Ideia é apurar a atuação das facções criminosas e milícias no Brasil
Por Rute Moraes
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), criou, nesta terça-feira (17), uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o crime organizado. A ideia é apurar a atuação das facções criminosas e milícias no Brasil. Agora, os líderes partidários podem indicar os membros para compor o colegiado.
De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o documento tem a adesão de 31 senadores. A expectativa é de que o colegiado seja instalado após o recesso parlamentar.
O parlamentar ressaltou que a influência das organizações criminosas aumentou, nos últimos anos, em diversos estados, impactando a segurança pública e a economia do país.
“O crime organizado se estruturou como um grande negócio ilícito, com atuação dentro e fora dos presídios, ampliando sua influência sobre comunidades inteiras e até sobre agentes públicos. O Senado tem a responsabilidade de investigar e propor soluções concretas para impedir esse avanço”, alegou o senador.
Vieira destacou que, em 2022, o Brasil registrou 47,3 mil mortes violentas intencionais, de acordo com o Anuário da Segurança Pública. Isso resultou em uma taxa de pouco mais de 23 homicídios por 100 mil habitantes.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o Brasil é um dos 20 países mais violentos do planeta. O parlamentar destacou que as facções criminosas lucram R$ 335 bilhões pela venda de cocaína para a Europa.
Com relação às milícias, a ideia é investigar a atuação do grupo na imposição de taxas ilegais a moradores e comerciantes.
Ele explicou que, no Rio de Janeiro, a maior milícia do país, conhecida como Bonde do Zinho, controla grande parte da Zona Oeste e tem um arsenal de guerra, com armamento semelhante ao utilizado por forças militares.
“As facções criminosas e as milícias expandiram sua atuação sem que houvesse uma resposta coordenada e eficiente do Estado. Não podemos continuar assistindo à escalada da violência e ao fortalecimento do crime sem reagir”, continuou o senador.
“Essa CPI será uma oportunidade para aprofundarmos investigações, expor o funcionamento dessas redes e propor mudanças legislativas que cortem o fluxo financeiro dessas organizações e fortaleçam a segurança pública no Brasil”, finalizou.
Ministro deve ser o próximo a presidir o tribunal
Por Fellipe Gualberto
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que "não é legítimo (para o STF) invadir a seara do legislador". A declaração se deu nesta segunda-feira, 16, durante a cerimônia de lançamento do livro que comemora os 10 anos de atuação do magistrado na Corte.
"Cabe ao Poder Judiciário, e em especial a esse tribunal, proteger os direitos fundamentais, preservar a democracia constitucional e buscar a eficiência da Justiça brasileira. Para fazê-lo, precisamos de contenção. Não nos é legítimo invadir a seara do legislador", afirmou o ministro no evento.
Durante a celebração, o juiz ainda declarou que cabe "ao Direito o que é do Direito, à política o que é da Política" e saiu em defesa de uma atuação sóbria da Corte: "Nós, juízas e juízes, servidoras e servidores, não podemos agir fora da razão jurídica objetiva, nem sermos vistos como satélite da polarização que hoje assola o mundo", afirmou.
Indicado ao STF pela ex-presidente Dilma Rousseff para substituir o juiz Joaquim Barbosa, Edson Fachin completa uma década no tribunal e acumula mais de 74,3 mil decisões, segundo dados da própria Corte.
O magistrado, que assumirá a presidência do STF em setembro, sinalizou para uma atuação mais contida do tribunal. Em seu discurso nesta segunda-feira, 16, Fachin disse que o compromisso da Corte deve ser "com a justiça silenciosa, efetiva, com autonomia e independência da magistratura".
No próximo dia 25, o ministro deve votar no processo de responsabilização das big techs sobre conteúdos publicados por terceiros, que já tem maioria formada. Anteriormente, Fachin já tinha defendido a regulamentação das redes sociais.
Uma capacitação sobre a aplicação do imunizante foi coordenada pela SES-TO e reuniu mais de 130 profissionais de saúde
Por Alysson-Neya Chaves
Na busca por ampliar o conhecimento dos trabalhadores de enfermagem envolvidos no processo de imunização do Bacilo de Calmette e Guérin (BCG), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) realizou na terça-feira, 17, a oficina macrorregional para profissionais de saúde, sobre a administração segura e eficaz da vacina BCG. A ação ocorreu no auditório da Assembleia Legislativa, em Palmas e foi coordenada pelas equipes da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
A ação foi voltada para os enfermeiros responsáveis técnicos pelas salas de vacina e os técnicos em enfermagem dos hospitais que realizam partos no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR) e nos Hospitais Regionais de Gurupi (HRG) e Paraíso do Tocantins (HRPT), os quais atuam nos 81 municípios pertencentes à região de saúde macro centro-sul. Na ocasião foi abordada teoria sobre a vacina, preparo, conservação, administração e acompanhamento Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou à Imunização (ESAVI).
A gerente de Imunização e Doenças Imunopreveníveis da SES-TO, Diandra Rocha explicou que, “a vacina BCG é a mais barata e eficaz do Sistema Único de Saúde SUS e é fundamental para proteger crianças contra formas graves da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. Ela apresenta uma taxa de proteção entre 70% e 90% para as formas mais graves da doença, o que a torna essencial na infância”.
Para os 136 profissionais presentes, a enfermeira da GI/SES-TO, Telma Andrade reforçou que, “a oficina vem para acolher, valorizar e aprimorar os conhecimentos dos profissionais de saúde. Desmistificar ideias equivocadas sobre o trabalho na imunização e fortalecer a equipe”.
“A oficina é voltada para capacitar profissionais de enfermagem que atuam nas salas de vacina, com foco na prevenção de erros e na redução de eventos adversos relacionados à imunização. Ela reforça a importância da vacina BCG na proteção contra as formas graves de tuberculose em bebês, destacando que sua aplicação precoce é essencial, salvo em casos específicos em que pode ser adiada”, explicou a médica Milka Macedo Araújo Viana.
De Paraíso do Tocantins e com 35 anos de atuação como técnica de enfermagem, Zilma Martins dos Santos falou da experiência e revelou sua paixão pelo setor de imunização e em especial pela BCG. “Muito importante à oficina, mesmo após muitos anos de profissão. Sou apaixonada pela BCG, que mesmo com idade de aposentar prefere continuar com a missão de vacinar por amor, proteção e cuidado, mesmo encontrando às vezes pais resistentes, mas a gente vai explicando com jeitinho explicando a importância da vacina e eles entendem”.
“Nunca havia participado de uma capacitação específica sobre o tema, mas o aprendizado é muito valioso, pois vamos aprimorar nossos conhecimentos, o que vai agregar mais eficiência na nossa forma de atuação na sala de vacina”, disse a técnica de enfermagem de Aparecida do Rio Negro, Ana Flávia Almeida de Brito.
Dados
Apesar do cenário nacional preocupante com a queda das coberturas vacinais infantis, o Tocantins se destaca positivamente na imunização contra as formas graves da tuberculose com a vacina BCG. Em 2024, o estado distribuiu mais de 72 mil doses do imunizante e registrou uma cobertura vacinal de 107,94%, superando a meta estipulada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 90%.
No Brasil, no entanto, os dados são preocupantes, a cobertura vacinal da BCG caiu para cerca de 75% em 2024, abaixo do ideal. Essa tendência de queda vem sendo observada desde 2015, afetando praticamente todas as vacinas do calendário infantil. Entre os principais fatores apontados estão a desinformação e a hesitação vacinal, amplificadas pelas fake news, além de desafios logísticos, como a interrupção da produção nacional da vacina pelo Instituto Ataulpho de Paiva — único produtor até 2022.
Homenagem
Na ocasião, a SES-TO e o Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (COREN-TO) fizeram uma homenagem à técnica de enfermagem, Maria da Conceição do Nascimento Santos, com uma medalha simbólica em reconhecimento aos seus 30 anos de atuação e prestação de serviços à sociedade tocantinense.
Vacina
A vacina BCG é um imunizante aplicado em recém-nascidos na rotina do Calendário Nacional da Criança do PNI/MS que requer habilidades dos vacinadores.
Investigação apontou que estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada para monitorar políticos, autoridades e jornalistas durante a gestão de Jair Bolsonaro
Com Correio do Brasil
A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (17/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro na investigação da chamada Abin Paralela, um esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a corporação também indicou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor geral do órgão, e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos). Ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.
Segundo o delegado Fabio Shor, que conduz a investigação, a PF identificou a participação de servidores que estavam lotados na Abin no governo bolsonarista, com o objetivo de "disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e assessorar o ex-presidente com estratégias de ataques às instituições democráticas, ao Poder Judiciário e seus respectivos membros", afirmou no relatório ao qual o Correio teve acesso.
A PF aponta que a Abin paralela era usada em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares. O objetivo seria encontrar situações que desabonasse críticos do governo e criar informações falsas para atacar personalidades que pudessem prejudicar eventual reeleição do ex-chefe do Planalto.
Várias autoridades, políticos e jornalistas foram monitorados conforme apurou a investigação, entre eles Arthur Lira (PP-AL) que na época era presidente da Câmara dos Deputados e os ministros do STF Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Roberto Barroso e Luiz Fux.
Tentativa de Golpe
Bolsonaro e Ramagem são réus na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado nas eleições presidenciais de 2022. A PF viu relação entre os dois casos, compartilhou provas, e dedicou um capítulo no relatório sobre as conexões entre a "Abin paralela" e a trama golpista.
Na investigação do golpe, agentes da PF recuperaram arquivos deletados no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com detalhes sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”. A trama golpista previa reverter o resultado das eleições de 2022, além do planejamento de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal aponta que Ramagem orientou o presidente a atacar a credibilidade das urnas e adotar uma estratégia mais hostil no enfrentamento contra “o sistema”.
Nesse momento de profunda dor, pela morte do nosso amado, admirado e querido amigo Jesuíno Maia Leite, o popular "Zuino". nós, da Família Paralelo 13, Edimar, Edson e Edivaldo Rodrigues, expressamos nossas mais sinceras condolências, ao mesmo instante em que abraçamos na solidariedade cristã todos seus familiares.
Sabemos todos que não há dor maior do que ter de dizer adeus aos que amamos. Nem há saudade tão eterna como aquela que nasce com o luto. Por isso oramos a Deus para que conceda a todos que o ama, muito conforto e força nesta hora tão difícil.
Em nome de uma longa e fraterna amizade que rege nossas familias, pedimos no amor, que recebam as nossas sinceras condolências, pois temos certeza que Deus o acolherá na Sua Morada, Sabedor que É que a passagem do singular cidadão "Zuino" entre nós foi de solidariedade, fraternidade familiar, acolhimento, amor sincero e, acima de tudo, uma valorosa alegria, vibrante e contagiante.
Que o Nosso Pai Celestial o Acolha Nos Seus Braços de Luz e Eternidade!