Eles participaram do Fórum de Investimentos da Apex-Brasil
Por Pedro Peduzzi
Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Economia, Paulo Guedes, disseram hoje (31) que o Brasil terá toda sua população vacinada até o final do ano. A fala foi feita por Queiroga e confirmada por Guedes em videoconferência, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 – evento organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo governo federal, voltado a investidores estrangeiros.
Fórum de Investimentos Brasil 2021, ministro Marcelo Queiroga apresentou algumas oportunidades na saúde pública e suplementar.
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 - Ministério da Saúde
“Como disse o ministro Queiroga, a vacinação em massa é a principal política econômica que podemos fazer por agora”, disse Guedes ao reafirmar a intenção do governo em garantir o retorno seguro dos trabalhadores brasileiros ao ambiente de trabalho. “Não faltarão recursos para [a importação e a produção de] vacinas”, garantiu o ministro da Economia.
Momentos antes, Queiroga disse ter “certeza de que até o fim do ano vamos conseguir imunizar todos os cidadãos”, e apontou como prioridade de sua pasta dar celeridade à campanha de vacinação e o reforço de medidas sanitárias. Ele acrescentou que a vacinação contribuirá para o crescimento da economia brasileira, e que, para cada 10% da população vacinada projeta-se um crescimento de 0,13 ponto porcentual para a economia do país.
Ambiente econômico
Em seu discurso, o ministro Paulo Guedes corroborou com as declarações do ministro da Saúde, no que se refere à correlação entre vacinação e melhora do ambiente econômico, e disse estar otimista com os resultados que o país vem apresentando em termos de receita.
Segundo ele, a expectativa é de que a economia tenha crescimento superior aos 3,5% projetados para este ano. Ainda de acordo com o ministro, os recordes de receita que vêm sendo registrados “demonstram o vigor da recuperação econômica” do país.
Guedes listou algumas medidas adotadas pelo governo, no sentido de garantir “emprego e proteção aos mais vulneráveis”, o que, segundo ele, possibilitou a manutenção de 11 milhões de empregos formais.
A normatização abrange somente os servidores do grupo de risco já imunizados pela segunda dose da vacina contra Covid-19
Por Hellen Nunes
Foi publicada no Diário Oficial do Estado, desta sexta-feira, 28, a Instrução Normativa n°5/2021 que regulamenta o retorno às atividades presenciais dos servidores que compõem o grupo de risco da Covid-19 e que já foram imunizados pela segunda dose da vacina.
A IN ressalta que o retorno deve ocorrer após decorridos, pelo menos, 15 dias da ministração da vacina. Sendo que os que não foram vacinados ou que não ultrapassaram este prazo, devem continuar em trabalho remoto.
Além da regulamentação do retorno dos já imunizados, a IN traz também os procedimentos para os casos de servidores que compõem este grupo e não queiram se vacinar, bem como aqueles que, por decorrência da comorbidade, não podem se vacinar.
Os agentes públicos abrangidos pela IN são aqueles que estão enquadrados nos incisos de I a IV do Art. 5º, do Decreto nº 6.257/202.
Como proceder
O primeiro passo é comprovar a vacinação. Desta forma, o servidor deve protocolar, via SGD, cópia do cartão de vacinação no Setorial de Recursos Humanos, do seu Órgão ou Entidade de lotação, em até 05 dias úteis após o recebimento da segunda dose, comprovando assim, o esquema vacinal completo contra a Covid-19.
Após os 15 dias da aplicação da segunda dose, o servidor deve retornar ao trabalho presencial. Vale ressaltar que o Setorial de Recursos Humanos registrará, no Relatório de Frequência, o retorno do agente público ao trabalho presencial, mediante o recebimento da declaração de retorno, constante no anexo II, da Instrução Normativa.
Público-alvo da Educação é composto por cerca de 30 mil trabalhadores
Por Sara Cardoso
Os profissionais da Educação do Tocantins serão vacinados contra a Covid-19 levando em consideração a faixa etária. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, ao governador Mauro Carlesse, durante reunião do Comitê de Crise de Combate e Prevenção à Covid-19, ocorrida nesta segunda-feira, 31. A vacinação deve ter início nesta semana e vai ocorrer após o Ministério da Saúde (MS) acatar o pedido do Governador para incluir os profissionais da educação no grupo prioritário estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
Ao Chefe do Executivo Estadual e aos demais participantes do Comitê de Crise, Edgar Tollini lembrou que o Tocantins em nenhum momento descumpriu o que previa o PNI e que, parte da próxima remessa das doses enviadas pelo Ministério, já será destinada à Educação. “Em reunião com a equipe da Seduc [Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes], com a secretária Adriana Aguiar, avaliamos que o ideal é que a vacinação obedeça a idade dos profissionais, assim todos, tanto das creches quanto do ensino superior, poderão receber as doses ao mesmo tempo. A Educação está fazendo um levantamento rigoroso de quais profissionais já foram vacinados e o Estado começa a vacinar assim que chegar o quantitativo de doses”, explicou.
Adriana Aguiar endossou a fala do secretário e explicou que a nota técnica do Ministério da Saúde recomenda iniciar a vacinação pela educação infantil e pelas creches, mas que, desta forma, nem a Rede Estadual nem o nível superior seriam atendidos imediatamente. “Ocorrendo por idade, atingimos todas as etapas de ensino ao mesmo tempo. Além disso, a Rede Estadual retornou presencialmente em várias escolas e estes professores já seriam beneficiados neste momento. Vamos fazer um formulário para que cada unidade escolar aponte diariamente quais profissionais foram vacinados, para monitorarmos, termos dados, e, assim, irmos ampliando as idades. Isto deve ser feito também pelos municípios”, lembrou.
O governador Carlesse destacou sua satisfação em ver mais uma categoria, tão importante, sendo incluída no grupo prioritário e ressaltou que esta será uma semana de alerta para o Estado, em que todos os órgãos estarão acompanhando com a máxima atenção os dados da Covid-19. “Com base na semana epidemiológica e orientação técnica da Secretaria de Saúde, o Governo vai averiguar quais medidas serão tomadas para o enfrentamento da pandemia no mês de junho. Até o momento, permanecem os decretos em vigor, a Força-Tarefa dos órgãos da Segurança Pública continua coibindo as aglomerações e as estratégias de distanciamento social também devem permanecer em todos os municípios. No entanto, aumentando os casos, e tendo necessidade, podemos tomar novas medidas”, ressaltou.
CPI
Durante a reunião, o Governador fez questão de reforçar que está apto e totalmente tranquilo para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado Federal.
“Nós estamos à disposição e muito tranquilos em saber que tomamos todas as providências, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para oferecer o melhor à nossa população, seja na compra de materiais - inclusive denunciando aqueles que estavam sendo vendidos muito acima do preço-, seja na abertura de novos leitos. Jamais faríamos qualquer coisa que pudesse manchar o nome do Estado do Tocantins”, afirmou o Governador Mauro Carlesse.
Na oportunidade, a defensora pública-geral Stellamaris Postal destacou que, caso o depoimento venha a ocorrer, será uma oportunidade de mostrar ao país como o Tocantins tem enfrentando a pandemia. “Acredito que, caso se concretizar seu depoimento, o senhor [Governador] vai apenas fazer propaganda do Tocantins na CPI, porque temos vários pontos favoráveis no Estado, incluindo este gabinete de crise institucional. Será uma grande oportunidade de mostrar como o Tocantins tem se comportado nesta pandemia, mostrando os números e os resultados”, afirmou.
Telemedicina e divulgação
Também na ocasião, o secretário de Estado da Comunicação, Élcio Mendes, lembrou que a Gestão Estadual tem buscado formas de minimizar os efeitos da pandemia, oferecendo atendimento ágil e diminuindo possíveis aglomerações nas unidades de saúde. Ele citou o exemplo do programa de Telemedicina TOSaúde, lançado recentemente pelo governador Carlesse e que é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado.
“O programa tem sido um sucesso. Estamos chegando a quase 2 mil atendimentos diários, o que tem ajudado a evitar as aglomerações nas unidades de saúde. Paralelo a isto, temos feito uma ampla divulgação sobre as medidas de prevenção e vacinação. Além disso, estamos trabalhando em mais campanhas, no sentido de mostrar à população qual a logística da vacina, desde o envio feito pelo Governo Federal até a aplicação da dose. Isto vai orientar ainda mais a população e alertar sobre a responsabilidade de cada um”, destacou o secretário.
Presenças
Também participaram da reunião o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antonio Andrade; o juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça, Océlio Nobre; o procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti; o chefe de gabinete da presidência do Tribunal de Contas do Estado, Marcelo Olímpio; o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lyra; o secretário de Estado da Segurança Pública, Cristiano Sampaio; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Júlio Manoel Silva Neto; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Leandro; o secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal; o secretário de Estado da Fazenda, Sandro Armando; o comandante do 22° Batalhão de Infantaria do Exército, tenente-coronel Aldenir Nogueira; e o comandante da Capitania Fluvial Araguaia-Tocantins, Marcos Cezar Gomes.
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), quer convocar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para prestar esclarecimentos sobre as medidas de segurança para a realização de partidas da Copa América no País
Por Alexandre Senechal
"Definido o mascote da 'Cepa América': será o passarinho cloroquito", diz um dos diversos protestos em forma de brincadeira nas redes sociais. Mesmo anestesiado diante de tanta tragédia, o brasileiro segue sua rotina de buscar algum refúgio no humor, ainda que o motivo seja uma autêntica piada de mau gosto. O anúncio de que o Brasil, um dos epicentros da pandemia de novo coronavírus no mundo, receberá novamente a Copa América, após as desistências das sedes originais Colômbia e Argentina, causou espanto, mas não chegou a surpreender. A mudança anunciada nesta segunda-feira, 31, tem tripla paternidade: Conmebol, CBF e governo de Jair Bolsonaro.
Se havia qualquer dúvida de envolvimento federal no tema, o presidente da entidade sul-americana, o paraguaio Alejandro Domínguez, fez questão de saná-la. “A Conmebol agradece ao presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, assim como à Confederação Brasileira de Futebol por abrir as portas do país ao que hoje em dia é o evento esportivo mais seguro do mundo. A América do Sul brilhará no Brasil com todas suas estrelas”, afirmou, em nota, a entidade, que tentou vender a ideia de uma "nova Conmebol" após a prisão de dezenas de seus dirigentes, em 2015.
Rapidamente, uma conclusão óbvia tomou as redes sociais. "E-mail da Pfizer = meses para responder; e-mail da Conmebol = reposta imediata." Não é modo de dizer. De fato, até a manhã desta segunda, transferir o torneio para o Brasil, sede da última edição de 2019, não estava nos planos. Mandá-lo para o Chile, Estados Unidos ou mesmo cancelá-lo apareciam como possibilidades mais viáveis. Como evidencia a mensagem da Conmebol, no entanto, CBF e Bolsonaro entraram em campo e salvaram a pátria dos cartolas.
Recentemente, Alejandro Domínguez contou com a ajuda de outro governo, o do Uruguai, que intermediou o acordo com a China que possibilitou a compra de vacinas para os atletas e comissões técnicas, o controverso fura-fila da Covid, um trato que incluiu até camisas autógrafas por Lionel Messi em um animado churrasco em Montevidéu. Semanas depois, a capital uruguaia foi confirmada como sede das finais da Libertadores e da Copa Sul-Americana, para surpresa daqueles que ainda acreditam que esporte e política não se misturam.
Muitos devem se questionar: por que não cancelar uma competição tão desinteressante, disputada três vezes nos últimos cinco anos, em um cenário tão calamitoso? A resposta é simples e vem em forma de cifrões. Para as confederações participantes, o torneio rende no mínimo 4 milhões de dólares (e mais 10 milhões de dólares ao campeão). Para a Conmebol, os valores com publicidade e direitos de transmissão giram em torno de 100 milhões de dólares. No Brasil, a transmissão em TV aberta será realizada pelo SBT.
Como se não bastasse topar receber dez delegações e colocar em risco estrelas do porte de Messi, Suárez e Neymar, além de milhões de brasileiros, tudo isso com duas semanas para organizar toda a logística, os três pais da ideia cogitam até receber público nos estádios, cujas sedes ainda não estão definidas - Brasília, é claro, certamente seria uma delas. A medida serve como um respiro (ou mera cortina de fumaça) tanto para o presidente da CBF, Rogério Caboclo, que, acuado por denúncias de gestão atrapalhada, poderá negociar tréguas com dirigentes regionais, quanto para Bolsonaro, que se acostumou a buscar apoio em estádios pelo país.
A decisão já começa a cobrar preço político. Os governos de Pernambuco e Rio Grande do Sul já se posicionaram contra a realização do torneio. A CBF cancelou a coletiva dos atletas na Granja Comary para evitar maiores constrangimentos. É possível que torcedores, clubes e até os quase sempre alienados jogadores se unam contra o absurdo. O recente fiasco da Superliga Europeia demonstrou a força dos verdadeiros protagonistas do jogo, em um histórico tapa na cara dos engravatados da bola. Qualquer que seja o destino da Copa América, no entanto, as intenções dos dirigentes envolvidos já foi escancarada. Enquanto isso, famílias choram a perda de 460.000 vítimas da Covid no Brasil.
Se você faz uma pesquisa de opinião, o governo não tem uma imagem positiva na pandemia, admite
Com Agências
Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no Congresso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), admitiu, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que hoje o atual governante não conseguiria se reeleger. "O governo não tem uma imagem positiva na pandemia. Essa mesma imagem se reflete na intenção de voto", afirma. Ciro, no entanto, pontuou que ele terá uma imagem positiva em 2022, alavancada pela economia, que deve crescer 5% neste ano. "Quem elege e reelege presidente é a economia".
Ciro Nogueira também deixou claro que a estratégia dos governistas será tentar estimular, mais uma vez, um sentimento antipetista. "Não há nada mais odiado no Brasil do que o PT", afirmou. Ciro Nogueira também disse que Bolsonaro e seus filhos não se filiarão ao PP.