No ano, o indicador acumula alta de 3,13% e, em 12 meses de 4,31%, acima dos 3,92%
Por Equipe Ultimo Instante
Com a alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis, a inflação de novembro ficou em 0,89%, acima da registrada em outubro (0,86%). Esse é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o indicador foi de 1,01%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (08), pelo IBGE.
No ano, o indicador acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, de 4,31%, acima dos 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o indicador havia ficado em 0,51%.
“O cenário é parecido com o que temos visto nos últimos meses, em que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando bastante o resultado. Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30% e o tomate, com alta de 18,45%”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Além desses alimentos, outros produtos importantes na cesta das famílias também tiveram alta, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). Com isso, o grupo de alimentos e bebidas variou 2,54%. Outras variações positivas foram da cerveja (1,33%) e do refrigerante e água mineral (1,05%) consumidos fora do domicílio, que tiveram queda em outubro.
O grupo de transportes, que teve alta de 1,33%, foi a segunda maior influência no índice de novembro. A inflação do grupo foi causada pelo aumento no preço da gasolina (1,64%). “É a sexta alta consecutiva da gasolina e, além disso, tivemos a alta de 9,23% do etanol e de outros componentes que têm bastante peso dentro dos transportes, como é o caso dos automóveis tanto novos quanto usados”, diz o pesquisador, ressaltando também as altas de seguro voluntário de veículos e transporte por aplicativo. Juntos, os grupos de alimentos e bebidas e transportes representaram cerca de 89% da alta do IPCA de novembro.
“Maio foi o último mês em que tivemos deflação, uma queda de 0,38%. Desde junho temos variações positivas e a de novembro é a mais alta do ano. O que tem influenciado mais nos últimos meses é a alta dos alimentos, que pode ser explicada por dois fatores: por um lado, há o aumento da demanda, sustentada pelos auxílios concedidos pelo governo e, por outro, a restrição de ofertas no mercado doméstico em um contexto de câmbio mais alto, que estimula as exportações”, explica Kislanov.
Os preços dos artigos de residência desaceleraram (0,86%) em relação a outubro, quando tiveram uma alta de 1,53%. Isso ocorreu por causa da queda nos preços dos artigos de TV, som e informática (-1,02%), os quais haviam subido 1,07% no mês anterior. A alta de 0,72% dos eletrodomésticos e equipamento foi menos intensa que a de outubro (2,38%).
A alta nos preços atingiu todas as 16 regiões pesquisadas no IPCA. O maior resultado ficou com Goiânia (1,41%), impactado principalmente pela variação positiva das carnes (9,11%) e da energia elétrica (3,69%). O menor foi registrado em Brasília (0,35%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-0,68%).
Com o acumulado de 4,31% em 12 meses e faltando um mês para o fechamento do ano, a inflação está dentro da meta do governo e próxima ao centro da meta, atualmente estipulada em 4,0%, com margem de 1,5% de tolerância, para mais ou para menos. “Esse acumulado ainda está influenciado pela inflação forte que tivemos em dezembro do ano passado por conta das carnes. Vamos ter que esperar para ver como vai ser o comportamento de dezembro deste ano”, diz.
INPC varia 0,95% em novembro
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC de novembro teve alta de 0,95%, acima da taxa de outubro, quando havia registrado 0,89%. Esse é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o índice foi de 1,11%.
Os produtos alimentícios subiram 2,65% em novembro enquanto, no mês anterior, haviam registrado 2,11%. Já os não alimentícios cresceram 0,42%, após registrarem 0,52% em outubro. Todas as áreas pesquisadas tiveram inflação em novembro.
No ano, o INPC acumula alta de 3,93% e, nos últimos 12 meses, de 5,2%, acima dos 4,77% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, a taxa foi de 0,54%.
O cálculo do INPC se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Já o IPCA abrange famílias que ganham até 40 salários mínimos, independentemente da fonte.
Peça acusatória aponta que religioso comandava esquema de desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe)
Por Thauany Melo
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou nesta segunda-feira, 7, o padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas por organização criminosa — apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais. Os crimes foram cometidos através da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
A denúncia foi resultado da Operação Vendilhões, deflagrada no fim de agosto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para apurar irregularidades na associação.
Conforme a peça acusatória, com o objetivo de obterem vantagens, os citados se utilizaram da estrutura das pessoas jurídicas Associação Filhos do Pai Eterno, Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro, Rede Demais Comunicação Ltda., dentre outras.
O esquema ainda contava com divisão de tarefas bem delimitadas, sendo que o padre Robson comandava o grupo.
“Muitas dessas pessoas jurídicas, embora formalmente em nome de laranjas, eram mantidas com recursos financeiros provenientes das contas das associações AFIPEs, sendo administradas por terceiros designados pelo denunciado ROBSON e sob seu comando. A estratégia facilitava o desvio de recursos das AFIPEs e dificultava a identificação de tais condutas” informou documento.
De acordo com o MP, a organização era dividida em quatro núcleos: núcleo operacional, núcleo dos laranjas, núcleo dos beneficiários e núcleo da família Cabriny.
Confira os nomes dos acusados pelo MP, além de padre Robson, e suas funções no esquema:
Rouane Caroline Azevedo Martins (núcleo operacional)– “era o braço direito do denunciado ROBSON e atuou como seu longa manus, gerenciou e organizou toda atividade lícita e ilícita”.
Gustavo Leonardo Naciff – (núcleo operacional) – “era responsável pelas negociações de imóveis rurais”.
Anderson Reiner Fernandes (núcleo operacional)– “com formação jurídica, auxiliou na atividade lícita e ilícita, organizou as fraudes e figurou em diversas transações ilícitas como interposta pessoa (laranja) no interesse do denunciado Robson”.
Paulo César Campos Correa (núcleo operacional) – “gerenciou a empresa REDE DEMAIS, tinha conhecimento, auxiliava nas atividades criminosas, tendo, inclusive se beneficiado com o repasse de um “empréstimo” de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais).
José Pereira César (núcleo operacional) – “contador das AFIPES e demais empresas da organização criminosa, atuou com seu conhecimento contábil para apagar rastros criminosos, criou justificativas contábeis, efetuou registros contábeis indevidos, ajustou e organizou as declarações de impostos de renda dos laranjas, dentre outras atividades”
Núcleo da família Cabriny: Onivaldo Oliveira Cabriny Costa Júnior, Gleysson Cabriny de Almeida Costa, Bráulio Cabriny de Almeida Costa – auxiliaram Robson na prática de diversos crimes, possuem diversas empresas, dentre elas a GC Construtora e Incorporadora utilizada para desviar patrimônio das AFIPEs mediante a celebração de negócios jurídicos simulados.
Núcleo dos laranjas: Celestina Celis Bueno, Rodrigo Luis Mendoza Martins Araújo, Ana Verônica Mendoza Martins e Anderson Matheus Reiner Fernandes – “cediam seus nomes para a realização de negócios, seja na aquisição de bens (casas, lotes apartamentos, empresas), seja para ocultar movimentações financeiras criminosas, ocasiões em que as contas dos laranjas eram utilizadas como mecanismo de passagem de valores, com a finalidade de obnubilar a verdade”.
Núcleo dos beneficiários : José Celso Pereira (pai de padre Robson), Elice de Oliveira Pereira (mãe de padre Robson), Adrianne de Oliveira Pereira (irmã de padre Robson), Jeferson de Oliveira Pereira (irmão de padre Robson), Joselice de Oliveira Pereira Carvalho (irmã de padre Robson) – “receberam e usufruíram da posse de imóveis pagos com dinheiro desviado das AFIPEs”.
Editorial
Rovinon, do PSD, foi eleito prefeito de Porto Nacional (TO) pelos próximos quatro anos. O candidato teve 36,84% dos votos
Ronivon Maciel, futuro prefeito de Porto Nacional, eleito no dia 15 de novembro é um homem humilde, simples até no falar e tem dado sinais positivos de que será um gestor público com olhos no futuro. Seus primeiros passos indicia que Porto Nacional terá um prefeito construtor de pontes, de diálogo e intenções reais de fazer uma administração integrada, com parceria do poder legislativo municipal, estadual e nacional, em consonância com o Governo do Estado e empresários dispostos a investir na Capital da Cultura.
Ronivon Maciel com o senador Eduardo Gomes
O prefeito eleito já esteve em Brasília com os congressistas, senador Eduardo Gomes (MDB), líder do Governo no Congresso Nacional, e deputados federais tocantinenses. Na Capital, reuniu com o Governador Mauro Carlesse (DEM), o vice-governador, conterrâneo, Wanderlei Barbosa, assim como equipe técnica da Fieto, em busca de parcerias que possam preparar Porto para receber empresas de grande porte para os parques industriais do município e também do Distrito de Luzimangues.
Outro ponto que conta muito a favor de Ronivon Maciel foi incluir em sua equipe o ex-secretário da administração do governo Marcelo Miranda, Geferson Barros. O ex-secretário tem experiência e um relacionamento amigável com a classe política. Presidente da equipe de transição, tem feito este trabalho de forma harmônica com os servidores da gestão do atual prefeito, Joaquim Maia (MDB).
Com o Governador Mauro Carlesse
Quase um mês após os resultados das eleições municipais, Ronivon Maciel começa a desmontar o palanque e deixa claro que será um prefeito participativo da gestão e não apenas ocupará a função. Sua postura mostra ao portuense que ao contrário da atual gestão que rompeu com o governador, alguns deputados, inclusive do partido do partido do prefeito, a sua administração será baseada em muito diálogo e parceria. Os movimentos executados por Maciel nos dá a certeza de que os portuenses fizeram uma boa escolha ao colocar o futuro do município em suas mãos, e que essa será uma gestão de regaste, de desenvolvimento, com geração de empregos e qualidade de vida às pessoas. Com as bênçãos de padre Luso, nosso protetor espiritual este será um lugar onde os sonhos e as metas serão concretizadas.
Presidente disse que recursos para compra estão garantidos
Por Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (7) que o governo federal vai oferecer vacina contra a covid-19 para toda a população de forma gratuita e não obrigatória.
"Havendo certificação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] (orientações científicas e preceitos legais), o governo ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória", escreveu em sua conta no Twitter.
Bolsonaro, que se reuniu mais cedo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou ainda que os recursos para a aquisição dos imunizantes estão garantidos.
"Não faltarão recursos para que todos sejam atendidos".
- Em havendo certificação da @anvisa_oficial (orientações científicas e preceitos legais) o @govbr ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória. - Segundo o @MinEconomia não faltarão recursos para que todos sejam atendidos. - Saúde e Economia de mãos dadas pela vida. pic.twitter.com/l1JmtnBkRI
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 7, 2020
O Ministério da Saúde tem acordo para a compra de doses produzidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, incluindo um pacto de transferência de tecnologia e produção local da vacina pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O governo federal mantém contato com outros laboratórios estrangeiros que desenvolvem doses contra a covid-19 e que, se aprovadas, também poderão ser adquiridas para imunizar a população.
Vacinação em São Paulo
Nesta segunda-feira, o governo de São Paulo divulgou um plano estadual de vacinação contra a covid-19 a partir de 25 de janeiro, começando por idosos e trabalhadores da saúde.
O governo paulista trabalha com a compra da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante ainda não tem registro na Anvisa, etapa prévia necessária para que a dose seja usada na população.
Brasil ultrapassou 177 mil vítimas, com 426 registradas nas últimas 24 horas
Por iG Saúde
O Brasil registrou, nesta segunda-feira (7), 20.371 novos casos e 376 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Até agora, foram confirmados 6.623.911casos acumulados e 177.317 vidas perdidas desde o início da pandemia. Já a média móvel de mortes, também verificada pelo boletim, continuou a subir e foi de 600. A média móvel de casos ficou em 41.148.
A contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.
O ranking de número de mortes segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 43.040 óbitos causados pela Covid-19. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 23.151 mortes, seguido por Minas Gerais (10.341), Ceará (9.704), Pernambuco (9.170).
Os estados que registram maior número de casos são: São Paulo (1.288.878), Minas Gerais (442.186), Bahia (424.704), Rio de Janeiro (371.376) e o Ceará (304.714).
Desde o início de junho, o Conass divulga os números da pandemia da Covid-19 por conta de uma confusão com os dados do Ministério da Saúde. As informações dos secretários de saúde servem como base para a tabela oficial do governo, mas são publicadas cerca de uma hora antes.
Mais de 67 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo. Do total de doentes, mais de 1,5 milhão morreram, segundo a Universidade Johns Hopkins. O Brasil segue como o terceiro país do mundo em número de casos de Covid-19 e o segundo em mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.