Manifestantes gritam "Bolsonaro, eu autorizo", em referência a uma fala do presidente, que disse que esperava "um sinal do povo" para agir
Por Eduardo Rodrigues
Os primeiros atos do 1º de Maio, Dia do Trabalho, reuniram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, e manifestações em redes sociais de políticos contrários à gestão do governo federal frente à pandemia do novo coronavírus.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, apoiadores do presidente se aglomeraram nesta manhã para o ato 'Supremo é o povo', com críticas ao STF, ao governador João Doria (PSDB) e ao fechamento do comércio e outros setores durante as fases mais restritivas da pandemia. Muitos manifestantes estavam sem máscara e o distanciamento social não foi respeitado.
Em Brasília, dezenas de manifestantes bolsonaristas se reuniram no gramado em frente ao Congresso Nacional com faixas pedindo intervenção militar. O público presente grita "Bolsonaro, eu autorizo", em referência a uma fala do presidente do dia 14 de abril, em que disse que esperava "um sinal do povo" para agir.
Entre os grupos de extrema direita, a fala do presidente foi interpretada como um pedido de autorização para endurecer a relação com os demais Poderes. Em vídeo publicado hoje pelo canal "Cafezinho com Pimenta" no Youtube, os manifestantes na Esplanada carregam faixas com as frases: "Intervenção militar com Bolsonaro no poder" e "Presidente Bolsonaro acione as Forças Armadas (FFAA)".
Ato pedindo intervenção militar em Brasília
No Rio, a manifestação de apoiadores do governo federal interrompeu na manhã o trânsito na orla de Copacabana, zona sul da cidade. Simpatizantes do presidente se aglomeraram na Avenida Atlântica, à beira da praia, uma das principais vias do bairro, carregando bandeiras do Brasil e faixas de protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os manifestantes executaram o hino nacional e gritavam palavras em apoio a Bolsonaro.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Avenida Atlântica foi interditada nos dois sentidos na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, no posto 5. O protesto provocou congestionamento no bairro.
Mais cedo, o presidente Bolsonaro aproveitou o tradicional discurso de abertura da feira ExpoZebu 2021 para criticar de forma velada partidos de esquerda e centrais sindicais. "Em anos anteriores, no dia 1º de maio, o que mais víamos no Brasil eram camisas e bandeiras vermelhas, como se fôssemos um país socialista. Hoje temos prazer e satisfação de vermos bandeiras verde e amarelas, com homens e mulheres que trabalham de verdade e sabem que o bem maior que podemos ter na nossa pátria é a liberdade", afirmou.
Redes sociais
Ainda pela manhã, políticos críticos ao governo registraram as suas mensagens aos trabalhadores por meio de postagens em redes sociais.
João Doria, governador de São Paulo, afirmou que o dia não é de "celebração", mas "de solidariedade". "Me solidarizo com os quase 15 milhões de brasileiros que estão desempregados", escreveu o político no Twitter. Doria havia chegado a gravar um vídeo para um ato virtual organizado por centrais sindicais, mas o conteúdo foi vetado pela organização do evento.
Guilherme Boulos, que concorreu à Prefeitura de São Paulo nas últimas eleições pelo Psol, publicou um vídeo em que voltou a defender o impeachment de Jair Bolsonaro, além de listar críticas à gestão do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.
Boulos é um dos políticos que foram confirmados no ato virtual de 1.º de Maio das centrais sindicais. A expectativa é que o evento reúna pela primeira vez antigos adversários políticos no mesmo palanque virtual.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), parabenizou os trabalhadores também por meio de um tuíte. "Hoje é dia de quem dorme tarde, acorda cedo, de quem faz e bota o Brasil pra frente", diz a mensagem.
Em evento promovido por centrais sindicais, ex-presidente fez críticas a situação econômica e trabalhista do País
Por Matheus de Souza e Mateus Fagundes
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou, durante sua participação em evento promovido por centrais sindicais neste Dia Internacional de Trabalhador, que o Brasil "andou para trás" quando o assunto é a economia. "A economia brasileira encolheu e é hoje 7% menor do que em 2014. Já tivemos entre as sete maiores economia do mundo, hoje descemos ladeira abaixo, ocupando a 12º colocação", apontou o petista.
Lula culpou a atual gestão de Jair Bolsonaro pelos índices no País. Segundo ele, "o pleno emprego conquistado pelos nossos governos deu lugar a uma taxa recorde de desemprego e desalento, além dos 14 milhões de brasileiros desempregados, 6 milhões desistiram de procurar trabalho porque sabem que não vão encontrar. Trinta e oito milhões estão subempregados, sobrevivendo de bicos. São ao todo 58 milhões de trabalhadores sobrevivendo em condições precárias", declarou Lula durante seu pronunciamento.
Pequena quantidade de dinheiro apreendido em uma das fases da Lava Jato
O ex-presidente também aproveitou para mencionar o que chamou de diminuição dos direitos trabalhistas ao longo dos últimos anos e criticar a situação de informais, como os que trabalham por aplicativo. "São na maioria jovens que arriscam a vida no trânsito das grandes cidades trabalhando até 14 horas por dia, sem qualquer direito ou proteção social. Sem 13º, férias, descanso semanal, Previdência, afastamento remunerado em caso de acidente de trabalho. Enfrentam jornadas estafantes e perigosas para enriquecer patrões invisíveis, os bilionários donos dos aplicativos que se recusam a enriquecer e a honrar seus direitos trabalhistas", afirmou.
O petista também atribui à Operação Lava Jato à situação do desemprego no País. "A operação Lava Jato destruiu setores estratégicos da nossa economia, sobretudo a construção civil e a cadeia produtiva de óleo e gás, beneficiando empresas e governos estrangeiros", argumentou. "Por conta da Lava Jato, o Brasil perdeu R$ 172 bilhões de investimentos, deixou de recolher na forma de impostos diretos quase R$ 50 bilhões de reais", disse, sem mencionar a fonte dos dados.
Outra foto mostra o tamanho da robalheira de o pais vivia
O líder também atribui ao ex-juiz Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato a responsabilidade pelas repercussões da operação na economia do País, embora tenha evitado tocar no nome de Moro ou de qualquer um dos procuradores. "O juiz, que teve suas parcialidades declaradas pelo STF e os procuradores da força-tarefa são responsáveis também pela destruição de 4,5 milhões de postos de trabalho", disse, mais uma vez sem mencionar a fonte dos dados. Lula terminou sua declaração afirmando que já provou que existe outro jeito de governar, e num tom positivo reforçou: "nós já construímos uma vez este Brasil, e juntos vamos construir de novo".
O petista, que tem sido considerado a mais forte opção da centro-esquerda contra Bolsonaro nas eleições de 2022, participou de encontro promovido por centrais sindicais, que contou com a presença de outros dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e outras lideranças políticas como Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
O evento foi organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB. Este é o terceiro "1º de Maio Unitário" - como é chamado -, promovido pelas centrais. O primeiro, em 2019, foi realizado de forma presencial, já o segundo, no ano consecutivo, teve de adotar o formato virtual devido à primeira onda da pandemia de covid-19 no Brasil.
General compara senadores a 'Marcola e Beira-Mar' e diz que ministros do STF têm 'bandido de estimação'
Marcelo Godoy e Lauriberto Pompeu
Após agenda oficial do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, registrar dois encontros com militares da reserva no Rio, na sexta-feira e no domingo, o presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, publicou na quinta-feira, 28, uma nota com críticas e ameaças aos Poderes Legislativo e Judiciário, à oposição e à imprensa. Ele diz que o Executivo (Jair Bolsonaro) é o único Poder a cumprir a Constituição e crítica a CPI da Covid, no Senado.
"O Poder Executivo, único dos três poderes que está sendo obrigado a seguir a Constituição a risca, que utilize o Art 142 da Constituição Federal para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do 'Poder das Trevas'."
Segundo o general as "trevas" são representadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "E como "as trevas" têm poder devastador, no dia 27 de abril de 2021, instalou-se uma CPI no Senado, encabeçada por um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas."
O militar diz que já conhece o resultado CPI. "Culpar o Presidente por aquilo que não o deixaram fazer." Depois comparou os parlamentares com o traficante Fernandinho Beira-Mar e Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. "Temos os 'Marcolas e Fernandinhos Beira-Mar' investigando a atuação da polícia". Sobre os ministros do STF, general afirmou: "Se não conseguem inocentar o bandido de estimação, basta encontrar subterfúgios para anular processos". Em um tom messiânico, o general afirmou: "Bastou a eleição de um Presidente que acredita em Deus para que todo o inferno se levantasse contra ele".
Há 20 dias, o Clube publicou artigo em que chamava de traidor os generais que se opunham a Bolsonaro. O Estadão procurou a Defesa ontem para saber com quem o ministro se encontrou no Rio e o que foi tratado nos encontros, mas não obteve resposta. Nesta quinta-feira, 28, Braga Netto foi ouvido na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. "Não existe politização nas Forças Armadas. Isso é uma ideia equivocada.
Houve uma troca de ministros e, por uma questão funcional, houve troca dos comandantes." Bolsonaro entrou em atrito com a antiga cúpula militar e demitiu o então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. O deputado federal Roberto Peternelli Junior (PSL-SP), que é general da reserva, disse não concordar com os termos da nota do Clube. "O pensamento médios de meus colegas é legalista. O Braga Netto pensa como o Fernando. Isso não muda."
Confira a nota na íntegra:
“O Brasil é a Pátria do evangelho! Natural, portanto, que o poder das trevas queira destruir nossa Nação”.
Evidente que, embora muitos acreditem literalmente nesta citação, ela abre esse nosso pensamento tão somente para sintetizar o momento que atravessa nosso País, afinal, como muitos dizem, bastou a eleição de um Presidente que acredita em Deus para que todo o inferno se levantasse contra ele.
Os acontecimentos protagonizados nos últimos dois anos pelo STF e pelo Congresso Nacional bem demonstram essas afirmações. O Estado Democrático de Direito, que pressupõe respeito às Leis vigentes, particularmente à Constituição Federal, só serve para aulas em cursos universitários porque, na prática, não é respeitado pelo Legislativo e Judiciário.
Normas processuais sofrem mudanças de interpretação para atender a réus poderosos. Se não conseguem inocentar o bandido de estimação, basta encontrar subterfúgios para anular processos, a ponto de um Ministro do STF afirmar que o combate à corrupção é prejudicial ao país pois causa prejuízos maiores que a própria corrupção. Esquece esse Senhor, que com sua capa preta bem lembra as trevas que representa, que o prejuízo não contabilizado nesse seu nefasto voto diz respeito à investidores que retiram seus recursos de países onde impera a corrupção.
Esse mesmo Tribunal, que ignora a Constituição, conferiu poderes para governadores e prefeitos usarem a pandemia para desviarem dinheiro público e não tratar adequadamente a população, agora culpando o Presidente que eles impediram de coordenar as ações.
E como “as trevas” têm poder devastador, no dia 27 de abril de 2021, instalou-se uma CPI no Senado Federal, encabeçada por um senador cuja família foi presa recentemente por acusações de esquema de corrupção no Amazonas, composta por aliados dos governantes corruptos e tendo como relator um dos campeões em denúncias de corrupção, cujos processos acumulam mofo e traças nas gavetas dos “foros privilegiados”. O resultado dessa “investigação” todos já sabemos: culpar o Presidente por aquilo que não o deixaram fazer. Ou por não usar as máscaras utilizadas por alguns para se esconder da população. Utilizando uma expressão usada nas mídias sociais, temos os “Marcolas e Fernandinhos beira mar” investigando a atuação da polícia no combate ao tráfico de drogas.
Um certo ex-presidente, condenado por corrupção, mas que está em campanha, representando “as trevas”, acostumado a mentir mundo afora, declarou que nossa Suprema Corte é acovardada. Claro que é mais uma de suas mentiras. Os integrantes têm muita coragem pois criaram sua própria constituição federal e se auto elegeram presidentes da república. Acovardados, por conveniência de terem seus processos engavetados, são nossos Senadores que não iniciam processos contra aqueles Ministros que cometem crimes de responsabilidade, como escrito na Constituição oficial vigente.
Acovardados são os nossos congressistas, que também por interesse próprio, não aprovam prisão em primeira ou segunda instância, como ocorre no mundo inteiro.
Acovardada é a população que aceita o cerceamento de suas liberdades pétreas passivamente.
Acovardada é a extrema mídia que, para ajudar o “poder das trevas”, tenta destruir a reputação de um presidente democraticamente eleito disseminando notícias distorcidas e as vezes falsas.
Acovardados são os que defendem a liberdade de expressão desde que o dito seja favorável à ideologia destrutiva que pregam.
Acovardados são os que usam suas canetas de luxo para tentar calar os apoiadores da verdadeira democracia, que lutam pelos seus direitos listados no artigo 5º da Constituição oficial vigente, garantia inquestionável de um país genuinamente democrático.
Acovardados são aqueles que, não satisfeitos com a facada, querem sangrar o Presidente eleito até a morte.
Portanto, se neste cenário atual, o Poder Executivo, único dos três poderes que está sendo obrigado a seguir a constituição a risca, que utilize o Art 142 da Constituição Federal (vigente) para restabelecer a Lei e a Ordem. Que as algemas voltem a ser utilizadas, mas não nos trabalhadores que querem ganhar o sustento dos seus lares, e sim nos verdadeiros criminosos que estão a serviço do “Poder das Trevas.”
“Brasil acima de tudo”
Os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE) pedem a saída do parlamentar do MDB
Por Pepita Ortega e Rayssa Motta
Os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE), parlamentares alinhados com o Palácio do Planalto, acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a corte retire o senador Renan Calheiros (MDB-AL) da CPI da Covid em razão de suposta "suspeição". Caso o pedido principal não seja atendido, os governistas pedem que a corte ao menos declare o "impedimento" de Renan e casse sua indicação para a relatoria do colegiado.
No mandado de segurança protocolado no STF na noite desta terça-feira, 27, os parlamentares vinculam a suposta "suspeição" de Renan ao "parentesco sanguíneo com um possível investigado" - o governador de Alagoas, Renan Filho. A CPI foi proposta inicialmente com o objetivo de investigar apenas as ações e omissões do governo federal na pandemia, mas após pressão do Palácio do Planalto, o alvo do colegiado foi ampliado e passou a incluir eventuais desvios de recursos federais enviados a Estados e municípios.
Renan já havia abordado o assunto na sexta-feira, 23, quando avisou pelo Twitter que se declarava "parcial" para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. "Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao Estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo", disse ele.
Além disso, os governistas argumentam que Renan já manifestou "posicionamento antecipado contra a Presidência da República e sua gerência" no combate à pandemia da covid-19. Levantamento do Estadão mostrou que a maioria dos senadores da CPI acredita que a gestão de Jair Bolsonaro errou na condução da crise sanitária no País.
"A antecipação de convencimento e julgamento consubstancia afronta à imparcialidade necessária para procedimento do tipo, e tal preconcepção do Senador Renan impõe uma desonestidade a todo o trabalho da Comissão, assim como significa um agir que deturpa os princípios republicanos", registra o documento enviado ao Supremo.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro já fizeram outras tentativas para impedir que Renan assumisse a relatoria da CPI conforme haviam acordado senadores independentes e da oposição. Nas redes sociais, bolsonaristas têm feito pressão contra o senador porque ele não apenas é crítico de Bolsonaro como apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na instalação da Comissão, na manhã desta terça-feira,o senador Jorginho Mello apresentou uma questão de ordem sobre a suposta suspeição de Renan, questionando ainda o parlamentar indicado como suplente, Jader Barbalho (MDB) - cujo filho é chefe do Executivo do Pará. O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) indeferiu o pedido e foi contra tal decisão que os governistas impetraram o mandado de segurança no STF.
Em outra frente, a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) havia acionado a Justiça Federal do Distrito Federal para barrar Renan na relatoria da CPI. O juiz Charles Renaud Frazão de Morais chegou a atender o pedido da parlamentar, mas a liminar foi derrubada pelo Tribunal Federal Regional da 1ª Região na mesma manhã em que a comissão foi instalada e Renan foi designado como relator.
A decisão do TRF-1 foi dada no âmbito de um recurso do Senado, sendo que o documento já contestava a alegação de que Renan estaria impedido de relatar a CPI por ser pai do governador do Alagoas. No documento, a Casa lembrou que o parlamentar afirmou não pretende relatar ou votar qualquer tema envolvendo o Estado.
Encontro, se viabilizado, será mais uma tentativa de conter a maioria oposicionista que dominou a CPI da Pandemia
Por Caio Junqueira, CNN
O governo identificou o MDB como principal responsável pelas dificuldades na CPI da Pandemia e articula uma ampla reunião com toda a bancada do partido no Senado para a semana que vem.
Por ora, não está prevista a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Apenas da ministra da Secretaria de Governo, Flavia Arruda, e do ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. A ideia é convidar todos os 15 senadores do partido, incluindo Renan Calheiros.
O encontro, se viabilizado, será mais uma tentativa de conter a maioria oposicionista que dominou a CPI da Pandemia. Para o governo, o MDB é um dos principais responsáveis na medida em que indicou para a comissão senadores que não são alinhados ao Planalto, como Renan e Eduardo Braga.
A leitura no Palácio do Planalto é a de que isso ocorreu como retaliação pelo fato de Bolsonaro ter apoiado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na eleição para a presidência do Senado. O MDB foi para a disputa com Simone Tebet.
Embora fontes afirmem que, em um primeiro momento, o governo não pretende abrir espaços no primeiro e segundo escalões para atrair o partido, essa possibilidade não está descartada.