Número de eleitores "indiferentes" caiu de 13% para 6%
Por iG Último Segundo
A rejeição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) subiu 5 pontos percentuais em relação às últimas duas semanas e voltou a atingir o recorde, de 59% . É a maior rejeição desde junho de 2020. Já a aprovação ficou em 35%, 1 ponto percentual a menos que a pesquisa que a pesquisa PoderData anterior, realizada há duas semanas. pelo Poder 360 em parceria com o Grupo Bandeirantes.
A pesquisa mostra, também, redução dos eleitores "indiferentes" - aqueles que não sabem ou preferem não opinar. Há 15 dias, eles representavam 10% dos entrevistados; hoje, são 6%.
Os números de avaliação do trabalho pessoal de Bolsonaro também indicam um quadro de maior polarização. Os que consideravam o presidente “regular” eram 19% há duas semanas, e passaram a ser 13% na pesquisa atual.
A pesquisa foi realizada no período de 24 a 26 de maio de 2021 e entrevistou 2.500 entrevistas em 462 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A investigação da PF apura sobre a relação do ministro Ricardo Salles com grupos que atuam na exportação ilegal de madeira
Por Rayssa Motta
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou nesta quarta-feira, 26, o sigilo da investigação da Polícia Federal sobre a participação de agentes públicos na exportação ilegal de madeira, que atinge o ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles.
São quase 500 páginas, entre relatórios e representações policiais, decisões judiciais e termos de depoimento. No despacho que tornou o material público, Moraes afirma que parte da documentação já havia sido divulgada na semana passada com a abertura da Operação Akuanduba, que fez buscas contra Salles e afastou o presidente do Ibama, Eduardo Bim, por 90 dias
"É certo que o objeto da investigação conduzida nestes autos é de conhecimento público, circunstância que, neste caso específico, reforça a necessidade do levantamento parcial do sigilo", escreveu o ministro.
Entre o material tornado público está a representação da PF que acusou 'fortes indícios' de envolvimento de Salles em irregularidades e apontou operações financeiras 'suspeitas' do ministro do Meio Ambiente. No mesmo documento, a Polícia Federal também cravou que as provas reunidas na investigação já são suficientes para enquadrar Eduardo Bim pelos crimes de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa.
Salles nega irregularidades e diz que Moraes foi 'induzido ao erro' ao autorizar a operação, classificada por ele como 'exagerada' e 'desnecessária'. O Ibama, por sua vez, diz que o inquérito é uma 'farsa' e que o delegado Franco Perazzoni, responsável pelo caso, dirigiu depoimentos de servidores 'engajados politicamente' e 'forjou uma falsa narrativa'.
Mandato de José Maurício Coelho se encerraria daqui a um ano, especificamente em maio de 2022, com possibilidade de recondução
Por Cynthia Decloedt
A Previ, fundo de previdência do Banco do Brasil, informou a renúncia de seu presidente, José Mauricio Pereira Coelho, com efeito a partir de 14 de junho. A informação consta no site da entidade, que não explica o motivo de sua renúncia. Não há um nome do substituto ao cargo ainda, de acordo com a Previ. A indicação cabe ao presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro.
José Maurício Coelho renunciou ao comando da Previ. © Previ/Divulgação José Maurício Coelho renunciou ao comando da Previ.
O movimento acontece três dias após a Previ reduzir sua participação de 9% para 6% na BRF em leilão na B3, onde o comprador foi a Marfrig. A Previ informou no sábado que levantou R$ 651 milhões com a venda.
“Nos quase três anos à frente Entidade, José Maurício conduziu a Previ com segurança por cenários desafiadores, com resultados positivos durante toda a sua gestão”, diz a entidade ao comunicar sua renúncia. A Previ lembra que no final de 2018, seis meses após a sua chegada, o déficit do ano anterior do fundo foi revertido.
“Os anos seguintes foram de superávits para o principal plano da Previ, o Plano 1, que atualmente tem mais de R$ 230 bilhões em ativos. Em 2020, mesmo diante da maior crise dos últimos 100 anos, o resultado acumulado do plano foi positivo em R$ 13,9 bilhões. A prévia até o mês de abril de 2021 mostra um aumento relevante desse superávit, que ultrapassa os R$ 20 bilhões. É o maior superávit acumulado da Previ desde 2013”, diz a entidade.
Ministro se diz preocupado com eleição. Cita investidas de populismo autoritário
Com Agências
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin disse nessa 2ª feira (24.mai.2021) que caso se conceda no “mínimo essencial” da democracia, “não haverá Judiciário amanhã”. O alerta foi feito em encontro virtual com advogados do grupo Prerrogativas.
As informações são da Folha de S. Paulo.
“Temos todos uma zona de intersecção comum [que é] o mínimo essencial da democracia”, disse Fachin. “E este não podemos em hipótese alguma conceder. Porque efetivamente, se concedermos, não haverá Judiciário amanhã. Haverá uma autoridade judiciária servil ao poder de ocasião. E certamente nós não nascemos para vivenciar ou admitir isso.”
O ministro afirmou acreditar que dissensos são construtivos, mas é importante a existência de “vasos comunicantes” entre democratas.
Segundo o ministro, é preciso defender o sistema eleitoral e democrático. Fachin afirmou estar preocupado com as eleições de 2022, diante do que considera investidas de um populismo autoritário. Ele presidirá o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir de fevereiro do próximo ano.
Fachin já havia falado sobre sua preocupação com o populismo em entrevista ao jornal Correio Braziliense publicada em 10 de maio.
“O populismo totalitário ronda a democracia brasileira. É fundamental esse alerta, porquanto é antessala do golpe”, disse na época. “O mais grave é essa visão personificada do povo em contraste com as instituições. As eleições de 2022 trazem à tona um imperativo categórico: preservar o sistema eleitoral brasileiro”.
A entrevista de Fachin foi publicada pouco depois que o presidente Jair Bolsonaro disse, em 6 de maio, que “se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição! Acho que o recado está dado”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) instalou, em 13 de maio, a comissão que analisará o voto impresso. A PEC 135/19, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.
O TSE sinalizou que, mesmo que seja aprovado, não há tempo para que seja implementado já em 2022.
Italiano Rocco Morabito foi localizado em um hotel de João Pessoa
Com Agência Brasil
O italiano Rocco Morabito, um dos principais líderes da máfia calabresa 'Ndrangheta, foi detido nesta segunda-feira (24) na cidade brasileira de João Pessoa, na Paraíba.
A prisão ocorreu durante uma operação conjunta entre o Grupo de Operações Especiais (ROS) da Arma dos Carabineiros da Itália e o Serviço de Cooperação Policial Internacional, com a colaboração da Administração de Fiscalização de Drogas (DEA), do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Morabito, conhecido mundialmente como "o rei da cocaína", é procurado desde 1994 e estava incluído na lista do Ministério do Interior dos 10 fugitivos mais perigosos da Itália.
Nascido em 1966, o italiano é acusado de associação mafiosa, tráfico de drogas e outros crimes graves. A polícia, inclusive, tem gravações de telefonemas em que ele negociou a compra de quase uma tonelada de cocaína da América do Sul, numa transação de cerca de 8 milhões de euros.
No período em que esteve foragido, o criminoso passou alguns anos no Brasil, onde conseguiu um passaporte falsificado, e depois seguiu para o Uruguai.
Durante pelo menos 15 anos, o mafioso viveu na cidade litorânea de Punta del Este, onde, entre 2002 e 2017, utilizou outra identidade: "Francisco Antonio Capeletto Souza", um empresário brasileiro que vivia da compra e venda de soja.
No entanto, segundo as autoridades uruguaias, no início de 2017, ele foi matricular sua filha em um colégio e cometeu um erro ao preencher o formulário com seu sobrenome italiano. Com isso, a polícia descobriu seu paradeiro.
Em setembro do mesmo ano, o criminoso foi detido em um hotel em Montevidéu. Ele chegou a ficar preso por dois anos no Presídio Central da cidade, onde aguardava uma decisão sobre o pedido de extradição feito pelo governo italiano, mas fugiu em 2019 com mais três comparsas.
Desde então, o paradeiro de Morabito era desconhecido, embora os investigadores suspeitassem que ele pudesse estar no Brasil.
Além de Morabito, Vincenzo Pasquino, um fugitivo originário de Turim e incluído na lista de fugitivos perigosos, também foi preso.
Os carabineiros de Locri e os do comando provincial de Turim colaboraram na investigação que levou à prisão dos dois mafiosos.