Neste artigo analítico, não temos como comentar o mérito da questão, pois isso compete às autoridades do Poder Judiciário e do Ministério Público, mas podemos afirmar que a permanência do ex-governador Marcelo Miranda na prisão deve-se aos fundamentos e provas, frutos das investigações e das operações de busca e apreensão, junto com as delações premiadas, como a do ex-chefe de gabinete, o popular Cenourão, que enriqueceu de detalhes seu depoimento, “um verdadeiro tsunami”, como afirmou uma autoridade federal

 

Por Edson Rodrigues

 

Olhando para os dois governos de Marcelo Miranda, nos quais seu pai, Dr. Brito Miranda, era seu principal auxiliar, podemos afirmar textualmente que tanto Marcelo quanto Dr. Brito, são alvos da gratidão de muita gente do povo, talvez dos menos favorecidos, sem acesso ás informações.

 

Por outro lado, também testemunhamos ricos fazendeiros que participaram da “ceia do poder” nos governos de Marcelo Miranda, e outras figuras proeminentes da sociedade tocantinense que galgaram o poder, alcançaram cargos eletivos e dividiram as benesses do poder com seus familiares e amigos, dentre eles caciques do próprio MDB, mas que, hoje, diferentemente daqueles que fazem parte do povão, tratam a família Miranda quase que como uma família de “leprosos políticos”, figuras tóxicas que precisam ser deletadas de suas memórias.

 

Essas são as figuras mais tóxicas que qualquer mandatário, qualquer parlamentar no exercício do cargo, estão sujeitos a ter em seu círculo de convivência.  São aqueles que empregaram suas esposas, sogras, filhos e até as amantes, por conta dessa amizade e que, agora, são os que mais insultam, humilham e tecem os piores comentários se referindo a quem lhes estendeu as mãos.

 

São esses sanguessugas que fazem os comentários pejorativos, as piadas maldosas.  Agiram assim com Siqueira, com Marcelo e com Sandoval e, hoje, ficam como satélites do governador Mauro Carlesse e de suas pessoas mais próximas, como Claudinei Quaresmim, a espera apenas da oportunidade de voltarem a ser quem são, a personificação dos “amigos do poder”, prontos a dar a primeira facada pelas costas.

 

 

Como dirigente de O Paralelo 13 há 30 anos, já presenciei e conheci muitas pessoas assim, nas suas mais diversas versões, dos que se fazem de bobos, de pobres coitados, até os que chegam contando vantagens e oferecendo soluções mirabolantes. Foi assim também com Raul Filho, com Carlos Amastha e com vários detentores de mandato no Congresso Nacional e na Assembléia Legislativa.

 

MÃO NA CONSCIÊNCIA

Muitos esquecem que o político Marcelo Miranda deve, sim, responder pela sua omissão como chefe do Executivo, por ter permitido conscientemente ou não, que uma quadrilha se formasse em seu governo para dilapidar o patrimônio do povo tocantinense, principalmente com membros de sua própria família fazendo parte dela.  Mas a pessoa de Marcelo Miranda, o cidadão, assim como qualquer outro brasileiro, merece, primeiro, o benefício da dúvida e, em caso de culpabilidade comprovada, deve pagar pelos seus erros, ao mesmo tempo em que não deixa de ser merecedor da compaixão, da gratidão e do reconhecimento pelo que fez de bom enquanto homem público.

 

Não estamos, neste momento, discutindo o tamanho da patifaria que aconteceu em seus governos, mas a falta de gratidão dos que usufruíram das benesses das suas administrações, principalmente os membros do MDB que participaram dos governos de Marcelo, dos dirigentes de outros partidos que se beneficiaram ao apoiar o MDB e dos empresários nanicos que conseguiram alavancar seus negócios ao se tornarem fornecedores do governo e que, hoje, viram a cara para os Miranda.

 

Não queremos que se esqueçam os crimes que lhe são imputados, muito menos dizer que Marcelo Miranda é inocente, mas que essas pessoas se lembrem dos benefícios lícitos que possibilitaram muita gente a melhorar de vida

 

FINALIZANDO

Ninguém é tão criança a ponto de duvidar ou ignorar as provas colhidas pela Polícia Federal acerca dos desmandos praticados nos governos de Marcelo Miranda, apesar de não haver nada que comprove a entrega ou a transferência de valores diretamente para o próprio, embora seja difícil negar que ele não tinha ciência do que ocorria.

 

 

Cabe ao irmão de Marcelo Miranda, Brito Jr., (foto) contribuir com as investigações e apontar as dezenas de pessoas que se locupletaram dos desmandos apontados nas investigações para que todos sejam “solidários” aos que se encontram presos, e passem a dividir as celas e as agruras de uma prisão, contribuindo para que o Tocantins seja, realmente, passado a limpo, pois, se os demais participantes permanecerem incógnitos, estarão, assim, livres para voltar a seduzir e corromper outros gestores públicos.

 

Vale Lembrar que muitos dos que, hoje, consideram Marcelo Miranda um “leproso político”, estiveram juntos com Sandoval Cardoso e de Siqueira em sua administração tão conturbada quanto a de Marcelo.

 

Colocamos essa situação em questão porque muitos dos que aparecem, hoje, em fotos alegres e sorridentes com o governador Mauro Carlesse, estiveram, também, em fotos com Siqueira Campos, com Marcelo Miranda e com Sandoval Cardoso.  Se Mauro Carlesse não se cuidar, essas mesmas pessoas estarão, sorridentes,  em suas fotos, pois “nadam de braçadas” em seu governo, mas reservam em seus íntimos a mesma “virada de cara” caso Carlesse caia em desgraça, ou seja, são sanguessugas do poder, sem nenhum tipo de consideração ou sentimento pelos que conseguem chegar aos postos principais, eleitos pelo povo.

 

Ainda bem que, segundo juristas consultados por O Paralelo 13, o julgamento de amanhã perdeu sua finalidade, uma vez que diz respeito á eleição suplementar, com as contas aprovadas sem ressalvas e sem contar que Carlesse foi empossado pelo próprio TRE.

 

Se os oposicionistas estiveram apostando no julgamento de amanhã, é melhor mudarem de tática e arrumar causas e bandeiras para pedir votos para os seus candidatos, pois, se a Justiça for feita, Mauro Carlesse manterá seus direitos políticos.

 

É hora de todos prestarem contas à Justiça, sem distinção de cargos, atuação empresarial ou grau de amizade.

Posted On Terça, 03 Dezembro 2019 06:08 Escrito por O Paralelo 13

As últimas movimentações da senadora Kátia Abreu denotam a criação de uma estrutura de “governo paralelo” no Tocantins, com vistas a partir para o embate direto com o governador Mauro Carlesse e assumir o posto de líder da oposição ao governo do Estado, mirando as eleições municipais de 2020

 

Por Edson Rodrigues

 

Kátia deve se transformar em uma oposicionista pontual e certeira, mirando sempre o “calcanhar de Aquiles” do governo.  Vale lembrar que Kátia conta com os reforços de seu filho, o também senador Irajá Abreu e do deputado federal Thiago Dimas.

 

PREFEITOS

A nova configuração de atuação de Kátia Abreu pode ser sentida nos constantes encontros de aproximação que a senadora vem mantendo com prefeitos que não rezam pela cartilha do governo do Estado, como são os casos de Joaquim maia, em Porto Nacional e dos prefeitos da região do Bico do Papagaio e filiados ao PSD, presidido por Irajá Abreu. Ronaldo Dimas, em Araguaína, e Laurez Moreira, em Gurupi que estarão juntos com o senador Eduardo Gomes na eleição de 2020.

 

No último fim de semana, Kátia esteve no Bico do Papagaio, onde se reuniu com diversos prefeitos. Na semana passada, esteve em Araguaína, prestigiando evento do prefeito, Ronaldo Dimas, onde recebeu representantes dos delegados da Polícia Civil, que estão em conflito com o atual secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio e, consequentemente, com o governo do Estado.

 

 

Na oportunidade, a senadora concedeu uma série de entrevistas às mais variadas mídias, desde jornais impressos até programas de TV e Rádio. Aliás, essa nova roupagem da senadora, mais próxima de suas bases e da imprensa, já é, também, uma orientação do Dr. Renato Assunção, que a acompanhou pessoalmente durante as visitas.

 

PROVÍNCIAS

Buscando uma aproximação mais constante com as bases, ouvindo e conhecendo in loco as necessidades das comunidades, Kátia Abreu também está mais presente nas “províncias”, nos municípios, e passa a marcar presença e apoiar de forma mais concreta aos seus futuros candidatos a prefeito.

 

Pela primeira vez, o governo de Mauro Carlesse passa a enfrentar uma oposição que não esconde seu rosto, nem disfarça quando está disputando território.

 

OBSTÁCULOS

Com toda essa movimentação, a senadora Kátia Abreu também precisa ficar de olhos nos obstáculos que surgem no seu caminho. Kátia precisa de um partido que lhe dê a garantia do comando no Tocantins.  Com passagens pelo PFL, DEM, PDC, MDB e, atualmente no PDT, a senadora está em litígio aberto com seu atual partido, por ter votado a favor da Reforma da Previdência, contrariando a orientação da cúpula nacional.

 

Suas bases políticas nos 139 municípios, seus pré-candidatos a prefeito e a vereador, todos estão aguardando ansiosamente pela definição de rumo da senadora.  Muito sábia e escaldada, Kátia demonstra tranquilidade ante essa necessidade de definição e, sábia e escaldada que é, deve aguardar o momento que considerar oportuno para fazê-lo, sem dar chances de haver alguma manifestação contrária que a atrapalhe.

 

Enquanto isso, os aliados do governo de Mauro Carlesse acompanham a movimentação da senadora quase que em tempo real, e uma fonte do Palácio Araguaia fez uma observação contundente, ao afirmar que acha pouco provável que a população do Bico do Papagaio tenha “esquecido das quatro mil casas populares prometidas por Kátia Abreu e ache as ações, atuais, de seu ‘governo paralelo’, mais importantes que as já implantadas pelo governo do Estado. E mais, nem Kátia, muito menos seu filho, Irajá Abreu, incluíram um centavo sequer, este ano, no Orçamento da União, para serem empregados no Tocantins em 2020, e fizeram questão de direcionar o programa ‘Catarata zero’ para municípios cujos prefeitos estão em sua base de apoio”.

 

 

 

Por fim, Kátia está encontrando dificuldades em conseguir o comando de uma legenda de grande ou médio porte no Tocantins.  Nos chamados partidos “nanicos”, as portas estão abertas, mas a senadora precisa de uma sigla que lhe garanta – e aos seus correligionários candidatos – um bom tempo no horário gratuito de Rádio e TV, além de um fundo partidário significativo.

 

Para os analistas de plantão, dificilmente Kátia conseguirá uma legenda tradicional, que reúna essas qualidades, onde a resistência ao seu nome é grande. Segundo eles, o PSD, do filho da senadora, Irajá Abreu, é o caminho mais fácil.

 

Do contrário, é fake news!

 

Que comecem os jogos!!!

Posted On Sexta, 29 Novembro 2019 15:13 Escrito por O Paralelo 13

EDITORIAL

 

Porto Nacional, aos 28 dias do mês de novembro de 2020

 

 

Por Edson Rodrigues

 

O jornal O Paralelo 13, nos seus 28 anos de circulação, já passou por diversos formatos, de tablóide a standard e, hoje, tem sua versão on line, sempre funcionando no mesmo endereço, na mesma cidade e com uma linha editorial ética, destemida e respeitosa.  Nessas três décadas de circulação, sempre soubemos e acompanhamos as diversas situações relacionadas às condições financeiras do Estado.

 

Logo, somos testemunha dos esforços empenhados pelo governador Mauro Carlesse para reenquadrar o Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal, cortando na própria carne, ao assumir o ônus político das milhares de demissões que se viu obrigado a promover junto aos servidores contratados.

Carlesse, ao mesmo tempo, conseguiu os insumos necessários para transformar o Tocantins no maior canteiro de obras do Brasil, a partir da liberação dos empréstimos junto á Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, ação na qual contou com o desprendimento da Assembleia Legislativa, da bancada federal do Tocantins no Congresso Nacional, de Ministros e secretários do governo federal, que além de apoiá-lo, não colocaram obstáculos.

 

Essa configuração está próxima de se realizar, com data marcada para o próximo dia 12, em Palmas, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, dos presidentes da Caixa e do Banco do Brasil, ministros, deputados federais, senadores e dos 139 prefeitos do Tocantins.

 

 

Mesmo que, por ventura, como alguns oposicionistas querem, a assinatura desses contratos não aconteça, por uma conjunção nefasta de fatores, Carlesse já mostrou que sabe como correr atrás de benefícios para a população, utilizando sua equipe competente, o apoio da Assembleia Legislativa, da bancada federal, do senador Eduardo Gomes e todos os artifícios que estiveram ao seu alcance.

 

Tudo isso, todo esse esforço, foi retratado de forma fiel e positiva por O Paralelo 13 em todas as suas plataformas de mídia.

 

FATOS “ESTRANHOS”

Porém, caros leitores e comunidade tocantinense, O Paralelo 13 não pode fechar seus olhos, dar uma de desentendido, e não questionar certos fatos que vêm se tornando uma constante neste governo.

 

O que será que acontece nos corredores do Palácio Araguaia que afugenta seus melhores quadros técnicos?

 

Ontem, quem deixou o governo “a pedido” foi o secretário de Comunicação, Vieira de Melo, pioneiro, experiente, bem relacionado e compromissado com o Tocantins desde a sua criação. Mas ele não é o primeiro nem será o último dos grandes profissionais a abandonar esse barco chamado “equipe de governo”.

 

Estamos falando de “baixas” como a do Coronel Marcelo Falcão Soares, do Natiratins, de Renato Assunção, ex-secretário estadual da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf), de Ridoval Chiareloto, ex-secretário da Indústria e Comércio no Tocantins, e da ex-presidente da Agência Tocantinense de Regulação (ATR), Juliana Matos.

 

Todos empossados com honras a seus méritos, mas cujas exonerações aconteceram sem explicações plausíveis, pois resultados, todos os citados acima os tiveram, bem melhores que muitos que continuam no governo, mas em ritmo de “caminhão subindo ladeira”.

 

ÉLCIO MENDES

A escolha do jornalista Élcio Mendes para a secretaria de Comunicação, pelo menos, foi acertadíssima. Trata-se de um profissional ético, com uma vasta folha de serviços prestados ao Estado, tendo revolucionado a comunicação da Defensoria Pública quando foi coordenador na gestão de Marcelo Thomaz.

 

Esperamos que a chegada de Élcio à Secom seja tranquila, e que ele possa desempenhar sua missão de divulgar as ações do governo do Estado com autonomia para formar sua equipe e que tenha condições e recursos para honrar os compromissos assumidos com os prestadores de serviços nas áreas de comunicação e publicidade.

 

Ao novo secretário, nossos votos de boas vindas e de muita sorte!

Posted On Quinta, 28 Novembro 2019 14:10 Escrito por O Paralelo 13

Políticos utilizam o mesmo modus operandi desde a criação do Estado é corrupção virou parte da “cultura” do Estado

 

Tocantins, aos 27 dias do mês de novembro de 2020

Por Edson Rodrigues

 

As revelações acerca das delações premiadas da Operação Ápia revelam uma verdadeira patifaria praticada por agentes públicos do Tocantins.  São milhões de reais roubados dos cofres públicos em todas as esferas de poder, passando pelo Judiciário, onde houve venda de sentenças e as maracutaias dos precatórios, pelo legislativo em gestões passadas e chegando aos “peixes grandes” do Executivo Estadual em quase todas as gestões passadas, tirando apenas a de Moisés Avelino.

 

Foram muitos os casos de conduções coercitivas, prisões de ex-governadores – chegando a várias de Marcelo Miranda, preso, atualmente, há 61 dias, juntamente com seu irmão, acusado pela Polícia Federal de chefe das operações de corrupção e lavagem de dinheiro – que envergonharam e ainda envergonham o povo tocantinense.

 

TRAQUE

As novas revelações da Operação Ápia, apontando que o ex-vice-governador, João Oliveira, teria recebido 2,5 milhões de reais para renunciar, e que está sendo chamada de “bomba” por alguns veículos de comunicação, pode não passar de um mero “traque”.  Informações dão conta de que a Ápia ainda tem muito mais para revelar e que vêm por aí bloqueio de bens dos envolvidos diretamente e dos beneficiados indiretamente.

Ex-vice governador João Oliveira

Outras informações dão conta de que a Ápia pode virar uma miniatura das operações que estão por se descortinar no Tocantins.  Essas, sim, verdadeiras “bombas atômicas”, que serão detonadas nos últimos dias de dezembro, e que podem convidar muitos “peixes graúdos” a passar o Natal, o ano novo e emendar o carnaval vendo o sol nascer quadrado.

 

MÉTODO

Ao que tudo indica, as investigações das diversas operações em curso apontam para uma mesma metodologia de ação dos agentes públicos corruptos, um modus operandi modelo, que vem desbastando o erário público desde a criação do Tocantins, que contaminou entre 80% e 90% dos políticos tocantinenses e membros dos três Poderes.

 

Os nomes dos muitos beneficiados pelos desvios de recursos públicos em operações contaminadas pela corrupção, pelo superfaturamento, passam por Câmaras Municipais, prefeituras, ex-chefes do Executivo Estadual e alguns membros do legislativo e do Judiciário.  Os rombos nos cofres públicos são robustos, mas não grandes os suficiente para blindarem quem praticou tais atos.

 

Rossine Aires Guimarães, delator as investigações apontam fraudes de mais de R$ 200 milhões em obras de rodovias

 

As garras da Justiça demoraram a dar o ar da graça, mas, agora que estão vindo, prometem ser implacáveis, aproximando os corruptos do momento tão esperado pela população lesada, que é a prestação de contas ás barras da Justiça. Sob o comando dos competentes Ministérios Públicos Federal e Estadual e pelas nossas Polícias Federal e Civil, pelas Justiças Federal e Estadual, as investigações estão mais céleres e a coleta de provas foi intensificada para que se apresentem incontestáveis, até mesmo as apresentadas em delações premiadas, pois as mesmas só serão homologadas a partir da comprovação das denúncias feitas sob juízo.

 

BOLSONARO E OS EMPRÉSTIMOS

 

Por fim, a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro ao Tocantins foi adiada para o dia 12 de dezembro por falta de espaço na agenda. Nessa história toda, se houve duas pessoas que “colocaram a cara a tapa” foram o governador Mauro Carlesse e o senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso nacional.

 

 

 

Somos um Estado novo da Região Norte do País, pouco industrializado, sem divisas econômicas no PIB nacional e endividado por vários empréstimos feitos por governos anteriores, sendo que, na maioria deles, os recursos que seriam destinados à melhoria de vida da população acabaram escoando pelos ralos da corrupção. Os políticos de estados economicamente fortes também querem empréstimos, também querem mais recursos.  Tudo o que aconteceu, em termos de corrupção, anteriormente, no Tocantins, acaba nos colocando em uma posição frágil na hora de brigar por empréstimos como esses estados.

 

A única forma de conseguir acesso às linhas de crédito, por enquanto, é a posição ocupada pelo senador Eduardo Gomes no cenário político nacional, como membro da cúpula do Senado e amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para relator setorial do Orçamento do Ministério do desenvolvimento Regional, líder do governo no Senado e membro de diversas Comissões importantes na Casa.

 

Gomes ainda é amigo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o que acabou sendo impreterível para a liberação dos empréstimos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, que aconteceu aos trancos e barrancos, graças à participação de Eduardo Gomes e ao empenho do governador Mauro Carlesse, que se imbuiu da missão de cortar na própria carne para adequar o Estado à lei de responsabilidade Fiscal e assumiu o ônus político pelos milhares de demissões que foi obrigado a perpetrar.

 

A Assembleia Legislativa também teve papel importante na liberação dos empréstimos, assim como a nossa bancada federal, que entenderam a importância desses recursos, que vão permitir obras nos 139 municípios do Tocantins, a construção da nova ponte, em Porto Nacional, recuperação de rodovias e estradas vicinais, e construção dos hospitais de Araguaína e Gurupi, geração de milhares de empregos e oxigenação da economia, como um todo, beneficiando desde a Capital até as comunidades mais distantes e menos populosas.

 

OPOSIÇÃO

Enquanto isso, alguns membros da oposição, com assento no Congresso Nacional, são taxativos ao contradizer as boas notícias que surgem a respeito dos empréstimos, afirmando que o Conselho deliberativo da Caixa Econômica não liberou os recursos para o Tocantins e que o enquadramento do Estado à Legislação Fiscal foi “maquiado”, e que o Banco Central teria se negado a dar o aval para a liberação dos recursos porque o Tocantins não teria lastro financeiro nem capacidade econômica de endividamento.

 

Um membro da cúpula do Palácio Araguaia rebate veementemente essas afirmações, apontando que esses oposicionistas trabalham para o “quanto pior, melhor” e que o único objetivo dessa atitude são as eleições municipais que se aproximam e sentencia: “eles vão ter que engolir a liberação dos 650 milhões goela abaixo e, depois disso, vão ficar sem discurso e sem bandeira para ter força eleitoral na eleições que tanto os preocupa”.

 

OPERAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL NO TOCANTINS

No Tocantins as operações da Polícia Federal se multiplicam. O tsunami que está por vir a partir de dezembro terá um vasto poder de destruição de carreiras políticas e empresariais.

De Ápia a Rei do Gado, passando pelas mais recentes Marcapasso, Bragation, replicantes, Colheita I e II e Imothep,  juntando-se à elas os processos do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de Contas do Estado, muitas já estão em fase de conclusão e outras apenas aguardando uma vaguinha para entrar na pauta de votação dos tribunais superiores, tudo se encaminha para uma verdadeira “limpa” na lista dos políticos com condições de se candidatar.

 

As investigações são tão sérias e os suspeitos são tantos, que aconselhamos aos que já estão em fase de pré-campanha a “puxarem o freio de mão” até que saia o registro de suas candidaturas e aos que vão renunciar de seus cargos públicos ou eletivos para se habilitarem a participar das eleições, que consultem um bom jurista para se certificar de suas possibilidades.

 

 

Neste editorial não falamos das operações da Polícia Civil em prefeituras, Câmaras Municipais nem em secretarias ou outros órgãos do governo, nem nas prisões que resultaram delas. Em outra oportunidade vamos falar do ótimo e valioso trabalho da nossa honrosa Polícia Civil contra a corrupção, suas investigações, prisões, buscas e apreensões, além de trazer outras revelações sobre a tentativa de amordaçar os delegados responsáveis pelos trabalhos e pela revelação de novas maracutaias ainda não tornadas públicas no Tocantins que devem ser passadas a limpo.

 

Aguardem...

Posted On Quarta, 27 Novembro 2019 06:53 Escrito por O Paralelo 13

O paralelo 13, na última segunda-feira (18), aventou a possibilidade do secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, “endurecer” a abordagem à questão dos delegados amotinados da Polícia Civil, por conta do desrespeito à hierarquia.  Nesta quarta-feira, 20, descobrimos que o problema era muita mais profundo e que estava incomodando não só ao secretário

 

Por Edson Rodrigues

 

O colegiado do Conselho Estadual de Segurança Pública – Conesp –, autônomo em relação à SSP, recebeu denúncias, feitas pela OAB e pelo Ministério Público, de desvios de conduta e quebra de sigilo funcional por parte dos delegados durante as investigações.  Como presidente do Conesp e após votação unânime, o secretário Cristiano Sampaio recomendou a investigação do grupo de delegados. A recomendação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (19).

 

 

Cristiano Sampaio, delegado concursado da Polícia Federal, afastou-se de suas funções para assumir o desafio de ser secretário de Segurança Pública no Tocantins e a decisão do Conesp é uma clara demonstração de que a hierarquia e a autoridade conferida pelos cargos devem ser respeitadas.  Como presidente do Conesp, Cristiano Sampaio não poderia se omitir, muito menos ignorar, a sensação de instabilidade que as atitudes dos delegados levava a crer.  Se o fizesse (omissão) o melhor caminho seria entregar o cargo sem colocar o mérito da questão em debate.

 

A hierarquia é um dos preceitos mais importantes de qualquer organização social e, como no caso trata-se da entidade cujo dever é levar segurança à população, desconhecer ou ignorar a autoridade do secretário, enviava à população uma mensagem de desordem, que se transformava em sensação de insegurança.

 

COMBATE À CORRUPÇÃO

O combate à corrupção é uma das ferramentas mais importantes de qualquer democracia.  No Brasil e em suas unidades federativas, sabe-se, ela está arraigada ao sistema, e combatê-la também é uma questão de Segurança Pública, pois ela mina os recursos para todas as áreas cruciais para o bem-estar da população, como Saúde, Educação e a própria Segurança Pública.  A sociedade tocantinense sempre aplaudiu e motivou todas as iniciativas para combater esse mal, vindas de quem quer que seja, da Polícia Civil, da Polícia Federal, do Ministério Público e até da Imprensa.

 

Agora, o que não se pode tolerar é o abuso de poder, com a exposição de pessoas públicas ao escárnio popular, sem provas de sua culpabilidade, prisões como forma de coação, ilações sendo levadas como verdades absolutas.  As prisões de vereadores e ex-secretários municipais em Palmas e Porto Nacional, por exemplo, foram espetáculos pirotécnicos estrondosos.  Os alvos caíram na boca da população como bandidos inveterados, mas, o que se sabe, até agora, é que nenhum deles foi objeto de condenação e nem há julgamentos previstos.  Ou seja, nada foi provado, até agora.  Se forem condenados, ótimo trabalho.  E se forem inocentados, com quem fica o ônus?

 

VALDEMAR JR.

Um exemplo dessas operações espetaculosas, mas sem nenhum resultado prático, foi a realizada no gabinete do deputado estadual Valdemar Júnior, até agora sem nenhum  inquérito sequer, montado, após a coleta de material.

 

Os depoimentos em vários inquéritos, oriundos das operações da Polícia Federal, estão sendo refeitos, de acordo com a última decisão do STJ, que “trancou” todas as investigações e, pelo andar da carruagem, serão todos anulados.

Com isso, o único resultado da Operação foi o desgaste político e pessoal da figura pública de Valdemar Jr. sobre quem, até agora, perante a opinião pública, paira a fama de “investigado”, “suspeito”, mesmo sem ter cometido nenhum crime.

 

O momento atual exige que esse conflito entre comandante e uma minoria desestabilizante dos comandados tenha um fim breve, e que ambas as partes se coloquem em seus “territórios”, respeitando as normas de constitucionais e hierárquicas.

 

CONFRONTO

Segundo o que O Paralelo 13 apurou junto com suas fontes, uma manifestação está sendo organizada pelos delegados amotinados, para o próximo dia 28, data em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estará no Tocantins, acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do presidente da Câmara federal, Rodrigo Maia, ministros e os presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil e dos prefeitos dos 139 municípios, para a assinatura dos empréstimos que vão beneficiar o povo tocantinense.

 

Logo se vê que, mais que manifestação, estamos diante de um confronto declarado, uma verdadeira afronta, por parte dos delegados. Já é senso comum entre as autoridades que, caso essa manifestação esteja, mesmo, sendo planejada, há o risco de que se decrete as prisões dos envolvidos nesse desserviço, agora simples e direto, aos cidadãos tocantinenses.

 

QUE NÃO SE JOGUE FORA O TRABALHO REALIZADO, SE HOUVE...

Os delegados amotinados, se realmente usaram de atitudes condenáveis para atingir seus objetivos, deve ser, sim, enquadrados no rigor da Lei, do mesmo modo que eles próprios se empenharam em suas atitudes.  Mas, essa “adequação”, não pode jogar por terra todo o bom trabalho que, porventura, tenha saído dessas ações de combate à corrupção.

 

Caso os delegados tenham provas de práticas de corrupção por parte de detentores de mandatos eletivos ou seus parentes, que as apresentem aos membros da OAB, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público, que serão os mesmo órgãos que irão investigar seus possíveis abusos de autoridade, para que se possa traçar um panorama correto da situação, e avaliar quem está do lado do povo.

 

Se os delegados, por insistir tanto nessas investigações, a ponto de afrontar o próprio secretário de Segurança Pública – e, neste caso, o governo estaria tentando impedir  a descoberta de atos não republicanos em seu contexto – ou se os delegados agiram movidos por uma sensação de poder infinito e ultrapassaram os limites legais para dar cabo de investigações inescrupulosas e com interesse político.

 

Aguardamos as provas e os resultados das investigações. Das duas!

Posted On Quarta, 20 Novembro 2019 16:54 Escrito por O Paralelo 13
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