Ao todo estão sendo investidos em torno de R$ 2 milhões, por intermédio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, para construção de 3.564 pequenas bacias no total
Por Suene Moraes
No penúltimo município atendido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) com o Projeto Barraginhas, Santa Rosa, serão atendidas 75 propriedades da agricultura familiar, distribuídas em dois assentamentos rurais. As obras iniciadas na semana passada devem ser finalizadas no próximo dia 25 e conforme o cronograma as máquinas seguem para a última cidade da região sudeste beneficiada pela a ação, Chapada da Natividade.
Assim como nas outras localidades, o Projeto é realizado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins) e atenderá as famílias do assentamento Bom Jeseus e Carajás. As barraginhas são idealizadas para que impedir que a água da chuva cause erosão e leve a terra para o leito dos rios, resultando no assoreamento, além de penetrar no solo, possibilitando assim a revitalização dos corpos hídricos.
O plano desenvolvido pelos técnicos da Semarh, segundo a secretária Meire Carreira, foi voltado para o atendimento de 17 municípios da região sudeste. “É um território em que o período é muito seco e a falta de água castiga os agricultores. As barraginhas que foram construídas no ano passado já estão ajudando agora o homem que vive no campo. É um projeto com um investimento baixo, porém de alto impacto social e ambiental”, destacou a gestora.
Municípios
Na cidade de Combinado, um dos primeiros municípios atendidos pelo Projeto e que também recebeu 200 barraginhas, a iniciativa mudou a realidade local. “Com a chuva no primeiro semestre as barraginhas guardaram água e hoje ainda tenho para irrigar minha plantação, mas me ajuda muito a matar a sede do meu gado, em anos anteriores já perdi bicho por causada seca”, explicou o produtor rural Jaci Marques de Oliveira, da Fazenda 4 Irmãos.
Já em Taguatinga o agricultor Vicente de Paula, do assentamento Ponta D’Água, relata que o córrego próximo a sua propriedade já secou. “Para que minhas criações não morram são as barraginhas que me ajudam, sem água é muito difícil. Tenho três bacias aqui na minha área que estão sendo minha salvação”, disse.
Projeto              
Ao todo estão sendo investidos em torno de R$ 2 milhões, por intermédio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, para construção de 3.564 pequenas bacias no total.
O Projeto atende ainda os parâmetros da Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015, agora chamada Agenda 2030, que engloba um conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvolvimento sustentável.
Iniciado em abril de 2016, o Projeto já atendeu até o momento 16 cidades: Taguatinga, Ponte Alta do Bom Jesus, Taipas, Arraias, Novo Alegre, Combinado, Lavandeira, Aurora do Tocantins, Novo Jardim, Rio da Conceição, Dianópolis, Porto Alegre, Almas, Natividade, São Valério da Natividade e Santa Rosa do Tocantins.

Posted On Terça, 22 Agosto 2017 14:13 Escrito por

O juiz federal Sérgio Moro e a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), trocaram um rápido diálogo nos corredores do hotel que abrigou um evento promovido pela Rádio Jovem Pan, nesta terça-feira, em São Paulo. Moro caminhava em direção à saída, cercado por seguranças e longe das câmeras, quando foi informado de que Cármen Lúcia havia chegado ao local para um painel posterior ao dele. O magistrado fez questão de cumprimentá-la, ao que travaram a seguinte conversa:

– Ministra, estou preocupado com a votação da segunda instância no Supremo _, disse o juiz da Lava Jato.

 

– Eu não mudei (o posicionamento) desde 2009_, respondeu a presidente da Corte.

 

– Não estou preocupado com o voto da senhora, mas com o de outros ministros_, devolveu Moro.

 

Ao que Cármen Lúcia o tranquilizou:

 

– Acho que você vai ter boas notícias.

 

(Em outubro do ano passado, o Supremo entendeu – por 6 votos contra 5 – que um condenado deve começar a cumprir a pena a partir de decisão da segunda instância. Porém, recentemente, o ministro Gilmar Mendes sinalizou que poderia mudar sua posição, além da chegada de outro membro à Corte, Alexandre de Moraes. Como o placar foi apertado, o caso poderia voltar a ser discutido. Se a regra fosse alterada, impactaria substancialmente a Lava Jato).

 

PMDB não perdoará ‘traição’ dos dirigentes do partido em Sergipe

A direção nacional do PMDB garante que não vai deixar barato a “pulada de cerca” do partido em Sergipe, onde dirigentes locais, com o governador Jackson Barreto à frente, bajularam Lula mais que o próprio PT, na visita eleitoral do petista condenado por corrupção. Em Sergipe, num primeiro momento, poderá haver intervenção na executiva estadual. Mas, antes, o PMDB decidiu concluir o processo disciplinar que pode resultar na expulsão de Kátia Abreu e Roberto Requião. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

 

Paparicado, Lula retribuiu chamando Jackson Barreto de “companheiro fiel”. “Temos uma história juntos”, afagou o governador.

 

Jackson Barreto colocou a proteção a Lula um aparato de segurança que os sergipanos gostariam muito de ver nas ruas.

 

Trair e coçar é só começar: a próxima “pulada de cerca” no PMDB será em Alagoas, com os Renans, pai e filho, ciceroneando o petista condenado por corrupção.

 

Deputados querem mudar o modo como você vota; entenda o que está em jogo na Câmara

O primeiro turno da votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê alterações nas eleições a partir de 2018 e a criação de um fundo público de financiamento de campanhas está marcado para acontecer nesta terça-feira (22) no plenário da Câmara, quase uma semana depois de o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrar por quorum insuficiente a sessão em que a proposta começou a ser discutida.

Sem consenso entre os deputados, o texto da proposta foi aprovado na semana passada pela comissão especial da Câmara que discutiu o tema nos últimos meses. Ainda que o plenário aprove a PEC nesta terça, as principais mudanças constitucionais previstas no texto poderão ser alteradas ou até mesmo retiradas em seguida. Isso porque os parlamentares vão passar a analisar proposições de emendas à proposta --os chamados destaques.

 

Da forma como veio da comissão, que alterou diversos pontos do texto base do relator da matéria, deputado Vicente Cândido (PT-SP), a PEC institui a adoção do modelo conhecido como "distritão" nas eleições de 2018 e 2020 e do distrital misto a partir de 2022.

 

Uma das principais medidas da proposta, a criação do fundo público, atrelado ao orçamento anual do país, deve sofrer uma alteração por conta da repercussão negativa do valor que seria destinado no ano que vem: aproximadamente R$ 3,6 bilhões.

 

A vinculação do novo fundo com as receitas tributárias do governo deve ser retirada do texto quando começar a votação dos destaques. A reportagem apurou que esta deve ser a primeira emenda votada nesta terça, fruto de um acordo de líderes com Rodrigo Maia.

 

Para entrar em vigor, a matéria precisa ser aprovada por dois terços dos deputados (308) e dos senadores (54), em dois turnos na Câmara e em dois turnos no Senado, por se tratar de uma mudança na Constituição. Caso haja qualquer mudança no texto durante essa tramitação, o processo é reiniciado.

 

Para que as mudanças passem a valer já nas eleições do ano que vem, todo o processo precisa ser encerrado no Legislativo até a primeira semana de outubro, em acordo com o princípio da anualidade. O tema é tratado hoje como prioridade no Congresso.

Posted On Terça, 22 Agosto 2017 13:47 Escrito por

A transferência foi 1 pedido do MPF (Ministério Público Federal) e determinada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Preso em julho do ano passado no âmbito da operação Sépsis, Funaro negocia acordo de delação com o MPF. O retorno para a PF é para que o operador fique à disposição da Justiça.

 

Por Fábio Serapião

 

O corretor Lucio Bolonha Funaro deixou o Complexo Penitenciário da Papuda e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal na última quinta-feira, 17, e autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, para o período que vai de hoje, 21, até a sexta-feira, 25.

Em negociação de sua colaboração premiada, Funaro deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito de seu acordo.

O corretor Lucio Bolonha Funaro deixou o Complexo Penitenciário da Papuda e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal na última quinta-feira, 17, e autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, para o período que vai de hoje, 21, até a sexta-feira, 25.

 

Em negociação de sua colaboração premiada, Funaro deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito de seu acordo.

 
Parceiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Funaro já vem prestando depoimentos no âmbito das Operações Sépsis, na qual foi preso em 1.º de julho de 2016, e na Cui Bono?.

 

Um depoimento de Funaro foi utilizado na denúncia dps los procuradores Anselmo Cordeio Lopes e Sara Moreira contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima por obstrução de Justiça.

 

Só do Grupo J&F, segundo planilha entregue pelo empresário Joesley Batista em sua delação, Funaro recebeu cerca de R$ 170 milhões nos últimos 12 anos.

 

À Lava Jato, o corretor promete explicar quais políticos participaram dos esquemas que resultaram nesses pagamentos e qual a suposta participação do presidente Michel Temer.

Posted On Terça, 22 Agosto 2017 05:45 Escrito por

 

Porto Nacional, aos 20 dias do mês de agosto de 2017

 

Em busca de apoio para sua candidatura ao governo, senadora procura o PT. Marcelo desata nós da Saúde e Temer encurralado

 

Poe Edson Rodrigues

 

Para que a senadora tocantinense Kátia Abreu seja efetivamente expulsa do PMDB, falta, apenas, a homologação pelos membros do Diretório Nacional, onde seu desafeto e alvo de duras críticas, o presidente da República, Michel Temer, tem a maioria absoluta.  Portanto, a saída da parlamentar do partido são favas contadas.

 

Kátia Abreu sempre se mostrou uma política destemida, segura dos seus desejos e obstinada e sem medo de quem quer que seja.  Mesmo com sua virtual expulsão do PMDB, não convém apostar que ela não consiga ser candidata ao governo do Estado.  Mesmo sem partido, a senadora pode considerar garantido o apoio do PT, tem em suas fileiras o PSD do seu filho Irajá Abreu, recebeu convite do senador Álvaro Dias, do Podemos, de onde receberia o comando do partido no Tocantins, no lugar de Carlos Gaguim, e deu sinais de que tem grandes possibilidades de se filiar ao PDT, garantindo, assim, um bom tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Radio e TV, que significa muita coisa, mas não é nada sem uma boa nominata de deputados estaduais e federais.

 

Fechada essa soma, Kátia ainda tem grandes possibilidades de cooptar grandes aliados, principalmente se Lula conseguir ser candidato à presidência da República.  O principal deles é o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), recentemente nocauteado pelo senador Ataídes Oliveira, presidente do PSDB estadual e pelo prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que comandaram uma debandada de sete dos nove prefeitos do PSB, esvaziando de vez a candidatura do prefeito de Palmas ao governo do Estado.

Sem os seus prefeitos e com uma imensa rejeição da classe política tocantinense, à qual chamou de “vagabundos”, só resta a Amastha o “colo” de Kátia Abreu, com a ressalva de que, para conseguir essa aproximação, deve ter que fazer um pedido público de desculpas pela sua “língua solta”.  Se for assim, fica a pergunta: quem é o “vagabundo” da história??

 

PÉ NA ESTRADA E RECEPÇÕES DIFERENTES

O governador Marcelo Miranda já iniciou sua agenda de viagens ao interior do Estado, onde já passou por Araguaína, Barrolândia e Dianópolis,  onde foi recebido com muita hospitalidade e presença popular, sempre entregando obras, assinando ordens de serviço e ouvindo as lideranças e a população locais em busca de mais elementos para o seu projeto de governo a partir de 2019.

 

Aliá, para isso, Marcelo Miranda também esteve em Brasília, onde manteve encontros com o presidente da República Michel Temer, ministros, membros da bancada federal tocantinense e representantes de entidades financiadoras, como a Caixa Econômica Federal, para garantir os recursos necessários às obras que pretende implantar, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, considerada estratégica para a economia de todo o Estado.

 

Marcelo também conseguiu o que pode ser considerado o avanço mais importante para a Saúde Pública Tocantinense nos últimos tempos, que foi a disponibilização de mais 86 leitos hospitalares no HGP, dando fim às incômodas tendas que ladeavam a edificação da unidade hospitalar, sendo que esse foi apenas o primeiro passo entre muitos avanços reservados para a área com maior demanda do governo.

O governo estadual, aliás, conquistou com muita humildade e  ações assertivas um recuo do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, que voltou a ter um relacionamento amistoso com o Executivo Estadual, como manda a democracia.

 

Por falar em viagens, o ex-presidente Lula também está com o pé na estrada, na Região Nordeste do Brasil.  A diferença é que o ex-presidente enfrentou problemas já na primeira parada, em Salvador, onde foi impedido por um juiz local de receber u título de “honoris causa”, por parte Universidade da Bahia, e precisou de uma “escolta” de militantes petistas para fugir de protestos e manifestações e foi expulso pelos freqüentadores de um restaurante onde pretendia almoçar.

 

A intenção de Lula é mostrar que, pelo menos agora, é candidatíssimo às eleições presidenciais de 2018, contando com o fato que preocupa os analistas políticos e juristas de todo o Brasil, que é o não julgamento em segunda instância da condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro, de nove anos e seis meses de prisão e o confisco de mais de 15 milhões de reais em bens. Se esse julgamento não ocorrer até o mês de maio, acontecendo depois dessa data, Lula poderá ser candidato e recorrer em pleno curso da campanha.

 

Essa condição pode transformar Lula em mártir e tumultuar o governo do eventual eleito para a presidência, coisa que tanto especialistas quanto juristas, consideram o pior cenário para o Brasil.

 

TEMER REFÉM

Enquanto isso o presidente da República, Michel Temer, está refém de um Congresso onde a maioria dos seus membros está untada pela lama que eclode da corrupção.  Alguns já condenados em primeira instância e outros como avos de investigações por corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, incluindo aí a senadora Kátia Abreu e seu filho, deputado federal Irajá Abreu.

 

Temer só vem conseguindo manter-se no poder a aprovar uns poucos pontos de suas reformas, graças ao processo escancarado de cooptação de votos, via cargos administrativos, enquanto o Congresso discute a reforma política.

 

Não importa o que seja aprovado, de distritão, distritão misto, se três bilhões de reais para o fundo partidário, o que importa, agora, para Temer é ganhar musculatura política, adquirir gordura e conquistar reforços, utilizando-se, inclusive, da força da “caneta” no Diário da União, para agraciar apoiadores e defenestrar infiéis.

 

Pelo menos em relação ao Diário Oficial, achamos que esse também é o caminho para Marcelo Miranda “reconfigurar” o seu governo.

Assim eu vejo....

Posted On Domingo, 20 Agosto 2017 07:16 Escrito por

 

Investigação confirma aposentadoria irregular de Dilma

Na manhã de 1 de setembro de 2016, o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas e uma secretária pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff entraram pela porta dos fundos de uma agência da Previdência na Asa Sul, em Brasília. No dia anterior, o Senado havia formalmente cassado o mandato de Dilma Rousseff.

Gabas, já ex-ministro do moribundo governo petista, chamou a atenção dos funcionários da agência ao surgir na porta e logo se isolar na sala do chefe da agência. O que o ex-ministro da Previdência faria ali? Vasculhando o sistema do INSS, um grupo de servidores logo descobriu algo errado: no intervalo de poucos minutos que o ex-ministro e a secretária de Dilma estiveram na agência, o processo de aposentadoria da ex-presidente foi aberto no sistema e concluído sigilosamente. Graças ao lobby de Gabas e a presença da secretária, que tinha procuração para assinar a papelada em nome da petista, em poucos minutos, Dilma deixou a condição de recém-desempregada para furar a fila de milhares de brasileiros e tornar-se aposentada com o salário máximo de 5 189 reais. Ao tomar conhecimento do caso, o governo abriu uma sindicância para investigar a concessão do benefício.

Nesta sexta-feira, VEJA obteve as conclusões dessa investigação. No momento em que o PT trava uma luta contra a reforma da previdência, os achados da sindicância não poderiam ser mais desabonadores à ex-presidente petista. Segundo a investigação, aposentada pelo INSS desde setembro do ano passado, Dilma Rousseff foi favorecida pela conduta irregular de dois servidores do órgão que manipularam o sistema do INSS para conseguir aprovar seu benefício e ainda usaram influência política para conseguir furar a fila de benefícios.

Despacho assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, aplica punições ao ex-ministro Carlos Gabas, responsável por Dilma ter furado a fila do INSS, e à servidora Fernanda Doerl, que manipulou irregularmente o sistema do INSS para regularizar o cadastro da petista.

Por ter usado da influência de ex-ministro da Previdência para furar a fila de agendamentos do INSS a fim de acelerar o processo de aposentadoria de Dilma, Carlos Gabas foi suspenso do serviço público por 10 dias. Servidor de carreira do órgão, Gabas está cedido para o gabinete do petista Humberto Costa (PE), líder da minoria no Senado. Com a punição assinada pelo ministro Osmar Terra, ele não poderá trabalhar nesse período e terá o salário descontado em folha. “As apurações demonstraram que as ações do indiciado (Gabas) contribuíram para agilizar a concessão do benefício, assegurando seu deferimento em condições mais favoráveis ou benéficas que o usual”, registra o relatório final da sindicância: “O servidor atuou como intermediário junto à repartição pública, fora das exceções permitidas em lei, em atitude incompatível com a moralidade administrativa”, complementa

 

Para aliados, impasse no PSDB e críticas do centrão ao Planalto ameaçam a governabilidade de Temer

A junção dos cacos da cena política forma um retrato que inspira cuidados ao presidente Michel Temer. Se a ala que apoia o governo derrubar Tasso Jereissati da presidência do PSDB e preservar seus quatro ministros, o tucano cairá atirando — e o centrão continuará com fome de cargos. Se Temer, por sua vez, decidir sacar o partido da Esplanada, poderá contemplar os parceiros que lhe restam, mas ficará cada vez mais refém de siglas que têm o fisiologismo como gene dominante de seu DNA.

Para dirigentes de grandes partidos, o cenário é movediço e aponta para uma dificuldade crescente da manutenção da governabilidade no Congresso — e isso em meio à expectativa de uma segunda denúncia de Rodrigo Janot.

Presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (MG) se recolheu em meio à confusão que tomou conta de seu partido. Disse a aliados que usaria o fim de semana para pensar sobre o que iria fazer. Não cogita, por enquanto, renunciar ao posto na sigla e antecipar a escolha de novo dirigente.

Tucanos acreditam que até o início da próxima semana Tasso se convencerá de que o melhor será pedir para sair da presidência. Há uma ala no partido tentando mostrar ao senador que ele é “muito maior do que uma interinidade”.

Hoje, o mais cotado para assumir o posto é o deputado Giuseppe Vecci (GO).

 

As manobras petistas na PGR

Há duas semanas, a futura chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, foi procurada por emissários da Lava Jato de Curitiba. Na bagagem, os integrantes da maior operação de combate à corrupção da história recente do País levaram uma denúncia. No epicentro do escândalo, a entourage do ainda procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o relato, há cerca de um ano e meio, Janot e sua equipe desenvolveram um roteiro paralelo às investigações da Lava Jato com o objetivo de favorecer o PT e seus principais líderes. Nos últimos dias, sem a anuência da turma de Curitiba, o grupo do procurador-geral resolveu protelar a homologação da delação da OAS, cujo conteúdo – “nitroglicerina pura” para Lula e o PT – já está à disposição da PGR para ser encaminhada ao STF há mais de 10 dias, para dar prioridade máxima à conclusão de forçados acordos com o ex-deputado Eduardo Cunha e o doleiro operador do PMDB, Lúcio Bolonha Funaro. O objetivo da ação seria o de fortalecer uma suposta nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Os aliados de Janot querem, a qualquer preço, que as delações de Funaro e Cunha envolvam Temer e a cúpula do PMDB, mesmo que para isso tenham que agir ao arrepio da lei.

Os interlocutores de Raquel Dodge enxergam nos métodos nada ortodoxos do time de Janot um movimento claro, objetivo e muito bem direcionado, mas de fins nada republicanos: um esquema montado e conduzido pelo procurador-geral da República destinado a favorecer o ex-presidente Lula e os principais líderes petistas nos processos em que são alvos. Ou seja, as delações da OAS que comprometem definitivamente Lula e Dilma e narra detalhes sobre o tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, casos em que o ex-presidente já é réu, ficam para as calendas. Já as delações ainda sem provas concretas que possam comprometer o presidente Temer e seus aliados são aceleradas. Há quinze dias, um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato sediado no Rio Grande do Sul já havia feito desabafo sobre o esquema do PT no Ministério Público a um ministro do STJ. O encontro ocorreu no saguão de embarque do aeroporto de Brasília. “Agora se sabe que a operação montada por Janot só não dominou completamente a Lava Jato porque houve uma forte resistência do pessoal de Curitiba”, sapecou.

O esquema funciona desde meados de 2015, com momentos de maior e menor intensidade. Ganhou musculatura depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e, nas últimas semanas, enfureceu os procuradores e agentes federais hoje mais alinhados com o coordenador da força-tarefa do MPF, Deltan Dallagnol. O estopim foi a maneira como se desenrolaram as tratativas para a delação de Eduardo Cunha. O acordo estava sendo negociado havia mais de três meses. São cerca de 100 anexos, que comprometem 20 políticos entre parlamentares e governadores. Os procuradores de Curitiba sustentam que já têm provas suficientes para apontar Cunha como chefe de uma organização criminosa e afirmam que o que ele está revelando agora já está bem caracterizado nas investigações da Lava Jato. Portanto, são contra oferecer ao deputado os benefícios da delação premiada. Apesar disso, os procuradores ligados a Janot procuram, desde julho, convencer Cunha a informar sobre uma conta ou um truste mantido em paraíso fiscal que pudesse ter ligação com o presidente Michel Temer e chegaram a oferecer ao ex-presidente da Câmara a possibilidade de ser colocado em liberdade até o final do ano. Como o peemedebista não trouxe à luz fatos que se enquadrassem às conveniências do grupo de Janot, na segunda-feira 14, os advogados de Cunha receberam a notícia de que as negociações estavam encerradas. Na última semana, procuradores próximos à futura comandante da PGR manifestaram que delações obtidas pelo esquema de Janot poderão ser alvo de revisões, o que será possível apenas com a anuência do Supremo Tribunal Federal. “Embora tenha sido indicado pelo PT e não esconda suas simpatias pelo partido, não acreditamos que o ministro Fachin, responsável por acompanhar a Lava Jato no STF, compactue com esse tipo de coisa”, afirmou um procurador ligado à Raquel Dodge na terça-feira 15.

 

Doria: ministros do PSDB devem continuar no governo

O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) comparou as reações contrárias de políticos tucanos à propaganda do partido, que aumentaram a tensão e a cisão dentro da sigla, a "caneladas" em um jogo de futebol entre amigos. Ele afirmou, ainda, após participar da cerimônia de inauguração do SESC 24 de maio, que o PSDB não saíra fissurado desse episódio, mas fortalecido e mais próximo das demandas da população.

"Quando você disputa uma partida de futebol entre amigos em um sítio, de um lado ou de outro, sempre tem uma 'caneladazinha' ou uma machucadura, mas depois todos se reúnem em torno da pizza ou de um bom churrasco. No PSDB é assim, ninguém se odeia. As pessoas têm posições distintas, mas são do bem".

Doria se referia às críticas dos ministros tucanos Bruno Araújo, Antônio Imbassahy e Aloysio Nunes ao programa do partido, que foi exibido na noite de quinta-feira (17), e causou desconforto ao fazer críticas indiretas ao governo Temer. Segundo ele, os ministros fazem um bom trabalho e devem continuar no governo.

"Eles devem manter sua posição. Agora estamos na fase da estabilidade para proteger as reformas. Participar ativamente para a reforma trabalhista seja aprovada o mais rápido possível e na sequência reabrir o debate sobre a reforma previdenciária, finalizar dentro do prazo a reforma política pelo menos com vista às eleições do ano que vem e iniciarmos o período no Congresso debatendo a reforma tributária", disse, apesar de a reforma trabalhista já ter sido aprovada e sancionada.

Segundo Doria, o senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB e apontado como responsável pela propaganda, reforçou que a peça não era uma crítica direta a Temer ou a seu governo. Os dois estiveram juntos ontem em um evento com empresários em Fortaleza.

Doria também negou que seja contraditório criticar o presidencialismo de cooptação e continuar no governo. "A crítica é sempre construtiva, não é separatista. Não há ruptura, há um entendimento de que podemos melhorar, mas sempre com serenidade e equilíbrio."

Na cerimônia de inauguração da nova unidade do SESC, o prefeito afirmou que em breve vai anunciar um amplo projeto de revitalização do centro.

 

Bolsonaro viaja o país bancado pela Câmara

Pré-candidato à Presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem viajado pelo país com passagens aéreas bancadas pela Câmara para participar de atividades políticas. Em um primeiro momento, a assessoria do deputado afirmou que os deslocamentos eram pagos por Bolsonaro do próprio bolso. Depois, confrontada com a prestação de contas da cota parlamentar, a assessoria disse que as atividades têm relação com o mandato.

Os deputados federais têm direito a reembolso de despesas com passagens aéreas desde que exclusivamente vinculadas ao exercício da atividade parlamentar. A cota de Bolsonaro é de R$ 35,7 mil por mês.

Segundo a prestação de contas, o gabinete de Bolsonaro emitiu, em julho, passagens para o deputado viajar de Brasília para Campo Grande (MS), por R$ 804, e retornar ao Rio, por R$ 915. Ele foi recebido por uma multidão aos gritos de “Bolsonaro presidente”, mas disse que a viagem não tinha conotação eleitoral.

Em maio, o gabinete emitiu passagens de Brasília para Florianópolis (SC), por R$ 571, de Navegantes (SC) para o Rio, a R$ 1.179, de Brasília para Londrina (PR), por R$ 568, e de Maringá (PR) para o Rio, a R$ 1.097. Nas viagens, Bolsonaro fez palestras.

 

Posted On Domingo, 20 Agosto 2017 06:48 Escrito por
Página 721 de 922