Investimento de R$ 2,6 milhões garantiu a abertura de sete novas salas escolares no Jardim Aureny III e no Lago Sul; Semed anuncia construção de Cmei na região sul da Capital
Por Rogério Franco
Foram concluídas sete novas salas de aula que vão garantir mais 250 vagas na Educação Infantil para atendimento de crianças de zero a três anos na região sul de Palmas. O investimento total nas novas salas foi de R$ 2,6 milhões e contemplam Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) localizados no Jardim Aureny III e Lago Sul, ambos na região sul de Palmas.
Atualmente, o Município oferta cerca de 15.000 vagas para o público de zero a três anos, das quais aproximadamente 13.000 estão ocupadas. A secretária municipal da Educação, Débora Guedes, ressaltou que as ampliações entregues propiciarão mais 250 vagas em tempo integral para as crianças palmenses. “Essa oferta de vagas em tempo integral é essencial, porque uma mãe só fica tranquila quando sai para trabalhar sabendo que seus filhos estão em um ambiente acolhedor, seguro e que nada vai lhes faltar. A proposta da nossa gestão é elevar a qualidade do atendimento e do acesso ao ensino, mas com todo o conforto que nossos pequenos alunos merecem”, finalizou.
Para suprir a maior demanda por vagas nesta mesma faixa etária na região Sul, está prevista para o próximo semestre a construção de mais um Cmei, desta vez no Jardim Taquari. Em fase adiantada de construção, o novo equipamento disponibilizará 282 vagas em tempo integral. Além da secretária Débora Guedes, o vice-prefeito de Palmas, Carlos Eduardo Velozo, realizou visita às novas salas nesta sexta-feira, 27.
Aureny III
No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Lucas Ruan, localizado no Jardim Aureny III, foram construídos cozinha, refeitório e quatro salas de aula com banheiros, além da reforma na sala de recursos e instalação de subestação de energia de 112,5 kVA, que demandaram recursos da ordem de R$ 1.688.760,80.
A merendeira Ana Rosa Abreu comemorou a nova cozinha da unidade. “A gente fazia a merenda no Estevão de Castro e subia com o carrinho, era muito difícil. Agora temos este espaço maravilhoso. Estamos amando trabalhar nesse novo Cmei Lucas Ruan”, disse. A ex-servidora do Cmei Eurides Rodrigues fez questão de prestigiar a entrega dos novos equipamentos. “Toda a comunidade do bairro estava muito ansiosa. Veio também uma cozinha maravilhosa para as nossas crianças e as merendeiras. Só temos a agradecer”, ressaltou.
A secretária escolar Jandysléia Araújo Alves é mãe do aluno Lucas Ruan que dá nome à unidade escolar. Ela o lembra como uma criança muito alegre que frequentava a rede municipal desde o berçário, mas que veio a falecer tragicamente aos nove anos. “Como servidora da unidade, em cada passo, em cada atendimento, é como se eu tivesse cuidando do meu filho. É muita emoção pra mim. Com mais essa ampliação, vou ter a oportunidade de atender mais crianças”, disse, emocionada.
Lago Sul
No Cmei Castelo Encantado, no setor Lago Sul, foram construídas três novas salas de aula e duas salas administrativas, além de banheiros masculino, feminino e adaptado para Pessoa com Deficiência (PCD). No total, foram investidos R$ 914.636,50 nos novos equipamentos. A diretora Renata Borges salientou a importância da entrega dos novos espaços para o Cmei. “São salas de tempo integral que ajudam muito o pessoal que trabalha. A comunidade pedia por essa ampliação. Poderemos atender mais crianças com melhor acolhimento e prestar uma educação ainda melhor”
A expectativa é que os partidos se unam em federação antes das eleições de 2026; juntas, as siglas somam 88 deputados e 15 senadores no Congresso Nacional
Por Lucyenne Landim
Na tentativa de inflar o poder de suas legendas, o MDB e o Republicanos caminham para fechar, nos próximos meses, uma federação partidária. No modelo, as siglas precisam atuar conjuntamente, inclusive nas eleições de 2026 e nas decisões depois desse período.
Se os partidos se unirem em federação, devem somar um contingente de 88 deputados e 15 senadores no Congresso Nacional - número que garantirá ao grupo a terceira maior bancada da Câmara, atrás apenas da federação entre União Brasil e PP e da bancada do PL, maior partido com quadro atual de 89 deputados.
A atuação conjunta é articulada com o apoio de nomes de comando das siglas. Os presidentes nacionais do MDB, Baleia Rossi, e do Republicanos, Marcos Pereira, já estiveram em conversas sobre o assunto. O presidente do MDB em Minas Gerais, deputado federal Newton Cardoso Jr., vê a chance de criar uma espécie de G4 no Congresso.
“Depois de um período de muita proliferação partidária com pequenas siglas que passam a não ter fidelidade a qualquer ideologia… Sem qualquer demérito. Mas, esse G4 passaria a representar de verdade as forças do Congresso Nacional e a representação central do Brasil com esquerda, direita e forças de centro”, afirmou, lembrando, ainda, da bancada do PT.
Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endossam as negociações. Renan Filho (MDB), que chefia a pasta de Transportes, subiu ao palco do Fórum Esfera, em São Paulo, no início de junho, e afirmou que “o namoro do MDB com o Republicanos vai muito bem”.
“Ou fazemos uma federação e vamos para 100 deputados na Câmara e a maior bancada do Senado, ou vamos para a ‘série B’ da política. E não combina com o MDB ir para a ‘série B’ e ficar pequenininho enquanto os outros partidos estão crescendo”, observou, enquanto o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), declarou ver “mais convergências do que divergências” entre as siglas.
Em março deste ano, Marcos Pereira anunciou que a bancada negou a proposta de federação com o PP e o União Brasil. “Em reunião realizada dia 4 de fevereiro, os deputados, de maneira quase que unânime, entenderam ser melhor o Republicanos seguir independente”, disse na época.
O cenário se mostra outro, agora, com o MDB. Em entrevista ao O TEMPO Brasília, o deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) afirmou que “existe uma grande chance” da federação sair do papel e incluir, ainda, o PSDB.
“Há um debate, há uma convergência no sentido da necessidade [da federação]. As conversações estão acontecendo devagar. Não temos prazo, não temos pressa, não tem que ser amanhã essa definição, mas há sim uma sintonia desses dois partidos. Existe grande chance dessa federação acontecer, mas não há nenhuma definição, nada está batido no martelo por enquanto”, frisou.
No Planalto, reclamam que a revogação forçará a um novo bloqueio de gastos. O último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, divulgado em maio, promoveu o congelamento de R$ 31,3 bilhões e propôs a compensação do IOF
Por Lucas Borges Teixeira
Nesta tarde, Gleisi ressaltou os gastos em programas sociais e passou o recado sobre emendas. "Em 2025, o contingenciamento adicional de emendas será de R$ 2,7 bilhões, somando-se aos R$ 7,1 bilhões já contidos, resultando no total de R$ 9,8 bilhões. Em 2026, considerado apenas o efeito dessa medida, a derrubada do decreto resulta em perda de R$ 7,1 bilhões para as emendas parlamentares", publicou a ministra.
Na área social, o contingenciamento aumentaria em R$ 10 bilhões só neste ano. "O bloqueio terá que ser elevado para R$ 41 bilhões, resultando em risco de paralisação de programas como Auxílio Gás, Assistência Social, Minha Casa, Minha Vida, Pé-de-Meia, entre outros", afirmou a ministra.
O objetivo é vincular diretamente a decisão do Congresso a cortes em gastos sociais. Acuados, governistas tentam demover parlamentares de olho em possíveis danos à imagem, mas já viam a batalha na Câmara como perdida.
Após a surpresa, governo decidiu partir para o embate político. "É um estrangulamento do governo Lula. Vai cortar da saúde, da educação, do Minha Casa, Minha Vida", reclamou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), em entrevista à GloboNews nesta tarde.
Gleisi convocou as lideranças da base nesta manhã. Ela reuniu Lindbergh, Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e Antônio Brito (PSD-BA), líder do PSD na Câmara, e, depois, Haddad e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal derrubaram nesta quarta-feira (25) os três decretos publicados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mexendo nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), em mais uma derrota da gestão petista no Legislativo
Com UOL e Agência Câmara
O projeto que susta os decretos foi aprovado pela Câmara por 383 votos favoráveis e 98 contrários. No plenário do Senado, a aprovação foi simbólica, ou seja, sem a contagem de votos.
No início da tarde, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e avisou que pautaria o texto no mesmo dia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, preside sessão que derrubou as mudanças feitas pelo governo Lula nas alíquotas de IOF - Pedro Ladeira/Folhapress
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a votação era "traumática" e que o Congresso descumpriu acordos feitos anteriormente. "Abre-se um caminho, para mim, perigoso. Eu, evidentemente, como líder do governo, fico constrangido", disse.
Antes da votação, o governo já sinalizava com a possibilidade de judicializar o assunto, ainda que uma ala defenda a construção de uma solução política. A avaliação é a de que levar a questão à Justiça pode piorar a crise com o Congresso e colocar a gestão sob risco de paralisia.
A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, escreveu no X (antigo Twitter) que não há base jurídica para o projeto que susta o decreto do IOF.
No plenário, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), disse que a Constituição só autoriza o Legislativo a sustar a eficácia dos atos que extrapolam as prerrogativas do Executivo, o que não seria o caso do IOF. "Eu quero saber onde esse decreto do IOF exorbita", questionou, no plenário.
A inclusão do PDL (projeto de decreto legislativo) na pauta desta quarta pegou de surpresa o governo e mesmo aliados do presidente da Câmara, que anunciou a decisão pela votação em uma publicação do fim da noite de terça (24) na rede social X.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tinha se reunido na terça com Motta e não foi comunicado dessa decisão. Nem mesmo a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo com o Congresso, foi avisada.
Ministros do Palácio do Planalto e o próprio Lula atuaram nas últimas semanas para evitar a derrubada do decreto.
Porém, no último dia 16, já num recado ao governo federal, a Câmara aprovou o requerimento de urgência do PDL numa votação expressiva: foram 346 votos favoráveis e 97 contrários (eram necessários 257 dos 513 para aprovar a urgência)
A perspectiva do governo era a de conseguir construir um novo acordo nesta semana, quando as atividades do Congresso teriam ritmo reduzido, com parlamentares de estados do Nordeste em suas bases para o São João.
Antes da votação desta quarta, contudo, governistas já reconheciam que havia votos suficientes para a derrubada dos decretos.
A Folha apurou que ao menos três líderes pediram a Motta que ele convocasse uma reunião com as lideranças da Câmara nesta quarta antes da sessão do plenário para discutir o tema e teriam ouvido do presidente da Casa que isso não ocorreria.
Coronel Chrisóstomo, relator do projeto
A líderes aliados, Motta relatou o sentimento de que o governo quer desgastar o Congresso e a decisão de pautar a projeto foi motivada por esse mal-estar. Falas sobre o baixo nível de atividade das casas nesta semana pioraram os humores.
As críticas do governo aos vetos com impacto na conta de luz também fizeram piorar o clima. Integrantes da cúpula do Congresso se queixam do que enxergam ser ação do Executivo de jogar a culpa sobre a alta da luz para os parlamentares, se eximindo da responsabilidade.
Na sessão do Senado desta quarta, Alcolumbre disse "repudiar com veemência os ataques levianos e injustos que o Congresso" está sofrendo desde a sessão de vetos.
Em um longo discurso, o senador disse que há "demagogia e desinformação" em torno do tema e que o Congresso agiu com responsabilidade. O presidente também acusou a imprensa de divulgar números superestimados sobre o impacto econômico para a população.
"O Congresso Nacional agiu com responsabilidade, pensando no futuro energético do nosso país e, principalmente, no bolso do cidadão. Exijo que a verdade seja restabelecida e que os brasileiros não sejam mais submetidos a tamanha campanha de desinformação", afirmou o senador.
De acordo com as contas feitas pelo governo, os vetos derrubados pelo Congresso já elevaram a conta de luz do brasileiro em R$ 35 bilhões por ano. Outros vetos foram adiados e, se todos eles caírem, a fatura total sobe para R$ 65 bilhões.
Um aliado de Motta diz ainda que a votação nesta quarta é um recado para o governo de que é preciso incluir o Congresso na tomada de decisões e discussões de propostas.
Uma das justificativas para pautar o PDL veio também do fato de que havia a necessidade de colocar em votação duas medidas provisórias de interesse do governo, uma do Fundo Social do Pré-Sal e outra do crédito consignado para trabalhadores formais.
Nesse contexto, era necessário fazer o mesmo pelo PDL da oposição, uma vez que todos os projetos eram lidos como urgentes.
COMO FICA O IOF
Com a derrubada dos decretos, as alíquotas de IOF voltam ao patamar do dia 22 de maio, quando o governo anunciou que mexeria no imposto sobre o crédito destinado às empresas, seguros e câmbio.
As taxas de cartão de crédito e débito internacionais, por exemplo, volta a ser de 3,38%, após ter subido a 3,5% com o decreto do governo agora derrubado. As remessas para o exterior, que estavam sendo tributadas em 1,1%, volta para 0,38%.
A expectativa do governo era uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 40,1 bilhões em 2026.
O anúncio disparou uma crise com o Congresso, que passou a pressionar pela derrubada do decreto.
No dia 11 de junho, depois de uma série de reuniões que buscavam um acordo com os líderes no Congresso, o governo fez novas mudanças nas cobranças de IOF, com recuos em alguns aumentos, e enviou ao Congresso um MP com o aumento da taxação de apostas esportivas, mudança na tributação de instituições financeiras e a cobrança de Imposto de Renda de 5% sobre títulos atualmente isentos, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agrícola).
Antes mesmo de o texto chegar ao Congresso, o pacote já estava sob ataque. O ministro Fernando Haddad, da Fazendo, e os líderes da base têm defendido que os quatro meses de discussão da MP serão suficientes para o governo construir um acordo.
Se judicializar planta crise institucional legislativo X judiciário e ainda se queima mais com o Congresso.
Proposta mira medida do governo que quer "recalibrar" alternativas sobre o tema
Com CNN TV
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautou para esta quarta-feira (25) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo federal.
No dia 16 de junho, a Câmara aprovou a urgência da medida, ou seja, fosse apreciada mais rapidamente.
Boa noite!
Nesta quarta-feira, 25 de junho, a pauta da Câmara dos Deputados incluirá os seguintes temas:
1️⃣ PDL do IOF que susta o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras.
2️⃣ MP 1291 que autoriza uso de até R$ 15 bi/ano do Fundo Social para habitação popular…
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) June 25, 2025
Também serão apreciadas outras medidas:
MP 1291 que autoriza uso de até R$ 15 bi/ano do Fundo Social para habitação popular e permite ao governo leiloar óleo e gás excedente, com potencial de arrecadar até R$ 20 bi;
MP 1292 que permite a contratação de crédito consignado por trabalhadores do setor privado;
e PL 2692/25 que isenta do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos.
Entenda
O aumento no IOF foi inicialmente anunciado em 22 de maio e, no mesmo dia, contou com um recuo parcial do Executivo.
Em meio à repercussão negativa no mercado financeiro, o Ministério da Fazenda decidiu revogar o aumento do imposto para investimentos de fundos nacionais no exterior. A insatisfação do empresariado e de parlamentares motivou a cúpula do Congresso a dar um prazo para o governo rever as medidas.
Na quarta da semana passada, o governo publicou um novo decreto, “recalibrando” as mudanças no IOF — a medida faz parte do pacote de propostas alternativas elaborado pela equipe econômica.
A intenção do governo com as alterações no IOF mirava elevar a arrecadação para equilibrar as contas públicas, com impacto de R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026.
Após as novas mudanças, a estimativa é de arrecadar cerca de até R$ 7 bilhões, mas um número oficial ainda não foi divulgado pelo Ministério da Fazenda.