O Orçamento da União para 2020 foi liberado e, associado ao fim das férias forenses, os competentes fiscais do povo – Ministérios Público Federal e Polícia Federal – poderão empenhar diárias, planejar custos de deslocamentos aéreos e terrestres e, a qualquer momento, dar continuidade às operações para concluir investigações em todo o território Brasileiro, inclusive no Tocantins.
Por Edson Rodrigues
Ou seja, está chegando a hora da população tocantinense voltar a acompanhar as operações em território tocantinense e, com tristeza, ver revelados os nomes dos homens públicos que se deixaram levar pelo caminho torto da perversidade e da corrupção, tirando dinheiro da Saúde de forma impiedosa, sem nenhum remorso. Recursos que se tivessem chegado à sua destinação final, poderia ter salvo a vida de milhares de pessoas, que poderiam estar com seus familiares neste momento.
Dinheiro que se tivesse chegado ao seu destino final, poderia ter virado asfalto, pavimentação e, principalmente pontes, mais precisamente 170 pontes, das quais, pelo menos, 30 nem chegaram a ser construídas, mas custaram 1,4 bilhões de reais não só aos cofres públicos, mas aos bolsos do público, da população.
QUE FIQUEM OS EXEMPLOS
Os prejuízos que as patifarias da corrupção trouxeram ao Tocantins são, apesar de contáveis, incalculáveis em termos de projeção do que o nosso Estado poderia ser hoje em termos de infraestrutura, Saúde, Educação, Transportes, Segurança Pública, Assistência Social, enfim, em todos os setores da administração estadual, e como o Estado está, tendo que depender de ações impopulares, deixar servidores exonerados para voltar a se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal em busca de liberação de empréstimos com organismos federais para fazer obras.
Muitos dos tocantinenses que se deixaram envolver pelas garras da corrupção tinham ótima relação com os profissionais da área da comunicação, mas, independente da amizade, nós, como dirigentes de veículos de comunicação, não podemos ser omissos, muito menos coniventes, senão estaríamos fazendo tanto mal ao povo tocantinense quanto aqueles que prevaricaram do alto de seus cargos públicos. Nosso papel é noticiar, comunicar, deixar a população a par dos fatos, por piores que sejam.
Felizmente, pela ação dos órgãos investigativos como a Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Federal e a Justiça Federal, essas pessoas que foram fracas, iludiram o povo tocantinense e chafurdaram na lama da corrupção, estão obtendo como “lucro” de suas ações, temporadas atrás das grades, vergonha pessoal e familiar, condenações, bloqueio de bens e a “extrema unção” de suas carreiras públicas.
Esse é o exemplo que fica para as pessoas, homens e mulheres que estão entrando ou fazem parte da vida pública, para que reflitam se realmente vale à pena cometer crimes de corrupção.
QUE SE PASSE A LIMPO
Apesar de ser o Estado mais novo da federação, o Tocantins, como já nos envergonhamos em dizer várias e várias vezes, é o campeão em número de operações policiais de combate à corrupção. A política de nosso Estado tem a fama de ser uma espécie de “escola de corrupção, com métodos e modus operandi próprio, avançados.
Foram – e, infelizmente ainda serão – dezenas de operações realizadas pelos mais diversos órgãos investigativos federais e estaduais em combate à corrupção no Tocantins, com um ótimo trabalho desenvolvido pelos valorosos agentes federais, homens e mulheres imbuídos de fazer cumprir a Lei seja de qual escalão for o infrator. Graças a eles, está chegando a hora de muitos contraventores prestarem contas à Justiça Federal e Estadual.
Aos homens e mulheres do nosso competente Ministério Público Estadual cabem milhares de processos investigativos de corrupção, que envolvem desde desembargadores, ex-governadores, detentores de mandatos nos diversos legislativos municipais, dezenas de prefeituras e outros órgãos coligados, e, agora, ficar atentos aos novos acontecimentos e processos que chegarão às suas mãos com as novas ações que terão lugar no Tocantins.
A liberação do Orçamento, como já dissemos, vai redundar em novas operações. A qualquer momento a Polícia Federal pode estar “acordando” políticos, empresários, agentes públicos e qualquer classe de cidadãos que tenha se atrevido a usar dinheiro do povo para benefício pessoal.
Nossa população aplaudirá todas essas operações como aplaudiu as demais. O povo cansou de estar nas mãos de gente incapaz de pensar no próximo na hora que vê dinheiro e infalível na hora de ludibriar, convencer e enganar os eleitores.
Basta de corrupção. Que o Tocantins seja passado a limpo!
Até breve...
Votaram por manter decisão do ministro Celso de Mello 170 deputados; eram necessários 257 votos. Parlamentar foi denunciado pela PGR por corrupção e organização criminosa. Ele nega
Com Ag, Câmara e G1
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (5) o afastamento do deputado Wilson Santiago (PTB-PB) determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Assim, o parlamentar pode voltar a exercer seu mandato, pois perde validade a medida cautelar do Supremo que o afastou em dezembro do ano passado.
Foram 233 votos a favor do parecer do relator, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que foi contrário ao afastamento. Outros 170 deputados votaram por manter o afastamento de Wilson Santiago. Para manter a decisão do ministro do STF, seriam necessários 257 votos a favor do afastamento (contra o parecer do relator).
Em seu voto, Ramos destacou que foi julgado apenas o afastamento de Santiago e, em razão dos fatos apurados e da denúncia oferecida pelo Ministério Público, recomendou a abertura de processo contra Santiago no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.
Pés de Barro
O deputado Wilson Santiago é um dos investigados da operação Pés de Barro, da Polícia Federal, sobre superfaturamento em obras da adutora Capivara, no interior da Paraíba, que envolveriam crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa.
Segundo a Polícia Federal, as obras foram contratadas por R$ 24,8 milhões e teria havido distribuição de propinas no valor de R$ 1,2 milhão. Na mesma operação, foi preso o prefeito de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes (PSDB).
Defesa
O advogado de defesa do deputado Wilson Santiago, Luis Henrique Machado, chamou de inconstitucional a decisão do ministro Celso de Mello, que afastou o parlamentar do mandato.
Machado afirmou que Santiago está sendo objeto de um “definhamento midiático” diante do levantamento do sigilo das investigações antes do acesso da defesa. “Só tivemos acesso no dia 28 de janeiro, tivemos agora o recesso, e os blogs da Paraíba estão dando notícia das decisões”, criticou.
Decisão
Em votação anterior, o Plenário confirmou, por 407 votos a 5, decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que serão necessários 257 votos a favor do afastamento de um deputado para manter esse tipo de medida cautelar determinada por ministro do STF.
Deputado Marcelo Ramos (PL-AM), defendeu a revogação da medida, determinada no mês passado pelo ministro Celso de Mello
Ao ler sua decisão, Maia ressaltou que o quórum sempre deve ser a favor do exercício do mandato popular, tomando como exemplo o que ocorre com a suspensão de prerrogativas em estado de sítio e na perda de mandato.
Não há uma tradição na Casa de se colocar em votação decisões da Presidência da Câmara, mas como se trata de uma questão sem previsão explícita na Constituição ou no Regimento Interno, Rodrigo Maia decidiu colocar em votação o tema.
Outro quórum
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) questionou o fato de o único trecho da Constituição que faz referência à suspensão de prerrogativas de mandato citar o quórum de dois terços dos membros para essa finalidade. O dispositivo constitucional se refere à suspensão da imunidade parlamentar durante estado de sítio.
“Estamos correndo o risco de definir um quórum mais baixo que o estipulado para situação semelhante”, defendeu Silva.
Em resposta, Rodrigo Maia lembrou que o próprio Supremo decidiu pelo quórum de maioria absoluta, seguindo o quórum de outro trecho da Constituição relacionado à reversão da prisão em flagrante.
Fábio Trad, (PSD-MS), que era favorável a decisão do STF
“Na própria votação da perda de mandato com a perda dos direitos políticos também é maioria absoluta. Então, esse é o encaminhamento correto, que dá proteção ao mandato de forma correta, respeitando também a Constituição e a decisão do Supremo Tribunal Federal”, afirmou Maia.
Troca da relatoria
O objetivo foi em obter um relatório favorável à manutenção do mandato de Santiago, contrariando determinação do ministro Celso de Mello. Foi afastado o deputado Fábio Trad, (PSD-MS), que era favorável a decisão do STF, e em seu lugar o presidente Rodrigo Maia determinou como relator o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), defendeu a revogação da medida, determinada no mês passado pelo ministro Celso de Mello.
Investigação da PF contra deputado flagrou 11 entregas de propina na PB
Wilson Santiago foi afastado da Câmara dos Deputados, mas nega ter recebido propina. João Bosco Fernandes, prefeito de Uiraúna, foi preso. Defesa do gestor ainda não se pronunciou. Cidade sofre com problema crônico de falta de água. Veja reportagem em vídeos da rede Globo e da PF dobre o caso da A operação Pés de Barro, deflagrada pela Polícia Federal.
Para ministro, complexidade do instituto "reclama reunião de melhores subsídios".
Com Agências
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, decidiu hoje (22) suspender a aplicação do mecanismo do juiz de garantias pela Justiça, até o plenário da Corte julgar o mérito da ação.
A decisão anula liminar proferida pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que, na semana passada, suspendeu a aplicação das regras por seis meses. Toffoli chegou a criar um grupo de trabalho no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também é presidido por ele, para discutir a implementação do juiz de garantias.
A decisão de Fux foi motivada por nova ação protocolada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp). Para a entidade, a medida deveria ser suspensa até o julgamento definitivo por violar princípios constitucionais.
A suspensão vale até o julgamento de mérito da ação pelo plenário da Corte, que não tem data para ocorrer.
Fux ocupa interinamente a presidência da Corte no período de férias de Toffoli até 29 de janeiro.
Entenda
A adoção do juiz de garantias estava prevista para entrar em vigor no dia 23 deste mês, conforme o pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro.
Entre diversas alterações no Código de Processo Penal (CPP), o pacote anticrime (Lei 13.964/2019) estabeleceu o juiz de garantias, que é o magistrado que deve atuar na fase de investigação criminal, decidindo sobre todos os pedidos do Ministério Público ou da autoridade policial que digam respeito à apuração de um crime, como, por exemplo, quebras de sigilo ou prisões preventivas. Ele, contudo, não poderá proferir sentenças.
De acordo com nova a lei, a atuação do juiz de garantais se encerra após ele decidir se aceita eventual denúncia apresentada pelo Ministério Público. Caso a peça acusatória seja aceita, é aberta uma ação penal, na qual passa a atuar outro juiz, que ficará encarregado de ouvir as partes, estudar as alegações finais e proferir uma sentença.
A divisão de tarefas é elogiada por advogados criminalistas, que veem no juiz de garantias um avanço para a imparcialidade dos julgamentos. No entanto, alguns magistrados e autoridades, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, criticam a adoção do juiz de garantias como previsto na lei, e apontam dificuldades operacionais e orçamentárias para a sua implementação, que veem como desnecessária no momento, além de minar o poder dos juízes de primeira instância.
"A complexidade da matéria em análise reclama a reunião de melhores subsídios que indiquem, acima de qualquer dúvida razoável, os reais impactos do juízo das garantias para os diversos interesses tutelados pela Constituição Federal, incluídos o devido processo legal, a duração razoável do processo e a eficiência da justiça criminal."
Aos onze dias do mês de janeiro de 2020
Por Edson Rodrigues
Nesta última quinta-feira, nove de janeiro, uma entrevista do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, publicada por um veículo de comunicação, provocou uma resposta imediata do governador Mauro Carlesse.
Fatos assim, provocação e reação, são corriqueiros na política. O problema é o nível que tanto Dimas quanto Carlesse impuseram ao “debate”, da forma mais rasa possível, com acusações e insinuações, ao invés de propostas e soluções dos problemas que ambos apontaram.
Enquanto Dimas insinuou que o governo do estado “está em sérias dificuldades em viabilizar recursos federais e pagar a folha do funcionalismo”, afirmando, ainda que “o governo de Carlesse não tem nem nível para ser classificado”, Carlesse foi direto ao ponto, desmentindo as dificuldades financeiras, afirmando que o governo está pagando em dia seus funcionários e terminou acusando Dimas de tomar para si obras realizadas pelo governo do Estado em Araguaína, inclusive um tal de “buracão”, no qual Dimas “cairia dentro, se o governo do Estado não tivesse consertado”.
O povo não gosta mais desse tipo de discussão, de acusações, de denuncismo e de troca de farpas. O povo quer ouvir propostas e planos de governo, soluções para suas demandas e afirmações de que o Estado e sua cidade vão rumar para o progresso. Uma discussão assim, não tem vencedores, apenas perdedores e, o pior, é que o povo e a cidade também entram no grupo dos perdedores.
MOMENTO DE TRÉGUA
Ao invés de ficarem se digladiando verbalmente, em um tom abaixo da crítica, o momento é de baixar as armas, afinal, ninguém sabe, ainda, como será a composição dos grupos políticos que disputarão as eleições de outubro deste ano, muito menos as de 2022.
Antecipar o embate, principalmente entre os dois maiores expoentes políticos do Executivo tocantinenses, é optar por virar vidraça para os adversários e armá-los com munições que antes eles não tinham.
Araguaína é o segundo maior colégio eleitoral do Tocantins, com grande influência nos resultados das eleições majoritárias, como as que vão acontecer em 2022. Tanto para Dimas quanto para Carlesse, não será um bom negócio ter suas imagens maculadas por um bate-boca desnecessário ante aos eleitores que já não estão muito satisfeitos com o modus operandi da política tocantinense.
O momento é de trégua, não de embate.
LIDERANÇAS
Tanto Ronaldo Dimas quanto Mauro Carlesse são lideranças expoentes na política tocantinense e estão, hoje, em lados opostos, obviamente, distanciados e com uma convivência apenas institucional.
Em situações como esta, nem Dimas deveria ter baixado o nível em sua entrevista muito menos Carlesse ter seguido o mesmo tom. Os dois ocupam cargos importantes e deveriam da o exemplo tanto para os demais políticos quanto para a população, de que o nível da prática política do Tocantins mudou para melhor. Dimas foi infeliz em suas colocações e Carlesse perdeu a oportunidade de se mostrar acima desse tipo de política, ignorar as provocações e mostrar tudo o que já fez por Araguaína e pelo Tocantins.
Quem mais perdeu com esse bate boca foi a população de Araguaína, que achava que tinha um bom prefeito, mas descobriu que apesar de bom, Ronaldo Dimas ainda prefere o jogo da velha política.
Esse estremecimento, essa troca de farpas entre o prefeito de Araguaína e o governador do Estado tem que ter um fim, antes que o povo de Araguaína comece a sofrer com esse “cabo de guerra”.
NOSSA OPINIÃO
Ser e fazer oposição a um governo é a parte mais saudável de qualquer democracia. O problema é que existem os momentos certos para colocar essa oposição em prática. A provocação de Dimas e a reação de Carlesse acabaram por antecipar o processo eleitoral municipal e, por conseqüência o processo eleitoral majoritário de 2022.
A hora que os dois escolheram para digladiar via imprensa é errada e ruim para os dois, a partir do momento em que há a probabilidade de um precisar do outro até 2022 e, sem uma convivência ao menos institucional entre Dimas e Carlesse, uma aproximação se torna impossível.
Conhecendo bem a política, sabemos que ela não é exata como a matemática e dois mais dois pode não ser quatro. Antecipar os processos sucessórios pode fragilizar a convivência meramente institucional entre Dimas e Carlesse, e como líderes que são, os dois devem, imediatamente, calçar as sandálias da humildade e buscar um mínimo de entendimento, como fazem os grandes líderes políticos.
MANDELA
Quem acompanha a história já viu vários exemplos de políticos e opositores venais se unirem por uma causa nobre. Hoje, a história de Nelson Mandela está fazendo sucesso na televisão brasileira em uma minissérie. Mandela ficou preso por 27 anos por ser opositor – e negro – ao regime sul africano. Quando foi solto, com a maioria da população do país formada por negros, candidatou-se à presidência e foi eleito por maioria esmagadora.
Ao invés de se vingar do tempo de cárcere e dos anos de discriminação do governo branco em relação á população negra, uniu o país, aproveitou o que cada lado – brancos e negros – tinha de melhor, e fez da África do Sul a maior potência econômica do continente africano e ficou por quase uma década no poder.
OUTROS EXEMPLOS
Mais perto do Tocantins, temos os exemplos de Ronaldo Caiado e de Iris Rezende. O primeiro oriundo da UDN e da Arena. O segundo um dos líderes do PMDB – hoje MDB.
Adversários históricos, Caiado, hoje, é governador de Goiás e Iris prefeito de Goiânia, mas colocaram seus posicionamentos políticos antagônicos de lado, e se uniram pelo bem da capital do Estado de Goiás, que é a mola propulsora de todo o estado goiano.
No Tocantins, tivemos o saudoso João Cruz, o João do Povo, modeba de carteirinha, que se uniu à José Wilson Siqueira Campos, que se uniram em uma chapa majoritária quando o Tocantins precisou que todos remassem para o mesmo lado, e se elegeram para impulsionar o progresso do nosso Estado.
Hoje, temos o senador Eduardo Gomes, eleito o mais bem votado do Estado pelo Solidariedade, mas que, após eleito, filiou-se ao MDB para ter mais poder de influência no Senado Nacional e, hoje, é o segundo secretário da Mesa Diretora da Casa de Leis, líder do governo do presidente Jair Bolsonaro e relator setorial do orçamento do ministério do Desenvolvimento Regional, e vem atuando em benefício do Estado do Tocantins, sem olhar a cor partidária dos prefeitos, carreando recursos para todos os municípios, preocupando-se apenas com o povo tocantinense.
Em conversa reservada com um aliado do governador Mauro Carlesse, nos foi confidenciado que ele já estaria farto de mentiras, ilações e insinuações maldosas sobre o seu governo e que nenhuma delas – como a de Ronaldo Dimas – ficaria sem resposta: “para cada tapa que levarmos, daremos dez”, afirmou.
Segundo esse aliado, mesmo organizando as finanças do Estado, pagando o funcionalismo em dia, recuperando as rodovias, investindo na Saúde e na Educação, o governo ainda é alvo de críticas: “não vamos mais apanhar calados. Já chega”
Tomara que os “dez tapas” sejam amostras das ações do governo e dos resultados alcançados.
Oremos!
Ministério Público Federal e Estadual, Polícia Federal, Polícia Civil, nada disso parecia impedimento para os malfeitores que, se não estão presos, podem ser, após delações
Por Edson Rodrigues
Não importa o tamanho do colégio eleitoral. Nas eleições de outubro deste ano o eleitor vai estar pronto para participar efetivamente do processo eleitoral, principalmente nas cidades que sediam veículos de comunicação, como Rádios, TVs, Jornais impressos, blogs de notícias e onde as redes sociais são mais ativas.
Palmas, Araguaína e Gurupi estão nesse grupo seleto, onde os eleitores assumirão o papel de eleitor-cidadão, e vão exercer a função de protagonistas das eleições, participando e presenciando debates, ficando atentos ás redes sociais e às operações policias.
Em hipótese alguma, pode o eleitor-cidadão assumir a condição de sujeito meramente coadjuvante no processo eleitoral, pois sua atuação, longe de ser um simples dever, é um direito efetivo de participação ativa e direta na formação de um governo legítimo e democrático, fazendo valer, com precisão e perspicácia, a tão propalada norma constitucional segundo a qual todo poder emana do povo.
A par disso, quando se pensa no processo eleitoral, embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos estatais (Poder Judiciário, Ministério Público e polícia), não se pode esquecer de que todo esse espetáculo se dirige especialmente ao mais importante dos sujeitos, o eleitor-cidadão.
Não é à toa que se utiliza essa denominação: eleitor-cidadão. Essa xpressão assume importante caráter quando se percebe que, por um lado, chama-se de eleitor aquele que comparece livre e conscientemente às urnas para registrar seu voto, e, por outro lado, chama-se de cidadão aquele que tem o poder-dever de fiscalizar as eleições.
Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor, porém este não pode descartar outros artifícios que, no curso do processo eleitoral, podem garantir, de forma mais eficaz, a lisura e a legitimidade da disputa, especialmente porque não seria razoável aguardar até o dia da votação para tomar alguma providência contra aqueles que macularam o pleito.
PESQUISAS
O Paralelo 13 teve acesso a várias pesquisas de consumo interno encomendadas por diversos partidos e grupos políticos, e as conclusões levam a crer que os eleitores, em sua maioria, ainda tem candidato a prefeito e a vereador, enquanto outros tantos ainda estão indecisos e os votos brancos e nulos beiram a mesma margem das eleições passadas.
Isso só aponta que ainda há muito território a ser conquistado, muita coisa a ser feita e muitas situações a serem mudadas, ou seja, ainda há muita água pra passar embaixo da ponte.
TODO CUIDADO É POUCO
Imaginem-se as seguintes situações: a) um eleitor-cidadão presencia o momento em que um candidato ofereceu ou prometeu dar dinheiro em troca dos votos dos moradores da comunidade em que reside; b) tem notícia de que a diretora da escola pública de seu bairro se reuniu com os pais de alunos para dizer que as matrículas de seus filhos seriam canceladas se eles não votassem em determinado candidato; c) depara-se com uma carreata de campanha em que se utilizavam veículos da prefeitura em prol do candidato à reeleição; etc.
É evidente que qualquer pessoa, em sã consciência, compreende que todas as práticas acima elencadas são ilícitas. Não seria difícil documentar essas ilicitudes, por exemplo, por meio de gravações de áudio, vídeo, fotos, etc. Sem falar que o próprio testemunho daquele que presenciou o ilícito se mostra bastante útil.
Munido de documentos ou somente de palavras, o eleitor-cidadão, antes mesmo do dia da votação, é livre para dar a notícia de fatos ilícitos ao juiz eleitoral, ao membro do Ministério Público e à autoridade policial, a fim de que seja iniciado o procedimento oficial que pode implicar a cassação do registro de candidatura ou do diploma daquele que cometeu a infração, podendo este até ser preso se a conduta configurar crime.
É por isso que se faz necessários que todos os candidatos e grupos políticos se municiem de assessorias jurídicas exclusivas e especializadas para que lhes orientem, candidato e equipe, evitando o cometimento de crimes eleitorais, dos mais simples aos mais elaborados.
A ajuda do eleitor-cidadão, sem dúvida, representa um grande reforço na luta contra os candidatos mal-intencionados que, sem o intuito de agir em prol da coletividade, buscam alcançar um cargo eletivo apenas para satisfazer seus interesses pessoais.
Nesse contexto, o afinco de cada eleitor-cidadão na fiscalização das eleições tem uma importância incalculável para o futuro seu e de toda a sociedade. Essa compreensão deve estar presente no pensamento de todos aqueles que desejam ter uma vida melhor, tornando possível o alcance de um importante degrau na escala de evolução do processo democrático do nosso país.
Vale lembrar que no Tocantins prefeitos, senadores e governadores já perderam mandatos por crimes praticados em campanhas, como uso da máquina pública ou abuso de poder econômico.
As novas regras eleitorais para 2020 já foram publicadas no Diário oficial da União, em dezembro, e já estão valendo. Juntando os perigos com os eleitores “Judas” com o desconhecimento das normas, todo cuidado é pouco para não cair em armadilhas.
ONDE OS “CORONÉIS” AINDA MANDAM
Os municípios com até cinco mil eleitores, onde a figura dos “coronéis” persiste, são uma situação á parte desse período eleitoral. Os coronéis são presidentes de partidos, líderes políticos ou apenas “manda-chuvas” nessas cidades.
Na maioria das vezes são pessoas de posses, afortunadas, com compadres e comadres, que transformam a disputa eleitoral em verdadeiros plebiscitos. Os contra e os a favor, dificilmente em três candidaturas. Quando uma terceira candidatura existe, na grande maioria dos casos, são dissidentes dos dois grupos dominantes, sem força política para enfrentar os “tradicionais”.
Geralmente, nesses municípios, as disputas se dividem entre dois palanques e os votos são disputados milimetricamente, pois as famílias dominantes se alternam no poder, transformando a parte derrotada em “gafanhotos” das folhas de pagamento, pois, mesmo fora do poder, mantêm cargos no Executivo, pois a economia local depende exclusivamente das prefeituras, dos empregos públicos.
Muitas vezes, essa situação coloca maridos e esposas – muitos deles ex-prefeitos e ex-primeiras-damas – em lados opostos, por pura conveniência econômica. Nesses municípios, as pesquisas apontam números grandes de eleitores “indecisos” e muitos votos nulos ou em branco, pois quem é da oposição, mas está no poder, jamais, nem pra um mero pesquisador, vai responder quem realmente apóia.
Isso coloca os institutos de pesquisa sérios em maus lençóis, pois os resultados nunca batem com as conclusões e análises.
A cada quatro famílias, pelo menos três têm parentes trabalhando na prefeitura e, na hora das pesquisas, opta pelo voto em branco, mesmo tendo, desde sempre, seu candidato. Isso acontece, também com as mulheres que trabalham em casa, pois jamais colocarão em risco os empregos de seus maridos.
Nesses locais a juventude sai na frente no quesito informação, conectada à redes sociais e sem estar filiado a nenhum partido, os jovens entre 16 e 22anos acabam por influenciar os votos de suas famílias por estarem mais a par da situação política local, estadual e nacional, deixando para os religiosos, os médicos, os padres, pastores e professores no papel de “cabos eleitorais” dos “coronéis”.
ASSENTAMENTOS
Os assentamentos do Incra em território tocantinense são outros pontos com baixa assertividade das pesquisas eleitorais.
Esquecidos pelos poderes públicos municipal e estadual, sem nenhum tipo de auxílio social, com estradas ruins, sem energia e sem infraestrutura após o fim dos governos petistas que os tratavam a pão-de-ló, os assentados perderam as cestas básicas, os financiamentos das lavouras, a distribuição de tratores e sementes, e se sentem, obviamente, abandonados.
Os assentados querem, sim, participar dos processos sucessórios municipais, principalmente os assentados nos 16 principais municípios tocantinenses, como Palmas, Porto Nacional, na região de Araguaína. São milhares de eleitores muito insatisfeitos e, ao mesmo tempo, muito bem informados, via redes sociais, blogs e imprensa, pois são altamente politizados e podem influenciar e fazer a diferença nessas eleições municipais.
Por isso, os pré-candidatos ainda têm muito caminho a percorrer em suas caminhadas eleitorais, pois são muitas as variáveis e alternativas, que impedem que qualquer um dos pretendentes se sinta eleito, imbatível ou derrotado. Ainda há muito voto a prospectar.
JANELA
A “janela” para os vereadores que desejam mudar de partido sem perder o mandato, abre em abril, e essa é a data para que formem seus grupos políticos, agir para pontuar nas pesquisas de intenção de votos para consumo interno e se preparar para a batalha eleitoral.
Qualquer pesquisa eleitoral neste momento atual, servem, apenas, para angariar apoio, principalmente empresarial quanto político, pois, dificilmente, um retato da situação política de hoje se manterá até as convenções.
A única coisa certa é que todos os pré-candidatos devem tomar muito cuidado com quem tira fotos, troca áudio, mensagens ou atende a pedidos de eleitores, pois, até as eleições, muita gente pode ficar com o “filme queimado”, após receber visitas da Polícia Federal às seis da manhã. Isso pode respingar diretamente na imagem dos pré-candidatos, causar grandes constrangimentos e acabar com candidaturas promissoras.
Vale o ditado: “diga-me com quem andas e te direi quem és”.
RECESSO
O Paralelo 13, assim como toda empresa, reservou este mês de janeiro, em que a maioria dos poderes ainda está em recesso, para dar férias aos seus colaboradores, e se bastará a divulgar matérias referentes aos fatos acontecidos no Estado do Tocantins e no Brasil, deixando de publicar suas análises políticas e colunas, restabelecendo o trabalho completo a partir do próximo dia 20.
Um abraço a todos e até o dia 20!