Em meio à falta de vacinas e com novas variantes, país tem ritmo acelerado de transmissão e vive o pior momento da pandemia. Especialistas criticam política de isolamento que 'enxuga gelo'

 

Com Agências 

 

O Brasil acumula um quarto de milhão de mortes por covid-19, às vésperas de se completar um ano desde o primeiro caso de coronavírus ter sido identificado no país.

 

Enterro de vítima de covid-19 em Manaus, em 17 de fevereiro; país acumula em torno de 250 mil mortes© Reuters Enterro de vítima de covid-19 em Manaus, em 17 de fevereiro; país acumula em torno de 250 mil mortes.

 

Segundo as contas do consórcio de imprensa (formado por Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1), o país alcançou nesta quarta-feira (24/02) a marca de 250.036 mil mortos por coronavírus — o segundo país no mundo a chegar nesse patamar, atrás apenas dos EUA, que nesta semana superou a marca de 500 mil mortes.

 

Há uma segunda contabilização de casos e mortes, feita pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), segundo o qual o número total de mortos pelo vírus no país chegou a 249.957.

 

É como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade média brasileira — como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) — ou até mesmo de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África.

 

O número de 250 mil pessoas assusta quando é colocado em perspectiva:

 

É como se a pandemia tivesse matado três Maracanãs lotados.

A pandemia matou até agora a mesma quantidade total de brasileiros que morreram de qualquer causa nos dois primeiros meses de 2019.

O número de mortos pela covid na pandemia é quase seis vezes maior do que o de mortos por homicídio no Brasil em todo 2020

É como se tivessem morrido 680 pessoas por dia desde que o primeiro caso de covid-19 foi registrado no Brasil. Isso equivale a 28 mortes por hora.

 

O marco acontece na mesma semana do aniversário de um ano do primeiro caso de coronavírus confirmado oficialmente no Brasil. No dia 26 de janeiro, um homem de 61 anos foi internado em um hospital em São Paulo, após ter passado os dias do carnaval na Lombardia, na Itália.

 

É como se a pandemia já tivesse matado três Maracanãs lotados; acima, enterro em Manaus© Reuters É como se a pandemia já tivesse matado três Maracanãs lotados; acima, enterro em Manaus.

 

Apenas duas semanas depois, no dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente que havia uma pandemia de coronavírus, que se originou em Wuhan, na China. Naquele dia, havia 118 mil casos confirmados em 114 países do mundo, com 4,2 mil mortes. No entanto, naquela época ainda pouco se sabia sobre o vírus, e havia poucos testes e estatísticas confiáveis.

 

Nos meses que seguiram, houve muita confusão e pouco entendimento do que poderia acontecer. Estimativas sobre o número de mortos variavam de 1 milhão de mortos (previsão de pior cenário feita pelo Imperial College de Londres) a menos de 3 mil mortos (previsão do político Osmar Terra).

 

No final de março, o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, previu que até abril haveria um colapso do sistema brasileiro de saúde, que seria incapaz de lidar com as hospitalizações em massa. No mesmo dia, o presidente brasileiro se referiu ao coronavírus como "uma gripezinha".

 

Nas semanas seguintes, o Brasil viu disputas políticas, medidas desencontradas e superlotação de hospitais. Três ministros da Saúde (Henrique Mandetta, Nelson Teich e o atual, Eduardo Pazuello) passaram pela pasta. Estados e municípios ficaram responsáveis por decidir localmente sobre medidas de restrição de quarentena e fechamentos de estabelecimentos comerciais, escolas e transporte público. O governo federal começou em abril o pagamento de um auxílio emergencial para trabalhadores que perderam sua renda por causa da pandemia.

 

No dia 8 de agosto de 2020, foi atingida a marca de 100 mil mortos. No dia 7 de janeiro deste ano, o país ultrapassou as 200 mil mortes.

 

Em janeiro deste ano, começou a vacinação da população, mas, sem doses suficientes, muitas cidades tiveram de interromper suas campanhas.

 

Números proporcionais

Apesar de ser o segundo país com o maior número absoluto de mortos por covid-19, a situação é diferente quando se analisam apenas mortes em relação ao tamanho da população. O Brasil tem a sexta maior população do mundo.

 

Na comparação com o tamanho da população, o Brasil fica entre os 30 países com mais mortes por covid-19 para cada 100 mil pessoas de sua população. Em alguns países como Reino Unido, Portugal, Itália e Estados Unidos, houve mais mortes do que no Brasil, na proporção da população.

 

Também na comparação proporcional, houve mais mortos no Brasil do que na Argentina, Alemanha e Rússia.

 

 

Posted On Quinta, 25 Fevereiro 2021 05:17 Escrito por

Ministro Lorenzoni passa a ocupar a Secretaria-Geral da Presidência da República

 

Por Vania Machado e Jéssica Matos

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, prestigiou nesta quarta-feira, 24, a posse do ministro Onyx Lorenzoni que deixa o Ministério da Cidadania para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência da República. A solenidade de posse, que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), foi conduzida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que ainda empossou João Roma para o Ministério da Cidadania.

 

“O ministro Onyx Lorenzoni é um grande parceiro do Tocantins, sempre atento às demandas da população tocantinense, por isso, não poderia deixar de prestigiar essa nova empreitada e desejar que ele continue fazendo um bom trabalho. Certeza que desempenhará bem o novo papel e que continuará com o olhar atento às demandas do povo brasileiro, em especial a nossa gente do Tocantins”, destacou o Governador.

 

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu o apoio dos novos ministros e destacou o papel a ser empenhado. “É o terceiro ministério que Onyx ocupa. Ele foi o primeiro parlamentar que acreditou lá atrás que nós poderíamos chegar à presidência e fazer um bom mandato. Ao jovem João Roma obrigado por aceitar o convite. Você vai cuidar de uma grande parcela da nossa sociedade, que são os mais pobres, os mais humildes, aqueles que nada têm", destacou.

 

O ministro Onyx Lorenzoni lembrou o trabalho realizado nas pastas por onde passou e agradeceu a confiança do presidente Jair Bolsonaro. “Nós temos um propósito sobre a sua liderança de transformar verdadeiramente o Brasil de um país gigante em uma grande nação”

 

O novo ministro da Cidadania, João Roma, ressaltou que dará continuidade às ações já desenvolvidas pela pasta. "Seguiremos ampliando e aperfeiçoando a rede de assistência social. Continuaremos acolhendo refugiados e imigrantes, especialmente os privados do vigor da democracia. E teremos um olhar atento para o esporte, como um dos promotores e pilares da cidadania", afirmou o ministro João Roma.

 

O governador Mauro Carlesse estava acompanhado dos secretários de Estado da Fazenda, Sandro Armando; de Parceria e Investimentos, Claudinei Quaresemin; da Casa Civil, Rolf Vidal; de Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lyra; do senador Eduardo Gomes; e do deputado federal, Carlos Henrique Gaguim.

 

Atribuições

 

Onyx Lorenzoni é um dos responsáveis pela transição de governo, em 2018. Deputado federal, Onyx tomou posse em 1º de janeiro de 2019 como ministro-chefe da Casa Civil, onde permaneceu até fevereiro de 2020, quando assumiu o Ministério da Cidadania. Ao assumir a Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni volta a despachar do Palácio do Planalto e terá a função de dar assistência direta ao presidente da República. O cargo estava vago desde a ida de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União.

 

Já João Roma está no primeiro mandato como deputado federal, tendo atuado anteriormente como chefe de gabinete do então deputado federal ACM Neto. À frente do Ministério da Cidadania, João Roma será responsável por programas como o Bolsa Família.

 

Posted On Quinta, 25 Fevereiro 2021 05:14 Escrito por

Durante a audiência foram debatidos pontos estratégicos para construir projetos que possam gerar ganhos econômicos para ambas as partes

 

Por Jéssica Matos

 

Em agenda oficial em Brasília (DF), nesta quarta-feira, 24, o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, participou de audiência com o embaixador da Índia, Shri Suresh, para discutir possíveis parcerias entre o Estado e o país asiático.

 

Na ocasião, foram debatidos pontos estratégicos para construir projetos que possam gerar ganhos econômicos para ambas as partes. O Governador também apresentou um vídeo sobre as potencialidades econômicas e turísticas do Tocantins, detalhou sobre sua capacidade de investimentos e convidou o diplomata para conhecer o Estado.

 

"O Tocantins é um estado novo, com terras propícias para produção de grãos e carne, além de grande potencial hídrico e posição geográfica privilegiada. Deixo aqui, o convite para conhecerem as riquezas do nosso Estado", enfatizou o Governador.

 

O embaixador Shri Suresh agradeceu a visita e demonstrou interesse em estreitar relações com o Estado, no sentido econômico e tecnológico. “Temos muitas empresas da área de tecnologia que podem agregar ao projeto do Parque Tecnológico do Tocantins. O próximo passo é agendar uma visita ao Estado para discutirmos de perto as possibilidades de trocas de investimentos", afirmou.

 

Também participaram da reunião, o secretário de Estado da Fazenda, Sandro Henrique Armando, o secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Rolf Vidal, e o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lyra.

 

Vacina AstraZeneca

Em razão da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 23, na qual estados e municípios podem comprar e distribuir vacinas caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização ou as doses previstas no documento sejam insuficientes, o Governador Carlesse também aproveitou a reunião com o embaixador indiano para sinalizar uma possível negociação para aquisição da vacina AstraZeneca, produzida pelo Instituto Serum, na Índia.

 

Posted On Quinta, 25 Fevereiro 2021 05:09 Escrito por

Procedimento foi instaurado nesta segunda-feira, 22 

 

Com Assessoria

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 27ª Promotoria de Justiça, instaurou, na última segunda-feira, 22, procedimento para investigar denúncias de falta de estrutura para o funcionamento do Conselho Municipal de Saúde de Palmas (CMS). A reunião ordinária do colegiado, prevista para acontecer no dia 10 de fevereiro, não foi realizada e a presidência informou que o motivo foi a falta de estrutura física e de pessoal.

 

Segundo a promotora de Justiça Araína Cesárea Ferreira dos Santos D’Alessandro, responsável pelo caso, o MPTO instaurou procedimento no mês de julho de 2020 a fim de acompanhar a estruturação do Conselho de Saúde para a realização de reuniões online.

 

Em reportagem veiculada recentemente na imprensa tocantinense, o presidente do Conselho, Antônio Grangeiro Saraiva, tem alegado que as reuniões ordinárias do órgão não estão sendo realizadas regularmente por falta de profissionais.

 

O MPTO determinou um prazo de 10 dias para que o CMS e a Secretaria de Saúde de Palmas prestem esclarecimentos acerca da situação. A responsabilidade pela disponibilização da estrutura física e de pessoal para o funcionamento dos Conselhos Municipais de Saúde é das Secretarias Municipais de Saúde.

 

“Tendo em vista as informações e documentos recebidos, acreditamos ser pertinente instaurar o presente procedimento administrativo, visando acompanhar e fiscalizar o funcionamento e estrutura mínima adequada do Conselho Municipal de Saúde de Palmas”, comentou Araína D’Alessandro.

 

Posted On Quarta, 24 Fevereiro 2021 18:59 Escrito por

Secretaria da Saúde irá abrir credenciamento de instituições privadas para contratação de leitos de UTI exclusivos e atendimentos dos pacientes com Covid-19 da rede pública

 

Por Laiany Alves

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, atento ao aumento de casos nos últimos dias, determinou à Secretaria de Estado da Saúde (SES), que tome todas as providências necessárias para a contratação de novos 90 leitos de UTI Covid-19 (Unidade de Terapia Intensiva) na rede privada do Estado, de forma a complementar a oferta existente no Sistema Único de Saúde (SUS). A SES já trabalha no credenciamento de instituições privadas com ou sem fins lucrativos para oferta destes leitos ao SUS.

 

“A adoção de medidas extraordinárias é de extrema urgência para se evitar o colapso da rede de atendimento no Estado. Estamos trabalhando em diversas frentes e o Governo do Tocantins está abrindo novos 36 leitos nos hospitais públicos de Palmas e Gurupi. Agora, mesmo sendo responsável pela maioria dos leitos ofertados para população, não podemos parar, iremos buscar todas as opções possíveis para garantir o atendimento da população. Os casos estão aumentando, o Estado faz sua parte e esperamos que a população também nos ajude com as medidas de prevenção. Juntos, vamos superar todos esses desafios”, afirma o Governador.

 

A Secretaria da Saúde deve publicar, nos próximos dias, o chamamento para credenciamento de instituições privadas (com ou sem fins lucrativos), que tenham interesse em disponibilizar leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) adulto, tipo II, destinados ao atendimento de pacientes suspeitos e/ou confirmados com Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada pelo novo Coronavírus SARS-CoV-2.

 

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, “o Tocantins apresentou um crescimento significativo de novos casos nos últimos 30 dias. No dia 1° de janeiro de 2021, eram 110 casos confirmados; e no dia 1° de fevereiro, o número subiu para 293 casos confirmados, o que retrata um aumento de 166,36% no número de casos. Nossos leitos já estão em fase de atenção, algumas unidades hospitalares com leitos complementares já não têm leitos liberados. Com a confirmação do caso da nova variante no Estado, o sistema de Saúde entra em alerta para o aumento de casos, devido ao alto grau de contaminação”, explica o Secretário.

 

Dados

O Tocantins já registra um total de 352.552 pessoas notificadas com a Covid-19 e acumula 111.370 casos confirmados da doença. Destes, 100.431 pacientes estão recuperados e 9.443 estão ainda ativos (em isolamento domiciliar ou hospitalar), além de 1.496 óbitos.

 

Na hospitalização, o Estado, segundo Boletim Epidemiológico nº 346, do dia 24 de fevereiro, registrou um total de 318 pessoas, sendo 216 na rede pública (108 em leitos clínicos e 108 em UTIs) e 102 internados na rede privada (55 em leitos clínicos e 47 em UTIs).

 

Posted On Quarta, 24 Fevereiro 2021 15:30 Escrito por