“Se alguém tivesse me dito que um dia eu me tornaria um Papa, eu teria estudado mais”
PAPA JOÃO PAULO I
Por Edson Rodrigues
O Paralelo 13 vem observando, juntamente com outros especialistas em análises políticas, o panorama nos maiores colégios eleitorais do Tocantins – Palmas, Araguaína, Gurupi e Porto Nacional – traçando um esboço após a divulgação das primeiras pesquisas de intenção de voto, mostrando sem arrodeios, os efeitos colaterais que os resultados das urnas podem trazer junto com o nome dos eleitos, levando sempre em conta que uma vitória em um grande colégio eleitoral garante uma cadeira cativa ao grupo político vencedor, no mínimo, nas discussões sobre a sucessão estadual em 2022.
Enquanto isso, os derrotados estarão praticamente fora de qualquer possibilidade de ascensão política em 2022, e terão todo o ano de 2021 para reavaliar suas carreiras, pretensões e posicionamentos, ficando reféns da aceitação de outros grupos políticos ou da adesão de novos aliados.
As pesquisas registradas no TRE, hoje, sinalizam para um “sepultamento coletivo” de carreiras de políticos que apostaram todas as suas fichas – até as mais escondidas – em candidaturas de apadrinhados que não tinham nem eleitores nem condições de atrair votos, pois nunca tiveram “vida própria” na política. E essa vala terá que ser bem funda e larga.
Enquanto isso, o caminho parece se abrir, definitivamente, para uma nova leva de políticos, inteligentes, engajados, bem preparados e, principalmente, fichas-limpas, assim como para os da velha guarda que mantiveram suas reputações e souberam se manter antenados às novas maneiras de fazer política e de jogar o jogo político.
Pela primeira vez, sem as coligações proporcionais, bastões da política correm o risco de ser muito bem votados e ficarem sem as vagas que tanto almejam nos Executivos e Legislativos municipais.
Confira, a seguir, a análise dos panoramas políticos nos principais colégios eleitorais do Tocantins até este fim de semana.
I - GURUPI
Gurupi é o território político do governador, Mauro Carlesse e ele, governador, já foi taxativo: é questão de ordem vencer a eleição com a ex-deputada federal Josi Nunes, que é um poço de simplicidade, exala carinho e muita simpatia. Na Capital da Amizade, seu concorrente é Gutierres Torquato, escolhido pessoalmente pelo prefeito Laurez Moreira, considerado um dos melhores prefeitos da atual gestão em todo o Tocantins e o melhor de Gurupi em anos. Ou seja, é uma questão de honra para ambos, Carlesse e Laurez.
A questão é que a escolha de Laurez por Gutierres, segundo os bastidores, foi “goela abaixo” dos seus aliados, além do “ungido” já ter dado mostras de ser um candidato “roda presa” e já ganhou o apelido de “melancia de Itu. Grande, pesado e difícil de ser carregado”.
Josi Nunes e Mauro Carlesse
Em Gurupi a divisão das forças política é clara. Um grupo é liderado pelo governador Mauro Carlesse, que se destaca politicamente por ter vencido três eleições estaduais consecutivas e conseguido reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal e estar construindo um Hospital na cidade.
Tem uma candidata a prefeita preparadíssima, com passagens pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Federal, se mantendo ficha-limpa e tem o apoio irrestrito do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso e o mais bem votado da história política do Tocantins. Gomes já garantiu que trabalhará como elo entre a administração de Josi Nunes e os recursos do governo federal.
Enquanto isso, não se discute a capacidade de gestão de Laurez Moreira, mas percebe-se que ele foi “picado pela mosca azul da vaidade política”. Segundo líderes de sua base política o fato de ter escolhido Gutierres Torquato como seu sucessor o levou a relevar diversos nomes de lideranças políticas importantes para a sua gestão, causando um descontentamento geral, equiparado a um “balde de água gelada” na cara de muitos companheiros de administração.
“O sentimento dentro do nosso grupo político é de que Gutierres é um ‘filho bastardo’, que chegou no meio do jogo e quer herdar toda a herança construída por nós, junto com Laurez”, nos confidenciou, anonimamente, um dos membros da base política do atual prefeito de Gurupi.
O resultado disso é refletido no crescimento acima do normal de Josi Nunes nas pesquisas registradas no TRE e já divulgadas, aonde ela já aparece à frente do candidato de Laurez.
II - ARAGUAINA
Em Araguaína a situação do candidato ungido pelo prefeito, Ronaldo Dimas, é muito semelhante à do pupilo de Laurez Moreira, em Gurupi. Dimas foi um gigante como prefeito, transformando Araguaína em um canteiro de obras, o maior do Estado e da Região Norte do Brasil. Enfrentou a pior crise sanitária entre os municípios tocantinenses com a pandemia do Coronavírus, em que morreram centenas de pessoas não só do município, mas de cidades vizinhas, do Sul do Pará e do Maranhão, que procuraram o serviço de Saúde Pública de Araguaína.
Os danos foram contabilizados “na conta“ de Dimas, que conseguiu receber uma quantidade vultosa de recursos federais, conseguidos pelo senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso nacional, que será suficiente para que seu sucessor ainda receba os cofres abarrotados dos recursos recebidos via Gomes e outros encaminhados pelos parlamentares estaduais e federais.
Prefeito Ronaldo Dimas
Mesmo assim, Ronaldo Dimas paga um preço alto por não ter investido na mídia local, muito menos nos veículos de comunicação tradicionais do Estado, o que lhe deixa apenas 27 dias para transformar sua boa popularidade e sua boa avaliação como gestor, em votos dos eleitores da Capital do Boi Gordo para a candidatura do seu ungido, Wagner Rodrigues.
Caso consiga essa vitória, Dimas sairá muito fortalecido para a eleição majoritária de 2022, quando será candidato a governador ou a deputado estadual.
Caso contrário, terá que fazer modificações radicais em seu plano de voo, durante o ano de 2021.
III - PORTO NACIONAL
Em Porto Nacional, Capital da Cultura Tocantinense, a vestimenta da moda é a roupa camuflada e a atração são grandes peças teatrais encenadas quando o assunto é a sucessão municipal, com as intervenções dos três candidatos sendo notadas por todos.
Ronivon Maciel é o mais novo dos três. O atual vice-prefeito rompeu, no último ano, com o prefeito, Joaquim Maia, deixando de ser seu “cúmplice” e tornou-se seu adversário da fonte na qual bebeu nos últimos três anos, participou das ações e nomeou aliados.
Carlinhos Braga Joaquim Maia Otoniel Andrade e Ronivon Maciel
Caso Ronivon vença, os louros terão que ser divididos com seus principais apoiadores, como seus primos, o deputado Federal Vicentinho Jr., e o ex-prefeito Paulo Mourão.
Já Joaquim Maia, se reeleito, o será por méritos próprios, juntamente com os seus aliados políticos que o acompanharam o tempo todo, muito diferente de sua primeira eleição, na qual contou com o apoio de Paulo Mourão, de cinco deputados estaduais – Valdemar Jr., Nilton Franco, Ricardo Aires e Cleiton Cardoso, entre outros. Nesta sua candidatura à reeleição, não tem nenhum desses apoios, que, aliás, não participaram de nenhuma inauguração de obra ou reunião, deixando Maia isolado em sua província, na dependência de suas próprias forças para convencer o eleitorado de que merece permanecer por mais quatro anos em seu “governo de um homem só”.
OTONIEL ANDRADE
O ex-prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, vem se mostrando uma pessoa antenada, conectada às novas filosofias políticas e renovado como gestor. Traz em sua candidatura apoios importantes que podem lhe garantir uma administração moderna, promissora, geradora de empregos.
A probabilidade de captação de recursos federais, com o apoio do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, que inclusive cumpra agenda este fim de semana na cidade, para confirmar seu apoio total e irrestrito à Otoniel, soma-se ao posicionamento favorável de outros congressistas em Brasília, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Toinho Andrade, junto com outros deputados estaduais, o que garanta a Otoniel o primeiro lugar em todas as pesquisas já realizadas até agora, inclusive as com registro no TRE.
Apesar de ser o alvo dos ataques dos seus adversários à prefeitura, que gastam 85% de seus discursos para atacar sem piedade as antigas administrações de Otoniel, usando todas as armas que a Lei Eleitoral lhes permite, o “baixinho” tem fingido que não é com ele, numa atitude inteligente, que deixa seus detratores sem ação, falando sozinhos.
Otoniel tem fala em projetos e em planejamento futuro, mostrando em telões as muitas obras que deixou como legado em suas administrações passadas, indicando que pode fazer muito mais, conectado ao governo de Mauro Carlesse e com o apoio da Assembleia Legislativa, além do trânsito em Brasília do senador Eduardo Gomes.
O ex-prefeito tem como bandeira resgatar a autoestima dos portuenses, principalmente dos moradores de Luzimangues e dos demais distritos, assim como dos empresários e da juventude, que precisam de um governo que dê suporte às suas iniciativas e oportunidades de crescimento igualitário.
IV - PALMAS
No maior colégio eleitoral do Tocantins, Palmas, Capital, parece que as oposições se uniram para abrir caminho à reeleição da prefeita Cinthia Ribeiro (DEM). Dada a largada oficial, Cinthia já aparece, na última pesquisa divulgada, com mais do dobro de intenções de voto que o segundo colocado, Professor Jr. Geo, deputado estadual pelo PROS.
Ao que parece, o “eu” e o “meu” das oposições venceram o “nós” e o “nosso”. Dois candidatos já desistiram após resultados pífios nas primeiras pesquisas – os deputados federais Vicentinho Jr. e Osires Damaso – e voltaram suas atenções para suas bases no interior.
Candidatos a prefeito de Palmas
Segundo os principais analistas políticos, a estratégia das oposições, em Palmas, foi cega e insensível quando deixou de pensar na coletividade para pensar em projetos pessoais de poder. Com 11 candidaturas, os votos se pulverizaram, abrindo caminho livre para que Cinthia Ribeiro se consolidasse na liderança das pesquisas de intenção de voto, crescendo a cada dia.
A conta é simples: cada acréscimo de percentual de votos para um oposicionista, Cinthia aumenta em, pelo menos, a metade desse acréscimo o seu percentual, pois se um oposicionista ganha votos, outros perdem e esses votos acabam caindo no colo de Cinthia.
A prefeita, aliás, vem agindo de forma estratégica em cima dos erros da oposição, divulgando suas obras e projetando o que poderá realizar em um próximo mandato, com o apoio do senador Eduardo Gomes e da deputada federal Dorinha Seabra, que garantem a execução as obras em andamento e a realização das que estão em planejamento, via emendas impositivas e recursos federais.
A última pesquisa de intenção de voto, registrada junto ao TRE traz Cinthia com 23% contra 11% de Jr. Geo na modalidade espontânea, em que só é perguntado em qual candidato o pesquisado votaria, e aumenta para 36% a 14% na modalidade estimulada, em que a pergunta é feita citando o nome dos candidatos.
A verdade é que o jogo eleitoral começa agora para os candidatos e coordenadores, que devem estar atentos aos efeitos “maré” e “gangorra” que ocorrem nas semanas intermediárias das campanhas eleitorais, em que há uma acomodação e uma mobilidade maior das intenções de voto, fazendo dos próximos 27 dias, um período crucial para o sucesso ou para o fracasso das candidaturas.
SUPRESAS
Por outro lado, três candidaturas oposicionistas nos chamam a atenção. A primeira é a do candidato chapa-branca do Palácio Araguaia, Eli Borges, cuja candidatura nem participou da largada, muito menos da decolagem e, se não receber apoio político e estrutural, e oxigenação dos aliados palacianos, vai continuar no “chove e não molha” até o fim, constrangendo a imagem do governo de Mauro Carlesse e comprometendo suas pretensões políticas para 2022.
A outra candidatura praticamente natimorta é a do vereador Thiago “que passa a vergonha de colocar Amastha em seu nome” Andrino, que patina sem sair do lugar nas pesquisas, mesmo com os apoios luxuosos da ex-prefeita Nilmar Ruiz e do desistente, deputado federal Vicentinho Jr.
Será preciso um caminhão de criatividade – e isso custa tanto em dinheiro quanto a quantidade necessária – para que sua chapa consiga, pelo menos, eleger um vereador que seja.
E a terceira candidatura é a que vem surpreendendo positivamente. Estamos falando do deputado estadual portuense Jr. Geo. Sangue novo na política estadual, vem sendo bem avaliado em Palmas pelos eleitores que decretaram o fim da velha política, com coronéis, xerifes e fichas-sujas.
Apesar de não ter um bom tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV, Geo vem se destacando em suas caminhadas e participação nas redes sociais, onde interage de igual para igual com os jovens, comerciante e empresários.
Jr. Geo tem um grupo de auxiliares de campanha formado por voluntários, que não recebem um centavo de gratificação e trabalham por acreditarem na causa, sem a interferência de caciques ou líderes da velha política.
Trocando em miúdos, Jr. Geo tem muita gente do “povão” em sua campanha, coisa que falta em muitas outras, e que faz uma diferença enorme.
Mas, como já cansamos de falar, política não é uma ciência exata e muita coisa ainda pode acontecer nesses 27 dias restantes e modificar drasticamente o quadro atual.
O tempo é o senhor do destino....
Esta é uma eleição de continuidade. Pelo menos é o que aponta a primeira rodada de pesquisa Ibope para a prefeitura das 26 capitais do país, completada na sexta-feira. Das 13 cidades onde os atuais prefeitos tentam um novo mandato, em 11 são eles que lideram no ranking de intenção de voto
Com Agência Globo
Já no campo partidário, as legendas de centro estão se saindo melhor, enquanto no campo de esquerda o PSB emerge como principal força política até agora.
O panorama da liderança nas 26 capitais segundo o Ibope mostra que somente Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Nelson Marchesan (PSDB), em Porto Alegre, estão distantes de figurar no topo, mas podem alcançar um eventual segundo turno, pois figuram tecnicamente empatados na segunda posição.
Em suma, os candidatos à reeleição conjugam uma boa aprovação da gestão entre ótimo/bom e estão na cabeça do eleitor, uma vez que pontuam bem na pergunta espontânea, aquela em que o eleitor diz, sem ser apresentado aos nomes do candidatos pelo entrevistador.
Especialistas têm dito que a pandemia ajudou os prefeitos a aumentaram a visibilidade. Já mandatários que saíram mal avaliados do período mais crítico da crise sanitária terão maior dificuldade na campanha. Além disso, foram eles que formaram as maiores coligações, numa eleição com recorde de candidaturas. Ou seja, em grande maioria, contam com maior tempo de rádio e TV, além de maior acesso ao fundo partidário.
Alguns, porém, enfrentam o desafio de ter uma rejeição alta, o que pode pesar no segundo turno. A ausência de debates na televisão na maioria das cidades e o curto espaço de campanha joga a favor dos candidatos à reeleição.Sem espaços para que os novos possam desconstruir os candidatos da situação e construir uma oposição, fazer-se conhecido fica cada vez mais restrito aos neófitos. Fora com as limitações causadas pela pandemia de Covid-19 nas campanhas de rua. Há ainda um medo de arriscar com o “novo”, diferentemente das eleições de 2016 e 2018.
O cenário mais confortável é registrado em Belo Horizonte (MG), onde o prefeito Alexandre Kalil (PSD) seria eleito no primeiro turno se a votação fosse hoje. Segundo o Ibope, ele figura com 59% das intenções de voto dos eleitores. Além disso, sua gestão é rejeitada por apenas 13%.
Outro que encaminha uma eleição em primeiro turno é Gean Loureiro, em Florianópolis (SC). Além de ter 44% das intenções de voto, tem saldo de popularidade de 49 pontos — com 59% de ótimo ou bom e apenas 9% de ruim ou péssimo.
Loureiro é um dos cinco políticos do DEM na liderança nas capitais, partido que sai como protagonista na primeira rodada da pesquisa. Em que pese a liderança do MDB, com seis candidatos no topo, o DEM figura na liderança isolada em quatro capitais e em mais uma está em empate técnico. Seu parceiro histórico de alianças, o PSDB está na ponta com quatro candidatos.
Se o centro tem o MDB, DEM e o PSDB como principais forças na fotografia de momento, a esquerda vê o PSB ocupando o espaço no campo progressista. Em nove capitais, candidatos de legendas como o PSB, PT, PDT , PSOL e PC do B figuram na liderança das pesquisas. Destes, em cinco há um pessebista na liderança.
É mais que o dobro do PT, que optou por lançar candidaturas isoladas em metade das cidades do país para “recuperar o prestígio”, segundo o ex-presidente Lula.
Apenas em duas capitais — Vitória, com o ex-prefeito José Coser, e Fortaleza, com a deputada federal Luziane Lins — o partido figura numa liderança, mas empatado tecnicamente com outros candidatos. E nas principais capitais do país, o PT está patinando.
Em entrevista à Revista Época na última semana, Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, afirmou que identifica nas pesquisas a mágoa do eleitorado contra o PT. Márcia afirma que ainda não será nesta eleição que o PT vai conseguir se recuperar em termos de imagem, após a devassa nas urnas em 2016.
No caso petista, cientistas políticos afirmam que o fator “Lula” pode fazer diferença, mesmo com essa não sendo uma eleição dos “padrinhos”. Em alguns casos, pode ser ele a única chance de congregar eleitores para chegar num eventual segundo turno. Mesmo que isso signifique afastar parcela do eleitorado. No caso da capital paulista, dois em cada cinco eleitores. Em São Paulo, o petista Jilmar Tatto oscilou positivamente na pesquisa divulgada na quinta, passando para 4% nas intenções de voto. No primeiro levantamento, divulgado no dia 8 de outubro, ele figurava com apenas 1% na pesquisa.
No entanto, o apoio do ex-presidente pode não ser garantia de sucesso. No Rio, a petista Benedita da Silva manteve os 7% de intenção de voto entre as duas pesquisas do instit
uto. O mesmo ocorreu no Recife, com Marília Arraes mantendo 14% entre os dois levantamentos, e em Belo Horizonte, onde o ex-deputado federal Nilmário Miranda oscilou negativamente de 2% para 1%.
Dinheiro não falta no bolso do partido para gastar em campanhas, um dos que mais irá receber recursos do bilionário fundo especial de campanha, ao lado do PSL, este último ausente de qualquer topo na corrida pela prefeitura das 26 capitais do país. Por isso, se a aposta é na polarização, tudo indica que ela está distante de se repetir.
Investigadores cumprem busca e apreensão contra empresas suspeitas de terem recebido caixa dois para campanha de aliado de Cid
Por Agência O Globo
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira operação de busca e apreensão autorizada pela Justiça Eleitoral para apurar pagamento de propina do grupo J&F envolvendo o ex-governador do Ceará Cid Gomes (Pros) e a campanha de seu sucessor, o atual governador Camilo Santana (PT).
A PF cumpre 17 mandados de busca e apreensão as cidades de Fortaleza, São Paulo e Salvador, contra empresas suspeitas de terem recebido repasses de caixa dois para a campanha de Camilo Santana e de outros aliados do grupo. A investigação mira campanhas eleitorais de 2010 e 2014. Os políticos não são alvos das buscas.
A PF investiga crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.
O inquérito foi aberto com base em depoimentos dos irmãos Batista sobre doações ilegais feitas ao grupo político de Cid Gomes quando este era governador do Ceará. Segundo informações que constam do inquérito, em 2010, Gomes teria pedido aos executivos da empresa doação de R$ 5 milhões em troca da liberação de créditos tributários em nome de empresas do grupo J&F.
Em 2014, um novo pedido teria sido feito, porém, no valor de R$ 20 milhões, com o objetivo de irrigar campanhas no estado — incluindo a do petista Camilo Santana, apoiado por Cid Gomes .
Diante da negativa da empresa dos irmãos Batista, o então deputado federal Antonio Balhamann Cardoso Nunes Filho (PDT-CE) teria interferido em favor de Gomes afirmando que o Ceará realizaria restituições tributárias da ordem de R$ 110 milhões ao grupo empresarial.
“A sisudez é a armadura dos parvos”
MONTESQUIEU
Por Edson Rodrigues
Com um público estimado em mais de 500 pessoas – todos respeitando as normas da OMS –, em sua maioria, jovens, o candidato a prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, o popular “baixinho”, realizou uma grande reunião, na noite desta quinta-feira (15).
Otoniel iniciou suas palavras agradecendo à presença da “boa gente portuense que se deslocou do conforto dos seus lares para prestigiá-lo, demonstrando apoio político à sua candidatura”. Um telão foi instalado, exibindo imagens, que acompanharam a fala de Otoniel, de tudo o que ele já fez por Porto Nacional, e dos seus projetos a serem executados na próxima gestão.
Em nenhum momento Otoniel destratou ou atacou seus adversários nesta corrida eleitoral e fez questão de ressaltar que todos estavam ali para conhecer e discutir o seu programa de governo e suas propostas. “Para termos êxito nesta campanha, precisamos nos preocupar com o que podemos fazer pelo futuro de Porto Nacional”, enfatizou o baixinho.
“Para fazer valer à pena, precisamos governar juntos, antenados com o futuro, e é por isso que preciso do voto de cada um de vocês e que vocês levem esta nossa mensagem aos seus amigos, vizinhos e familiares”, acrescentou.
PARCERIAS
Otoniel enfatizou que Porto Nacional precisa de uma gestão que esteja de mãos dadas com o governo do Estado, que não encontrou as portas abertas para construir parcerias com a atual administração: “se nós estamos interessados em fazer o bem para Porto Nacional e, não a nós mesmos, precisamos dessas parcerias, dos recursos que podem ser destinados ao nosso município, e isso só se consegue tendo sintonia com o governo do Estado e um parceiro atuante e prestativo como o nosso senador Eduardo Gomes, o mais bem votado do Tocantins, que se prontificou a estar ao lado da nossa administração e, como líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, colocar Porto Nacional sempre em evidência em relação a ações sociais, projetos e convênios federais”, afirmou.
“Sabemos que o governador Mauro Carlesse tem o sonho de ter, na prefeitura de Porto Nacional, um parceiro do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Toinho Andrade, que aprovou por unanimidade a captação do empréstimo de 150 milhões junto ao Banco Regional de Brasília, para a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, se empenhando em obter o apoio de importantes parlamentares federais e estaduais. “juntos, temos condições de formar uma administração pujante e benéfica para a nossa Capital da Cultura”, finalizou.
Otoniel se despediu dos presentes, rumo à terceira reunião da noite, organizada pelo candidato a vereador Bruno Almeida, uma jovem liderança portuense, antenado com a nova forma de fazer política, por meio de proposituras conectadas com as demandas da comunidade.
Bruno aceitou o convite dos amigos e admiradores para ser candidato a vereador, enfatizando que só o faria se pudesse estar ao lado de Otoniel Andrade, um político que, segundo o próprio Bruno, merece o reconhecimento e o respeito do povo portuense, por tudo o que já fez e pelas condições que reúne para tirar Porto Nacional da estagnação em que se encontra.
Prestigiado por mais de 200 pessoas, o candidato Pedro Henrique (Partido Liberal), fez o lançamento da sua campanha para vereador de Porto Nacional na noite desta quinta-feira, 15
Por Edson Rodrigues
O candidato ressaltou a emoção em dar a largada oficial para a campanha de 2020, em um dia simbólico. “Estamos há 30 dias das eleições e, a partir de agora iniciamos a nossa contagem regressiva. Estou muito feliz em vivenciar este momento, ver amigos de uma vida, amigos a menos tempo, companheiros que me conhece, sabe da minha conduta e validam o meu trabalho de uma vida”, disse.
Pedro Henrique destacou que tem visitado as pessoas, escutado suas demandas e conta com o apoio da comunidade para apresentar projetos que atendam os anseios da população. “Vamos apresentar projetos para o primeiro emprego, ProUni Municipal, fomentar à industrialização tendo a compensação fiscal para o empresário. Vou lutar para que um médico pediatra atue junto às creches do nosso município”, pontuou o candidato liberal, que abordou a importância de revitalizar o centro histórico, apoiar os deficientes, artistas locais, o agronegócio e o agricultor familiar. “Quero ter sempre o olhar atento às pessoas mais necessitadas”, concluiu.
Em seu depoimento, o ex-vereador Neto Aires (PL); contou a trajetória do candidato. Segundo ele, acompanhou de perto a luta do então vereador Pedro Henrique para construir o prédio da Câmara durante sua gestão na presidência da Casa. “É um homem determinado, humilde, aguerrido. Saía com o caderninho pedindo doações aos comerciantes e em um ano conseguiu entregar o prédio concluído e mobiliado, sem utilizar um centavo de recurso público”, detalhou Neto Aires.
O agropecuarista Alcides Serpa mencionou a amizade e o carinho que tem pelo portuense. “O Pedro Henrique é essa pessoa simples, humilde, independente de eleições, mandato ou função político-partidária. Querido por todos. Tê-lo na Câmara de Vereadores, nos dar o privilégio de ter um representante com acesso direto ao governo Jair Bolsonaro, por meio do seu irmão, nosso eterno senador Vicentinho Alves e o deputado federal, seu sobrinho, Vicentinho Júnior. Estes dois que muito fazem por Porto Nacional”.
Além dos amigos, familiares, lideranças e apoiadores da candidatura de Pedro Henrique para vereador, o evento contou com a presença do candidato a prefeito, Ronivon Maciel (PSD) e do vereador Miúdo (Republicano).