Prazo legal para envio termina no domingo, mas Executivo deve encaminhar texto nesta sexta-feira
Por Ana Isabel Mansur
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviou, nesta sexta-feira (29), ao Congresso Nacional o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026, com a proposta de salário mínimo de R$ 1.631 para o próximo ano.
A quantia representa um aumento de 7,44% em relação ao piso atual, de R$ 1.518.
O valor pode ser alterado até o fim do ano, visto que o cálculo usado para a definição do salário mínimo depende da variação em 12 meses até novembro da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Na projeção apresentada nesta sexta, o governo considerou uma evolução de 4,78% do INPC, além de uma taxa de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,5%.
Cronograma
Após o envio do PLOA, o texto seguirá para avaliação da CMO (Comissão Mista de Orçamento), que definirá o calendário de votação.
O presidente da CMO, senador Efraim Filho, afirmou que a votação da LDO está prevista para o início de setembro e a expectativa é de aprovar a LOA (Lei Orçamentária Anual) — versão final aprovada do PLOA — até dezembro.
A LOA precisa ser votada até o fim do ano legislativo, ou seja, até 22 de dezembro.
Se não for cumprido esse prazo, o Congresso entra em recesso parlamentar apenas no papel, até que a votação seja concluída pelos parlamentares.
Ministério das Relações Exteriores já acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para analisar a aplicação pelo Brasil da Lei da Reciprocidade Econômica
Com SBT e Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, nesta quinta-feira (28), o início do processo que pode levar à adoção de medidas de retaliação aos Estados Unidos, depois que o governo de Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano.
Com a autorização de Lula, o Ministério das Relações Exteriores acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) no início da noite desta quinta-feira para analisar a aplicação pelo Brasil da Lei da Reciprocidade Econômica sobre os Estados Unidos.
De acordo com fontes da Reuters, a partir de agora a Camex tem 30 dias para apresentar um relatório sobre se as tarifas aplicadas pelos EUA quebram as regras do comércio internacional e podem justificar a adoção de medidas de reciprocidade, de acordo com a lei aprovada pelo Congresso em abril deste ano.
O governo norte-americano, no entanto, será notificado da decisão na sexta-feira (29), "por cortesia", e terá tempo para enviar uma resposta ao Brasil.
Depois dos 30 dias, se aprovada a adoção de medidas contra os EUA, será formado um grupo de trabalho com vários setores do governo para decidir em que áreas o governo brasileiro deve agir. A lei aprovada pelo Congresso permite a retaliação em bens, serviços e propriedade intelectual.
De acordo com outras duas fontes do governo brasileiro, a tendência é que o Brasil se concentre nas duas últimas, suspendendo pagamento de royalties de propriedade intelectual e serviços como streamings e produtos culturais, já que medidas contra bens importados poderiam encarecer importações de empresas brasileiras. Quais os setores e medidas específicas devem ser uma decisão desse grupo de trabalho.
A decisão de iniciar o processo de reciprocidade leva a uma escalada das reações brasileiras na disputa econômica com os EUA e vem em resposta à dificuldade de encontrar qualquer abertura para negociação. Dentro do governo, a aposta na retaliação era sempre vista como última alternativa, caso as negociações falhassem.
O próprio presidente Lula vem reiterando que o governo brasileiro está aberto à negociação, mas repete que ninguém do lado norte-americano parece estar disposto a negociar. De fato, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, desde o início da adoção das tarifas, no começo deste mês, o governo brasileiro não conseguiu nenhuma brecha para conversas com os norte-americanos.
A última reunião marcada, entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, há cerca de duas semanas, foi cancelada de última hora, por influência do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem trabalhado para evitar qualquer negociação entre o governo Trump e o governo brasileiro.
Um dos motivos dados para a aplicação do tarifaço de 50% foi o que Trump chamou de "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Uma das fontes ouvidas pela Reuters lembra que o Brasil abriu um processo na Organização Mundial do Comércio, órgão internacional que deveria fazer a mediação desse tipo de disputa, e preferia levar as discussões para essa instância. No entanto, com a OMC funcionando precariamente, não há prazo ou expectativa de solução por lá.
Revista britânica elogiou atuação do STF no julgamento da trama golpista
Com A tarde Bahia
Uma das publicações mais respeitadas do mundo, a revista britânica The Economist enalteceu a democracia brasileira na sua edição semanal publicada nesta quinta-feira, 28.
Com uma foto do ex-presidente Jair Bolsonaro na capa, o periódico diz que o Brasil dá uma "lição de maturidade democrática" para o continente americano, em contraponto aos Estados Unidos.
O ex-presidente, que está em prisão domiciliar, foi retratado com o rosto pintado com as cores do Brasil e com um chapéu igual ao que usava o 'viking do Capitólio', um dos apoiadores extremistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a invasão ao Congresso americano em 2021.
A revista citou o início do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, marcado para a próxima terça-feira, dia 2 de setembro, e disse que o fato torna o país um teste de como outras nações podem se recuperar de uma "febre populista".
Elogios ao STF
O The Economist elogiou o papel do STF e classificou a Suprema Corte brasileira como uma "barreira contra o autoritarismo". O artigo afirma que a reação da Corte à tentativa de golpe de 8 de Janeiro é reflexo de uma memória ainda viva do golpe militar de 1964 e que o país restaurou a democracia em 1988, "moldado pela Constituição Cidadã".
A publicação cita que a Corte julga milhares de casos por ano, incluindo temas que vão de impostos a cultura. "Muitas vezes age como vítima, acusadora e juíza ao mesmo tempo, o que gera debate sobre excessos de poder", diz o artigo.
O número representa que um crescimento populacional, pois o Censo 2022 apontava que o país tinha 203 milhões de habitantes (5,1% de crescimento)
Com Agência Brasil
A população brasileira está estimada em 213,4 milhões de habitantes. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28/8). A projeção considera a contagem de pessoas até 1º de julho deste ano.
O número aponta que o Brasil teve um crescimento populacional, pois o Censo 2022 mostrou que o país tinha 203 milhões de habitantes (5,1% de crescimento), e em 2024, o IBGE afirmou que a população estimada do país chegou a 212,6 milhões (0,39% de crescimento).
No entanto, de acordo com o gerente de estudos e análises da dinâmica demográfica do IBGE, Marcio Minamiguchi, a tendência de crescimento da população é cada vez menor. “Os resultados mostram uma desaceleração, o que já era indicado pelo Censo 2022 e pelas Projeções da População, ambas pesquisas realizadas pelo IBGE”, avalia.
Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e Natal (RN) foram as cinco capitais com perda na população em relação a 2024, respectivamente, -0,18%, -0,02%, -0,09%, -0,04% e -0,14%.
“As capitais maiores, esses municípios mais centrais, em geral têm um entorno mais conurbado e perdem população para ele. O crescimento vai do centro para a periferia. Entre as capitais que perderam população, com exceção de Salvador, houve aumento de habitantes na respectiva região metropolitana”, pontua Marcio.
Já Boa Vista (RR) é a capital com maior taxa de crescimento de 2024 para 2025, com ganho populacional de 3,26%. “A alta em Boa Vista é explicada pela migração internacional, em especial pela chegada de venezuelanos”, explica Márcio.
Outras altas mais expressivas foram em Florianópolis (SC), 1,93%, Palmas (TO), 1,51% e Cuiabá (MT), 1,31%. “Santa Catarina também recebe imigrantes venezuelanos e haitianos, o que pode explicar essa alta, mas temos que considerar também o efeito da migração interna para Florianópolis. O crescimento de Cuiabá também passa pela migração interna. Já Palmas teve um crescimento muito mais expressivo em décadas passadas, mas os dados mostram que esse movimento arrefeceu”, diz o gerente do IBGE.
A região metropolitana de São Paulo continua como a mais populosa, com 21,6 milhões de habitantes, seguida da região metropolitana do Rio de Janeiro (12,9 milhões de habitantes), da região metropolitana de Belo Horizonte (6,0 milhões de habitantes), e da região integrada de desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e entorno (4,8 milhões de habitantes).
Veja os dados por estado:
Distrito Federal: 2.996.899
Rondônia: 1.751.950
Acre: 884.372
Amazonas: 4.321.616
Roraima: 738.772
Pará: 8.711.196
Amapá: 806.517
Tocantins: 1.586.859
Maranhão: 7.018.211
Piauí: 3.384.547
Ceará: 9.268.836
Rio Grande do Norte: 3.455.236
Paraíba: 4.164.468
Pernambuco: 9.562.007
Alagoas: 3.220.848
Sergipe: 2.299.425
Bahia: 14.870.907
Minas Gerais: 21.393.441
Espírito Santo: 4.126.854
Rio de Janeiro: 17.223.547
São Paulo: 46.081.801
Paraná: 11.890.517
Santa Catarina: 8.187.029
Rio Grande do Sul: 11.233.263
Mato Grosso do Sul: 2.924.631
Mato Grosso: 3.893.659
Goiás: 7.423.629
UF: Tocantins
ORDEM |
MUNICÍPIOS |
POPULAÇÃO |
0001 |
Abreulândia |
2.682 |
0002 |
Aguiarnópolis |
4.502 |
0003 |
Aliança do Tocantins |
5.196 |
0004 |
Almas |
6.483 |
0005 |
Alvorada |
9.128 |
0006 |
Ananás |
10.700 |
0007 |
Angico |
2.903 |
0008 |
Aparecida do Rio Negro |
5.110 |
0009 |
Aragominas |
5.330 |
0010 |
Araguacema |
6.022 |
0011 |
Araguaçu |
8.242 |
0012 |
Araguaína |
183.024 |
0013 |
Araguanã |
4.300 |
0014 |
Araguatins |
33.286 |
0015 |
Arapoema |
5.488 |
0016 |
Arraias |
10.511 |
0017 |
Augustinópolis |
18.237 |
0018 |
Aurora do Tocantins |
3.418 |
0019 |
Axixá do Tocantins |
10.732 |
0020 |
Babaçulândia |
7.636 |
0021 |
Bandeirantes do Tocantins |
3.555 |
0022 |
Barra do Ouro |
4.667 |
0023 |
Barrolândia |
4.890 |
0024 |
Bernardo Sayão |
4.307 |
0025 |
Bom Jesus do Tocantins |
4.201 |
0026 |
Brasilândia do Tocantins |
2.013 |
0027 |
Brejinho de Nazaré |
4.774 |
0028 |
Buriti do Tocantins |
10.696 |
0029 |
Cachoeirinha |
1.982 |
0030 |
Campos Lindos |
8.990 |
0031 |
Cariri do Tocantins |
4.166 |
0032 |
Carmolândia |
2.242 |
0033 |
Carrasco Bonito |
3.344 |
0034 |
Caseara |
5.028 |
0035 |
Centenário |
2.111 |
0036 |
Chapada da Natividade |
3.176 |
0037 |
Chapada de Areia |
1.574 |
0038 |
Colinas do Tocantins |
36.209 |
0039 |
Colméia |
9.155 |
0040 |
Combinado |
4.906 |
0041 |
Conceição do Tocantins |
3.942 |
0042 |
Couto Magalhães |
5.540 |
0043 |
Cristalândia |
6.392 |
0044 |
Crixás do Tocantins |
1.494 |
0045 |
Darcinópolis |
6.093 |
0046 |
Dianópolis |
17.966 |
0047 |
Divinópolis do Tocantins |
7.343 |
0048 |
Dois Irmãos do Tocantins |
6.352 |
0049 |
Dueré |
4.304 |
0050 |
Esperantina |
7.385 |
0051 |
Fátima |
3.503 |
0052 |
Figueirópolis |
5.334 |
0053 |
Filadélfia |
7.784 |
0054 |
Formoso do Araguaia |
19.473 |
0055 |
Goianorte |
4.832 |
0056 |
Goiatins |
12.851 |
0057 |
Guaraí |
25.831 |
0058 |
Gurupi |
90.209 |
0059 |
Ipueiras |
1.626 |
0060 |
Itacajá |
6.959 |
0061 |
Itaguatins |
5.160 |
0062 |
Itapiratins |
3.685 |
0063 |
Itaporã do Tocantins |
2.464 |
0064 |
Jaú do Tocantins |
3.396 |
0065 |
Juarina |
2.308 |
0066 |
Lagoa da Confusão |
16.629 |
0067 |
Lagoa do Tocantins |
3.613 |
0068 |
Lajeado |
3.559 |
0069 |
Lavandeira |
1.676 |
0070 |
Lizarda |
2.950 |
0071 |
Luzinópolis |
2.811 |
0072 |
Marianópolis do Tocantins |
4.793 |
0073 |
Mateiros |
2.922 |
0074 |
Maurilândia do Tocantins |
3.171 |
0075 |
Miracema do Tocantins |
18.679 |
0076 |
Miranorte |
13.073 |
0077 |
Monte do Carmo |
5.667 |
0078 |
Monte Santo do Tocantins |
2.521 |
0079 |
Muricilândia |
3.501 |
0080 |
Natividade |
8.956 |
0081 |
Nazaré |
4.672 |
0082 |
Nova Olinda |
10.600 |
0083 |
Nova Rosalândia |
3.382 |
0084 |
Novo Acordo |
4.118 |
0085 |
Novo Alegre |
1.817 |
0086 |
Novo Jardim |
2.251 |
0087 |
Oliveira de Fátima |
1.220 |
0088 |
Palmas |
328.499 |
0089 |
Palmeirante |
4.905 |
0090 |
Palmeiras do Tocantins |
4.850 |
0091 |
Palmeirópolis |
7.104 |
0092 |
Paraíso do Tocantins |
55.704 |
0093 |
Paranã |
10.877 |
0094 |
Pau D'Arco |
4.057 |
0095 |
Pedro Afonso |
14.895 |
0096 |
Peixe |
9.384 |
0097 |
Pequizeiro |
5.035 |
0098 |
Pindorama do Tocantins |
4.599 |
0099 |
Piraquê |
2.229 |
0100 |
Pium |
7.408 |
0101 |
Ponte Alta do Bom Jesus |
4.280 |
0102 |
Ponte Alta do Tocantins |
7.874 |
0103 |
Porto Alegre do Tocantins |
2.960 |
0104 |
Porto Nacional |
69.551 |
0105 |
Praia Norte |
9.552 |
0106 |
Presidente Kennedy |
3.016 |
0107 |
Pugmil |
2.223 |
0108 |
Recursolândia |
3.454 |
0109 |
Riachinho |
4.029 |
0110 |
Rio da Conceição |
1.827 |
0111 |
Rio dos Bois |
2.845 |
0112 |
Rio Sono |
4.718 |
0113 |
Sampaio |
4.397 |
0114 |
Sandolândia |
3.900 |
0115 |
Santa Fé do Araguaia |
7.533 |
0116 |
Santa Maria do Tocantins |
2.716 |
0117 |
Santa Rita do Tocantins |
2.299 |
0118 |
Santa Rosa do Tocantins |
4.799 |
0119 |
Santa Tereza do Tocantins |
2.907 |
0120 |
Santa Terezinha do Tocantins |
2.461 |
0121 |
São Bento do Tocantins |
6.004 |
0122 |
São Félix do Tocantins |
1.897 |
0123 |
São Miguel do Tocantins |
14.116 |
0124 |
São Salvador do Tocantins |
2.356 |
0125 |
São Sebastião do Tocantins |
4.182 |
0126 |
São Valério |
4.554 |
0127 |
Silvanópolis |
5.259 |
0128 |
Sítio Novo do Tocantins |
11.446 |
0129 |
Sucupira |
1.591 |
0130 |
Tabocão |
3.741 |
0131 |
Taguatinga |
14.199 |
0132 |
Taipas do Tocantins |
2.092 |
0133 |
Talismã |
2.505 |
0134 |
Tocantínia |
7.802 |
0135 |
Tocantinópolis |
23.225 |
0136 |
Tupirama |
2.024 |
0137 |
Tupiratins |
1.886 |
0138 |
Wanderlândia |
10.734 |
0139 |
Xambioá |
10.636 |
Texto segue agora para sanção presidencial
POR PEDRO RAFAEL VILELA
O plenário do Senado Federal aprovou, na noite desta quarta-feira (27), em votação simbólica, o Projeto de Lei (PL) 2628/2022, que estabelece regras para proteção e prevenção de crimes contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. É o chamado PL contra a "adultização" de crianças.
O texto já havia passado pela Câmara dos Deputados na semana passada, e agora seguirá para sanção presidencial.
De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o projeto final aprovado é o substitutivo relatado na Câmara pelo deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI) e contou com o apoio de centenas de organizações da sociedade civil que atuam com a proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Ao voltar para o Senado para apreciação final, o texto sofreu alguns ajustes de redação definidos pelo relator de plenário, o senador Flávio Arns (PSB-PR).
Uma das novidades do projeto aprovado na Câmara é a previsão de que a fiscalização e sanção sejam feitas por uma autoridade nacional autônoma, entidade da administração pública que será responsável por zelar, editar regulamentos e procedimentos e fiscalizar o cumprimento da nova legislação.
Com 16 capítulos e 41 artigos, o texto obriga as plataformas digitais a tomarem medidas "razoáveis" para prevenir riscos de crianças e adolescentes acessarem conteúdos ilegais ou considerados impróprios para essas faixas etárias, como exploração e abuso sexual, violência física, intimidação, assédio, promoção e comercialização de jogos de azar, práticas publicitárias predatórias e enganosas, entre outros crimes.
Além disso, a proposta prevê regras para supervisão dos pais e responsáveis e exige mecanismos mais confiáveis para verificação da idade dos usuários de redes sociais, o que atualmente é feito basicamente por autodeclaração.
A matéria ainda disciplina o uso de publicidade; a coleta e o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes e estabelece regras para jogos eletrônicos, veda à exposição a jogos de azar. Em caso de descumprimento das obrigações previstas na lei, os infratores ficam sujeitos a penalidades que variam de advertência, multas que podem chegar a R$ 50 milhões, suspensão temporária de atividades e até a proibição definitiva das atividades no país.
"Por vezes, nós aprovamos aqui matérias e, com toda a justiça, escutamos a crítica da sociedade de que legislamos de costas para o povo. Muitas vezes, de fato, essa crítica tem fundamento. Mas, neste caso, é o extremo oposto. O que a gente está fazendo é justamente ouvir a sociedade, identificar seus principais problemas. E hoje, no mundo inteiro, o ambiente digital é um problema. É um problema especial principalmente para esse público sensível, que são as crianças e adolescentes", afirmou o senador Alessandro Vieira, autor da proposta, e que presidiu a sessão de votação que definiu a aprovação.
Vieira agradeceu a mobilização da sociedade civil, das equipes técnicas e dos parlamentares que aprovaram.