Petista lidera com 48%, enquanto atual mandatário tem 21% da preferência dos eleitores e reprovação de 55%. Percentual dos que não confiam no presidente é de 70%, e seu modo de governar é reprovado por 68%, segundo Ipec.

 

Com Agências

 

Uma pesquisa realizada pelo Ipec, divulgada nesta terça-feira (14/12) coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com expressiva vantagem em relação ao atual mandatário, Jair Bolsonaro, e aos demais nomes cotados para concorrer nas eleições do ano que vem.

 

O levantamento também revela um leve aumento na reprovação ao governo Bolsonaro, com 55% dos entrevistados avaliando a gestão do presidente como ruim ou péssima.

 

Nos dois cenários avaliados pela pesquisa para as eleições presidenciais, Lula aparece com 27 pontos percentuais à frente de Bolsonaro.

 

No cenário 1, que inclui a maioria dos presidenciáveis, dos mais populares aos menos conhecidos, Lula aparece com 48%, seguido de Bolsonaro (PL), com 21%; Sergio Moro (Podemos), 6%; Ciro Gomes (PDT), 5%; André Janones (Avante), 2%; João Doria (PSDB), 2%; Cabo Daciolo (PMN-Brasil), 1%; e Simone Tebet (MDB), também com 1%.

 

Alessandro Vieira (Cidadania), Felipe d'Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP) e Rodrigo Pacheco (PSD) aparecem com 0%. Os votos brancos e nulos somam 9%, e o percentual dos que não souberam ou não responderam é de 5%.

 

No cenário 2 da pesquisa, com número reduzido de candidatos, Lula também está à frente dos demais, com 49% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro (22%), Sergio Moro (8%), Ciro Gomes (5%) e João Doria (3%). Os brancos e nulos somam 9%, e os que não souberam ou não responderam, 3%.

 

Os resultados não podem ser comparados com levantamentos anteriores, em razão de mudanças nos nomes avaliados pela pesquisa.

 

Reprovação ao governo em alta

 

A reprovação ao governo Bolsonaro aumentou em relação ao levantamento anterior realizado pelo Ipec. Entretanto, as variações estavam, na maior parte, dentro da margem de erro de 2%.

 

O percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo é de 55%. Os que consideram a atual gestão como regular somam 25%, e 19% acham o governo ótimo ou bom. O percentual dos que não souberam ou não responderam é de 1%.

 

Na pesquisa anterior do Ipec, realizada em setembro, o percentual de ótimo ou bom era 22%; o de regular, 23%; e o de ruim ou péssimo, 53%. Os que não souberam ou não responderam também somavam 1%.

 

Em fevereiro de 2021, o percentual dos que avaliavam o governo como ruim ou péssimo era de 39%.

 

Maneira de governar

Ao serem perguntados se aprovam ou desaprovam a maneira como Bolsonaro governa o país, 27% disseram que aprovam, enquanto 68% reprovam e 4% não souberam ou não responderam.

 

A única variação em relação à pesquisa de setembro está no percentual dos que aprovam, que era de 28%.

 

Desconfiança nas alturas

 

Segundo o Ipec, a desconfiança no presidente continua em alta. Ao responderem se confiam ou não em Bolsonaro, 70% dos entrevistados disseram que não confiam, enquanto 27% disseram que confiam. Somente 3% não souberam ou não responderam.

 

Na pesquisa anterior, 28% dos entrevistados diziam confiar em Bolsonaro, 69% diziam não confiar e 3% não souberam ou não responderam.

 

A pesquisa do Ipec foi realizada entre 9 e 13 de dezembro e ouviu 2002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais e para menos, e o nível de confiança é de 95%.

 

O Ipec - Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica - foi criado por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades no início de 2021, e realiza trabalhos na área de consultoria e inteligência em pesquisas de mercado, opinião pública e política.

 

Posted On Quarta, 15 Dezembro 2021 04:02 Escrito por

Da Assessoria

 

Em sua XXXV edição e com a participação de 16 times, começou neste último final de semana da tradicional Copa do Craque. Após um ano sem acontecer devido à pandemia, a competição volta neste ano em novo local, no campo do setor Nova Fronteira, em Gurupi.

 

O campeonato iniciou no último dia sábado, 11. De acordo com os organizadores serão realizadas 31 partidas nesta edição. A final está prevista para dia 30 de janeiro.

O incentivador do esporte do município e Região Sul, Eduardo Fortes, é apoiador fiel de uma tradição que todo final de ano é esperado por todos que praticam o futebol amador.

 

O público presente conta todos os anos de uma estrutura com barracas montada pela equipe do Eduardo Fortes para dar suporte aos amantes do futebol. E para não perder nem partida do futebol, é servido almoço para o público que prestigia os jogos e passam pela barraca.

De acordo com o Fortes, durante todo o evento esportivo, os torcedores e os jogadores podem contar com o almoço servido aos domingos na barraca do Eduardo Fortes.

“Como tradição fizemos um grande almoço para todos presentes no evento com arroz, salada, buchada, fígado e carne na chapa. E vamos servir o público aos domingos durante o campeonato. Parabenizamos a todos organizadores , aos times, população e jogadores que sempre brilham neste grande evento esportivo realizado todos os anos em Gurupi. Estou muito feliz pelo retorno da competição e ver a participação dos jogadores no campo de futebol”, disse Eduardo Fortes.

 

Posted On Terça, 14 Dezembro 2021 10:48 Escrito por

Na briga entre senadores por uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União) dos últimos 13 anos, até suplentes entraram em jogo para tentar virar votos às vésperas da sessão que elegerá o próximo ministro da corte, marcada para esta terça-feira (14).

 

POR JULIA CHAIB E MARIANNA HOLANDA

 

A disputa por uma cadeira no tribunal está entre três parlamentares proeminentes na Casa: Kátia Abreu (PP-TO), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, e Antonio Anastasia (PSD-MG).

 

Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, o embate está acirrado e se intensificou na reta final, com acusações de "golpe baixo" entre os candidatos

 

Para os suplentes, a nomeação de um dos senadores significa a oportunidade de eles assumirem uma vaga no Senado.

 

Senadores Fernando Bezerra, Antonio Anastasia e Kátia Abreu

 

No caso de Kátia Abreu, os dois suplentes, um do PT e outro evangélico, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), têm enviado mensagens e ligado para parlamentares pedindo apoio.

 

"Naquilo que está ao meu alcance, eu tenho feito. A primeira coisa que fiz foi pedir voto à bancada do PT. Me surpreendi ao saber que toda a bancada votaria nela", diz Donizeti Nogueira (PT-TO), primeiro suplente da senadora.

 

"Óbvio que a gente não pode ser hipócrita e dizer que não gostaria de assumir uma vaga no Senado. E a senadora se candidatou, e temos compromisso de ajudá-la a ser vitoriosa."

 

 

Donizeti (foto) diz que os petistas já votariam em Kátia pela "competência" e trabalho que poderá fazer no TCU, além do histórico dela com o PT, como por ter atuado ao lado de Dilma Rousseff (PT), quando a ex-presidente foi alvo de impeachment.

 

Em outra frente, o líder da Igreja Quadrangular, Bispo Guaracy Batista da Silveira (PSL-TO), segundo suplente de Kátia, disparou mensagens a senadores nos últimos três dias também em busca de respaldo.

 

"Peço ao irmão em Cristo. Se puderes, vote na Kátia. Pois sendo suplente dela temos o acordo para reassumir o nobre mandato. E assim mais um cristão evangélico no Senado... Lhes agradeço rogando as bênçãos divinas sobre sua vida e família", escreveu Guaracy em mensagem enviada a senadores.

 

Guaracy conta ter mandado três blocos de mensagens: um para a bancada cristão e evangélica; outro para a bancada feminina e um terceiro para amigos senadores.

 

O bispo e Donizeti dizem ter um acordo feito quando a senadora foi eleita, em 2014, para dividir o mandato em caso de ausência de Kátia. Tanto que os dois já assumiram a vaga da parlamentar quando ela precisou se licenciar ao longo do mandato.

 

Em outra raia, o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), tem contado com a articulação do diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos da Presidência do Senado, Alexandre Silveira, seu primeiro suplente.

 

Anastasia é o candidato do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de quem Silveira é próximo.

 

Presidente do PSD de Minas, o diretor do Senado já foi deputado federal por dois mandatos e tem atuado nas costuras de bastidor da candidatura do senador mineiro.

 

"O professor Anastasia tem muita sensibilidade política, abertura para o diálogo e está sempre em busca de solução e ao mesmo tempo alguém que tem muita profundidade intelectual", disse Silveira à reportagem.

 

Alexandre Silveira, primeiro suplente do senador  Anastasia

 

O primeiro suplente do senador também é secretário nacional do PSD e tem relação próxima com parlamentares.

 

"O meu cotidiano, a minha forma de ser e minha história na vida pública criaram proximidade com muitos senadores e para minha surpresa as manifestações têm sido espontâneas que ficariam felizes em me ter como colega", disse.

 

Silveira ainda afirma que tem conversado com diversos parlamentares para pensar projetos e soluções para problemas criados pela pandemia, por exemplo.

 

Segundo relatos, o único suplente que está mais afastado da disputa é o de Fernando Bezerra Coelho, Carlos Augusto Costa (PV), engenheiro civil.

 

Suplente Carlos Augusto Costa

 

Senadores aliados dos três candidatos tentaram até o último minuto construir um acordo para evitar a disputa nesta terça, mas a chance de isso ocorrer é muito pequena.

 

A ideia seria buscar cargos com mandato a serem assumidos pelos senadores para se retirarem da disputa.

 

Os três candidatos terminam o mandato em 2021 e, segundo aliados, têm o receio de não serem reeleitos.

 

A votação promete ser apertada. Os aliados de cada candidato têm propagado placares muito distintos.

 

Do lado de Bezerra, a conta prevê 37 votos para o líder do governo, 26 para Anastasia e 17 para Kátia.

 

Já pessoas próximas à senadora dizem que ela tem mais de 40 apoiadores na Casa.

 

Tanto Katia como Bezerra brigam por parcela em comum do Senado. O MDB, por exemplo, rachou em torno da disputa pelo TCU.

 

Embora o líder do governo seja emedebista, Katia conta com a articulação de Renan Calheiros (MDB-AL), que tentou convencer Bezerra a desistir da disputa em prol da parlamentar.

 

O emedebista alegou, segundo relatos, que colocou primeiro o nome na disputa e que o líder do governo apenas dividiria os votos e contribuiria para a vitória de Anastasia.

 

A disputa pelo TCU se dá em torno da vaga deixada por Raimundo Carreiro, que assumirá a Embaixada do Brasil em Portugal. Ele era indicação de Renan Calheiros, por isso também o senador busca influenciar nos rumos da briga pelo tribunal.

 

 

Posted On Terça, 14 Dezembro 2021 04:34 Escrito por

Liderados pelo Centrão, vários partidos desencadearam um movimento nesta segunda-feira, 13, para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao aumento do Fundo Eleitoral em 2022 e garantir R$ 5,7 bilhões às campanhas políticas do próximo ano. O grupo não aceita liberar recursos adicionais para o governo em 2021 nem votar o Orçamento do ano que vem antes da análise desse veto

 

Por Daniel Weterman e Iander Porcella

 

Nesta segunda-feira, 13, o Centrão, que integra a base do governo na Câmara, obstruiu sessão do Congresso e fez a reunião ser cancelada. Com isso, os parlamentares deixaram de votar um projeto que abre um crédito adicional de R$ 300 milhões no Orçamento de 2021 para conceder um vale gás a famílias carentes a partir deste ano. Além desse projeto, os partidos também barraram a votação de outras propostas que liberam gastos no final do ano para o Executivo.

 

"A sessão foi suspensa porque não foi cumprido o acordo de se votar alguns vetos. Estamos construindo um acordo para votação na quinta-feira e acredito que vai ser possível um entendimento para fazer essa agenda", disse o líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB), durante reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

 

Na CMO, a ordem é não votar nem o relatório geral do Orçamento de 2022 antes da derrubada do veto. Isso porque a decisão sobre o Fundo Eleitoral terá de ser colocada na peça orçamentária. "Não havendo convocação do Congresso antes de sexta-feira, não seria mais prudente aguardar a votação do relatório geral após a sessão do Congresso?", questionou o líder do governo na comissão, deputado Claudio Cajado (Progressistas-BA). A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), admitiu o impasse. "Não sei, não sei, não sei, não sei", afirmou.

 

Líderes do Congresso devem conversar entre a noite desta segunda-feira, 13, e a manhã de terça, 14, para definir o futuro da agenda da semana, decisiva para as verbas federais de 2022, ano de eleições. Diante do impasse, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), disse que a votação do Orçamento de 2022 deve ficar para segunda-feira, 20, atrasando o cronograma atual. Ao cancelar a sessão, o deputado convocou uma nova para sexta-feira, 17, mesmo dia em que estava marcada a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no plenário.

 

Ramos afirmou que a sessão desta segunda-feira ficou inviabilizada porque a base do governo obstruiu a votação do projeto de lei que libera verba do Orçamento para o vale-gás. De acordo com o deputado, o Congresso só votará agora projetos de lei em sessão conjunta após a análise dos vetos de Bolsonaro. Nos bastidores, a principal pressão é sobre o veto do Fundo Eleitoral.

 

Fundo eleitoral

Em votação nesta segunda, a CMO manteve o valor do Fundo Eleitoral em R$ 2,1 bilhões para 2022, conforme proposto inicialmente pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. O valor pode crescer, no entanto, com aval da própria base governista e chegar a R$ 5,7 bilhões até sexta-feira, 17, se o veto for derrubado.

 

A comissão rejeitou destaque (proposta de modificação do texto) apresentado pelo Novo, com o objetivo de reduzir a verba para R$ 1 bilhão em 2022. "Esse fundo eleitoral, geralmente, com algumas exceções de alguns partidos, é usado para perpetuação de poder e concentração de milhões na mão de poucos", disse a líder do Novo na CMO, Adriana Ventura (SP).

 

Enquanto os partidos exigem R$ 5,7 bilhões para o chamado “Fundão”, a CMO aprovou relatório setorial da Saúde com valor abaixo do mínimo estabelecido pela Constituição para gastos nessa área, deixando um "buraco" de R$ 6,1 bilhões na compra de vacinas e outras ações de combate à covid-19. O rombo terá de ser resolvido ao longo da semana.

 

A análise do veto ao aumento do Fundo Eleitoral vem sendo adiada nos últimos meses por falta de acordo entre as bancadas do Congresso. Uma solução no radar é negociar um valor intermediário no Orçamento, próximo a R$ 4 bilhões, o que ainda representaria o dobro do gasto com campanhas eleitorais em 2020.

 

Posted On Terça, 14 Dezembro 2021 04:29 Escrito por

O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando as ações da senadora Kátia Abreu, em Brasília e no Tocantins, no embate pela vaga de ministra do Tribunal de Contas da União – TCU – que se abre com a indicação do ministro Raimundo Carreiro para a embaixada do Brasil em Lisboa.

 

Por Edson Rodrigues

 

Kátia tem ótimos relacionamentos e amizade com diversos membros dos Três Poderes, podendo ser citados os senadores Renan Calheiros e Ciro Nogueira (este último licenciado, exercendo o cargo de Ministro-chefe da Casa Civil do governo federal e presidente nacional do PP, partido que a senadora preside no Tocantins) e do ministro do STF, Gilmar Mendes.

 

Nos últimos três meses, a senadora tocantinense tem se dedicado às articulações para ser a indicada do Senado para a vaga no TCU, mas que, com três candidatos – Kátia, Antônio Anastasia e Fernando Bezerra – será decidida no voto, na próxima terça-feira, dia 14.

 

Irajá Abreu (a esquerda e Edson Tabocão (direita)

 

Como essa decisão fala alto em relação ao futuro político da senadora, Kátia vinha participando, sistemática e paralelamente, de reuniões na região do Bico do Papagaio, acompanhada do ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (considerado o melhor administrador da história do município e um dos melhores do Estado), do seu filho, o também senador, Irajá Abreu, e do empresário Edson Tabocão.

 

Esse “casamento” entra Kátia e Ronaldo Dimas acabou antes mesmo de chegar ao altar, com Kátia elegendo Irajá o seu candidato ao governo, com Tabocão como vice. Mas, com o afastamento relâmpago de Mauro Carlesse do governo do Estado, a mando do STJ e a posse do vice de Carlesse, Wanderlei Barbosa como governador, Kátia mudou novamente seus planos, se aproximando – junto com Irajá e Tabocão - do Palácio Araguaia e tornando-se aliada de “primeira hora” de Barbosa, que vem demonstrando ser um governador popular e hábil, conseguindo, inclusive, a indicação de membros do seu grupo político para cargos na nova equipe montada por Wanderlei Barbosa, como o Detran, por exemplo.

 

INDICAÇÃO DIFÍCIL

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 foi um dos primeiros a noticiar o enfraquecimento da candidatura de Kátia à vaga no TCU.  Se antes ela era a preferida de Jair Bolsonaro para a vaga (muito por conta da presença de Ciro Nogueira na casa Civil, diga-se de passagem), tendo até se encontrado com o presidente no Palácio do Planalto para tratar do assunto, Kátia passou a ser preterida, em detrimento do líder do governo no Senado, o pernambucano Fernando Bezerra, que entrou na disputa que já contava com o senador mineiro, Atonio Anastasia.

 

Se antes era a favorita, o Observatório político de O Paralelo 13, em Brasília, já detectou que os articuladores do Palácio do Planalto somaram, hoje, apenas 18 votos em favor da senadora tocantinense, fazendo dela a menos cotada para vencer a votação no Senado.

 

Senado Fernando Bezerra e o presidente Jair Bolsonaro

 

Nos bastidores, corre à boca pequena que caso sinta-se fora do páreo, a senadora tocantinense pode desistir de concorrer à vaga e apoiar a candidatura de Antonio Anastasia, restando saber se ele conseguirá transferir seus votos e o apoio do senador Renan Calheiros, inimigo número um do Palácio do Planalto.  Ventila-se, também que, ao apoiar um candidato que não tem a preferência de Bolsonaro, Kátia possa perder, também, a presidência do seu partido no Estado, risco que, ironicamente, também corre se ganhar a vaga no TCU, pois Bolsonaro exigiria de seu chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, a devolução do “favor”, na forma do comando do PP no Tocantins.

 

Por ser uma mulher e uma política de personalidade forte e bastante destemida, a senadora Kátia Abreu, porém, não vai deixar pedra sobre pedra em seu discurso no Senado, caso se confirmem as articulações contra sua candidatura.  Certamente será um discurso fortíssimo, com potencial de produzir efeitos colaterais no Palácio do Planalto, com indiretas pontuais que terão como alvo não só Jair Bolsonaro como seus aliados.

 

Pelo menos, é isso que se espera da combatente e combativa Kátia Abreu.

 

Isso faz dos próximos três dias, um período de muita tensão, expectativa e reflexão, por parte da senadora Kátia Abreu.

 

IRAJÁ GOVERNADOR E EDSON TABOCÃO VICE

Terciliano Gomes, Ronaldo Dimas, Edson Tabocão e Irajá Abreu [da dir. para esq.] em reunião em Araguaína (Foto: Reprodução/Facebook/Irajá Abreu)

A possibilidade de Kátia Abreu não ficar com a vaga no TCU abre, também, caminho para que seu filho, Irajá Abreu seja candidato ao governo do Estado pelo PSD, tendo como vice o empresário Edson Tabocão, numa manobra para não deixar órfãos os candidatos a deputado federal ou estadual do seu grupo político.

 

De qualquer forma, o tabuleiro sucessório tocantinense para 2022 poderá ter novas peças após a votação da próxima terça-feira no Senado Federal.

 

Caso Kátia Abreu consiga a indicação para o TCU e caso não consiga, o certo é que Kátia pode sair vitoriosa, mesmo que a situação a deixe sem o direito de escolher o presidente da Comissão Provisória do PP.

 

Por outro lado, em um caso de derrota avassaladora, a senadora pode deixar muitos dos seus companheiros à deriva, vetada de subir em alguns palanques, participar de reuniões políticas, gravar entrevistas em favor de qualquer candidato e sem condições de ajudar, politicamente, o governador em exercício Wanderlei Barbosa em sua campanha pela reeleição, retornando ao Tocantins menor do que saiu.

 

Senadora Kátia Abreu e o governador Wanderlei Barbosa

 

Já o PDT, do seu aliado e secretário de governo, Jair Mariano, deve se juntar ao PT, do ex-presidente Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República em 2022.  O PDT deu um prazo até março do ano que vem para que Ciro Gomes, também candidato à presidência, chegue a, pelo menos, 19% nas pesquisas.  Caso contrário, o PDT caminhará com Lula.

 

Lembrando que, caso Kátia consiga a vaga no TCU, assume o seu suplente, Donizete Nogueira, petista e fiel escudeiro de Lula.  Com isso, os 80 funcionários do gabinete de Kátia Abreu serão substituídos e Donizete lançará sua candidatura à reeleição para o Senado, buscando, ao mesmo tempo, prestigiar seus companheiros de PT.

 

WANDERLEI BARBOSA

 

Enquanto isso, quem observa toda essa turbulência política de pertinho – e com muita atenção – é o governador em Exercício Wanderlei Barbosa, que ainda não deu uma palavra sequer a respeito de por qual partido será candidato à reeleição – ele tem prazo até março de 2022 para fazê-lo –, sobre coligações, sobre sua chapa ou sobre qualquer assunto que se refira à sucessão estadual.

 

Em São Bento, o governador em exercício, Wanderlei Barbosa ap çadp de deputados assina ordem de serviço autorizando Ageto a firmar termos de compromisso para realizar serviços de recuperação e revitalização das ruas e avenidas do município

 

Wanderlei está focado em administrar o Tocantins, destravando a máquina estatal, priorizando ações de impacto permanente para o povo tocantinense. Em janeiro do ano que vem deve anunciar as ações prioritárias para o restante do ano, em que terá como aliados os principais membros da Assembleia Legislativa que já deram todos os sinais de que caminharão juntos, em um mesmo palanque, na sucessão estadual.

 

Wanderlei também não se manifesta sobre o processo de impeachment aberto na Assembleia Legislativa contra Mauro Carlesse, alegando que isso é assunto para o Legislativo decidir.

 

Por hoje, é só...

Posted On Segunda, 13 Dezembro 2021 06:16 Escrito por
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