“Perder nosso nome é como perder nossa sombra; ser somente nosso nome é reduzirmo-nos a ser sombra” 

 

OCTAVIO PAZ

 

 

Por Edson Rodrigues

 

O jogo sucessório para 2022 já começou a ser jogado.  Enquanto o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas saiu de Brasília, onde se reuniu com parlamentares tocantinenses e já está com o “pé na estrada” buscando formar seu grupo político, realizando reuniões e encontros pelo interior do Tocantins, o Palácio Araguaia acendeu a “luz de alerta” visando o posicionamento de Mauro Carlesse rumo ao Senado e também iniciou os “trabalhos”.

 

O governo do Estado deve lançar várias obras em diversos municípios, em consonância com o apoio recebido por parte dos deputados estaduais. A ordem é traduzir o recado deixado pelas urnas em favor dos planos palacianos.  Já se sabe que a oposição, dividida, não é páreo para bons candidatos, mas, unida, pode causar sérios problemas, com chances de vitória ou, pelo menos, de campanhas desgastantes e pleito decidido voto a voto.

O governo do Estado não vai se furtar em se utilizar da caneta no Diário Oficial e os recursos para parcerias em obras nos municípios de maior interesse, pois não pode se dar ao luxo de ignorar a vontade do povo, que renovou, em média, 75% dos legislativos municipais e elegeu muitos prefeitos novatos, impondo uma fragorosa derrota aos que agem apenas em benefício dos interesses próprios, encaminhando-os para a vala do sepultamento político coletivo.

 

SILÊNCIO ENSURDECEDOR

Diante do quadro exposto acima, podemos afirmar que a eleição para o governo do Estado será quase que plebiscitária.  Dificilmente surgirá uma terceira via com capacidade de enfrentar de forma equilibrada os candidatos do governo, Wanderlei Barbosa, e do grupo oposicionista em formação por Ronaldo Dimas. A única certeza é a candidatura de Mauro Carlesse à única vaga que se abrirá para o Senado, que só mudará se algo muito grave vier a acontecer até o momento do registro dessa candidatura.

Há, ainda, um elemento-chave nessa corrida sucessória, que tem cargo, nome e sobrenome: senador Eduardo Gomes.  Gomes vem mantendo um silêncio “ensurdecedor” em relação ao processo sucessório estadual.

Líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, político tocantinense de maior projeção no País, com grande influência nas decisões políticas no governo federal, Gomes é “amigo irmão” de Ronaldo Dimas, e estará junto com ele nos palanques da sucessão estadual, não estando descartada uma composição em que o próprio senador pode vir a ser o candidato ao governo, com Dimas como vice, ou, até mesmo um “chapão”, unindo Gomes, Dimas e Carlesse, cada um nos três cargos mais importantes do Estado.

 

Isso soaria impossível, hoje, mas não está, de forma alguma, descartado para 2022.

 

PRINCIPAIS COLÉGIOS ELEITORAIS

Os prefeitos dos 15 principais colégios eleitorais do Tocantins, incluindo Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, paraíso, Guaraí e colinas, também são peças importantíssimas nesse tabuleiro sucessório de 2022.  Serão eles que, com administrações boas ou ruins, vão direcionar o voto dos eleitores das suas cidades.  Essa situação também coloca no jogo os ex-prefeitos desses colégios eleitorais, que, em caso de um mau governo dos seus sucessores, passam a ser o objeto de desejo dos candidatos ao governo do Estado, pois ganham força eleitoral.

 

Serão essas peças que farão parte das “costuras” para a construção das bases dos principais candidatos ao governo e ao Senado, juntamente com os representantes das classes empresariais e dos servidores públicos.

 

Por enquanto, tudo não passa de especulações, pois ainda há muita “água para passar embaixo da ponte”.

 

Posted On Segunda, 01 Fevereiro 2021 09:27 Escrito por

Por Bela Megale

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), comunicou a integrantes da cúpula do DEM, entre eles o presidente do partido, ACM Neto, que pretende deixar a sigla. O deputado argumentou que não pode ficar em uma legenda aliada ao bolsonarismo.

 

Na reunião realizada na noite de domingo (31), o DEM, partido de Maia, decidiu deixar o bloco do candidato apoiado por ele, Baleia Rossi (MDB-SP), na disputa pela presidência da Casa. A sigla anunciou que os deputados estão liberados para votar em quem quiser. O desembarque do DEM foi decisivo para que Maia sinalizasse com sua saída.

 

Correligionários do DEM ouvidos pela coluna afirmaram que veem poucas chances de o presidente da Câmara mudar de ideia. Procurado, Maia não retornou os contatos da coluna.

 

 

Posted On Segunda, 01 Fevereiro 2021 09:20 Escrito por

Fala foi depois de o DEM desembarcar da candidatura de Baleia Rossi. Esquerda também ameaça abandonar Rodrigo Pacheco no Senado

 

Com UOL

 

Uma reunião tensa na casa de Rodrigo Maia ocorreu na noite deste domingo (31). Nela, líderes e presidentes de partidos reagiram à informação de que o DEM abandonaria Baleia Rossi (MDB) para apoiar Arthur Lira.

 

O recado foi dado pelo presidente do DEM, ACM Neto.

 

Segundo relatos de presentes, Neto informou a Maia e aos demais que 16 deputados do partido decidiram votar em Arthur Lira, candidato do presidente Bolsonaro à Presidência da Câmara. Com a debandada, Baleia ficaria com apenas 15 deputados, e sua candidatura sofreria uma espécie de tiro de misericórdia.

 

A reação foi enérgica

 

Maia disse que, com esse golpe provocado pelo grupo de Bolsonaro, não teria outra alternativa a não ser aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente da República -- um pedido de impeachment só começa a tramitar se o presidente da Câmara assim decidir, cabendo solitariamente a ele este ato.

 

Maia deixa o comando da Casa nesta segunda-feira (1º).

 

Esquerda também reage

Representantes da esquerda presentes na reunião, entre eles o PT, também prometeram reagir.

 

Disseram eles: se o DEM desembarcasse, teriam que retirar apoio ao candidato do DEM, Rodrigo Pacheco, ao comando do Senado.

 

Sem os partidos de esquerda, a candidatura de Pacheco sairia da aparente zona de conforto e passaria a correr algum risco.

 

ACM Neto ouviu todas as reações e deixou a residência oficial do presidente da Câmara para reunir o comando do partido e decidir como vai agir. Acabou propondo a neutralidade, algo que o grupo de Maia não aceita.]

 

Posted On Segunda, 01 Fevereiro 2021 08:49 Escrito por

O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) supostamente telefonou para o ministro Luiz Eduardo Ramos, Secretário de Governo, nesta terça-feira (26), para reclamar do que considera uma “interferência do Palácio do Planalto em seu partido”, segundo o Jornal Folha de São Paulo.

 

Por Bruna Lima

 

Apesar de estar apoiando o candidato do MDB, deputado Baleia Rossi, para a presidência da Câmara, Maia tem visto seu partido, DEM, negociar migração do apoio para o candidato Arthur Lira, do PP.

 

A possível mudança tem causado insatisfação para Rodrigo Maia, que tem trabalhado por uma frente para eleger Baleia Rossi e continuar tendo influência no próximo mandato da mesa diretora da Câmara dos Deputados.

 

Segundo matéria publicada pela Folha, “em uma conversa exaltada, Maia disse ao general Ramos que estava incomodado com o movimento do governo federal para gerar defecções no DEM.”

 

Conforme o Terça Livre já noticiou, Maia tem intensificado suas críticas ao presidente da República nas últimas semanas e há muito já assumiu o lugar de oposição no Congresso brasileiro.

 

“Maia ressaltou ainda que não aceitava interferência em uma disputa legislativa e salientou que as investidas do governo Bolsonaro sobre deputados federais precisavam ter um fim”, afirmou a Folha de São Paulo.

 

Segundo um assessor do governo, Ramos respondeu ao deputado dizendo que o Palácio do Planalto não interferiu no DEM e afirmou ainda que a presidência não tem coordenado uma posição, pois Arthur Lira tem conduzido de forma autônoma a sua campanha.

 

Ontem, diversos deputados federais do partido de Maia iniciaram uma movimentação para que o DEM passe a apoiar o bloco de Lira. Se a iniciativa der certo, eles registrarão na segunda-feira (1º), dia da eleição, uma lista com a assinatura da maioria dos integrantes da bancada em apoio ao candidato do PP.

 

A ação representaria uma derrota para o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

 

Posted On Quinta, 28 Janeiro 2021 07:51 Escrito por

“Se não sabes o que é prolixo, suas palavras podem ir pro lixo”

 

ELANDRUDA

 

Por Edson Rodrigues

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Mais (DEM), começou a sentir que está ficando isolado na própria cúpula nacional da sua legenda, após agir de forma autônoma em seu mandato na Casa de Leis, sem prestigiar os membros da Executiva Nacional em nenhum momento, mostrando estar preocupado apenas consigo mesmo e seus interesses pessoais e políticos.
Após decidir eleger um sucessor no comando da Câmara que faça a mesma oposição velada que fez ao governo de Jair Bolsonaro, Maia, agora vê o próprio presidente nacional do DEM, ACM Neto afirmar que o partido “não iria fuzilar quem não votar em Baleia Rossi” e vários deputados federais do DEM baiano declararem apoio ao candidato do Palácio do Planalto, Arthur Lira.
A mensagem de ACM Neto, presidente nacional do DEM é clara: os deputados federais da legenda estão livres para votar em quem quiser.

 

ACM Neto, presidente nacional do DEM

Maia reagiu à declaração de ACM, afirmando em uma reunião fechada, ocorrida nesta terça-feira (26), se não houver união em torno de Baleia Rossi (MDB-SP), o DEM corre o risco de ganhar um apelido dado ao PT no passado, o "partido da boquinha".

A declaração de maia desagradou até aos seus aliados mais próximos, e pode resultar em mais perda de votos para Baleia Rossi.

A DISPUTA

A disputa pela presidência da Câmara tem movimentado intensamente o mundo político, pois o resultado do próximo dia 1º terá o poder de moldar de forma expressiva o cenário político futuro.
Além de definir qual é a pauta de votações, o presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória da Presidência da República e, entre seus poderes, tem nas mãos a responsabilidade de definir monocraticamente se dá ou não sequência a um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo —há, hoje, 56 deles aguardando análise.

Maia irá encerrar um período de quatro anos e meio como presidente da Câmara, tendo derrotado o centrão em duas das três eleições de que participou. Na última ele teve o apoio do grupo.
Atualmente, o deputado tem adotado uma linha de forte oposição a Bolsonaro. Caso Lira vença, o presidente da República terá, pelo menos nesse início, um aliado no comando da Câmara.

AOS DESAVISADOS

Enquanto em Brasília Maia e o Palácio do Planalto ficam cuidando dos acordos e articulações, no interior do País os sentimentos da militância, de ambas as partes fica cada vez mais aflorado, com casos que chegam às vias de fato

Esses apoiadores, seguidores e correligionários de Maia e de Bolsonaro precisam acordar, pois eleição na Câmara e no Senado só é “acirrada” nos bastidores. Depois do resultado das votações, uma grande “borracha” apaga tudo o que houve de desavença, de briga e de discussão, como se nada tivesse acontecido. Algo bem parecido com o que acontece na nossa Capital da Cultura, Porto Nacional, onde, dia desses, Otoniel Andrade foi visto conversando, amistosa e tranquilamente com seus oposicionistas nas últimas eleições municipais.

O nome disso é Democracia!

 

 

Posted On Quarta, 27 Janeiro 2021 13:51 Escrito por
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