Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação mais alta ao fim deste ano e do próximo, reduzindo ligeiramente ainda suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e mantendo as previsões para a taxa Selic e a cotação do dólar em ambos os períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 10
Com Istoé Dinheiro
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,58% ao fim deste ano, de 5,51% na pesquisa anterior, no que foi a 17ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,30%, de 4,28% anteriormente.
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Selic e PIB
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para a Selic em 2025 é de 15,00%, enquanto que para 2026 a projeção é de que a taxa atinja 12,50%.
Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,03% neste ano, abaixo da projeção da semana anterior de expansão de 2,06%. Em 2026, a expectativa é de que o crescimento seja de 1,70%, ante a mediana de 1,72% do levantamento anterior.
Esta é a primeira pesquisa Focus realizada desde a divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que os membros elevaram a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, pelo segundo encontro consecutivo, sinalizando mais uma alta da mesma magnitude em março.
No documento publicado na terça-feira passada, o BC elencou a desancoragem das expectativas de inflação, o grau de sobreaquecimento da economia e o impacto de políticas econômicas sobre o câmbio como riscos relevantes para o debate de política monetária.
Os investidores também têm prestado atenção em comentários de membros do governo sobre possíveis medidas para a alta inflação dos alimentos, que o Executivo vê como fundamentais para controlar a trajetória dos preços.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na semana passada que a economia brasileira “está bem” e que o governo vai “cuidar com muito carinho” dos preços dos alimentos.
Os investidores também têm demonstrado preocupações com o início do governo de Donald Trump nos EUA. A expectativa é de que as medidas do presidente norte-americano, que incluem tarifas de importação, possam fortalecer o dólar e prejudicar ativos e as economias de países emergentes.
Em seu mais recente anúncio relacionado à política comercial dos EUA, Trump disse no domingo que apresentará nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA, que se somariam às tarifas existentes sobre metais.
No Focus desta segunda, houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar em 2025 e 2026, com as projeções indicando que a moeda norte-americana encerrará este ano e o próximo em R$6,00.
O proprietário foi multado em R$ 3.600,00 pela infração, as mudas foram destruídas no aterro sanitário da Capital
Por Welcton de Oliveira
A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) apreendeu, no sábado, 8, na TO-010, na saída de Palmas, sentido Lajeado, uma carga com mudas irregulares que estavam sendo comercializadas de maneira ambulante, em desacordo com a legislação. O proprietário foi multado em R$ 3.600,00 pela infração, as mudas foram destruídas no aterro sanitário da Capital.
A apreensão e destruição das plantas foi feita pela barreira volante da Adapec, com o apoio da Polícia Militar, sendo apreendidas 43 mudas de plantas, entre citrus e outras diversas. Vale ressaltar que a legislação proíbe o comércio ambulante de plantas, por isso, a apreensão e destruição das plantas visa preservar o patrimônio fitossanitário do Estado, uma vez que, por não ter origem, pode trazer pragas que não existem no Estado e causar grandes prejuízos econômicos.
A Agência orienta as pessoas a não adquirirem mudas de plantas de comércio ambulante. E informa que para fazer o comércio de plantas no Tocantins, os viveiros devem possuir Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e serem cadastrados na Adapec.
Da aAssessoria
Nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, a Associação de Assistência Jurídica dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (AJUSP-TO) encaminhou ao Governador Wanderlei Barbosa, uma minuta de Projeto de Lei que trata da implementação do reajuste de 25%, nas tabelas financeiras dos servidores públicos estaduais. A minuta está anexo ao Ofício nº 004/2025 protocolado no Palácio Araguaia, com cópias ao secretário da Administração, Paulo César Benfica Filho, e a Procuradora-Geral do Estado, Irana Coelho.
Na minuta do Projeto de Lei, a AJUSP-TO versa sobre as alterações das Tabelas de Valores Remuneratórios, dos servidores públicos do Quadro Geral, do Quadro Técnico e de Apoio Administrativo da Secretaria da Fazenda, do Quadro da Defesa Social (Execução Penal e Socioeducativo), da Carreira de Meio Ambiente, da Carreira de Extensão Rural, da Carreira de Defesa Agropecuária e dos Profissionais da Saúde, para implementação do aumento de 25%, realizando assim o pleno cumprimento da decisão do STF.
Cabe recordar o fato de que, no último sábado, 08 de fevereiro, completou-se 2 (dois) anos desde que saiu a Certificação do trânsito em julgado, pelo STF. Com a publicação do acórdão/decisão da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4013), ficou evidenciado que o reajuste de 25% é um direito legítimo dos servidores públicos tocantinenses. O STF reconheceu, inclusive, que o reajuste deve ser concedido e incorporado tendo o mês de janeiro de 2008, como o prazo inicial do efeito financeiro.
“A AJUSP-TO elaborou essa minuta e está enviando ao Governo para que analise e encaminhe, em regime de urgência, para a Assembleia Legislativa, onde poderá ser votada pelos deputados estaduais. Essa é mais uma iniciativa da nossa Diretoria que segue batalhando para que os nossos associados recebam os 25%, um direito que nem deveria mais estar em discussão, haja vista a vitória que obtivemos no Supremo Tribunal Federal, com o julgamento da ADI 4013”, explicou o presidente da AJUSP-TO, Cleiton Pinheiro.
SÓ NA PROXIMA SEMANA I
O Titular desta Coluna, jornalista Edson Rodrigues, vai adiar seu retorno ao Tocantins trazendo boas notícias de Goiânia, onde foi fazer a revisão médica da retirada de um câncer.
Os resultados comprovam que ele está 100% curado.
Neste domingo, ele esteve em Brasília, colocando as informações em dia junto às suas fontes, sobre tudo o que diz respeito ao Tocantins.
Esta semana, Edson permanece em Goiânia, retornando ao Tocantins no fim de semana.
SÓ NA PROXIMA SEMANA II
A Família O Paralelo 13 se prepara para reativar seu departamento de jornalismo investigativo, sempre primando por sua independência editorial e ética profissional.
A pauta será dominada pelo processo eleitoral de 2026, as investigações sobre corrupção em andamento na Justiça Federal abrangendo os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – sempre de forma imparcial, sem pré-julgamentos, mas mantendo sempre o diálogo aberto com a sociedade, sem aceitar mordaças e intimidações.
SÓ NA PROXIMA SEMANA III
Na próxima semana Edson Rodrigues deve se reunir com vários parceiros institucionais, políticos e empresariais, além de amigos proprietários e dirigentes de veículos de comunicação tocantinenses.
Só depois desses encontros é que a Família O Paralelo 13 traçará suas prioridades nos primeiros seis meses de 2025.
AMIGOS E IRMÃOS PARA SEMPRE
Nada, nem ninguém, conseguirão interferir na amizade e confiança mútua entre a Família O Paralelo 13 e o amigo e irmão Cleber Toledo.
No próximo fim de semana já está agendado um almoço entre Edson Rodrigues, Edvaldo Rodrigues e Cleber Toledo, na residência de Edvaldo, em Porto Nacional, onde os três amigos vão colocar em dia as pautas e o momento de tensão vivido no Tocantins entre as lideranças políticas, visando à sucessão estadual em 2026, o desencontro dos Poderes em relação à liberdade de expressão, uma conquista inegociável para os veículos de comunicação, quer seja do agrado ou não da classe política.
PALÁCIO ARAGUAIA E OS RELACIONAMENTO INSTITUCIONAIS
Em conversas com membros do Palácio Araguaia, Prefeituras de Palmas e de Araguaína, ficou mais que claro que, pelo menos entre seus titulares, não há a menor confiança mútua de um para com o outro.
Toda essa conversa não passa de teatro, segundo essas fontes.
Elas continuam, afirmando que não há, por parte das prefeituras, nenhuma intenção de se aproximar do Palácio Araguaia que, por sua vez, quer que oposição se exploda.
Mais revelações em breve, no mais tardar, em abril...
SUBESTIMANDO DORINHA SEABRA
Há provas em mãos da senadora Dorinha Seabra de que um auxiliar, próximo ao Palácio Araguaia, trabalha contra a candidatura da senadora ao governo em 2026.
Neste fim de semana, em Gurupi, esse auxiliar deixou suas “impressões digitais” quando o governador Wanderlei Barbosa esteve na cidade, conhecida como “a Capital da Amizade”, acompanhado do presidente da Assembleia, deputado Amélio Cayres e desse auxiliar que vem trabalhando contra a candidatura de Dorinha.
Amélio Cayres, dizem, é candidatíssimo a pré-candidato ao governo...
AGORA É COM A PROCURADORIA DA REPÚBLICA I
Segundo apurou o Observatório Político de O Paralelo 13 no último fim de semana, 90% das investigações referentes aos inquéritos que geraram operações da Polícia Federal nos três Poderes do Tocantins, aguardam manifestação do Ministério Público Federal, via Procuradoria Geral da República.
Segundo fontes, operações complementares devem ocorrer caso seja necessário, lembrando que o crime de corrupção não prescreve, o que pode colocar muita gente no mesmo “balaio”.
Há fatos de 2018, envolvendo membros da Assembleia Legislativa que ainda serão julgados, segundo documentos aos quais O Paralelo 13 teve acesso, no último fim de semana, em Brasília.
AGORA É COM A PROCURADORIA DA REPÚBLICA II
São aguardados para estes primeiros 120 dias do ano, muitos movimentos nos inquéritos investigativos, e não está descartada uma megaoperação da Polícia Federal em território tocantinense.
Mesmo membros dos Três Poderes do Estado estando contrariados com a cobertura jornalística por parte da imprensa independente, tudo está sendo monitorado e observado.
O Observatório Político de O Paralelo 13 está atento, e não aceita mordaça nem intimidações de quem quer que seja.
2025 promete...
PF QUER INCLUIR SENADOR EM INVESTIGAÇÃO I
A Polícia Federal (PF) solicitou a abertura de um inquérito para investigar possíveis desvios relacionados à destinação de emendas parlamentares do senador Eduardo Gomes (PL-TO), atual 1º vice-presidente do Senado e ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional. O pedido foi encaminhado no âmbito da Operação Emendário, que já resultou em denúncias contra três deputados do PL, conforme revelou o site Metrópoles.
A investigação teve um desdobramento significativo após a análise de aparelhos eletrônicos apreendidos durante as diligências. A PF identificou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, funcionário do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), apontado como operador de um esquema de rateio de emendas entre parlamentares aliados.
PF QUER INCLUIR SENADOR EM INVESTIGAÇÃO II
A assessoria de Eduardo Gomes negou qualquer irregularidade. Em nota, afirmou que, enquanto relator parcial do orçamento e líder do governo Bolsonaro no Congresso, destinou recursos para vários estados, incluindo o Maranhão. Alegou, ainda, que a única emenda individual do senador para um estado fora do Tocantins foi para o Rio Grande do Sul, devido às chuvas, no valor de R$ 1 milhão.
Sobre Lizoel Bezerra, a assessoria informou que ele atuou apenas como motorista em campanhas políticas do senador, negando qualquer vínculo com o gabinete no Senado.
PF QUER INCLUIR SENADOR EM INVESTIGAÇÃO III
Por incrível que pareça, a Operação Emendário mira apenas senadores do PL e remonta casos ocorridos entre janeiro e agosto de 2020, como se apenas políticos do PL estivessem envolvidos.
Com a ascensão de Eduardo Gomes à 1ª vice-presidência do Senado, contrariando a vontade e o desejo de muita gente influente, fica notório que essa “movimentação” em uma operação direcionada, está diretamente ligada ao fato do senador tocantinense ter chegado onde chegou na política nacional.
Como é sabido por todos, o presidente Lula e vários investigados pela Operação Lava Jato tiveram suas condenações anuladas por “irregularidades na obtenção de provas” por parte do braço investigativo da Justiça, que é a Polícia Federal.
Como o jogo virou, agora mira-se apenas em quadros de um partido específico. Mais precisamente, no partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ônus da prova, é da acusação...
TRANSPARÊNCIA
Não só a população tocantinense, mas a imprensa, fornecedores e prestadores de serviço, aguardam, por parte do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, um “extrato financeiro” do que foi deixado pela gestão anterior, de Cinthia Ribeiro.
De preferência, tudo em detalhes, inclusive restos a pagar, empenhos anulados e a legalidade de tudo o que foi feito, financeiramente falando. E não bastam apenas números. É preciso que haja transparência no que vier ao conhecimento público, inclusive sobre os 300 milhões de reais em dívidas...
Fato ou fake news?
SEMIPRESIDENCIALISMO GANHA FORÇA NO CONGRESSO NACIONAL
O semipresidencialismo voltou a ser pauta nos Três Poderes após os deputados Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) e Lafayette Andrada (Republicanos-MG) protocolarem, na Câmara, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o tema na última quinta-feira (6).
No modelo semipresidencialista, há uma divisão de poderes. O presidente da República atua como “chefe de Estado” e divide o poder com um primeiro-ministro, que seria um “chefe de governo” escolhido pelo Congresso Nacional.
A medida foi impulsionada pelo apoio do novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que fez acenos de simpatia ao modelo de governo. Outros 181 parlamentares também foram favoráveis e assinaram a PEC.
Na justificativa da proposta, os autores argumentam que o novo sistema evitará que, em caso de uma crise institucional envolvendo o presidente da República, o Brasil enfrente as “prolongadas e incertas crises institucionais que antecederam as quedas de [Fernando] Collor e Dilma [Rousseff] e acabam afetando, também, todo o quadro econômico brasileiro”.
GLEISI DIZ QUE SEMIPRESIDENCIALISMO É “MEDO DO POVO”
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, criticou neste domingo, 9, a proposta de emenda à constituição (PEC) que institui o semipresidencialismo no País. O modelo é alternativo ao presidencialismo e dá mais poder ao Congresso em questões como o plano de governo e Orçamento da União.
Para a petista, a proposta do deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) pretende "tirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar". "É muito medo da soberania do povo", disse Gleisi no X (antigo Twitter).
RONALDO CAIADO: “É SÓ CORTAR O PT”
Em um vídeo divulgado na noite de sexta-feira (7), o governador Ronaldo Caiado critica as medidas econômicas do governo Lula e responsabiliza os altos gastos federais pela inflação crescente. A gravação viralizou nas redes sociais e trouxe à tona uma crítica ao presidente Lula, especialmente após declarações dele sobre a alta dos preços dos alimentos.
Caiado ironiza as palavras de Lula sobre a sugestão de os brasileiros cortarem produtos caros para reduzir a inflação. “O brasileiro dormiu sonhando com a picanha e acordou sem poder comprar uma caixa de ovos. Essa alta é culpa dos gastos descontrolados do governo federal, que pressionam a inflação”, afirma o governador. Ele completa, dizendo que, ao invés de reduzir os gastos, o governo prefere repassar o custo para a população.
“Se o governo não consegue controlar a inflação, é só cortar o PT”, disse Caiado.
Nos últimos anos, a destinação de emendas parlamentares se tornou um dos temas mais controversos da política brasileira. Se por um lado representam uma ferramenta legítima para a descentralização de recursos, permitindo que deputados e senadores direcionem verbas para áreas estratégicas em seus estados, por outro, a falta de fiscalização eficaz tem aberto espaço para esquemas de corrupção que comprometem o uso adequado do dinheiro público
Da Redação
No Maranhão, investigações da Polícia Federal revelaram um esquema no qual parlamentares supostamente cobravam um “pedágio” de 25% sobre os recursos destinados à saúde. As provas colhidas, incluindo mensagens trocadas entre deputados e intermediários, indicam que a prática estava enraizada, com políticos negociando valores e pressionando prefeitos a devolverem parte do dinheiro. O caso se tornou emblemático, pois envolve não apenas a classe política, mas também empresários e operadores que lucram com essa engrenagem criminosa.
Agora, surge a possibilidade de que um esquema semelhante esteja em andamento no Tocantins. Informações de bastidores indicam que investigações da Polícia Federal já foram concluídas e aguardam encaminhamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Sete nomes estariam envolvidos, e três deles seriam figuras de destaque na Assembleia Legislativa do Estado. O que se espera é que essas investigações avancem com celeridade e que a população tenha conhecimento dos responsáveis pelo desvio de recursos públicos.
O papel da Assembleia Legislativa e a responsabilidade dos líderes políticos
Nesse contexto, chama atenção a liderança do deputado Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins. Até o momento, não há indícios que o vinculem diretamente ao esquema das emendas impositivas, mas a transparência da Casa Legislativa será fundamental para dissipar qualquer suspeita. Afinal, é inaceitável que recursos destinados à população – especialmente os mais vulneráveis – sejam desviados para interesses escusos.
A compra superfaturada de cestas básicas com dinheiro público, por exemplo, é uma prática que deveria indignar qualquer cidadão. Quando esses esquemas são articulados dentro das próprias instituições que deveriam representar os interesses do povo, a desconfiança na classe política só aumenta.
Diante desse cenário, é essencial reforçar a importância da transparência na gestão pública. Um exemplo concreto é a Prefeitura de Palmas, que enfrenta questionamentos sobre o legado financeiro deixado pela gestão anterior. A população, a imprensa e fornecedores aguardam a divulgação de um extrato financeiro detalhado, que esclareça os restos a pagar, os empenhos anulados e a legalidade de todos os atos da administração passada.
Não é mais aceitável que gestores públicos escondam informações ou dificultem o acesso a dados essenciais sobre o uso do dinheiro público. Se há um déficit de mais de R$ 300 milhões, como apontam alguns rumores, que seja esclarecido de forma objetiva. Se são apenas especulações, que a verdade venha à tona. O que não pode existir é o silêncio e a falta de explicações.
Não é questão política, é questão de justiça
Os recentes casos envolvendo emendas parlamentares no Maranhão e a expectativa sobre novas revelações no Tocantins não podem ser tratados como meros escândalos passageiros. A corrupção na destinação de verbas públicas compromete serviços essenciais e prejudica milhões de brasileiros.
A resposta a esses casos não pode ser seletiva nem pautada por interesses políticos. A transparência não deve ser apenas uma bandeira de discursos vazios, mas uma prática efetiva. O que a sociedade espera das instituições de controle e da própria classe política é que deixem de lado os conchavos e interesses particulares e coloquem o interesse público em primeiro lugar.
Se há algo que pode resgatar a confiança da população na política, é a certeza de que quem comete crimes contra o patrimônio público será responsabilizado. E isso não pode esperar.