“O pior naufrágio é não partir.”
AMYR KLINK
Por Edson Rodrigues
São vários políticos com históricos grandes ou menores de carreira, com mandatos no Congresso Nacional que findam em 2022. Com o fim das coligações proporcionais, esses políticos praticamente se igualam aos novatos, que vão tentar seus cargos nas eleições majoritárias, pois precisarão, também, atingir o coeficiente para manter seus mandatos.
Em tempos de rejeição recorde aos políticos, fica ainda mais difícil para os que têm mandato e, manter o cargo e se manter perto do poder será tarefa hercúlea.
Dentro desse contexto, a sucessão municipal deste ano, nos quatro maiores colégios eleitorais do Tocantins pode representar de forma literal o “tubo de oxigênio” que permitirá uma sobrevida para esses políticos detentores de mandatos e “donos” das Comissões Provisórias dos partidos aos quais pertencem.
SUCATEAMENTO DOS LIDERES POLITICOS NO ESTADO
Se fizermos uma radiografia sobre os líderes políticos do Tocantins, o Estado mais novo da Federação, o resultado vai apontar que muitos envelheceram e outros se descuidaram por motivos vários, como confiar demais em outras pessoas, terceirizar parte de suas carreiras, outros se tornaram inelegíveis, alguns subestimaram a inteligência do povo, enquanto que alguns mudaram tanto de partido que acabaram isolados em Brasília, esquecendo de cuidar das “províncias”, das suas bases e perderam a sua força mais natural, que eram seus companheiros de vida pública e, com isso, a tão valiosa credibilidade.
Muitos desses ainda incorreram no erro de não se preocupar com as lideranças do interior nem da Capital e, no momento que mais precisam, quando “acordaram para a coisa”, se viram sozinhos, com a única opção de conseguir representatividade nos quatro principais colégios eleitorais, como tábua de salvação.
ONDE O VOTO “VALE” MAIS
Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e, também, Paraíso do Tocantins. Ter o prefeito de qualquer uma dessas cidades significa demarcar um território significativo, levando-se em conta que há, também, os vereadores, que podem embarcar na mesma jornada e transformar a vida de muitos que já começam a sentir a falta do “oxigênio” em suas carreiras, quando miram nas eleições de 2022 e seu mandato termina.
UNIÃO OPORTUNA PELA SOBREVIVÊNCIA
Uma parte dos detentores de mandato no Congresso Nacional, dentre eles o deputado federal Vicentinho Jr., presidente do PL no Estado, a senadora Kátia Abreu, presidente do PP estadual, Carlos Amastha, presidente do PSB estadual e o senador Irajá Abreu, presidente do PSD estadual.
Esse grupo de figurões da política tocantinense se reuniu e, do alto de seus “poderes” sobre as Comissões Provisórias, decidiu por apoiar uma só candidatura a prefeito nos principais colégios eleitorais e formar suas chapas de vereadores.
Em Palmas, o PP de Kátia Abreu e o PSD de Irajá, não conseguiram formar chapas de vereadores, o que expôs a fragilidade política atual dos dois senadores. Por isso, veio a decisão de apoiar o candidato a prefeito de Carlos Amastha, Thiago “Amastha” Andrino.
Essa união se repete na Capital da Cultura, Porto Nacional, onde os candidatos a vereador do PL, em sua maioria absoluta, estão apoiando a candidatura à reeleição do prefeito Joaquim Maia, mas os membros do grupo de Kátia e Irajá apoiam a candidatura do vice-prefeito, Ronivon Maciel.
TÁBUA DE SALVAÇÃO OU CORTEJO FÚNEBRE
Caso o “grupo de partidos unidos” não consiga êxito nas candidaturas de Thiago Amastha Andrino e Ronivon Maciel (foto), seus líderes ficarão à deriva nas eleições estaduais de 2022, justamente quando termina o mandato de Kátia Abreu.
É bom lembrar que o idealizador e coordenador desse “grupo de partidos unidos”, Carlos Amastha, foi derrotado em duas eleições consecutivas, no mesmo ano, como candidato a governador, amargando uma votação humilhante em seu próprio reduto eleitoral, Palmas. Pelo andar da carruagem, os caciques partidários unidos nesse projeto de poder só têm essa “bala na agulha” para conseguir a oxigenação citada anteriormente, para chegar com chances em 2022.
Caso contrário, participarão, juntos, da cerimônia fúnebre-eleitoral deles mesmos, pois perder ainda mais terreno nestas eleições municipais significa meio caminho andado para um “velório político coletivo”.
ÚNICA OPÇÃO
Para alguns desses caciques políticos ainda há uma “segunda chamada”, uma última opção, que seria, na apuração das urnas, em 15 de novembro, pesar quantos “gramas” (prefeituras médias e pequenas), seu partido conseguiu acrescentar ao seu “peso”, lembrando, sempre, que isso só pode acontecer se tiver havido participação efetiva das lideranças nas campanhas dos vencedores, não valendo se aproximar, de forma oportunista, de candidatos do partido que vencerem sem nenhum apoio das lideranças.
Se nem essas “vitórias” ocorrerem, só restará ao “grupo unido de partidos” esvaziar as gavetas e se preparar para tempos de ostracismo.
INFECÇÃO
Nas cidades de Araguaína, Gurupi e Paraíso o grupo, ou membros dele, rompeu com o prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, lançando um candidato em chances de êxito. Em Gurupi, ficaram à deriva e, sem base, nenhum dos partidos do grupo encabeçado por Amastha conseguiu construir uma candidatura sequer.
Já em Porto Nacional, 90% dos candidatos a vereador pelo PL de Vicentinho Jr. podem renunciar às candidaturas por não aceitar a coligação com o candidato do PSD, de Irajá Abreu, Ronivon Maciel.
A depender da evolução política dos candidatos a prefeito do “grupo unido de partidos” liderado por Amastha, Kátia, Irajá e Vicentinho Jr., caso o resultado seja fraco, todos terão que refazer seus planos de voo para 2022 e “baixar a bola”, focando uma vaga na Assembleia Legislativa, mudando radicalmente suas pretensões e suas formas de fazer política.
Fica a dica.
O PERIGO DO “PODER QUE CEGA”
Além do perigo da perda do patrimônio político com os apoios “oportunistas”, algumas lideranças precisam atentar, também, para a “cegueira específica” causada pelo poder. Um dos parlamentares que devem estar atentos a esse perigo é a Professora Dorinha. Alguns outros, já foram contaminados e correm os riscos de deixar de enxergar quem realmente lhes é valioso como apoiador e como companheiro.
Olhando no retrovisor político é fácil identificar quem foi ou pode ser infectado por esse mal. Podemos citar o ex-deputado federal Oswaldo Reis, Freire Jr., que foi presidente do Clube dos Deputados, um político que tinha ótimo relacionamento com seus pares em Brasília, o deputado estadual e ex-senador Eduardo Siqueira Campos, homem forte em Brasília nos governos de José Sarney e de Fernando Henrique Cardoso, José Wilson Siqueira Campos, governador por quatro mandatos, o senador Vicentinho Alves, segundo-secretário da Mesa Diretora do Senado, um dos fundadores do PR, hoje PL, com ótimo relacionamento no Congresso e no governo federal, a senadora Kátia Abreu, ex-ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff, entra tantos outros.
Todos foram estrelas na mídia e tiveram ótimos relacionamentos com os Poderes da República, mas, em proporções diferentes, esqueceram das “províncias”, cercaram-se de assessorias fracas, compostas, muitas vezes, por pessoas que nem eleitores tocantinenses são e, hoje, têm um relacionamento próximo de zero com suas bases eleitorais primárias.
No máximo, ainda mantém contato com os prefeitos e presidentes municipais de partidos e, mesmo assim, alguns deles, de forma terceirizada e o desgaste provocado por essa “falta de tato”, pode chegar de forma devastadora no próximo dia 15 de novembro.
PERDA IRREPARÁVEL
Falar que os nomes acima citados não ajudaram o povo tocantinense em algun(s) momento(s), é pura cegueira política e ignorância política. Todos foram e ainda são importantíssimos para o Tocantins e ajudaram a injetar milhões de reais que propiciaram ao nosso estado chegar ao patamar de desenvolvimento inegável que conseguiu.
Mas, em sua maioria, esses líderes cometeram um erro irreparável, que foi deixar de ter um relacionamento estreito com suas bases, o que iniciou uma onda de desconfiança e de antipatia a seus nomes.
Perderam, também, o melhor aliado, que é a imprensa. Os líderes mencionados e muitos outros que estão no mesmo caminho, como a professora Dorinha, esqueceram de valorizar a Comunicação, que é considerado o “quarto poder”, principalmente a mídia genuinamente tocantinense, seja impressa, online, revistas, blogs e portais de notícias. E fizeram isso tendo totais possibilidades, pois, em mandato, recebem verba direcionada à publicidade.
Essa verba é gasta todos os meses, mas, na maioria, apenas 10% são destinados à imprensa tocantinense. Talvez seja exatamente por isso que nossos nobres leitores não conheçam metade dos feitos dos parlamentares e representantes políticos do Tocantins em favor do povo tocantinense. E essa situação pode ser estendida aos deputados estaduais.
Deste modo fica fácil entender porque o PP de Kátia Abreu e o PSD de Irajá Abreu não tenham conseguido candidatos a vereador para compor chapas na Capital, muito menos nos municípios do interior, onde já gozaram de enorme prestígio.
Vamos aguardar o decorrer da campanha para poder registrar as mudanças na evolução das candidaturas a prefeito e a vereador nos principais municípios tocantinenses, que reúnem, nada menos que 380 e 500 eleitores, para podermos balizar nossas opiniões e análises sobre estas tão importantes eleições municipais de novembro de 2020, e a evolução das mesmas.
Aguardem!
“Odeio quem me rouba a solidão sem verdadeiramente me oferecer companhia”
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE
Por Edson Rodrigues
Assim que assumiu a Comissão Regional do Patriota no Tocantins, Rogerio Ramos tratou de partir para a organização da legenda no interior do Estado, buscando uma expansão com a criação de Comissões provisórias, enquanto que, em palmas, fazia um trabalho de fortalecimento do partido, oferecendo espaço político como forma de atração de bons nomes e novas lideranças.
O trabalho desenvolvido pelo jovem político deixou uma sensação de companheirismo e parceria, principalmente de liberdade para os novos filiados e dirigentes da Capital e do interior, que o resultado não poderia ser nada diferente de positivo.
Por meio da Comissão Regional do partido, o Patriota divulgou um balanço de seus candidatos para as eleições de 2020. A legenda concorrerá em dezoito municípios tocantinenses com um total de 134 candidatos, sendo sete candidatos a prefeito, dez vice-prefeitos e cento e dezesseis vereadores.
Na capital, o Patriota que é presidido pelo vereador Folha, apoiará integralmente a reeleição da prefeita Cinthia Ribeiro e contará com uma chapa completa de vereadores. Para Rogério Ramos, que também coordena a campanha da Prefeita na Capital, o partindo vem crescendo a cada dia. “Quando assumimos o partido, havia pouca capilaridade e influência no contexto político do Estado. Havia, ainda, algumas pendências estruturais e jurídicas. Focamos em colocar a casa em ordem, organizar prestações de contas atrasadas, a criação de Comissões no interior com pessoas realmente comprometidas com as diretrizes partidárias e implantar uma boa sede para receber nossos correligionários em Palmas. Após começamos a trabalhar pelas eleições de 2020, agora apresentamos um balanço superpositivo que, para nós, é motivo de alegria” finalizou.
Confira, abaixo, a relação dos candidatos a prefeito e vice do Patriota no Tocantins.
Ananás: Vice-Prefeita Dona Nelza
Araguaçu: Prefeito Geraldinho
Araguanã: Vice-Prefeito Sgt. Valdemar
Axixá do Tocantins: Prefeito Idaelson Morais e Vice-Prefeita: Maria Antônia (Morena)
Dianópolis: Vice-Prefeita Josilene Moreira
Esperantina: Prefeita Fernúcia Ribeiro
Gurupi: Prefeito: Farley Meier e Vice-Prefeito: Davi da Pamonharia
Miracema: Prefeito: Pedro Quixabeira e Vice-Prefeita: Keila
Monte Santo do Tocantins: Prefeito: Raimundo Comadeira e Vice-Prefeito: Izaac do Garimpo
Palmeirópolis: Vice-Prefeito: Vivaldo Damacena
Porto Alegre do Tocantins: Vice-Prefeito: Timóteo Nunes
São Miguel do Tocantins: Prefeito: Ronaldo Barbalho e Vice-Prefeita: Maria do Batista
A suspensão de Filipe Sabará da corrida à prefeitura de São Paulo acirrou
Por Agência O Globo
A suspensão de Filipe Sabará da corrida à prefeitura de São Paulo acirrou tensões no partido e evidenciou um racha interno na sigla entre apoiadores de Bolsonaro e aqueles insatisfeitos com a aproximação do candidato com o bolsonarismo.
Sabará, que já foi repreendido pela alta cúpula do partido porelogios ao presidente e a Paulo Maluf, é acusado por opositores de suposta infidelidade partidária e inconsistências no processo seletivo do partido. Ele nega as acusações e afirma, em nota, estar sendo " perseguido por João Amoedo ", fundador e ex-presidente do partido, além de "uma ala minoritária" dos filiados e "infiltrados do MBL", que estariam "arquitetando críticas infundadas" para encerrarem sua candidatura por discordarem de suas opiniões.
Entre os filiados, tem circulado um "dossiê apócrifo" que enumera as razões pelas quais o candidato não seria apto para concorrer à prefeitura de São Paulo pelo partido.
Sua escolha como pré-candidato em 2020 acordou ressentimentos antigos no partido, como seu apoio em 2018 à candidatura de João Doria (PSDB) para o governo do estado, em detrimento do candidato de seu próprio partido, Rogério Chequer. Então aliado do tucano, Sabará declarou em público "todo seu apoio" ao candidato.
Posteriormente, no entanto, Sabará rompeu com Doria e tem declarado recentemente seu alinhamento a Bolsonaro, desafeto político do governador de São Paulo. Em entrevistas, ele afirmou que Bolsonaro fez um trabalho melhor do que Doria na condução da pandemia e que não descartaria buscar seu apoio num eventual segundo turno na corrida municipal em São Paulo.
As declarações desagradaram tanto os opositores de Bolsonaro dentro do Novo quanto aqueles que acusam Sabará de oportunismo eleitoral. A situação opõe também aqueles que defendem que o partido deve crescer seguindo rigorosamente os princípios de sua criação, muitos dos quais diferem da agenda bolsonarista, e aqueles que pregam pragmatismo nas alianças eleitorais.
A tensão tem se acirrado nos últimos dois anos, período no qual o Novo firmou-se com o partido com maior número de novos filiados no país. Os deputados da sigla tendem a votar no Congresso alinhados com a agenda neoliberal de Paulo Guedes, mas as discordâncias aparecem em pautas culturais que não são reguladas pelo partido, como aborto.
Entre os posicionamentos declarados do Novo está a priorização da saúde, motivo pelo qual uma parcela de filiados e entusiastas do partido que antes apoiavam Bolsonaro hoje reprovam o governo. Para estes, a condução da pandemia por Bolsonaro foi irresponsável e os elogios de Sabará a respeito, inaceitáveis.
As críticas a Sabará vão desde a acusações de que ele exerceria uma influência muito grande no diretório municipal à de exageros no seu currículo. No início de sua trajetória, ele comumente era apresentado como formado em Relações Internacionais na FAAP.
Posteriormente, dizia ter cursado mas não completado o curso. A Fundação Armando Álvares Penteado disse que Sabará cursou apenas um semestre, em 2003. Em suas redes sociais, Sabará esclareceu , recentemente em vídeo, que se formou em 2010 como tecnólogo em Marketing pela Faculdade São Paulo. A faculdade foi resultado da unificação de outras duas instituições de ensino. A colação de grau de Sabará ocorreu um mês depois dessa unificação. O diploma só foi emitido em dezembro de 2016.
Uma das características do Novo é escolher seus candidatos por meio de um processo seletivo . A ideia é lançar apenas candidatos preparados para exercer os cargos que postulam. Para ser o candidato do Novo à Prefeitura, Sabará passou por um processo seletivo e foi o escolhido superando, entre outros, o médico Cláudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e doutor em Medicina pela Unifesp.
A sigla exige que candidatos à prefeitura tenham ensino superior e renda que permita que não dependam de salário para se manter em cargos públicos. Ele também retificou recentemente a declaração de bens registrada junto ao TSE, que passou de cerca de 15 mil reais para mais de 5 milhões.
Ambos esclarecimentos foram interpretados como sinalizações para opositores diante das pressões crescentes que vinham cercando sua candidatura, dentro de seu próprio partido.
Sabará teve a pré-candidatura suspensa após ter sido denunciado no Conselho de Ética de seu partido por um filiado de Santa Catarina, mesmo estado do atual presidente da sigla e sucessor de Amoedo, Eduardo Ribeiro.
O processo corre em sigilo e o motivo principal de investigação ainda não foi divulgado. Ele afirmou, em nota, que está "entrando com todos os meios jurídicos e medidas judiciais cabíveis, tanto para reverter a situação, quanto para processar os responsáveis".
Nos grupos de filiados, os participantes estão "em compasso de espera". A maioria avalia como positiva a decisão do partido em avaliar seriamente as denúncias. A expectativa, no entanto, é que as acusações sejam descartadas. Foi o que aconteceu com os últimos dois vereadores, cujos nomes não foram revelados, que foram denunciados em sigilo por colegas ao Conselho de Ética do partido.
Para os filiados, que disputariam o pleito municipal ao lado dele e evitam comentar as polêmicas em torno do candidato, as discordâncias são sintomas de um partido que tenta crescer sem comprometer seus valores. "Temos opiniões divergentes, mas isso é absolutamente normal em qualquer partido", diz o pré-candidato a vereador pelo Novo Luis Bucciarelli.
“O ser humano é sem sombra de dúvida o único ser que tem consciência do inferno que causa aos outros”
JÖEL THRINIDAD
Por Edson Rodrigues
O imbróglio que envolve a escolha do candidato a vice-prefeito de Cínthia Ribeiro está lhe causando um desgaste político desnecessário. Principalmente porque há um de seus “companheiros” que parece estar em seu time apenas para marcar “gols contra”, em favor da candidatura do pastor Eli Borges, que tem a simpatia do Palácio Araguaia. E quanto mais desgaste essa pessoa puder causar, mais ela fará.
A situação deixa a prefeita em uma encruzilhada: ou assume o comando político da escolha do seu candidato a vice-prefeito ou corre o risco de ser “desclassificada” antes do início da corrida eleitoral, o que só nos convence ainda mais que, se tivesse terminado a Convenção com a sua escolha pessoal para vice, teria evitado todo o desgaste que enfrenta agora.
Nos bastidores da política palmense já corre um boato – sem provas – que lembra que “em acordos políticos não se passam recibos” e que todo o problema criado é pura maldade intencional. O boato diz até que a candidatura do vice-prefeito de Cínthia teria sido “vendida” e por 14 votos a um, os membros do DEM destituíram a indicação do candidato Lucas e indicaram Etinho Nordestes para ser o vice de Cínthia.
Ou Cínthia assume de vez a candidatura de Etinho ou sua pretensão à reeleição despenca. Além dessa atitude, a prefeita precisa, também, tirar sua campanha do “amadorismo político” e mostrar que além de ser, tem que estar sendo uma boa gestora, uma realizadora, que transformou Palmas em um canteiro de obras, sem nenhuma denúncia de corrupção que envolva seu nome.
QUEM INTERESSA
O senador Eduardo Gomes e a deputada federal Professora Dorinha são os únicos apoios verdadeiros que Cínthia precisa como parceiros em Brasília.
Cínthia já teve uma série de convênios e parcerias assinadas com o governo federal por meio do senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso e relator setorial do Orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, um dos principais líderes políticos do País, hoje, com carta branca para falar em nome do Presidente da república Jair Bolsonaro em acordos políticos. Já a deputada federal Dorinha Seabra é uma das líderes mais respeitadas no Congresso Nacional, que teve seu prestígio alavancado após a briga que encabeçou para a permanência do Fundeb, e presidente do DEM Mulher. Essas duas lideranças apoiam o governo de Cínthia Ribeiro e são garantia de recursos federais para os próximos quatro anos.
Nesta última semana, o secretário de Finanças da prefeitura de Palmas, Rogério Ramos, foi chamado à Brasília pelo senador Eduardo Gomes para uma reunião na residência do Ministro da Economia, Paulo Guedes, cuja pauta foram recursos para a capital tocantinense em 2021.
Ou seja, de apoio junto ao governo Federal, Cínthia Ribeiro está bem servida.
Logo, Cínthia precisa mostrar que tem comando político na prática e nada melhor que aceitar uma pessoa ética, correta e comprometida com o bem estar do povo de Palmas, com a facilidade de já ter essa pessoa, escolhida pelos membros de um partido que a apoia, que é o vereador Etinho.
Depois disso, Cínthia precisa deixar claro ao “companheiro” que está tumultuando sua candidatura para beneficiar a candidatura de Eli Borges, que quem manda em sua campanha é ela e que se essa pessoa prefere Eli Borges, que se mude “de mala e cuia” para a campanha do seu adversário.
Às vezes é melhor eliminar uma “banana podre” que perder toda a safra.
Fica a dica!
A manifestação fala em dar publicidade aos dados "de forma discriminada"
Por Rafael Moraes Moura
O Planalto deve prestar contas à sociedade e detalhar os gastos com cartões corporativos, defendeu o Ministério Público Federal em São Paulo. Em parecer à Justiça Federal, o MP se manifestou a favor de ação do Estadão para obrigar o governo Jair Bolsonaro a detalhar essas despesas, efetuadas entre 1.º de janeiro e 31 de março de 2020.
A manifestação fala em dar publicidade aos dados "de forma discriminada e acompanhada dos correspondentes documentos comprobatórios, inclusive aqueles classificados como sigilosos". Como mostrou o Estadão, os gastos com cartão corporativo da Presidência, usado para bancar despesas sigilosas de Bolsonaro, dobraram nos quatro primeiros meses de 2020, na comparação com a média dos últimos cinco anos. O total de gastos sigilosos vinculados ao presidente e sua família foi de R$ 3,76 milhões nos primeiros quatro meses de 2020 - o valor é lançado mensalmente no Portal da Transparência do governo, mas o detalhamento não é divulgado pelo Planalto.
No parecer enviado à Justiça, o MP se manifestou pela "procedência parcial" do pedido do jornal, defendendo o levantamento do sigilo de todos os gastos dos cartões corporativos, indicando tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social dos fornecedores, desde que comprovadamente não comprometam a segurança da Presidência, de maneira individualizada.
"A Constituição nutriu um compromisso com a liberdade de informação, a publicização e a transparência das atividades estatais, de modo que o sigilo deve ser interpretado de forma restritiva, levando-se em conta a dimensão democrática do Estado brasileiro", disse o procurador da República Andrey Borges de Mendonça.
Para Mendonça, alguns gastos até podem ficar sob sigilo, mas isso deve ser a exceção. "A Presidência não comprovou, de maneira específica, qual o critério que justifica a manutenção do sigilo. Os gastos com 'cartão corporativo' devem ser ostensivamente publicados pela Presidência da República, exceto as despesas que comprovadamente ofereçam risco à segurança nacional, do presidente da República e seus familiares, preservando-se portanto os dados sensíveis", disse o procurador.
O Estadão revelou no ano passado que o governo ignora uma decisão do Supremo Tribunal Federal e se recusa a informar como tem usado o dinheiro público via cartão corporativo. E justifica, nos pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação, que a abertura dos dados colocaria em risco a segurança do presidente.
"O MP reconheceu que a regra prevista na Constituição e nas leis é a transparência da atuação da administração pública, que nesse caso refletiria na necessidade da divulgação dos dados, em função do interesse da sociedade em fiscalizar os gastos do Executivo", disse o advogado Maurício Joseph Abadi, que integra a equipe jurídica do Estadão, ao lado de Afranio Affonso Ferreira Neto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.