Até o momento, União não comunicou sua posição; caso federação se concretize, grupo político será o maior da Câmara dos Deputados
Por Renata Souzada
O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI) confirmou, na noite de terça-feira (18), que o partido aprovou dar sequência às tratativas para formar federação com o União Brasil.
“Em reunião convocada pela presidência do Progressistas para consultar a Executiva Nacional sobre a formação de federação partidária com o União Brasil, após intensa discussão, deputados federais, senadores e presidentes de diretórios estaduais decidiram, por unanimidade, dar pleno aval à presidência do partido para prosseguir as tratativas no sentido de consolidar a criação da federação”, escreveu o senador em uma publicação nas redes sociais.
Agora, resta ao União Brasil deliberar sobre sua posição. Como mostrou a âncora da CNN Tainá Falcão na semana passada, já havia consenso entre os presidentes das duas siglas, mas, internamente, o assunto ainda estaria sendo avaliado.
No início das negociações, ainda no ano passado, a eventual federação contaria com o Republicanos. A sigla decidiu, no entanto, não seguir nas discussões. Agora, o partido costura a possibilidade de uma fusão com o PSDB.
Caso a federação entre PP e União Brasil se concretize, o grupo político será o maior da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ultrapassando o PL, de Jair Bolsonaro, atual maior bancada. No Senado, as bancadas do Progressistas e do União totalizam 13 senadores.
Da Assessoria
A quarta-feira, 19, foi marcada por um dia de articulação política para o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, senador Eduardo Gomes. Desde as primeiras horas do dia, o parlamentar cumpriu uma série de compromissos, incluindo audiências, entrevista para a imprensa e participação na sessão ordinária da Casa.
No período da tarde, a movimentação seguiu no gabinete do senador, localizado no Anexo I do Senado, onde ele recebeu uma comitiva de prefeitos, parlamentares e lideranças do Tocantins. Entre os presentes estavam o deputado estadual Vilmar de Oliveira; o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Diogo Borges; e os prefeitos Celso Morais (Paraíso), Cleiton Paulo (Nazaré), Gilmar do Posto (Pau D'Arco), Wanderly Leite (Aguiarnópolis), Júnior Noleto (Palmeiras), Dr. Murilo (Brejinho de Nazaré), André Borba (São Salvador), Paulo da Barra Bonita (Arapoema), Jesus Evaristo (Nova Olinda), Joaquim Pinheiro (Pedro Afonso) e Seu Manoel (Juarina). Também participaram uma caravana de vereadores de Araguaína e de outros municípios do estado.
Durante os encontros, Eduardo Gomes ouviu atentamente as demandas e reforçou o compromisso de atuar em defesa dos interesses dos tocantinenses no Congresso Nacional. “Nosso gabinete está sempre de portas abertas para acolher as reivindicações das nossas lideranças e buscar soluções que melhorem a vida da população do Tocantins”, destacou.
À frente da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI) e encarregada da articulação política do governo, a ministra Gleisi Hoffmann (PT) usou seu perfil no X, antigo Twitter, para criticar os governadores de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul, que fazem oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Por Raisa Toledo
Sem citar os nomes dos gestores, ela lembrou a dívida paga em fevereiro pelo governo federal e cobrou gratidão por parte dos chefes do Executivo. Os estados são administrados por Romeu Zema (Novo), Cláudio Castro (PL), Ronaldo Caiado (União) e Eduardo Leite (PSDB).
“Ninguém ouviu, da parte dos governadores desses quatro grandes estados, uma palavra de agradecimento ao presidente Lula nem de esclarecimento à população”, escreveu Gleisi. “Ao contrário, eles estão entre os que mais atacam o presidente, fazendo oposição sistemática a quem os socorre na hora mais difícil”.
Na segunda-feira, 17, o Ministério da Fazenda divulgou o pagamento de R$ 1,33 bilhão em dívidas de unidades federativas. Em valores arredondados, foram R$ 854 milhões para dívidas de Minas Gerais, R$ 320 milhões para o Rio, R$ 76 milhões para Goiás e R$ 73 milhões do Rio Grande do Sul.
Com exceção de Cláudio Castro, que pode concorrer ao Senado em 2026, Zema, Caiado e Leite são considerados possíveis candidatos à Presidência nas próximas eleições. Um evento de lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás está marcado para o dia 4 de abril.
Do montante de R$ 1,33 bilhão, R$ 2,8 milhões ainda foram para dívidas do Rio Grande do Norte e R$ 74 mil do município de Santanópolis (BA).
Assim como os quatro gestores alfinetados pela ministra da SRI, a governadora do RN, Fátima Bezerra (PT), e o prefeito de Santanópolis, Vitor do Povo (MDB), não se manifestaram sobre o pagamento das dívidas em redes sociais depois da divulgação dos valores pelo Ministério da Fazenda.
O pagamento das dívidas de Estados pelo governo federal ocorre quando o Tesouro Nacional informa o devedor e pede que se manifeste quanto aos atrasos nos pagamentos. Caso o ente não cumpra com as obrigações no prazo estipulado, a União paga os valores devidos.
Como garantidora de operações de crédito, a União, representada pelo Tesouro Nacional, é comunicada pelos credores de que o estado ou município não realizou determinada quitação de valores.
Foram ouvidas 1.205 pessoas entre os dias 9 e 13 de março; margem de erro é de 2,9 pontos percentuais, para mais ou para menos
Por Maria Clara Matosda CNN
Mais da metade dos habitantes da cidade de São Paulo desaprovam a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (18).
Lula tem 58,1% de desaprovação entre os paulistanos e 38,2% de aprovação. Não sabe ou não opinou, ficou em 3,7%.
Houve um aumento na desaprovação e uma queda na aprovação quando comparado ao último levantamento, de setembro de 2024.
Veja o comparativo:
Aprova: 38,2% (51,1% em setembro)
Desaprova: 58,1% (46% em setembro)
Não sabe ou não opinou: 3,7% (2,9% em setembro)
Avaliação
Os entrevistados pelo instituto Paraná Pesquisas também avaliaram o atual mandato do presidente Lula.
Os que enxergam a gestão do petista como ótima ou boa somam 26%, enquanto 23,8% veem como regular. Na outra ponta, 48,5% pensam que a administração federal é ruim ou péssima. Não souberam responder ou não opinaram são 1,7%.
Em vídeo postado nesta terça, parlamentar afirmou que vai buscar as ‘justas punições’ ao ministro Alexandre de Moraes
Do R7
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que vai se licenciar do mandato parlamentar. Em vídeo postado nas redes sociais, o filho do ex-presidente afirmou que vai ficar nos Estados Unidos para buscar as “justas punições” ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
“Abdico temporariamente [do mandato], para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria. Irei me licenciar sem remuneração para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse.
No vídeo, ele afirma que o ministro está tentando usar seu mandato como “cabresto, ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção”, sendo um instrumento para prendê-lo e impedi-lo de representar os interesses do país.
“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. [...] Só retornarei quando você [Moraes] estiver devidamente punido”, ressaltou.
Segundo ele, “não é fácil” se afastar temporariamente do cargo de deputado federal. “Não é fácil saber que meu pai pode ser injustamente preso e talvez eu jamais tenha a chance de reencontrá-lo pessoalmente de novo. Não tenho dúvida: o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente”, reiterou.
Eduardo informou que vai se dedicar integralmente a “fazer justiça” e “criar um ambiente para anistiar os reféns do 8 de Janeiro e demais perseguidos que fizeram parte do governo Bolsonaro”.
“Abro mão, de cabeça erguida, de toda essa pompa para seguir firme na minha missão de trazer justiça para todos os tiranos violadores de direitos humanos mais básicos”, anunciou.
Como confirmou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), Eduardo seria o nome indicado pelo partido para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Ao anunciar a licença, Eduardo admitiu que o cargo “facilitava a abertura de portas internacionais”. “No entanto, essas portas já estão abertas. Agora, necessito de tempo e dedicação integral para seguir trabalhando e representando não só os paulistas, mas todos os brasileiros”.
O deputado sinalizou não ter sido proposital a volta aos Estados Unidos no mesmo dia em que o PT protocolou na PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de retenção do passaporte dele.
“Em 27 de fevereiro, eu estava voando com a minha família para os Estados Unidos, num voo que havia comprado poucos dias antes”, disse, completando acreditar ter pego o PT e Alexandre de Moraes de surpresa, já que havia voltado ao Brasil dos EUA dois dias antes da nova viagem. “Nunca imaginei que eu faria uma mala de sete dias para não mais retornar para minha casa”, afirmou.
“Se Alexandre de Moraes quer apreender o meu passaporte ou mesmo me prender para que eu não possa mais denunciar os seus crimes nos EUA, então é justamente aqui que eu vou ficar e trabalhar mais do que nunca”, completou.