denunciou 34 pessoas pela trama golpista, divididas em cinco núcleos.

 

Quem faz parte do "núcleo 2" da trama golpista?

O "núcleo 2" da tentativa de golpe é formado por denunciados que teriam planejado ações para "sustentar a permanência ilegítima" de Bolsonaro como presidente, em 2022.

 

Eles foram acusados pela PGR pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado

 

Fazem parte do "núcleo 2" da trama golpista:

Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF);

Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Bolsonaro

Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;

Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF e ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. É a única mulher entre os 34 denunciados;

Mário Fernandes, general da reserva do Exército;

Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quem faz parte da Primeira Turma, que julga núcleos da denúncia de golpe?

Bem como ocorreu no julgamento da denúncia contra Bolsonaro e sete aliados, a Primeira Turma do STF é responsável pela análise.

 

Os dois colegiados da Corte, formados cada um por cinco ministros, podem julgar ações penais. Por regras internas, apenas o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, não participa desses grupos.

 

Como relator é o ministro Alexandre de Moraes, integrante da Primeira Turma, julgamentos relativos à trama golpista ficam sob responsabilidade desse colegiado.

 

Fazem parte da Primeira Turma do STF:

Cristiano Zanin (presidente do colegiado), de 49 anos. Entrou no STF em 2023, por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT);

Alexandre de Moraes (relator), de 56 anos. Entrou no STF em 2017, por indicação do ex-presidente Michel Temer (MDB);

Luiz Fux, de 71 anos. Entrou no STF em 2011, por indicação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT);

Flávio Dino, de 56 anos. Entrou no STF em 2024, por indicação do presidente Lula;

Cármen Lúcia, de 70 anos. Entrou no STF em 2006, por indicação de Lula.

 

 

 

Posted On Terça, 22 Abril 2025 07:43 Escrito por O Paralelo 13

Cerimônia aberta ao público será realizada em frente à Basílica de São Pedro

 

 

Por Camila Stucaluc

 

 

O funeral do Papa Francisco acontecerá no sábado (26), na Basílica de São Pedro, a partir das 10h (5h no horário de Brasília). A data foi anunciada pelo Vaticano, na manhã desta terça-feira (22), após a primeira Congregação Geral dos cardeais.

 

Segundo comunicado, o caixão com o corpo do pontífice será levado à Basílica de São Pedro na quarta-feira (23), onde ficará disponível ao público. No sábado, uma cerimônia será liderada pelo decano do Colégio dos Cardeais, Giovanni Battista Re, em frente à igreja. Posteriormente, o caixão será transferido para o sepultamento.

 

Jorge Mario Bergoglio morreu na madrugada de segunda-feira (21), aos 88 anos, após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) seguido de insuficiência cardíaca. O pontífice foi encontrado na Casa Santa Marta, onde vinha se recuperando de um quadro de pneumonia bilateral.

 

Diferente de outros papas, Francisco pediu para ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, ao invés da tradicional Basílica de São Pedro. O funeral seguirá a “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”, que ele próprio aprovou em novembro de 2024.

 

A primeira parte do funeral é a Missa de sufrágio. No ato, realizado na noite de segunda-feira, na Basílica de São João de Latrão, o cardeal Baldo Reina confirmou a morte de Francisco, com a leitura do atestado de óbito. Depois, o corpo do papa foi colocado em um caixão de madeira revestido de zinco e levado para a Basílica de São Pedro, onde será velado, como parte da segunda etapa.

A terceira estação se trata do enterro. Nesta etapa, será abandonada a tradição dos três caixões — de cipreste, chumbo e carvalho. O sepultamento seguirá o modelo dos funerais de bispos, utilizando títulos mais simples e sem a referência ao título “Romano Pontífice”. No testamento, Francisco pediu uma lápide simples, sem decoração especial e com única inscrição: Franciscus.

 

Conclave

Com a morte de Francisco, a Igreja Católica fica em estado de "sede vacante". Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto atualmente por 252 cardeais. Destes, 135 participarão do conclave para escolher o novo líder da igreja. Para ser eleito, o novo papa precisa de dois terços dos votos.

 

 

Posted On Terça, 22 Abril 2025 07:40 Escrito por O Paralelo 13

Pontífice católico passou por problemas respiratórios, chegando a retornar para casa; líder pediu “rito fúnebre simples”

 

 

Com Agências

 

 

Morreu aos 88 anos o Papa Francisco, no Vaticano. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Câmara Apostólica, às 7h35 desta segunda-feira (21) de Páscoa.

 

Segundo o comunicado do Vaticano, Francisco pediu que os ritos fúnebres “fossem simples e focados na fé da Igreja no Corpo Ressuscitado de Cristo”.

 

Francisco morreu na residência onde vive no Vaticano, na Casa Santa Marta. O Papa foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli em 14 de fevereiro, após crises de bronquite. O quadro clínico piorou, ficando 38 dias internado. Após o período, retornou para casa e fez poucas aparições públicas.

 

Nascido Jorge Mario Bergoglio, o argentino passou por uma cirurgia no país natal para retirar parte do pulmão afetado por uma infecção respiratória grave. O procedimento foi feito em 1957. Com isso, Francisco teve problemas respiratórios recorrentes.

 

Francisco pede “rito fúnebre simples”

Ainda de acordo com a Igreja Católica, Francisco seguirá a nova edição do livro litúrgico para funerais papais. A obra Ordo Exsequiarum Romani Pontificis traz, entre outros elementos, como tratar os restos mortais do religioso após a morte.

 

Um dos ritos dispõe das ações imediatas após a morte. Segundo o Vaticano, “constatação da morte ocorre na capela, e não no quarto onde ele faleceu, e o corpo é imediatamente colocado no caixão”. De acordo com o arcebispo Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, o Papa pediu que os ritos fúnebres fossem “simples e focados na fé da Igreja no Corpo Ressuscitado de Cristo”. “O rito renovado busca enfatizar ainda mais que o funeral do Pontífice Romano é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de uma figura poderosa deste mundo”, disse Ravelli.

 

Por fim, o comunicado oficial cita que o Santo Padre “nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal”:

 

“Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte do nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, confiamos a alma do Papa Francisco ao amor misericordioso do Deus Uno e Trino”.

 

 

Jorge Mario Bergoglio  antes de ser papa

 

 

Francisco nasceu em Buenos Aires, em 1936. Seus pais, ambos italianos, chegaram à Argentina em 1929, junto de uma leva de imigrantes europeus em busca de oportunidades de trabalho na América.

 

Arcebispo da capital argentina, ele era considerado um homem tímido e de poucas palavras, mas com grande prestígio entre seus seguidores. O religioso era admirado pela sua total disponibilidade e seu estilo de vida sem ostentação.

 

O argentino também era reconhecido por seus dotes intelectuais, por ser considerado dialogante e moderado, além de ter paixões pelo tango e pelo time de futebol San Lorenzo.

 

Antes de seguir carreira religiosa, Bergoglio formou-se técnico químico. Depois, ingressou em um seminário no bairro de Villa Devoto. Em março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, congregação religiosa dos jesuítas, fundada no século 16.

 

Em 1963, Bergoglio estudou humanidades no Chile e voltou à Argentina no ano seguinte para ser professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada Conceição de Santa Fé.

 

Entre 1967 e 1970, foi estudar teologia e acabou sendo ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969. Em menos de quatro anos chegou a liderar a congregação jesuíta local, um cargo que exerceu de 1973 a 1979.

 

Foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel, entre 1980 e 1986, e, depois de completar sua tese de doutorado na Alemanha, serviu como confessor e diretor espiritual em Córdoba. Em 1992, Bergoglio foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires.

 

Em 1997, ele virou arcebispo titular de Buenos Aires. Em 2001, foi nomeado cardeal e primaz da Argentina pelo papa João Paulo II. Entre 2005 e 2011, ocupou a presidência da Conferência Episcopal do país durante dois períodos, até que deixou o posto porque os estatutos o impediam de continuar.

 

Na Santa Sé, Bergoglio foi membro da Congregação para o Culto Divino e a disciplina dos Sacramentos; da Congregação para o Clero; da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica; do Pontifício Conselho para a Família e a Pontifícia Comissão para a América Latina.

 

 

 

Posted On Segunda, 21 Abril 2025 06:17 Escrito por O Paralelo 13

No complexo jogo da política, há momentos em que as escolhas falam mais alto que os discursos. E o recente ato protagonizado pelos cinco prefeitos das maiores cidades do Tocantins, Eduardo Siqueira (Palmas), Wagner Rodrigues (Araguaína), Josi Nunes (Gurupi), Ronivon Maciel (Porto Nacional) e Celso Morais (Paraíso), marca mais que um gesto de aliança, simboliza a separação do joio do trigo. Sob a liderança da senadora Professora Dorinha Seabra, o chamado G-5 tornou-se um divisor de águas no processo de sucessão estadual de 2026.

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Trata-se da consolidação de um campo político alternativo, que rompe com o círculo governista sem abrir mão da convivência democrática. É a política madura que entende que o embate de ideias não exige ruptura institucional, mas sim clareza de propósito e firmeza de liderança.

 

Prefeitos do G5 com a senadora Dorinha Seabra

 

A fotografia do encontro do G5 com Dorinha foi mais que uma imagem, foi um fato político. Ali, oficialmente, iniciou-se o processo de isolamento do grupo governista, com exceções pontuais na Assembleia Legislativa, deixando claro que os não-governistas se organizam com antecedência e método. Não é um racha emocional. É cálculo e projeto. É o tabuleiro sendo formatado peça por peça.

 

Governo popular não é garantia de vitória

 

Não basta ter um governo bem-avaliado, salários em dia, mutirões cirúrgicos e parcerias com os municípios. Se pararmos para observar, o governo já fez muito pelo Tocantins com a recuperação das rodovias, realização de concursos da PM, Saúde e Educação, construção da ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional. Isso tudo conta, mas não resolve se, no núcleo do poder, a desorganização interna e as vaidades descontroladas tomarem conta do processo político. A força do Palácio Araguaia reside na união dos seus principais líderes. Divididos, viram “caititu fora do bando”: comida de onça.

 

A metáfora pode parecer dura, mas a história política do Tocantins, como a de qualquer outra parte do país, ensina que desavenças internas, descompasso entre discursos e atos e a falta de um centro de gravidade claro são ingredientes certos para o fracasso eleitoral. Que o digam figuras como Tancredo Neves e Siqueira Campos, que souberam recuar, compor, escolher com a razão e não com a vaidade. Tancredo com Sarney, Siqueira com João Cruz. Ali, a política venceu o orgulho.

 

É hora de reflexão entre os governistas

 

O tempo é agora. As próximas 72 horas, que encerram a Semana Santa, podem e devem servir como um momento simbólico de reflexão profunda para os líderes do campo governista: o governador Wanderlei Barbosa, o vice-governador Laurez Moreira e o presidente da Assembleia, Amélio Cayres. Se quiserem manter viva a possibilidade de continuidade administrativa e política, precisarão abrir mão de vaidades, aparar arestas, chamar aliados de volta para o centro e formar uma chapa majoritária e proporcional coesa, humilde, integrada, com um projeto de estado, não apenas de poder.

 

Dorinha e o G5: proposta de governo à vista

 

Enquanto isso, o grupo opositor não perde tempo. Composta por prefeitos com base sólida, serviços prestados e densidade eleitoral, a frente liderada por Dorinha já se articula para apresentar, no tempo certo, uma proposta de governo com foco nos principais eixos que interessam ao povo tocantinense.

 

Na prática, a chapa que começa a se desenhar é puro sangue: Dorinha Seabra (União Brasil) para governadora, com os candidatos ao Senado Vicentinho Júnior (PP) e Carlos Gaguim (União Brasil). É uma composição com peso político, capilaridade eleitoral e discurso unificado.

 

O papel do observatório político

 

O Observatório Político de O Paralelo13, com seus 37 anos de atuação, cumpre seu papel histórico ao oferecer uma leitura clara dos movimentos políticos em curso. Em breve, trará uma análise detalhada das forças em disputa nos cinco maiores colégios eleitorais do Tocantins — Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso — mostrando quem é quem na corrida pelo Palácio Araguaia e pelas duas cadeiras no Senado.

 

O momento exige que os homens públicos, como já dito, sejam capazes de fazer reflexões, mudar rotas, reconhecer erros, evitar birras, superar ressentimentos, agir com grandeza e construir gestos de novos tempos. Política não se faz com mágoa, mas com visão de futuro.

 

Transfusão de sangue

 

O apoio público e imediato do G5 à pré-candidatura de Dorinha revela que o sangue novo precisa circular. A transfusão política já começou, e quem não compreender essa mudança de fase, corre o risco de ser esquecido no tempo.

 

Unidade, humildade e foco: este é o único caminho para os governistas se manterem competitivos. A alternativa é o isolamento. E na selva da política, quem se isola, dança. Porque, no final das contas, ou se aprende a ser onça, ou se vira a próxima refeição.

 

 

 

Posted On Domingo, 20 Abril 2025 05:00 Escrito por O Paralelo 13
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