Da Redação
A sogra do secretário e ex vice governador do estado Tocantins , Tom Lyra, dona Ana Maria Fonseca Leão , 69 anos, morreu nesta segunda -feira (08.07), vítima de câncer no abdômen , no Hospital Luxemburgo , em Belo Horizonte .
Ela lutava há mais de onze meses contra a doença. Lyra acaba de embarcar para Belo Horizonte para acompanhar o velório , postou em suas redes sociais uma mensagem informando à perda da sogra.
“Amigos, hoje o dia está ainda mais triste à minha família e na vida de minha esposa .
Com muito pesar informo a vocês o falecimento da minha sogra, dona Ana Maria Fonseca Leão , que faleceu hoje, no Hospital Luxemburgo , em Belo Horizonte .
Dona Ana Maria foi uma mulher guerreira, carinhosa, amada por todos e que lutou intensamente contra um câncer no abdômen , desde de setembro do ano passado”, disse.
O secretário homenageou a sogra lembrando os momentos felizes proporcionados pela convivência: “Lembraremos para sempre os momentos felizes que ela nos proporcionou, sempre com muito carinho e atenção um grande exemplo de mulher mineira .
No próximo dia 12, ela completaria 70 anos. Que Deus, na sua infinita bondade, conforte a todos nós familiares e dê paz para meu sogro Francisco Leão , especialmente, a minha esposa Alice Leão e seus irmãos Juliana, Fábia e Jardel e, que Deus a receba com muita luz!”, disse.
CLIMA DE DISTANCIAMENTO ENTRE LAUREZ MOREIRA E WANDERLEI BARBOSA I
O Observatório Político de O Paralelo 13 não tem como evitar tocar neste assunto. Há, sim, um distanciamento político entre o vice-governador Laurez Moreira e o governador Wanderlei Barbosa. Isso é um fato já conhecido nos bastidores do Palácio Araguaia.
A chegada da irmã do governador, Berenice Barbosa, na campanha pela reeleição da prefeita de Gurupi, Josi Nunes, é o principal sinal que comprova essa afirmação.
Outro sinal foi o fato de Wanderlei Barbosa ter citado nominalmente os componentes do seu grupo político com vistas às eleições estaduais de 2026, e citado o senador Eduardo Gomes, presidente do PL estadual, a senadora Dorinha Seabra, presidente estadual do União Brasil, o deputado federal Vicentinho Jr, presidente estadual do PP e não ter citado o nome de Laurez, presidente estadual do PDT.
CLIMA DE DISTANCIAMENTO ENTRE LAUREZ MOREIRA E WANDERLEI BARBOSA II
Um dos comentários mais fortes, que corre à boca pequena nos bastidores da política tocantinense, é que Laurez teria conspirado contra o mandato de Wanderlei Barbosa junto ao clã dos Abreu – leia-se Kátia e Irajá Abreu.
A ex-senadora, inclusive, encontra-se politicamente mais ativa que nunca, e Irajá, como se sabe, é o “detrator mór” do governo de Wanderlei Barbosa, tentando, em Brasília, emplacar qualquer tipo de denúncia de atos não republicanos ou deslizes do governo do Estado, junto aos órgãos fiscalizadores federais.
CLIMA DE DISTANCIAMENTO ENTRE LAUREZ MOREIRA E WANDERLEI BARBOSA III
O candidato a prefeito de Gurupi pelo PSD, presidido no Tocantins por Irajá Abreu, deputado estadual Eduardo Fortes, tem como vice o filho do vice-governador Laurez Moreira, Juarez Moreira.
Ou seja, basta juntar os pontos: Gurupi é o ninho do distanciamento entre Laurez Moreira e Wanderlei Barbosa, e o clã dos Abreu é parte atuante e fundamental para o azedamento das relações entre o vice-governador e o governador do Estado.
Vamos ver até onde isso vai...
CINTHIA RIBEIRO DETONA VEREADORES APÓS DERROTA
Por falar em distanciamento político, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro Mantoan, colocou quilômetros de distância entre ela e a Câmara Municipal de Palmas, ao usar as redes sociais para detonar os vereadores palmenses que negaram à ela autorização para a captação de mais de 660 milhões de reais em empréstimos.
Cinthia generalizou e não poupou nem os vereadores da sua base aliada, esquecendo que os mesmos vereadores que ela chamou de “vendidos” hoje, podem permanecer vereadores na próxima legislatura, e serão eles quem julgarão suas prestações de contas.,
Qualquer deslize apontado pelo TCE pode ser a gota d’água para uma inelegibilidade de Cinthia Ribeiro.
Fato.
PESQUISAS DE INTENSAO DE VOTOS EMPALMAS
O Observatório Político de O Paralelo 13 já previa a chegada de institutos de pesquisa de opinião pública em território tocantinense nestas eleições municipais nos principais colégios eleitorais, principalmente em Palmas. Com novas metodologias, dois deles já estão em ação e outro, de credibilidade nacional, deve aportar em breve.
Serão novas oportunidades para os eleitores terem mais informações, argumentos e leituras de cenário para formularem seus votos, acompanhando a tendência de seus municípios, minimizando a desinformação promovida nas redes sociais e reforçando o trabalho feito pelos veículos de comunicação que trabalham com ética e seriedade.
REVITALIZAÇÃO DA ORLA DE PORTO NACIONAL
O prefeito Ronivon Maciel assinou ordem de serviço para a revitalização da Orla de Porto Nacional, incluindo sinalização turística, no valor de 3,8 milhões de reais, com recursos oriundos de emenda impositiva do senador Eduardo Gomes, líder no carreamento de recursos federais aos 139 municípios tocantinenses e ao governo do Estado, independentemente da cor partidária.
Eduardo Gomes segue se comportando como um político de excelência, trabalhando para o seu povo, sem dar ouvido ou atenção às picuinhas, trazendo obras e resultados, fazendo tudo o que o eleitorado espera de um parlamentar comprometido e ciente do seu dever.
POPULARIDADE DE LULA SEGUE EM QUEDA
Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (6) mostra a avaliação de Lula (PT) nas cidades Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Na capital paulista, a avaliação de Lula segue estável se comparado com o último levantamento, realizado em maio. Porém, desde agosto, a aprovação apresenta queda. No ano passado, 45% dos eleitores consideravam seu governo ótimo ou bom; hoje, 34%.
Nas quatro capitais, a pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 4 de julho. Foram entrevistados 1.092 paulistanos, 840 cariocas, 616 recifenses e 616 mineiros.
PRESIDENTE DA ARGENTINA VEM AO BRASIL, MAS NÃO SE ENCONTRA COM LULA I
O presidente da Argentina, Javier Milei, fez um discurso neste domingo (7) em um fórum conservador em Camboriú (SC). Essa foi a primeira viagem de Milei ao Brasil desde que ele foi eleito, no fim do ano passado. No entanto, não houve encontro entre e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que são adversários políticos.
Lula e Milei nunca se reuniram, apesar de Brasil e Argentina serem parceiros históricos na América do Sul. O encontro poderia ocorrer nesta semana, na reunião do Mercosul no Paraguai. Mas Milei optou por não ir. Preferiu o evento conservador em Santa Catarina, do qual participou também o ex-presidente Jair Bolsonaro, outro rival de Lula.
PRESIDENTE DA ARGENTINA VEM AO BRASIL, MAS NÃO SE ENCONTRA COM LULA II
Camboriú recebeu neste fim de semana a quinta edição da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), versão brasileira do evento Conservative Political Action Conference, considerado o maior fórum conservador dos Estados Unidos.
Em uma quebra de protocolo diplomático, Milei não se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele chegou ao hotel que o ex-presidente Jair Bolsonaro está hospedado por volta das 23h25, mas não parou para falar com a com a imprensa. A CPAC Brasil é organizada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).
Milei foi recepcionado por Bolsonaro e Tarcísio no hall do hotel e, em seguida, foi para uma sala assistir o final do jogo entre Brasil e Uruguai, pelas quartas de final da Copa América.
LIRA ENDURECE JOGO E TIRA SECRETÁRIO DO ORÇAMENTO DE MINISTÉRIO
A Presidência da Câmara dos Deputados solicitou o retorno do secretário de Orçamento do Ministério do Planejamento, Paulo Bijos, que é servidor da Casa, deixando descoberta uma área importante do governo em meio à discussão do Orçamento de 2025.
Pego de surpresa com o pedido, o Ministério do Planejamento chegou a enviar uma solicitação para que Bijos seguisse cedido para o Executivo e também solicitou ajuda para a Casa Civil e articulação política do governo, sem sucesso.
Segundo Arthur Lira, presidente da Câmara Federal, o Congresso Nacional precisa dos consultores legislativos e seu desejo seria de que todos aqueles que estão Cedidos ao Executivo voltassem para a Câmara.
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, não deve ter tido uma boa noite de sono entre a sexta-feira e o sábado, depois que teve o seu pedido de contração de empréstimos junto à entidades financiadoras, no valor de mais de 660 milhões de reais, negado por nove votos a sete, pelos vereadores da Capital
Por Edson Rodrigues
Cinthia sabia que a aprovação dos empréstimos não seria fácil. Precisava de votos de vereadores da oposição para compor a maioria necessária. Um dos empréstimos teria como destinação a compra de ônibus escolares, justamente o fator motivador da investigação da Polícia Federal que encontrou mais de dois milhões de reais em dinheiro vivo em um apartamento ligado a um de seus ex-assessores. Logo, a reação colérica da prefeita nas redes sociais não se justifica.
A não ser em duas hipóteses: se ela tinha acordos com vereadores oposicionistas para votar em seu favor ou se essa verba dos empréstimos era essencial para que ela conseguisse tocar os últimos meses do seu mandato.
Imagens das redes Sociais
A verdade é que a “Mamis Poderosa” simpática e agradável das redes sociais deu lugar à “Mamis Descontrolada”, que não poupou saliva (dedo, no caso) para detonar os vereadores de Palmas: “Palmas foi vendida no crédito, no débito e na nota promissória. Vereadores comparsas e a serviço de uma quadrilha. Coação, ameaça e suborno. Uns devem a casa, outros a alma. Pisa é pouco, rolou até ameaça de morte. Não sei quem é pior: quem se vende, quem os compra ou quem foge.”
ERRO DE CÁLCULO
Ao destilar seu ódio e sua frustração contra a Câmara Municipal de Palmas, Cinthia Ribeiro Mantoan, cometeu um enorme erro de cálculo ao esquecer algumas coisas importantes que terá, obrigatoriamente, que passar até o fim do seu mandato.
A primeira é o seu relacionamento com a Câmara Municipal, principalmente com seus aliados. Ao falar em “vereadores”, ela generalizou, tratou a todos como iguais, esquecendo que teve sete votos favoráveis, mas que, agora, passam a ser sete votos não garantidos nas próximas votações.
Prefeita Cinthia e Junior Geo
E é com esses sete vereadores que Cinthia terá que trabalhar para eleger o deputado estadual Júnior Geo o seu sucessor. Geo, inclusive, vem crescendo nas pesquisas e sua pré-candidatura começa a ganhar musculatura política. Cinthia precisa que haja um segundo turno nas eleições municipais de outubro e sua melhor opção seria ter o “seu” candidato contra a sua arqui-inimiga Janad Valcari. Será que, depois de serem “jogados aos leões”, seus aliados na Câmara Municipal continuarão a segui-la, a corresponder às suas orientações e trabalharão em favor de Júnior Geo?
E após o fim do seu mandato, quando suas contas passarão pela análise da Câmara Municipal. Será que haverá boa vontade dos reeleitos para com a ex-prefeita? E dos novos eleitos, que podem, inclusive, ser todos da atual oposição?
Lembrando que são as Câmaras Municipais que recomendam a rejeição de prestações de contas dos prefeitos e, em caso de balancetes rejeitados, o gestor responsável pode responder criminalmente e ficar inelegível por cinco anos, proibido de exercer funções públicas.
OU COMEÇAR DE NOVO OU UTI
É bem verdade que Cinthia Ribeiro Mantoan e seu grupo de auxiliares têm méritos em sua gestão, e são capazes de fazer de Júnior Geo um candidato competitivo, que consiga chegar ao segundo turno em outubro.
Mas, a partir de agora, a prefeita de Palmas terá que começar de novo, se reinventar, fazer seu “mea culpa” aos vereadores que ofendeu, engajar ainda mais seu esposo, deputado estadual Eduardo Mantoan nessa jornada, reanimar seus companheiros de PSDB e conseguir que todos entrem, de corpo e alma, na tarefa de levara Júnior Geo ao segundo turno.
Lembrando que estão no páreo outros dois fortes pré-candidatos, Eduardo Siqueira Campos e Carlos Amastha. Caso Júnior Geo não consiga chegar ao segundo turno, restaria a Cinthia a opção de negociar apoio a um dos dois. Mas, para que esse apoio seja bem recebido, a prefeita de Palmas precisa de desarmar, trabalhar muito em favor de Júnior Geo, para que ele pontue bem nas pesquisas e faça o eleitorado cogitar votar no deputado estadual para prefeito de Palmas.
Do contrário, Janad Valcari pode levar a eleição ainda no primeiro turno, e tudo o que se falou de problemas neste panorama político, poder ser a realidade a ser vivida por Cinthia Ribeiro a partir do dia primeiro de janeiro de 2025.
Fato!
Pré-candidata à prefeitura de Araguatins, Professora Elizabete (União Brasil), recebeu o Observatório Político de O Paralelo 13 para um bate-papo descontraído, porém cheio de esclarecimentos sobre como ela pretende, em suas próprias palavras, “destravar” o progresso da cidade: “uma coisa que depende apenas de vontade política”, explicou
Por Edson Rodrigues
Natural do Paraná, Professora Elizabete reside em Araguatins desde 2003. Hoje, a professora concursada e empresária do ramo de hortaliças hidropônicas é a vice-prefeita da cidade, mas rompeu com o prefeito Aquiles da Areia ainda no início do mandato. Foi candidata à deputada federa, obtendo 4.584 votos só em Araguatins, e 15.757 votos em todo o Estado, mostrando que, mesmo alijada do dia a dia do mandato para o qual foi eleita, conseguiu desenvolver um bom trabalho, não se omitindo em criticar e cobrar ações mais efetivas do prefeito que irá enfrentar nas urnas em outubro, ressaltando que pretende fazer uma gestão sem ódio, sem perseguição política e sem rancor, visando, unicamente, a melhoria da qualidade de vida da população e o avanço social e econômico de Araguatins.
Como empresária e professora, Elizabete mostrou que sabe, não só ensinar, mas como “colocar a mão na massa” para fazer as coisas acontecerem. Em suas próprias palavras, ela demonstra o quanto está focada no desenvolvimento da cidade: “Araguatins é um município grande, uma cidade linda, bem localizada, com uma grande capacidade de crescimento e com um povo trabalhador, alegre e hospitaleiro. No entanto, apesar de todas essas qualidades, padece de problemas crônicos sociais, econômicos e de infraestrutura, que a gestão atual não deu conta de resolver, problemas esses que têm dificultado o desenvolvimento e a vida dos seus cidadãos”.
Dentre suas principais prioridades, a educadora e geradora de emprego e renda elencou as ações que pretende implantar em sua gestão, como a drenagem da Avenida Araguaia e do bairro Irial, a pavimentação dos bairros Vila Cidinha, Conjunto Vitória e Irial, a conclusão da pavimentação da Vila Miranda e da Vila Madalena , ampliação e melhoria da qualidade do abastecimento de água do município, incluindo zona urbana e zona rural, conclusão das obras das creches, que estão paradas há mais de 10 anos, investimentos em áreas de lazer, como a criação e construção do Parque do Taquari, lançamento de um programa de regularização de lotes urbanos, criar programas de assistência técnica e financeira para os produtores rurais, principalmente aos pequenos produtores, criação de um calendário de eventos tradicionais do município, (shows, eventos culturais, gastronômicos e feiras…), com o objetivo de promover o turismo e o lazer, atraindo investimentos e gerando emprego e renda, promover a valorização dos professores e profissionais da educação, proporcionando cursos de formação continuada para a constante atualização e desenvolvimento dos profissionais da área, para melhorar a qualidade da educação, ampliar a oferta de escolas de tempo integral, melhorar a qualidade e a segurança do transporte de alunos, criação do Plano de Carreiras, ( PCCR) para o funcionário público e, o mais importante, investir mais na saúde do município com a contratação de médicos especialistas em algumas áreas e ampliar o acesso a remédios e exames básicos.
Professora Elizabete, uma pré-candidata a prefeita que sai na frente de muitos outros, em todo o Estado, quando se trata de ter um planejamento e um programa de governo. E nenhuma palavra ou crítica a seus adversários.
Exemplo a ser seguido.
Sem citar Lula, presidente da Argentina criticou o que chamou de governos socialistas na América Latina; fala ocorreu durante passagem no Brasil para participar de evento conservador ao lado de Bolsonaro
Por Pedro Augusto Figueiredo e Tácio Lorran
Em sua primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou o que chamou de governos socialistas dos últimos 20 anos na América Latina, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Milei ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vítima de uma perseguição judicial no País e que a liberdade de expressão está questionada em grandes potencias mundiais.
Para Milei, a "liberdade de expressão, valor fundamental da democracia, se encontra questionado nas principais potencias do mundo sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar supostos direitos de algumas minorias ruidosas". Ele afirma que é cada vez mais frequente ouvir que países em que se acreditava que "respeitavam os princípios básicos da democracia, se cometem aberrações em matéria de liberdade de expressão e censura".
O presidente argentino avalia que muitas pessoas veem esses conceitos como "abstratos", mas, nas palavras dele, quem vê "o que lamentavelmente começa a ocorrer hoje no Brasil, pensa duas vezes". Milei não entrou em detalhes sobre essa menção, tampouco mencionou o governo brasileiro ou o poder judiciário, que foi alvo de várias críticas de outros participantes durante a quinta edição da Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), evento que recebeu o presidente argentino para seu discurso de encerramento.
O CPAC foi realizado neste fim de semana em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Em sua fala, Milei estava acompanhado no palco por Bolsonaro, o governador catarinense Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), organizador do evento. A irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral do governo argentino, o porta-voz Manuel Adorni e o ministro da Defesa, Luis Alfonso Petri, também foram chamados para assistir ao discurso ao lado dos políticos brasileiros.
Milei foi recebido pelo público com gritos de "Viva la libertad, carajo" e "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Ele cumprimentou Bolsonaro, chamando-o de presidente, e Eduardo pela recepção, disse que se sentiu em casa e que é "sempre um prazer estar entre os amigos".
O presidente argentino usou seu discurso para criticar o que chamou de "governos socialistas" dos últimos 20 anos na América Latina e disse que o único interesse dessas administrações é o "poder pelo poder". "[Esses governos] Constituem uma receita do desastre econômico, social, político e cultural", disse. "Uma relação de causalidade entre esses dois elementos não é coincidência".
Ele citou como exemplos Cuba, Nicaraguá e Venezuela, classificando as gestões desses países como "ditaduras sanguinárias". Disse ainda que Bolsonaro sofre uma perseguição judicial no Brasil, mas sem entrar em detalhes. Nesta semana, o ex-presidente brasileiro foi indiciado pela Polícia Federal por peculato, lavagem e associação criminosa no caso das joias sauditas, revelado pelo Estadão em março do ano passado.
Milei encerrou o discurso com três gritos de "Viva la libertad, carajo" e abraçou e deu as mãos a Bolsonar antes de deixar o palco e seguir para o aeroporto. O presidente argentino deixa o País ainda hoje.
Após Milei, Eduardo Bolsonaro ainda fez um breve discurso ao lado do americano Matt Schlapp, presidente da CPAC original. No telão, uma arte pedia anistia para Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, o ex-deputado Daniel Silveira, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal e pessoas presas no ataque aos prédios dos Três Poderes em 8 de Janeiro. Também havia uma imagem de Cleriston da Cunha, preso por participar dos atos golpistas que morreu após ter problemas de saúde na prisão.
"Eu tenho certeza que se nós tivéssemos uma conexão mais íntima nunca teria ocorrido o 8 de Janeiro no Brasil porque nós teríamos aprendido com o 6 de Janeiro nos Estados Unidos", afirmou. Ainda segundo ele, havia pessoas bem-intencionadas que queriam evitar a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, mas "acabaram caindo nessa armadilha do 8 de Janeiro".
"Eu me comprometo a lutar pela anistia de todos os injustiçados pelo 8 de Janeiro do Brasil", declarou Eduardo, que indicou que será candidato ao Senado em 2026.
Milei e Bolsonaro foram destaque de evento conservador em Santa Catarina
O presidente da Argentina chegou na cidade catarinense na noite desse sábado e foi recepcionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois assistiram o jogo entre Brasil e Uruguai pela Copa América. A seleção brasileira foi desclassificada na disputa de pênaltis, após um empate em zero a zero com os uruguaios.
Já na manhã deste domingo, 7, Milei se reuniu a portas fechadas com Bolsonaro, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ao fim do encontro, o presidente argentino recebeu a medalha "3is: imorrível, imbrochável e incomível" de Bolsonaro.
Milei também se reuniu com Mello e empresários catarinenses. Segundo o governador, o objetivo do encontro foi discutir relações comerciantes entre Santa Catarina e o país vizinho.
Essa é a primeira vez que o argentino vem ao Brasil desde que assumiu a Presidência do país vizinho. Milei não encontrará, contudo, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo um porta-voz de Milei, as agendas em Santa Catarina são "prioritárias" para o mandatário da Argentina.
Nas últimas semanas, Lula e Milei trocaram acusações. O presidente brasileiro disse que o argentino deveria pedir desculpas pelas "bobagens" que falou sobre ele e o Brasil. Milei voltou a repetir que o petista é "comunista" e "corrupto".
Se o encerramento ficou por conta de Milei, a abertura do CPAC Brasil, na manhã desse sábado, 6, ficou a cargo de Bolsonaro. Em seu discurso, o ex-presidente ignorou o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias sauditas, criticou o PT, a quem chamou de "partido do trambique", e a imprensa. "Não tenho ambição pelo poder, tenho obsessão pelo Brasil, em que pese qualquer outras questões que nos atrapalhe", afirmou.
Ao fim do primeiro dia de evento, o ex-presidente voltou para o palco, para o discurso de encerramento. Na ocasião, disse que "não irá recuar" mesmo com investigações da Polícia Federal (PF) em curso contra ele. "Apesar de a PF ter ido três vezes na minha casa, hoje já tenho 300 e poucos processos ainda. Vale a pena. A gente não vai recuar"
O CPAC Brasil é organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e foi inspirado no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento que reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos em congressos anuais desde 1973.
Além de Milei e Bolsonaro, a edição deste ano do CPAC Brasil contou com as presenças dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deputados bolsonaristas e empresários.
As palestras do CPAC Brasil foram marcadas principalmente pelo tom de aconselhamento eleitoral para pré-candidatos a prefeito e vereador nas próximas eleições municipais. Deputados e lideranças bolsonaristas frisavam que um bom desempenho no pleito era fundamental para sustentar uma candidatura presidencial bolsonarista em 2026.