Da Assessoria
O bloco Vanguarda do Senado Federal recebeu para o seu tradicional almoço, o ex-presidente Jair Bolsonaro para tratar da pauta legislativa e da posição da oposição. O vice-presidente do senado, Eduardo Gomes; e os senadores, Flávio Bolsonaro; Rogério Marinho; Magno Malta; Alan Rick; Portinho; dr Hiran; Jaime Bagattoli; Damares; general Mourão; Heinze; Espiridião Amin; Wellington Fagundes; Teresa Cristina; Ciro Nogueira; Laércio; Wilder; Mecias de Jesus; Sérgio Moro e Izalci Lucas participaram do encontro.
Levantamento mostra ex-presidente com 45,1% contra 40,2% de Lula; Michelle Bolsonaro aparece pela primeira vez à frente do petista no 2º turno
Por Marina Verenicz
Uma rodada da pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (18), revelou que, caso as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno, com 45,1% contra 40,2% do atual presidente.
A pesquisa também testou cenários alternativos sem Bolsonaro, devido à sua inelegibilidade. O levantamento apontou que Michelle Bolsonaro (PL), atual presidente do PL Mulher, é a alternativa mais competitiva do bolsonarismo para enfrentar Lula. Pela primeira vez em mais de um ano, ela apareceu à frente do petista em uma simulação de segundo turno, com 42,9% contra 40,5%. O empate técnico ocorre dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.
Apesar desse desempenho, Lula ainda lidera no primeiro turno. No cenário estimulado, ele tem 34,1% das intenções de voto, enquanto Michelle aparece com 27,2%.
O levantamento também testou outros possíveis candidatos. Ciro Gomes (PDT) ficou com 9% das intenções de voto, seguido pelo cantor Gusttavo Lima (8,7%), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (4,7%), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (3,1%), e o governador do Pará, Helder Barbalho (1,3%).
Pesquisa espontânea
A pesquisa incluiu uma análise espontânea, em que os eleitores citaram seus candidatos sem opções pré-definidas. Nesse cenário, Lula registrou 19%, enquanto Bolsonaro teve 17,6%, configurando um empate técnico. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi o terceiro mais mencionado, mas com apenas 1,3% das intenções de voto, mostrando uma grande distância em relação aos líderes da polarização.
Quando colocado no cenário estimulado, Bolsonaro também venceria Lula, com 36% contra 33,8%. Já Tarcísio, apontado como possível sucessor político da família Bolsonaro, perderia para Lula por 34,1% a 21,9%.
Michelle e Tarcísio venceriam Haddad
O levantamento ainda analisou um cenário sem Lula, testando a candidatura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como sucessor do petista, assim como ocorreu em 2018. Os resultados indicaram que tanto Michelle quanto Tarcísio venceriam Haddad, apontando dificuldades para o governo em manter um nome competitivo caso Lula decida não concorrer.
Nos bastidores políticos, a possibilidade de Lula não disputar um segundo mandato em 2026 tem sido discutida diante da queda na avaliação do governo, registrada em diversas pesquisas recentes.
O Paraná Pesquisas ouviu 2.010 eleitores em 162 municípios de 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 13 e 16 de fevereiro. O índice de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
A falsa tentativa de homicídio foi para que José Aprígio da Silva conseguisse destaque e, com isso, a reeleição
Com site Terra
A tentativa de homicídio contra José Aprígio da Silva (Podemos), de 72 anos, então candidato à reeleição para a prefeitura de Taboão da Serra (SP), ocorrido em 18 de outubro de 2024, em meio à campanha, foi forjada, informou a Polícia Civil. O falso ataque a tiros foi para que Aprígio conseguisse destaque e, com isso, a reeleição.
"Não há ainda como eu afirmar categoricamente que ele [José Aprígio] estava participando disso. A gente tem os indícios. Mas ainda não tenho uma prova cabal para dizer assim: 'Olha, ele participava disso'. Não posso falar", disse o delegado da Seccional de Taboão da Serra, Dr. Helio Bressan, em coletiva a jornalistas na tarde desta segunda-feira, 17.
A Polícia Civil de Taboão da Serra e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, deflagraram na manhã desta segunda-feira, 17, a Operação Fato Oculto que investiga o falso atentado. Os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão. A operação prendeu temporariamente duas pessoas, incluindo o irmão de Aprígio. Foram apreendidos ainda celulares, computadores, dinheiro e armas.
Os investigados decidiram simular um ataque a tiros contra o veículo de Aprígio para que ele obtivesse vantagens na disputa eleitoral para a prefeitura contra seu adversário no segundo turno, Engenheiro Daniel (União Brasil). Mesmo com o ataque, Aprígio não conseguiu se reeleger e perdeu a disputa.
Procurado pela reportagem do Terra, a defesa do ex-prefeito disse "que foi surpreendido com o desdobramento das investigações". Afimou ainda que "em relação ao dinheiro apreendido, trata-se de quantia devidamente declarada em seu imposto de renda, e, portanto, de origem lícita".
Em nota à imprensa, o advogado do ex-prefeito, Allan Mohamed Melo Hassan, ainda reiterou a confiança no trabalho da Polícia Civil e no Ministério Público, e disse ter certeza de que "todos os responsáveis serão devidamente punidos, após o devido processo legal".
Partido elegerá sucessor de Gleisi Hoffmann (PT-PR) em eleição marcada para julho
Com O Globo
O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, em votação nesta segunda-feira (17), retomar a eleição direta para definição da presidência da legenda, segundo informação antecipada por O Globo. O nome que substituirá Gleisi Hoffmann (PT-PR) no cargo será definido em votação em julho no modelo que permite a cada filiado votar no nome que preferir para o comando da legenda — o que não ocorria há 12 anos.
A eleição do presidente da sigla em congresso partidário ocorreu em 2017 e 2019, quando o PT elegeu Gleisi Hoffmann para comandá-lo. Entretanto, a retomada do voto direto era um desejo da corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), núcleo petista que reúne o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a então presidente da legenda.
O grupo, aliás, articula um nome para apoiar na sucessão de Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de Araraquara, em São Paulo, Edinho Silva, despontou como o favorito de Lula. Outros nomes também têm aparecido nesse cenário, como o do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), e o do ex-ministro José Dirceu — que, contudo, descartou a possibilidade.
Outras duas correntes internas do PT, Democracia Socialista e Resistência Socialista, rejeitaram a mudança na eleição do partido. Entretanto, os grupos foram derrotados em eleição durante reunião do diretório pelo placar de 61 votos a 24.
PIB alcança R$ 11,655 trilhões
Por Bruno de Freitas Moura
A economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, de acordo com estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado foi divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Monitor do PIB, estudo que traz a prévia do comportamento do PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.
Em dezembro, a expansão foi de 0,3% em relação a novembro. Já o quarto trimestre teve alta de 0,4% ante o terceiro trimestre, apontando desaceleração, já que no segundo e no terceiro trimestre as expansões tinham sido maiores (1,4% e 0,8%, respectivamente).
No acumulado de 2024, houve crescimento em todos os componentes da economia, exceto a agropecuária (queda de 2,5%), que foi a locomotiva de 2023.
“A indústria, os serviços e o consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 dos que os já elevados crescimentos registrados em 2023. Pode-se afirmar que em 2024, em termos de atividade econômica, o Brasil teve um ótimo resultado”, avalia a coordenadora da pesquisa, a economista Juliana Trece.
Com este resultado, o Brasil soma quatro anos seguidos de crescimento da economia. A última queda foi de 3,3% em 2020. Em 2023, o PIB teve expansão de 3,2%.
Setores
O consumo das famílias apresentou alta de 5,2% no ano passado. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que reflete o nível de investimento, como compras de máquinas e equipamentos, cresceu 7,6%. As exportações apresentaram alta de 3,7%.
As importações, que atuam como redutor do PIB, uma vez que bens e serviços importados deixam de ser produzidos no Brasil sendo fornecidos por outros países cresceram 14,3%.
Em valores, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior da série histórica. O PIB per capita de 2024 - divisão do total da economia pelo número de habitantes - foi de R$ 56.796, também o maior da série histórica.
A produtividade da economia foi de R$ 100.699 em 2024, 0,3% abaixo do observado em 2023 e 3,3% menor que o de 2013, o ponto mais alto já atingido.
A taxa de investimentos da economia foi estimada em 17,2%, acima do registrado em 2023 (16,4%).
Para 2025
Apesar de 2024 com “ótimo resultado”, a economista Juliana Trece aponta que o ano de 2025 apresenta desafios internos e externos para a economia brasileira.
“Pelo lado interno, os juros elevados, com efeitos negativos na atividade econômica, atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações.”
Desde setembro do ano passado, o Brasil enfrenta trajetória de alta da taxa básica de juros, a Selic, instrumento do Banco Central para controlar a inflação.
Quanto maior os juros, maior o potencial de frear a inflação, porém com o efeito colateral de desestimular investimentos e crescimento da economia, o que afeta diretamente a criação de empregos.Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.
Por causa do comportamento da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) já prevê mais um aumento de um ponto percentual em março. No acumulado de 12 meses até janeiro, a inflação oficial soma 4,56%, acima da meta do governo. Em dezembro, o acumulado era de 4,83%.
O outro desafio citado pela economista é a guerra tarifária comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maior economia do mundo decidiu que aplicará taxas para produtos estrangeiros que entram nos Estados Unidos, como aço e alumínio. O etanol brasileiro também tem sido ameaçado de sobretaxas.
Resultado oficial
O Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, é um dos estudos que servem como prévia do comportamento real da economia brasileira. Outro levantamento é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), também divulgado nesta segunda-feira.
De acordo com o Banco Central, a economia fechou 2024 com expansão de 3,8%.
O resultado oficial do PIB é apresentado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado de 2024 será conhecido em 7 de março.