Porto Nacional

O prefeito de Porto Nacional, assim que ganhou as eleições municipais, foi à Brasília para abrir portas e garantir recursos para sua gestão. Segundo os bastidores políticos, no congresso nacional, nas próximas 72horas o prefeito de Porto Nacional e toda a comunidade portuense (incluindo o distrito de Luzimangues) terá ótimas notícias vindas de Brasília.

Aguardem...

 

Senador Eduardo Gomes sóbrio na disputa pelo comando do Senado

Momentos de muito equilíbrio marca mais uma etapa na vida política do senador Eduardo Gomes. Lealdade e humildade são os ingredientes pelos quais se pauta o senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, que vem se articulando para garantir muitos empenhos financeiros e liberação de recursos para o Tocantins, assim que o orçamento da união for aberto.

Neste momento de muitas trovoadas, ventos fortes e pancadas de chuvas, o aconselhável é diminuir a velocidade e ter controle da aeronave. Aguardar o momento certo de agir.

É por essas práticas que o senador tocantinense, Eduardo Gomes, mantém equilíbrio em suas ações com lealdade ao presidente Jair Bolsonaro, como seu líder no congresso nacional

 

Porto Nacional: Desfechos finais

Nos bastidores da justiça é tido como favas contadas, a batida do martelo da justiça de primeira instância sobre o processo que envolve alguns ex-vereadores e ex-secretários. Uma decisão da justiça pode isentar os inocentes e punir os culpados. Nesse sentido, O Paralelo13 fez questão de, até hoje, aguardar uma decisão da justiça para emitir sua opinião, mostrando de forma imparcial quem é quem nesta ação de improbidade administrativa e malversação do dinheiro público, dos cofres da municipalidade da capital da cultura, nossa querida Porto Nacional.

A população também aguarda!

 

Prefeitos empossados precisam de tempo para mostrarem a que vieram

Ninguém tem autoridade para criticar as escolhas dos auxiliares dos prefeitos que tomaram posse no último dia primeiro de janeiro de 2021, muito menos em fazer críticas pelas primeiras decisões políticas e administrativas tomadas pelos atuais gestores. Cabe aos membros dos poderes legislativos municipais exercerem suas funções de representantes do povo e olhos da comunidade, bem como à oposição, fiscalizar e zelar pelo erário público, oferecer soluções, propor reparos e não simplesmente agir como cegos, surdos e mudos políticos, não atrapalhando as boas gestões. já aos membros governistas é importante que deem o apoio político e social necessário, sem cegueira e “babação de ovo”. A comunidade, os críticos e os opositores sabem que o primeiro ano de mandato é sempre o mais difícil, principalmente para os prefeitos que receberam dividas com prestadores de serviços/fornecedores, maquinários sucateados e dívidas com folha de pagamento do funcionalismo público municipal, dentre outras obrigações sociais. Tem prefeituras até impedidas de receberem recursos federais e estaduais devido a inadimplência junto aos organismos federais fiscalizadores.

Todos os prefeitos precisam de tempo para agir.

Resultados das eleições municipais de 15 de novembro 2020 deixou oposição esquartejada e manca

Em primeiro lugar a oposição tem patrimônio político e tem políticos competentes, também tem serviços prestados ao estado e aos municípios, além de bom trânsito nos poderes em Brasília. Porém falta a esta oposição um líder competente para promover a união e levantar uma bandeira que possa se apresentar em 2022 como uma alternativa viável, palpável que dê segurança ao eleitor e a população por dias melhores com um governo que gere emprego, do contrário o "ter patrimônio político" pode virar poeira e a oposição vir a perder sua identidade e se tornar nanica, o que não é bom para o Tocantins que precisa de um governo forte e uma oposição competente.

Nesse quesito, os resultados das eleições municipais deixaram um recado para as oposições, se não se unirem poderão ser sepultadas em um sepultamento coletivo, com pouquíssimas chances de ressuscitarem no futuro.

Fica a dica!

 

Chega de blá blá blá nas prefeituras

 

Já provoca engarrafamentos nas redes sociais e em outras mídias o blá blá blá dos prefeitos que tomaram posse no último dia primeiro de janeiro de 2021, condenando os ex-prefeitos por isso e por aquilo. Acontece que ninguém quer saber deste blá blá blá. Se acharem por bem, abram um processo de investigação da gestão anterior, com fundamentos jurídicos e se encontrar rombo, adotem as medidas cabíveis necessárias. Acionem as câmaras municipais e as demais instituições de defesa do patrimônio público e mantenham a população informada.

Mas deixem de blá blá blá e comecem a administrar suas cidades para cumprirem com os compromissos feitos em palanques.

 

Palmas: Presidente da câmara municipal de Palmas não está, "é"

Demonstrando pulso forte a presidente da câmara municipal de Palmas, vereadora Janad Valcari corta gorduras, para viabilizar sua gestão à frente do poder legislativo palmense e mostra, na prática, respeito pelos recursos vindos dos tributos pagos pela população palmense.

Entre os cortes feitos está o não pagamento da verba de gabinete (Codap ) aos vereadores, referente ao mês de janeiro. O valor é de mais R$ 11 mil para cada parlamentar; o anúncio do encerramento do contrato de locação de veículos para gabinetes dos vereadores e consequentemente a extinção de despesas com combustíveis, uma economia de mais de dois milhões de reais (R$ 2.256.000,00) com veículos e mais um milhão e duzentos mil reais com combustíveis (R$ 1.200.000,00) e uma redução de contratação de servidores comissionados.

A presidente já chegou demarcando território e demonstrando seu potencial de mudanças.

 

Palácio Araguaia desidrata os Abreus politicamente

Paulo Lima - ex-chefe de gabinete da senadora Kátia Abreu -, Miuke Hyashida, ex-prefeita de Brejinho de Nazaré e Jairo Mariano, ex-presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e ex-prefeito de Pedro Afonso, são alguns nomes que deixam de ser aliados do grupo político dos senadores Kátia Abreu e Irajá Abreu e passam a integrar o grupo do govenador Mauro Carlesse.

 

E vem mais

 

Em breve as sucessões do Sebrae e da Faet, que estão sob o domínio do grupo político dos Abreus, também deixarão o ninho Abreu. Rumores de bastidores dizem que há um trabalho do grupo político palaciano para cooptar alguns dos prefeitos eleitos pelas legendas dominadas pelos senadores tocantinenses do PSD e PP.

Todos os movimentos políticos são vistos como fatos estratégicos na formação de uma plataforma política com vista à sucessão estadual de 2022, onde o palácio Araguaia não quer ser surpreendido pelas as oposições, mas sabendo que na política nada é exato.

 

Esforços de Cinthia com Dória por vacina para palmense zebrou

Preocupada com a vida das famílias palmenses, a prefeita Cinthia Ribeiro foi à São Paulo e em audiência com o governador João Dória conseguiu garantir a vacina para imunizar a população palmense, mostrando ser uma gestora ágil.

Acontece que, com a politicagem entre os governos de Dória e Bolsonaro, o que seria uma conquista zebrou, deu água na canoa.

Mas nem tudo está perdido, o ministro da saúde garantiu a distribuição simultânea aos estados e municípios com iguais direitos na hora H e no dia D.

Valeu os esforços de Cinthia Ribeiro.

 

Posted On Quarta, 13 Janeiro 2021 07:19 Escrito por

Político lutava contra uma infecção de bactérias e fungos nos pulmões após se recuperar da Covid-19. Ele estava há mais de 80 dias em UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

 

Por G1 GO

 

O ex-governador de Goiás e prefeito licenciado de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), faleceu aos 71 anos, nesta quarta-feira (13). A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação da capital, Bruno Rocha Lima. O político estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, lutando contra uma infecção pulmonar, em decorrência da Covid-19, da qual já havia se recuperado.

 

A nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da capital informou que "a família está providenciando o traslado do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal".

 

O Hospital Albert Einstein confirmou a morte do político. Segundo a unidade de saúde, ele faleceu às 4h10 desta quarta-feira. Ele estava internado na unidade de saúde "desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19".

 

Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em agosto de 2020, com menos de dez dia de diferença. No dia 19, morreu Nelma Vilela Veloso, de 76 anos, tinha diabetes e problemas pulmonares, comorbidades que agravaram o quadro. Já no dia 28, a irmã mais velha, Nelita Vilela, de 82 anos, também faleceu.

 

Maguito passou por vários cargos públicos em Goiás: vereador, prefeito, governador e senador. Ele ainda foi professor e advogado; relembre a carreira dele.

 

Internações e tratamento

Luiz Alberto Maguito Vilela testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de 2020. Dois dias depois, ele foi internado em um hospital de Goiânia.

 

No dia 27 de outubro, o político recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No mesmo dia, ele foi transferido para São Paulo.

 

Maguito foi entubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de oxigênio.

 

Porém, no dia 15, data do primeiro turno da eleição, o emedebista foi entubado pela segunda vez para fazer uma broncoscopia para verificar as causas da piora na inflamação dos pulmões.

 

Já no dia 17, Maguito começou um tratamento respiratório com uma máquina chamada ECMO, que funciona como os pulmões e o coração de forma artificial. Além do procedimento, o político passou por uma hemodiálise para ajudar as funções dos rins.

No dia 24, ele passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste em abrir um pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na respiração.

 

Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.

 

No dia 9 de dezembro, os médicos começaram a redução intensa dos sedativos. O filho, Daniel Vilela, chegou a dizer que o pai demonstrou plena consciência sobre ser o prefeito eleito de Goiânia.

 

Em 11 de janeiro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.

 

Após 80 dias internado, Maguito teve uma piora no quadro de saúde com uma infecção nos pulmões provocada por bactérias e fungos. A equipe médica iniciou tratamento com antibióticos e remédios vasoativos para controlar a pressão arterial de forma artificial.

 

Em agosto deste ano, duas irmãs de Maguito morreram em decorrência da Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí.

 

O advogado e político goiano Luiz Alberto Maguito Vilela, de 71 anos, nasceu em Jataí, no sudoeste do estado, em 24 de janeiro de 1949. Ele foi casado com Sandra Regina Carvalho Vilela. Após a separação, casou-se com Carmen Silva, com quem viveu até 2013. Atualmente era casado com Flávia Teles.

 

Ele deixa quatro filhos: Vanessa, Daniel, Maria Beatriz e Miguel; e uma enteada: Anna Liz.

 

Carreira política
Maguito já foi eleito vereador, deputado estadual e federal e vice-governador. Também foi governador de Goiás entre 1995 a 1998, quando disputou e ganhou a eleição para senador. Em 2007, foi nomeado por Guido Mantega, então ministro da Fazenda, como vice-presidente do Banco do Brasil.

 

Antes de disputar a eleição desde ano, foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, por duas vezes, em 2008 e 2012.

 

Posted On Quarta, 13 Janeiro 2021 04:31 Escrito por

Norma regulamenta novo programa habitacional do governo federal

 

Por Sandra Manfrini

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei de conversão que institui o programa habitacional Casa Verde e Amarela, formulado pelo governo para substituir o Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O novo programa é baseado em três pilares: financiamento a juros mais baixos, regularização fundiária e reformas dos imóveis.

 

A proposta, agora convertida em Lei que deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 12, teve origem na Medida Provisória 996, que foi aprovada pelo Senado no dia 8 de dezembro depois de receber o aval da Câmara.

 

Com o programa, governo espera atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda até 2024. © Gabriela Biló/Estadão Com o programa, governo espera atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda até 2024.

Na parte do financiamento, o novo programa prioriza as regiões Norte e Nordeste e conta com taxas de juros menores. O objetivo é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

 

O grupo de maior renda que será atendido pelo novo programa habitacional poderá financiar imóveis com taxa de juros a partir de 7,16% ao ano, sem distinção entre as regiões do País. O alvo, chamado de "grupo 3", são as famílias com renda mensal que vai de R$ 4 mil a R$ 7 mil.

Para o grupo 2, que atende famílias com renda entre R$ 2 mil mensais e R$ 4 mil mensais, o go

verno elaborou taxas de juros que partem de 4,75% ao ano para Nordeste e Norte, e de 5% para as demais regiões. O piso das taxas é direcionado a cotistas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

 

No grupo 1, que atenderá famílias mais pobres, com renda mensal de até R$ 2 mil, a taxa de juros foi definida a partir de 4,25% ao ano para Norte e Nordeste, e 4,5% para o resto do Brasil.

 

Além dos financiamentos, o Casa Verde e Amarela tem um pilar de regularização fundiária e melhoria de residências, com meta de regularizar 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil moradias até 2024.

 

Veto

Em nota, a Secretaria Geral da Presidência da República informou que, após manifestação técnica dos ministérios competentes, o presidente decidiu vetar o dispositivo que estendia ao Casa Verde e Amarela as regras de um regime tributário diferenciado concedido às construtoras atualmente submetidas ao MCMV, que dispõem de recolhimento unificado de tributos equivalentes à 4% da receita mensal auferida pelo contrato de construção.

 

A Secretaria Geral lembra que a decisão final sobre os vetos caberá ao Congresso, que tem a prerrogativa constitucional de apreciá-los. O texto final da lei sancionada com os vetos ainda não foi disponibilizado.

 

Posted On Quarta, 13 Janeiro 2021 04:16 Escrito por

Os mandados são em Brasília, São Luis, São Paulo e Rio de Janeiro

 

Por José Vianna, Pedro Brodbeck e Marco Antônio Martins, G1 PR

 

 

A Polícia Federal (PF) apreendeu, na manhã desta terça-feira (12) obras de arte, carros de luxo e um helicóptero ao cumprir mandados de busca e apreensão pela pela 79ª fase da Operação Lava Jato, que investiga pagamentos de propina na Transpetro e operações de lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, foram expedidos três mandados no Rio de Janeiro, dois mandados em Brasília, dois em São Luis do Maranhão, dois em São Paulo e um em Angra dos Reis.

 

O G1 apurou que mandados foram cumpridos nos endereços de Márcio Lobão e Edison Lobão Filho, filhos do ex-ministro Edison Lobão. O pai dos investigados não é alvo da operação desta terça-feira.

 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as ordens judiciais visam apreender mais de 100 obras de arte dos investigados. As obras serão levadas para Curitiba para uma perícia da polícia, e depois devem ser encaminhadas para o Museu Oscar Niemeyer (MON).

 

Em São Luís, no Maranhão, foram apreendidos carros de luxo e um helicóptero.

 

Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba.

 

 

Investigações

As investigações apuram fraudes em licitações por meio de pagamento de propina a executivos da Transpetro.

 

Os crimes investigados aconteceram entre 2008 e 2014, segundo a PF, com pagamento de R$ 12 milhões em propinas.

As investigações apontam que a propina era paga em espécie, e a lavagem do dinheiro acontecia por meio da compra de obras de arte e imóveis.

 

A operação desta terça-feira é um desdobramento da 65ª fase da Lava Jato, deflagrada em setembro de 2019.

 

Uma das transações investigadas foi a compra de um apartamento de alto padrão em 2007 por R$ 1 milhão e vendido menos de dois anos depois por R$ 3 milhões, em uma valorização que, de acordo com a PF, não correspondia com as condições do mercado financeiro da época.

 

Na lavagem de dinheiro por meio das obras de arte, segundo as investigações, notas fiscais e recibos eram emitidos à Receita Federal com valores menores do que eram efetivamente praticados. Segundo a PF, a diferença entre o valor pago e o declarado variava de 167% a 529%.

 

Em uma fase anterior da operação, segundo a PF, já foram encontradas obras de arte na casa de um dos investigados que apresentavam variações significativas entre o preço de aquisição declarado e o valor de mercado, em patamares de até 1.300%.

 

Posted On Terça, 12 Janeiro 2021 14:00 Escrito por

Após pressão de cientistas e jornalistas, o governo de São Paulo e o Instituto Butantã anunciaram nesta terça-feira, 12, a taxa de eficácia geral da Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã. A taxa que considera a análise de todos os voluntários infectados pela covid é de 50,4%.

 

Por Fabiana Cambricolli, João Ker e Daniel Fernandes

 

O número é inferior ao apresentado na semana passada pelo governo paulista, de 78%, pois, como o Estadão revelou, a taxa referia-se somente a um recorte do estudo: ao grupo de voluntários que manifestaram casos leves de covid, mas com necessidade de atendimento médico.

 

A taxa de eficácia geral é o principal indicador medido pelo estudo da Coronavac (o chamado desfecho primário), segundo protocolo da pesquisa. Embora inferior à primeira taxa divulgada, o índice de 50,4% não deve impedir a aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige eficácia mínima de 50%.

 

Ricardo Palácios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantã, afirmou que a taxa de eficácia menor do que a apresentada inicialmente foi uma “decisão consciente” para que os estudos da fase 3 atingissem de forma mais rápido o número mínimo de casos positivos exigidos: “A vantagem é termos um estudo mais rápido. Estávamos sacrificando eficácia para aumentarmos o número de casos e termos uma resposta mais rápida. Foi uma decisão arriscada, mas precisávamos dessa resposta rápido”.

 

De acordo com Alex Precioso, diretor do centro de segurança clínica e gestão de risco farmacoepidemiológica do Butantã, a Coronavac não registrou eventos adversos graves, além de dor no local da aplicação. Apenas 0,3% dos voluntários tiveram reações alérgicas, taxa que foi igualmente registrada entre quem recebeu o imunizante e quem recebeu o placebo. "É uma vacina que tem mantido o seu perfil de segurança ao longo do tempo”, explicou.

 

Na quinta-feira passada, a gestão João Doria (PSDB) afirmou que o imunizante tem 78% de eficácia contra casos leves da doença e 100% contra os quadros graves e moderados. Mas, como o Estadão revelou no sábado, 9, os dados referem-se só a um recorte do estudo. A eficácia geral, principal indicador da pesquisa e que considera toda a amostra de voluntários, não foi revelada e deve ficar em patamar inferior, segundo disse à reportagem o infectologista Esper Kallas. Professor da USP, ele é coordenador do centro da pesquisa da Coronavac no Hospital das Clínicas.

 

"O que dá para dizer com os dados que temos é que a eficácia de 78% é para aqueles casos leves que precisaram de alguma intervenção médica, classificados como nível 3 na escala da Organização Mundial da Saúde, e a de 100% é para casos moderados e graves, classificados a partir do nível 4. Gostaríamos de ver os dados também para o nível 2, que são aqueles infectados que evoluíram bem em casa e não precisaram de atendimento médico", disse Kallas. "Quando você amplia a definição de caso, ou seja, inclui todos os casos positivos independentemente da gravidade, aumenta a sensibilidade para identificar casos de covid-19, mas perde em especificidade. Quando forem incluídos os dados de pacientes nível 2, dilui um pouco mais a eficácia e ela deve ficar menor", completou.

 

Logo após a coletiva, vários cientistas criticaram a falta de transparência do Butantã ao não divulgar a eficácia geral e outros detalhes dos testes clínicos. O número de casos de covid registrados em cada grupo do estudo (placebo e vacinado) só foi divulgado após questionamento do Estadão na coletiva de imprensa. Os dados informados pelo diretor do Butantã, Dimas Covas, após a pergunta apontam eficácia de 63% – calculada com base no registro de 218 casos de covid entre voluntários, sendo 160 no grupo que recebeu placebo e pouco menos de 60 entre os vacinados.

 

Governo de São Paulo anunciou que Coronavac teria 78% de eficácia contra covid-19 © Alex Silva/Estadão Governo de São Paulo anunciou que Coronavac teria 78% de eficácia contra covid-19
Após as críticas, o governo anunciou que fará coletiva de imprensa hoje para apresentar tais dados. Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, os dados sobre eficácia geral da Coronavac estão em posse exclusiva do Butantã e da Anvisa. “As pessoas estão cobrando mais transparência, mas nem eu nem o governador sabemos qual é esse número.”

 

A opção do Butantã por divulgar só o dado estratificado e não a eficácia geral pode ter relação com uma divergência de entendimento entre o instituto e a farmacêutica chinesa Sinovac sobre o que seria considerado um caso confirmado de covid para inclusão na amostra de casos positivos a serem analisados.

 

O dado brasileiro diverge dos de outros países que também estão testando a Coronavac. Na Turquia, análise interina demonstrou eficácia de 91%. Na Indonésia, onde o imunizante teve uso emergencial aprovado ontem, ficou em 65,3%. Nos dois casos, a amostra de casos de covid entre voluntários foi bem inferior à do Butantã: de 30 casos analisados em cada país, ante cerca de 220 no Brasil.

 

Contradição. No sábado, a Anvisa cobrou dados mais detalhados do Butantã para avaliar o pedido de uso emergencial, submetido na sexta-feira. Ontem, em coletiva, governo e Butantã entraram em contradição quanto ao envio de dados. Gorinchteyn afirmou que os dados que a Anvisa disse faltar já tinham sido enviados no dossiê de 10 mil páginas submetido na sexta. Já a diretora do Butantã, Cintia Lucci, disse que informações complementares ainda estavam sendo enviadas. À tarde, em nota ao Estadão, o Butantã confirmou a fala de Cintia.

 

Doria voltou a cobrar urgência da Anvisa na análise, mesmo com as pendências de documentos. "Não é razoável que processos burocráticos, ainda que em nome da ciência, se sobreponham à vida."

 

 

Posted On Terça, 12 Janeiro 2021 13:59 Escrito por