Em meio a uma alta de casos e mortes por Covid-19, o Amazonas vive um caos no sistema de saúde com hospitais lotados e sem oxigênio suficiente para todos os pacientes — o que fez o governo adotar medidas emergenciais para receber o insumo
Por Julyanne Jucá, da CNN
Sete pessoas morreram por falta de oxigênio em mais uma cidade do Amazonas. A Prefeitura de Coari informou que as mortes aconteceram na manhã desta terça-feira (19), no Hospital Regional da cidade. Segundo o município, cerca de 200 cilindros de oxigênio para a cidade estão retidos pela Secretaria da Saúde do estado, aguardando abastecimento.
Em comunicado, a prefeitura afirmou que a pasta teria se comprometido a enviar 40 cilindros de oxigênio para a cidade. No entanto, diz, o voo com a carga, previsto para chegar às 18h desta segunda (18), foi para o município de Tefé.
Os cilindros chegaram apenas às 7h desta terça, prossegue a prefeitura, quando o município só dispunha de oxigênio para mais 6 horas de atendimento.
“Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público manifestar o seu completo desagrado e repúdio com a forma irresponsável que a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas está lidando com a saúde do interior, prejudicando todo o planejamento realizado pelo município de Coari para o enfrentamento da pandemia da Covid-19", diz a nota.
Até o momento, a Secretaria de Saúde do Amazonas não se posicionou.
Na última semana, a rede de saúde do Amazonas colapsou por falta de oxigênio em hospitais. Diversas mortes foram registradas e mais de 40 pacientes foram transferidos para outros estados, com o intuito de aliviar a sobrecarga das unidades locais. Até esta segunda-feira, 6.308 pessoas morreram pela Covid-19 no estado. O total de infectados chegou a 232.434.
Marca foi alcançada dez meses após a confirmação da primeira morte, em 12 de março. Nas últimas 24 horas foram registrados 331 óbitos e 15.953 casos confirmados da doença, com isso, o estado atingiu 50.318 óbitos no total e 1.644.225 casos confirmados da infecção desde o início da pandemia.
Por Beatriz Borges
O estado de São Paulo ultrapassou nesta terça-feira (19) a marca de 50 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia. O número foi alcançado dez meses após a confirmação da primeira morte, em 12 de março.
Nas últimas 24 horas foram registrados 331 óbitos e 15.953 casos confirmados da doença, com isso, o estado atingiu 50.318 óbitos no total e 1.644.225 casos confirmados da infecção desde o início da pandemia.
Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para outro, mas, sim, que foram computados no sistema neste período. As notificações costumam ser menores aos finais de semana e feriados, quando as equipes de saúde trabalham em esquema de plantão.
O estado de São Paulo sozinho já tem mais mortes que a Argentina que registrou 45.832 mil mortes até o momento. O país sul-americano tem cerca de 44 ,5 milhões de habitantes, enquanto que o estado possui 44 milhões.
Já a Espanha, que também tem uma população parecida, registrou 53.769 mil mortes até o momento. O país tem cerca de 47 milhões de habitantes e São Paulo, 44 milhões.
A média móvel de mortes diárias, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 237 nesta terça-feira (19). O valor é o maior desde o dia 19 de agosto de 2020 e cresceu 60% em relação ao registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta da epidemia.
O dado considera a média dos registros dos últimos sete dias e está acima de 200 há onze dias seguidos, valor que não era observado desde o dia 16 de setembro do ano passado. Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.
Nesta terça-feira, a média móvel diária de casos é de 11.769. O valor é 68% maior que o registrado há 14 dias, o que para especialistas também indica tendência de alta.
A média diária de casos está acima de 10 mil há onze dias seguidos. O último registro de média móvel acima de 10 mil casos no estado era de 18 de agosto.
SENADOR EDUARDO GOMES PERMANECE EM BRASILIA
Sábio, leal e defensor ferrenho dos interesses do MDB, Palácio do Planalto e do povo tocantinense, o senador Eduardo Gomes se mantém de forma discreta e firme como líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
Como membro da cúpula nacional do MDB, seus maiores desafios vêm sendo desarmar as bombas e apaziguar os conflitos em época de eleição das mesas diretoras da Câmara Federal e do Senado.
Por meio do diálogo, Gomes vem construindo pontos antes improváveis, buscando uma harmonia e um equilíbrio justos, para que, no dia primeiro de fevereiro, tanto o MDB quanto o Palácio do Planalto saiam maiores que entraram da eleição das presidências do Congresso e do Senado.
A missão será dura, mas, sob a batuta de Eduardo Gomes, pode-se esperar bons resultados sempre!
FIM DO CLIMA DE TENSÃO EM BRASILIA
Faltam, praticamente, duas semanas para o “Dia D” das eleições dos presidentes e demais membros das mesas-diretoras do Senado e da Câmara Federal.
O “toma lá, dá cá”, o descontentamento do baixo clero e as traições são parte farta do “cardápio”.
O fim do clima de tensão em Brasília, principalmente no Palácio do Planalto, será no dia primeiro de fevereiro, quando se saberá quem levou o quê.
Até lá, a pressão será gigantesca.
GRANDE MÍDIA X BOLSONARO
O presidente Jair Bolsonaro teve uma queda tremenda em sua popularidade com as investidas da mídia nacional sobre o fracasso da atuação do Palácio da Alvorada, expondo aos brasileiros como, por diversas vezes, perderam-se oportunidades de agir com mais assertividade contra a Pandemia, o que resultou no fato de o Brasil estar entre os últimos colocados na imunização da sua população.
Agora, para tentar recuperar o tempo perdido, o governo federal precisa disponibilizar um serviço de imunização em massa sem furos, sem “furadas de fila” e altamente bem planejado.
GREVE DOS CAMINHONEIROS
A greve dos caminhoneiros, marcada para o dia 1º de fevereiro é mais um grande problema para o governo federal resolver.
Caso não consiga, a explosão nos preços dos produtos nos supermercados será inevitável, causando descontrole da inflação e nova alta do dólar, que provocará nova alta nos combustíveis, justamente a causa da greve dos caminhoneiros.
A missão de mitigar essa greve será uma das mais árduas para o governo de Jair Bolsonaro, quase uma “missão impossível”.
LIRA JÁ ADMITE APOIAR PRORROGAÇÃO DO AUXILIO EMERGENCIAL
O candidato a presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, já admite o apoio à prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais seis meses.
Resta saber qual será a engenharia a ser feita para descobrir de onde virão os recursos para tal, pois não consta no Orçamento da União para 2021.
Lira adotou esse novo posicionamento após a pressão de vários deputados que serão os eleitores em primeiro de fevereiro na escolha do novo presidente da Câmara Federal.
PAZUELLO FRACASSA COM ADIAMENTO
Governadores e membros do Congresso Nacional demonstraram profundo descontentamento com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que buscou improvisar, em São Paulo, para tentar ofuscar o sucesso do governador João Dória sobre a disponibilização de vacinas contra a Covid-19, deixando o governo federal ser “engolido” pela estratégia de Dória.
O presidente Jair Bolsonaro pode substituir Pazuelo para tentar direcionar a culpa da inércia do Planalto para o “colo” do ministro e interromper o “sangramento” de sua popularidade e credibilidade junto à população.
Bolsonaro, inclusive, já convocou uma reunião emergencial para esta terça-feira com vários ministros, dentre eles, Pazuello.
O que sairá dessa reunião, só Bolsonaro sabe...
BOLSONARO NERVOSO
Com a aprovação do uso emergencial da CoronaVac na vacinação contra a Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro tem dito a aliados que “não se dará por vencido” no embate com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que apadrinhou o imunizante.
“Bolsonaro não se dará por vencido. Ele está com o ego muito ferido”, disse um assessor do presidente, segundo a coluna de Vicente Nunes, do Correio Braziliense.
Além da aprovação da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, o fracasso na importação de 2 milhões de doses de vacina da Índia também intensificou o sentimento de derrota no mandatário. Com isso, só restou ao país – até então – a CoronaVac como opção.
“A hora dele vai chegar”, teria dito Bolsonaro a alguns interlocutores.
EFEITOS COLATERAIS COM O FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL BATEM À PORTA
O mês de fevereiro será um mês em que diversas famílias brasileiras de baixa renda sentirão, ou voltarão a sentir, o que é a fome.
Essas famílias, que recebiam o auxílio emergencial, ainda tinham pequenos estoques de comida para janeiro, mas, em fevereiro, a geladeira e a despensa estarão vazias.
Sem ter como alimentar seus filhos, essa parcela da população será mais um ingrediente na “panela de pressões” que irá pairar sobre o Palácio do Planalto.
Apesar dos pesares, o governo federal já fez muito ao disponibilizar o auxílio emergencial, mas a economia combalida e o Orçamento para 2021 o deixam de mãos amarradas para poder fazer mais.
GOVERNO DO TOCANTINS CONTINUA COM DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS
O governador mauro Carlesse deu ordem para que continue a distribuição de cestas básicas a milhares de famílias de baixa renda de todas as regiões do Estado.
Com essa ação humanitária, o governo do Estado quer diminuir o sofrimento dessa parcela da população, evitando que a fome adentre seus lares.
A distribuição de cestas básicas pelo governo do Estado vem ocorrendo desde o agravamento da pandemia de Covid-19 no Tocantins e demonstra uma preocupação legítima para com os menos favorecidos, e é uma ação digna de aplausos.
TOINHO ANDRADE INICIA NOVO MANDATO COMO PRESIDENTE DA AL
O deputado estadual portuense, Toinho Andrade, tomará posse em mais um mandato à frente da presidência da assembleia Legislativa tocantinense.
Sua reeleição é fruto da forma igualitária com que tratou todos os seus pares, sempre aberto ao diálogo e cumprindo os compromissos assumidos.
Sua recondução ao cargo foi em uma eleição de consenso, por aclamação, e o garante mais dois anos para manter a paz e a harmonia na convivência com o Poder Executivo tocantinense, sempre buscando o melhor para a população.
Sua posse e dos demais membros da Mesa-Diretora da AL ocorre no próximo dia primeiro de fevereiro.
Embora ministro negue a indicação, documentos oficiais mostram o remédio propagandeado por Bolsonaro para tratamento da Covid-19
Por LUCIANA LIMA
Apesar de o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dizer que nunca recomendou o “tratamento precoce”, inclusive com a indicação da “hidroxicloroqiuna” para pacientes com Covid-19, tanto a medicação, propagandeada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o início da pandemia, quanto a profilaxia constam em documentos oficiais do governo, distribuídos na gestão do próprio ministro.
O medicamento, que não tem comprovação científica de sua eficácia contra o novo coronavírus, foi, inclusive, um dos insumos enviados para Manaus, em meio ao caos pela falta de oxigênio para atender os doentes, conforme as explicações dadas pela Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta ao ministro Ricardo Lewandowski (Confira a íntegra do documento abaixo).
O documento é o mesmo no qual o governo admite que teve conhecimento no início de janeiro que o sistema de saúde de Manaus sofria a “possibilidade iminente de colapso em 10 dias”, que poderia provocar “aumento da pressão sobre o sistema entre o período de 11 a 15 de janeiro”, como efetivamente ocorreu, com dezenas de pacientes morrendo por falta de estoque de oxigênio nos hospitais da capital amazonense.
A medicação está entre as providências tomadas pelo governo, que agora foi obrigado a prestar contas ao STF.
Ao falar das ações do Plano de Contingência de Apoio ao Enfrentamento da Crise do Covid-19 no Estado do Amazonas, a AGU listou o envio, por parte do Ministério da Saúde, de 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina, no rol de medicamentos destinados ao tratamento da Covid-19.
Diagnóstico
No diagnóstico feito por técnicos do Ministério da Saúde enviados à capital amazonense, o tratamento precoce aparece como recomendação da pasta não seguida pelas autoridades locais.
“Diante dessa súbita elevação, o Ministério da Saúde providenciou reuniões de seu secretariado e deliberou pelo envio de uma comitiva à cidade de Manaus, logo após o início do ano de 2021, para que pudesse haver análise pormenorizada das providências a serem tomadas juntamente com os gestores estaduais e municipais recém-empossados. As reuniões foram realizadas entre 3 e 4 de janeiro de 2021, quando foram sumarizadas as seguintes conclusões”, apontou a AGU.
“Há deficiência na resolutividade da atenção primária, por não estarem utilizando as orientações de intervenção precoce para Covid-19, conforme orientações do MS”, diagnosticou a equipe, sem explicitar quais seriam essas intervenções.
O documento é assinado pelo advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior.
“Nunca receitei”
Nos pareceres e votos que embasaram a aprovação do uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca, técnicos e diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defenderam a ciência e a segurança dos imunizantes e refutaram a existência de tratamento precoce contra a doença, defendida pelo Ministério da Saúde e por Bolsonaro com base em medicamentos comprovadamente ineficazes, como a hidroxicloroquina.
Em entrevista coletiva na segunda-feira (18/1), o ministro disse que a pasta nunca indicou nenhum medicamento para o tratamento da Covid-19.
No entanto, além do informe dado ao STF pela AGU e em protocolo assinado por ele e distribuído em 20 de maio, logo após sua posse como ministro, a pasta sugeria a prescrição de hidroxicloroquina e cloroquina aos infectados, ainda que não houvesse nenhuma comprovação da eficácia desses remédios contra o coronavírus.
“A senhora nunca me viu receitar, dizer, colocar para as pessoas tomarem este ou aquele remédio. Nunca. Não aceito a sua posição. Eu nunca indiquei medicamentos a ninguém, nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando medicamentos”, disse o ministro a uma jornalista.
O protocolo divulgado em maio orienta o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e outros medicamentos, mas as dosagens aparecem rasuradas.
“Liberdade é o direito de fazer tudo o que a lei permite”
MONTESQUIEU
Por Edson Rodrigues
A situação política do Brasil, infelizmente, entrou em um espiral de descontrole, em que o maior fomentador das controvérsias é o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que age de forma completamente desmedida – infantil em certos casos – que deixa até seus mais ferrenhos apoiadores sem argumentos contra tanta falta de tato, de habilidade e até de bom senso.
Ao afirmar, nesta segunda-feira, 18, que as Forças Armadas são as responsáveis por decidir se há democracia ou ditadura em um País, Bolsonaro reassumiu o posto de inimigo número um dos intelectuais, dos ícones políticos e, obviamente, aumentou o ódio que a esquerda nutre por ele.
Bolsonaro completou: “o pessoal parece que não enxerga o que o povo passa, pra onde querem levar o Brasil, para o socialismo. Por que sucatearam as forças armadas ao longo de 20 anos? Porque nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo. Quem decide se o povo vai viver em uma democracia ou ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não a apoiam”, declarou o presidente do Brasil, afirmando que “temos liberdade ainda”, mas “tudo pode mudar” e fez referência a possível eleição de Fernando Haddad (PT), seu adversário no segundo turno nas eleições de 2018.
“No Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar. Imagine o Haddad no meu lugar. Como estariam as Forças Armadas com o Haddad em meu lugar?”, questionou Bolsonaro.
VACINA É O FOCO
Internamente, o governo está insatisfeito com a vitória política do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar, no domingo, o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19.
— Em meio às dificuldades do Ministério da Saúde para dar início à vacinação nacional contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião de última hora, fora da agenda, no Palácio do Planalto, com cinco de seus ministros. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também participou do encontro. Ele estava sendo representado inicialmente pelo número 2 da pasta, o secretário-executivo Élcio Franco.
O jornal O GLOBO apurou que a reunião começou às 14h30 e contou com a participação dos ministros Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). O Palácio do Planalto convocou para agora tarde uma coletiva de imprensa com o Pazuello
Após ter ignorado a aprovação das vacinas Coronavac e de Oxford pela Anvisa no último domingo (17), o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (18) que agora “não tem o que discutir mais” sobre os imunizantes.
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o mandatário ressaltou que o governo vai comprar as vacinas se houver “disponibilidade no mercado”. “E a vacina é do Brasil, não é de nenhum governador, não”, disse Bolsonaro, em referência à Coronavac.
Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e trazida ao Brasil pelo governo do estado de São Paulo, a Coronavac já foi alvo de críticas e ironias por parte do presidente, que chegou a dizer que não compraria o imunizante.
“Não compraremos a vacina da China”, disse o mandatário no ano passado, ao responder um comentário no Facebook usando letras maiúsculas para dar ênfase à declaração.
Além disso, Bolsonaro definia a Coronavac como “vacina chinesa de João Doria” e comemorou a suspensão dos testes do imunizante por conta do suicídio de um voluntário. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente nas redes sociais.
O governo de São Paulo começou sua campanha de vacinação no último domingo, enquanto o Ministério da Saúde planejava dar a largada no programa nacional de imunização anti-Covid na quarta-feira (20), mas decidiu antecipar para esta segunda.
IMPEACHMENT GANHA FORÇA
Em meio à pressão pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um perfil no Twitter se pôs à frente do debate e inaugurou o "placar do impeachment" a fim de mostrar para a população "como seu deputado votaria se o impeachment fosse hoje". Em última atualização, publicada na manhã deste domingo (17/1), 106 deputados são a favor do impedimento e 42 são contra. Outros 365 deputados não se posicionaram.
O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT), também por meio do Twitter, vem instigando os internautas a pressionar os parlamentares para que participem da enquete e se posicionem de forma pública.
"Sem impeachment, haverá muito mais mortes. Mais 100 mil? 150 mil? No ritmo atual, algo dessa ordem. Cada dia importa! O Congresso precisa se reunir já!", afirmou Haddad.
Outros representantes, como a deputada federal Tabata Amaral (PDT) e a vice-governadora de Pernambuco (PCdoB), se manifestaram a favor da ação.
Para compor o resultado, eles monitoram as redes sociais dos deputados, além de cobrar àqueles que ainda não se manifestaram sobre o tema.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apesar de criticar a postura do governo federal frente a pandemia, segue engavetando os pedidos de impeachment contra o presidente. Conforme dados da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, foram protocolados 61 pedidos desde fevereiro de 2019. Quatro deles foram arquivados e duas novas denúncias foram realizadas neste ano e estão sob análise junto com outras 55.
BANHO DE SANGUE
O caso é que, conforme Bolsonaro vem mostrando desde o início do seu governo, não sabe digerir derrotas nem suporta opiniões contrárias às suas. Se a ideia do impeachment ganhar força, tudo o que se falou nas entrelinhas do início deste panorama político pode se materializar, com o presidente colocando toda a sua atenção na atração de apoiadores que tem dentro das Forças Armadas para se garantir no poder custe o que custar.
E isso pode custar muito caro para o Brasil e para a Democracia, pois há extremistas tanto no apoio a Bolsonaro quanto às ideologias esquerdistas, podendo ser incitado um banho de sangue tão ou mais letal que a pandemia de Covid-19, mas com efeitos muito mais nocivos ao bem-estar de toda a população.
PACTO FEDERATIVO
Com esse horizonte nada tranquilo que se vislumbra, as eleições das mesas diretoras da câmara Federal e do Senado, que podem ser o “fiel da balança” de tudo o que pode vir, politicamente, pela frente.
Em caso de vitória dos candidatos oposicionistas a Bolsonaro, a possibilidade de impeachment ganha contornos reais e preocupantes, e Bolsonaro passará a viver um verdadeiro inferno em seu governo.
Caso vençam os candidatos apoiados por Bolsonaro – que insiste em dizer que não apoia ninguém – diminuem as chances de mais derrotas no Congresso Nacional e aumentam a possibilidade de, enfim, o presidente da república colocar seu foco e seus interesses nos assuntos que realmente interessam à população, deixando a politicagem em segundo plano e partindo para o combate à pandemia como deve, incentivando a aplicação da vacina – seja ele qual for – em todo o Brasil, imunizando o povo e trazendo uma tranquilidade relativa de que, pelo menos na Saúde, o governo federal estará fazendo a sua parte.
Em fevereiro, corre-se o sério risco de a fome se alastrar pelos lares brasileiros, aonde chefes de família contavam com o auxílio emergencial pago pelo governo federal.
Também no início de fevereiro, logo no dia primeiro, o Brasil vai enfrentar a greve dos caminhoneiros que não tem data para terminar e traz consigo reivindicações de difícil solução imediata, que precisarão de negociações longas e debates entre classes para que sejam ao menos entendidas antes de serem resolvidas.
Dessa forma, o resultado das eleições na Câmara Federal e no Senado podem ser o estopim que falta para que o desentendimento impere e dificulte ainda mais a vida do povo brasileiro, ou pode ser o sopro de esperança que apague a chama da discórdia e permita que o Brasil passe por esses momentos de conflito com o menor número de “baixas” possível.
Oremos!