Documentos divulgados agora mostram que Cuba e China ofereceram ‘ajuda’ ao então governador do Rio Grande do Sul

 

 

Com CNN e R7

 

 

O governo norte-americano publicou, na última terça-feira (18), cerca de 80 mil páginas de documentos secretos. Os arquivos estão relacionados ao assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, morto em 1963. O Brasil é citado em alguns dos arquivos liberados agora. Um deles cita a tentativa da China e Cuba “ajudarem” Leonel Brizola na “Campanha da Legalidade”, em 1961.

 

Segundo um telegrama da CIA, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, liderava o movimento para garantir a posse de João Goulart como presidente do Brasil. Após a renúncia de Jânio Quadros, Fidel Castro e Mao Tse-Tung ofereceram apoio e voluntários ao governador, que recusou. Brizola temia iniciar uma crise nas relações entre Brasil e Estados Unidos.

 

 

“Durante a semana de 27 de agosto, o presidente Mao Tsé-Tung, da China comunista, e o primeiro-ministro Fidel Castro, de Cuba, ofereceram apoio material, incluindo ‘voluntários’, a Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, que liderava a luta no Brasil para garantir a sucessão à presidência do vice-presidente João Goulart após a renúncia do presidente Jânio Quadros”, registra o documento.

 

“Brizola não aceitou a oferta, embora tenha apreciado o apoio moral, porque não quis ‘criar um assunto internacional’ na crise política do Brasil”, segue o registro.

 

John F. Kennedy foi assassinado no dia 22 de novembro de 1963, durante um desfile em um carro aberto na cidade de Dallas, no Texas. A investigação do governo americano aponta que o ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald, autor do disparo, teria agido sozinho.

 

O suspeito foi morto dois dias depois do assassinato que chocou o mundo e jamais chegou a ir a julgamento. Por conta da falta de respostas, o caso tem gerado diversas teorias da conspiração.

 

Por que os documentos foram divulgados?

 

O presidente dos EUA, Donald Trump assinou em janeiro uma ordem executiva de tornar “sem censura” os documentos restantes sobre as mortes de Kennedy, seu irmão, o ex-procurador-geral Robert F. Kennedy e também do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.

 

O Arquivo Nacional Americano comunicou em seu site que seguiu a ordem do presidente Donald Trump e classificou os registros sobre o assassinato como ‘Coleção de Registros de Assassinato do Presidente John F. Kennedy’.

 

Os documentos foram divulgados devido a uma lei do Congresso, aprovada em 26 de outubro de 1992, que determinava a liberação completa dos registros não editados sobre o assassinato, mantidos nos Arquivos Nacionais, após 25 anos.

 

 

 

Posted On Quinta, 20 Março 2025 06:35 Escrito por

Copom decidiu aumentar a taxa de juros em um ponto percentual, na quinta alta consecutiva

 

 

Por Beatriz Oliveira* e Thays Martins, do R7, em Brasília

 

 

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou nessa quarta-feira (19) o aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que salta para 14,25% ao ano. Essa é a quinta alta consecutiva da taxa, que chegou ao maior patamar desde agosto de 2016. A justificativa do Copom para a elevação foram as incertezas econômicas e o risco inflacionário. A inflação está acima da meta e acumulou 5,06% nos últimos 12 meses. Com o aumento dos juros, a expectativa é da desmotivação do consumo, o que pode frear a alta dos preços.

 

Para entender o que muda no bolso do consumidor, o R7 conversou com alguns especialistas. Segundo economistas, os impactos giram em torno do crédito, pois a Selic regula a média de juros aplicada nessas transações. Logo, quanto mais alta a taxa, mais restrito é o acesso ao crédito.

Evolução da Selic

 

Redução do poder de compra

O economista Hugo Garbe explica que a intenção do Banco Central é justamente segurar os preços por meio do encarecimento do crédito, o que desmotiva a população a comprar. Então, quando a Selic sobe, os juros dos empréstimos, financiamentos e cartões de crédito também aumentam. Com isso, o consumidor acaba por reavaliar seus gastos e adiar compras maiores, como carros e imóveis, segundo o especialista.

 

Além disso, Garbe ressalta que as empresas podem pisar no freio em investimentos e contratações a partir da desaceleração do consumo devido ao crédito caro. Isso traria consequências para o mercado de trabalho e pode gerar desemprego, o que também diminui o rendimento das famílias, principalmente se a inflação demora a baixar.

“Se a inflação demorar a cair, o rendimento real das famílias pode continuar pressionado, tornando o cenário ainda mais difícil para quem já sente no dia a dia o peso do aumento de preços”, diz.

 

Porém, para que a estratégia seja eficaz para conter a inflação, é preciso entender a origem dela, segundo Garbe. Ele explica que, se o aumento dos preços for impulsionado pelo consumo interno, a Selic deve frear a alta. Se for causado por fatores externos, como a alta do petróleo ou problemas na oferta de alimentos, os juros não podem ser suficientes sozinhos.

Aumento de inadimplentes

Garbe avalia que a situação pode se complicar para os brasileiros endividados. Ele afirma que as pessoas que precisam renegociar débitos podem encontrar condições menos favoráveis, pois os bancos ajustam as taxas para cima.

 

“Dívidas com juros variáveis, como as do cartão de crédito e do cheque especial, podem se tornar ainda mais pesadas. Isso pode levar a um aumento da inadimplência e um crédito ainda mais restrito para os consumidores”, afirma.

O economista Gean Duarte explica que muitos contratos de empréstimo e negociação estão atrelados à Selic, logo, acompanham a alta dos juros. Isso deve prejudicar a recuperação financeira de quem já está no vermelho, segundo ele.

 

Serviços mais caros

O economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) Matheus Dias afirma que o setor de serviços deve encarecer, pois o financiamento de custos com estrutura, equipamentos e insumos fica mais alto, o que impacta no valor final para o consumidor.

 

Dias explica que o setor é mais inflexível na redução de preços e tende a desacelerar bem menos que outros segmentos da economia, como o dos alimentos. Apesar disso, ele afirma que existe a possibilidade de um cenário contrário, em que o valor do serviço cai para acompanhar a baixa no consumo.

 

“Você vai aumentar o preço de um serviço que está com a demanda reduzida. Se você não consegue equilibrar as vendas desse serviço, acaba tendo um descasamento entre oferta e demanda, e o preço tende a cair”, diz.

 

Os impactos são imediatos?

Garbe afirma que para quem tem financiamento em aberto ou precisa pegar crédito, o impacto é instantâneo, já que os bancos ajustam rapidamente as taxas. Entretanto, o efeito no controle da inflação deve ser mais lento.

 

“Como a Selic influencia a economia reduzindo o consumo e o investimento, leva alguns meses até que os preços realmente comecem a desacelerar”, explica.

 

Dias afirma que os impactos reais para a inflação devem chegar entre 6 e 9 meses, principalmente no preço dos alimentos, pois o aumento da taxa impacta primeiro as etapas de produção.

 

“Pode ser que a taxa mais elevada faça com que a tomada de crédito por parte de investidores do agro dificulte o financiamento de maquinarias e insumos. Tudo isso pode afetar os preços dos alimentos, mas não é um efeito que acontece de imediato”, analisa.

 

Para Garbe, essas medidas, que trazem o cenário de crédito mais caro e consumo enfraquecido, podem ter impactos sociais e políticos importantes. Além disso, se os juros altos persistirem, o crescimento econômico pode ser prejudicado, e a confiança dos investidores pode ser abalada caso o equilíbrio fiscal não seja mantido, explica o especialista.

 

“No fim das contas, o aumento da Selic é uma tentativa de controlar a inflação, mas ele vem com um preço: desaceleração econômica, crédito mais caro e impacto direto na vida dos consumidores. Resta saber se o governo conseguirá equilibrar essa equação sem comprometer o crescimento do país”, avalia.

 

Entidades criticam aumento da taxa de juros

Logo após a divulgação da decisão do Copom, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) disse que a medida “não é necessária para controlar a inflação e prejudicará o ritmo de crescimento da economia”. De acordo com a entidade, “a perda de fôlego econômico já influencia as expectativas em torno da inflação”.

 

 

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirmou que a elevação da taxa de juros prejudica o país. “O Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo e, com a recente calibragem da Selic, torna ainda mais difícil fomentar o nível de investimento necessário para o país se manter competitivo internacionalmente neste cenário de neoprotecionismo. Além disso, os efeitos sobre os empregos e sobre o consumo das famílias são deletérios.”

 

A Associação Comercial de São Paulo disse considerar que o cenário atual justifica a medida. “Apesar da redução da cotação do dólar, houve aceleração da inflação, que se mantém acima da meta anual, num contexto de incertezas fiscais e expectativas inflacionárias ainda desancoradas, justificando uma política monetária mais contracionista.”

 

Governo tenta conter inflação

Na semana passada, começou a valer a medida do governo federal para tentar conter a inflação dos alimentos. O imposto de importação de diferentes produtos foram zerados, como café, carnes e milho. A iniciativa não tem prazo para terminar, e a estimativa é que tenha um impacto de R$ 650 milhões em um ano. O Executivo também solicitou que os governos estaduais reduzam o ICMS para a cesta básica.

 

Além disso, o governo anunciou que o Plano Safra vai priorizar a produção de itens da cesta básica. O programa libera recursos para impulsionar o setor agropecuário.

 

Outra medida anunciada foi a criação do selo “Empresa Amiga do Consumidor”, que premiará estabelecimentos que forneçam os produtos da cesta básica a valores equilibrados.

 

 

Posted On Quinta, 20 Março 2025 06:27 Escrito por

Da Assessoria

 

 

A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais - Abrig promoveu evento em Brasília para Abertura do Ano Legislativo 2025 e o lançamento do Dicionário da RIG da Abrig+ILP.

 

A mesa foi composta pelo vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes; Jean Castro, presidente Abrig; deputado federal, Covatti Filho; Fabiany Barbosa, diretora Regulamentação da Abrig e Ilana Trombka, diretora-geral do Senado.

 

O vice-presidente Eduardo Gomes enalteceu a importância da atuação da Abrig e relembrou que desde à  época em que exerceu três mandatos de deputado federal, acompanha o brilhante trabalho realizado pela Abrig. “Nosso gabinete está aberto para auxiliar no que for preciso”, encerrou o senador.

Posted On Quarta, 19 Março 2025 16:15 Escrito por

Principal motivo apontado como culpado pela queda na popularidade foi a alta nos preços dos alimentos

 

 

Por João Nakamura

 

 

A avaliação do governo Lula no mercado financeiro teve uma ligeira melhora entre dezembro de 2024 e março deste ano, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (19).

 

A visão negativa dos agentes econômicos recuou a 88%, de 90% no último levantamento. Enquanto isso, 8% veem o desempenho da gestão petista como regular e 4% como positivo. Dentre os principais motivos por trás da perda de popularidade do presidente da República, a alta nos preços dos alimentos se destaca, sendo apontada como um fator "muito importante" por 64% dos respondentes. Na sequência aparecem elementos como equívocos na política econômica (56%) e aumento dos impostos (41%).

 

A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 17 de março. Foram realizadas entrevistas on-line, através de aplicação de questionários estruturados, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.

 

 

Posted On Quarta, 19 Março 2025 14:02 Escrito por

Projeto de lei ou MP deve ser anunciado nesta terça-feira

 

 

POR WELLTON MÁXIMO

 

 

Ministro da Fazenda Fernando Haddad, fala com jornalistas após reunião na residência oficial do Senado. Na reunião, os ministros vão entregar a Alcolumbre a lista dos projetos prioritários do governo federal em tramitação no Congresso e os que ainda serão enviados à Casa. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil© ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

 
O aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês custará R$ 27 bilhões por ano aos cofres públicos, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A estimativa é cerca de R$ 5 bilhões inferior ao cálculo de R$ 32 bilhões apresentado no fim do ano passado.

 

Segundo Haddad, a previsão de impacto fiscal caiu porque o governo refez os cálculos para incluir o aumento do salário mínimo após a aprovação do Orçamento de 2025, que só deve ser votado em abril. Caso seja aprovado pelo Congresso, o aumento da faixa de isenção só valerá para 2026, mas os cálculos originais baseavam-se no salário mínimo de 2024.

 

“Foi um recálculo, porque este ano haverá uma pequena correção depois do Orçamento. Este ano vai ter uma correção por conta do aumento do salário mínimo”, disse Haddad.

 

Nesta manhã, Haddad reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os últimos detalhes do projeto de lei ou da medida provisória da reforma do Imposto de Renda, que vai isentar contribuintes que recebem até R$ 5 mil por mês. Segundo o ministro, nesta terça-feira (18), Lula se reunirá com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, para explicar o texto.

 

Existe a expectativa de a proposta ser divulgada nesta terça, após a reunião com Alcolumbre e Motta. No entanto, o texto pode ser apresentado na quarta-feira (19), porque Lula tem uma viagem marcada para Sorocaba (SP) na tarde desta terça.

 

Mudanças

Em relação à versão inicial da reforma anunciada em novembro do ano passado, Haddad informou que o novo texto traz duas mudanças determinadas pelo presidente Lula. A primeira é não mexer nas deduções do Imposto de Renda. Na semana passada, o Ministério da Fazenda confirmou ter retirado da proposta o fim da isenção de IRPF para pessoas com doenças graves que ganham mais que R$ 20 mil por mês.

 

A segunda mudança foi a inclusão do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) no texto final. Haddad não deu detalhes sobre eventuais mudanças na tributação das empresas.

 

Atualmente, a faixa de isenção do IRPF é de R$ 2.824, o equivalente pouco menos de dois salários mínimos. A tabela do Imposto de Renda está congelada, por causa da não aprovação do Orçamento deste ano. Se a ampliação da faixa para R$ 5 mil entrar em vigor, cerca de 32% dos trabalhadores deixarão de pagar o tributo.

 

 

 

Posted On Terça, 18 Março 2025 06:19 Escrito por
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